Quando identificada na fase inicial, a doença apresenta até 95% de chance de cura
Segundo o Instituto
Nacional de Câncer (INCA), a neoplasia de mama é o segundo tipo que mais
acomete as mulheres no Brasil. Até agora, em 2020, foram diagnosticados em
torno de 66 mil casos, o que representa uma taxa de incidência de
aproximadamente 44 casos a cada 100.000 mulheres. Conhecido internacionalmente,
o movimento popular intitulado como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e
simboliza a luta contra o câncer de mama, estimulando a participação da
população, empresas e entidades na conscientização e prevenção da doença.
"A doença tem
maior incidência em mulheres acima dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a
mortalidade é menor com menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres,
aproximadamente. A partir dos 60 anos, o risco é ainda maior. Pode acometer
também os homens, mas é bem raro, apenas 1% do total de casos. Porém, se
diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, possui até 95% de
chance de cura", declara Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra
da Criogênesis .
Como todo câncer, o de
mama é gerado pela multiplicação desordenada de células mamárias. Esse processo
gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. "Por existir
mais de um tipo, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns têm
desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses
comportamentos distintos se devem a característica própria de cada tumor",
explica o profissional.
Entre os possíveis
causadores destacam-se a obesidade e sobrepeso após a menopausa, exposição
frequente a radiações ionizantes, uso de contraceptivos hormonais e casos de
câncer de mama na família - especialmente antes dos 50 anos. O especialista
comenta que um dos principais sinais é o nódulo, mas existem outras alterações
na mama. "É a principal manifestação, estando presente em cerca de 90% dos
casos quando ele é percebido pela própria mulher", ressalta. Além disso,
pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja e alterações no
mamilo também podem ser comuns.
O Ministério da Saúde
recomenda que a mamografia de rastreamento, realizada quando não há sinais nem
sintomas suspeitos, seja executada por mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois
anos. "É fundamental que as mulheres conheçam seu corpo, em especial, suas
mamas e estejam sempre atentas a qualquer alteração que possa indicar alguma
anormalidade. Além disso, se deve realizar os exames periodicamente",
enfatiza.
Quanto à prevenção da
doença, Renato de Oliveira comenta que não é possível afirmar precisamente
sobre o que de fato é eficaz, no entanto, além de execução de exames
preventivos com regularidade, adotar de alguns hábitos saudáveis pode diminuir
o risco. "Praticar atividades físicas, uma boa alimentação, manter o peso
corporal adequado, amamentar e evitar o uso de hormônios sintéticos, como
anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal, são as recomendações mais
usuais", aponta.
Criogênesis
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