Serviço permitirá
transações financeiras em seis segundos; e estará disponível 24h por dia, sete
dias por semana
Já presente em comerciais e anúncios de bancos, o
Pix, também conhecido como pagamento instantâneo, é uma nova modalidade de
pagamento online que estará disponível aos consumidores para cadastro em
outubro e utilização em novembro. José Luiz Rodrigues, especialista em
regulação do mercado financeiro e sócio da JL
Rodrigues & Consultores Associados, explica como a
novidade funcionará..
“O Pix estará disponível em conjunto com os demais
meios de pagamento já existentes no mercado, como DOC, TED, boletos e cheques.
O diferencial está em suas transações, que serão realizadas pelo celular e
ocorrerão em seis segundos, em um serviço disponível 24h por dia, sete dias por
semana”, revela o especialista..
O lançamento oficial do Pix será no dia 16 de
novembro, mas quem tem interesse em sua utilização já pode se cadastrar na
instituição financeira em que possui conta para obter as chaves de ativação em
outubro. “Após adquirir a chave de ativação, a pessoa deverá acessar o
aplicativo da instituição financeira e fazer o registro dessa chave, vinculando
um número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ à conta que já possui”,
explica Rodrigues.
O Banco Central é o responsável pela regulação e
acompanhamento da implementação tecnológica, mas a disponibilidade do serviço
aos consumidores ficará sob responsabilidade de empresas privadas, envolvendo
instituições financeiras tradicionais, startups e fintechs. “Será cada vez mais
comum o surgimento de novos produtos ou empresas no cenário financeiro. Porque
modernização do Sistema Financeiro Nacional, provocada pela chegada de
inovações como o Pix, open banking e sandbox, está fazendo com que o mercado se
estruture para atender às novas demandas de consumidores. Isso vem gerando novos
processos de fusão, incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros
modelos de organização ou reorganização”.
José Luiz destaca que esta revolução digital deve
ser realizada com respaldo técnico profissional para atender as normas do Banco
Central. Afinal a modernização do setor foi pensada para dar mais segurança a
todos os envolvidos, além de maior agilidade.
“O Pix gira em torno de um mesmo propósito da Lei
Geral de Proteção de Dados, que é a segurança das informações. Quando aconteceu
o boom da internet, as empresas estavam se adaptando a um ambiente praticamente
sem legislação - tanto que há inúmeros relatos de invasão de privacidade,
cibercrimes e pessoas utilizando a internet sem entender o quanto estavam sendo
expostas. Hoje, existe uma preocupação sobre os dados dos consumidores, que
podem estar disponíveis na internet para atender a diversos interesses. A LGPD,
por ser um conjunto de regras que visam o tratamento de dados pessoais,
fortalecerá o Pix com mais segurança tanto para o consumidor, quanto para as
instituições, que deverão estar em conformidade com essas regras, a fim de
evitar irregularidades”.
JL
Rodrigues & Consultores Associados
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