Levantamento
realizado pelo Sindan mapeou a penetração de cães e gatos nos domicílios
brasileiros, as raças favoritas e os principais hábitos de cuidado e consumo
desses pets
A Comissão de Animais de Companhia (COMAC) do
Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan)
apresentou nesta quinta-feira (17/9), em coletiva de imprensa virtual, os
principais resultados do Radar Pet 2020. Realizada em
parceria como o Instituto H2R, a pesquisa apresenta um panorama completo da
penetração de cães e gatos nos lares brasileiros, o perfil dos tutores, lista
as raças favoritas e os principais hábitos de cuidado e consumo dos animais de
estimação.
Para baixar a pesquisa completa, acesse o link.
De acordo com o levantamento, mais de 37 milhões de
domicílios no Brasil contam com algum pet, na esmagadora maioria cães ou gatos
- são mais de 54 milhões de cachorros e quase 30 milhões de gatos, das mais
variadas raças. Ou seja, em território brasileiro, existem aproximadamente de 84
milhões de animais de companhia. O Brasil só perde para os Estados Unidos que
conta com mais de 135 milhões de pets.
Através de pesquisas quantitativas e qualitativas
com mais de 3.500 brasileiros de todas as idades, gêneros e classes sociais, o Radar Pet
2020 traçou o perfil desses tutores e identificou as grandes
tendências em produtos e serviços para os animais domésticos.
"Mais do que simples estatísticas, os dados
obtidos pelo Radar Pet mostram os hábitos de consumo dos tutores e seus pets.
Trata-se de um segmento em franco crescimento no Brasil, mas ainda aquém do
observado nos países desenvolvidos", afirma Leonardo Brandão, coordenador
da Comissão de Animais de Companhia do Sindan e responsável pela apresentação
dos dados aos jornalistas.
Entre as principais tendências apontadas pelo Radar
Pet 2020 está a adoção de animais. Neste caso, no entanto, a preferência é por
gatos abandonados - 59% do total, contra 33% dos cachorros. Outra curiosidade
apontada pelo levantamento está relacionada com o cuidado com os pets: para a
maioria dos tutores, o cuidado com os bichinhos é similar ao dado aos membros
da família, comportamento observado em todas as classes sociais, mesmo em
tempos de crise.
Confira alguns destaques do levantamento:
Presença dos pets: Cerca de
53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos. Dentro desse
percentual, 44% são habitados por cães e 21% por gatos. Há uma média de 1,72
cães e 2,01 gatos por lares brasileiros. Os gatos, em geral, são os pets de
entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam
com um crescimento 3 vezes maior do que os cães dentro do Brasil, de acordo com
Leonardo.
“Temos mais cães, mas os gatos têm ganhado um
grande espaço nos lares brasileiros. É um animal de entrada para muitas pessoas
e famílias. No Nordeste, por exemplo, há já uma predominância dos gatos. Um dos
possíveis motivos para isso, além do perfil do animal, é um custo mais baixo
mensal. O gato vai ser o pet do futuro”, observa.
Tipos de pet: Os
vira-latas ou Sem Raça Definida (SRD) são a grande maioria dos animais de
companhia brasileiros. Entre os cães, 42% são vira-latas. Cerca de 70% daqueles
com raça definida são de pequeno porte. As raças favoritas dos brasileiros são,
respectivamente, pincher, poodle e shitzu. Entre os gatos, 65% são sem raça
definida. Entre aqueles com raça, os siamês são predominantes.
Os tutores: A maior parte das pessoas
responsáveis pelos cuidados dos animais de companhia são mulheres, com uma
média 60%. Além disso, 58% dos tutores são casais ou pessoas que moram juntas.
Grande parte dos responsáveis, tanto por cães ou gatos, também são famílias com
filhos de diversas idades. Apenas cerca de 10% dos tutores moram sozinhos.
Gastos mensais: Os tutores
de cães gastam uma média R$ 224 por mês para cuidar dos pets, entre banho,
tosa, alimentação e acessórios para o animal. Já os tutores de gatos investem
cerca de R$ 168 mensais nos cuidados com o pet.
Adoção: A grande maioria dos pets,
sejam cães ou gatos, chegaram aos seus tutores como um presente ou por meio de
processo de adoção. Entre os animais nos lares brasileiros, 33% dos cães e 59%
dos gatos foram adotados. Leonardo analisa que, durante a pandemia, é provável
que os números tenham crescido consideravelmente.
Relação com os pets: Cada vez
mais, os brasileiros estão criando laços afetivos com seus pets. A maioria
enxerga os animais como um filho ou membro da família. Um dos dados da pesquisa
revela que, por exemplo, a saúde dos animais de companhia são tão importantes
dentro do lar quanto as da demais pessoas. Também existe uma grande preocupação
com o envelhecimento do pet e o cuidado com a saúde preventiva dos animais.
Contudo, ainda é baixa a frequência de idas ao veterinário.
Apesar do grande número de animais, Leonardo
percebe que o Brasil precisa muito evoluir em relação aos cuidados e bem-estar
com os Pets. Não à toa, esse é um dos mercados mais promissores dentro do
Brasil por conta do seu potencial de crescimento.
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