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Consultor
explica como o uso de algumas regras de etiqueta social e de boa convivência
podem fazer toda a diferença para o sucesso no trabalho
Estudo realizado pela Page Personnel, consultoria
global de recrutamento, com mais de 1.400 executivos de recursos humanos em
regiões de todo o País apontou que nove em cada dez profissionais são
contratados pelo perfil técnico, mas demitidos pelo comportamental. A pesquisa
revela o quanto o comportamento no trabalho e fora dele pesa na carreira
profissional.
Para o consultor empresarial e especialista em governança corporativa Marcelo
Camorim, os bons modos podem sim definir o sucesso profissional ou não de alguém.
“Você é um profissional altamente qualificado com formação técnica invejável,
possui graduação em instituição de renome, pós-graduação, MBA e experiência em
outra empresa. Tudo isso é essencial para sua carreira profissional, mas um
comportamento social não condizente com a cultura geral da empresa irá pôr tudo
a perder, mesmo tendo-se um currículo invejável”, afirma Camorim.
O consultor e empresário, CEO da Fox Partners, que ao longo de sua carreira
precisou contratar, demitir e promover muita gente, afirma que os bons modos a
que se refere não são regras de etiquetas supérfluas e sem sentido, mas normas
de conduta e comportamento que dizem muito sobre o profissional, e podem fazer
toda diferença, não só na hora da contratação, mas quando se indica alguém para
uma promoção ou quando tem que se escolher quem será demitido.
Do comportamento em um voo comercial a um almoço ou jantar de negócios, são
várias as ocasiões que exigem do profissional o mínimo conhecimento em regras
de etiqueta social, e que se não forem respeitadas podem revelar muitos pontos
negativos da personalidade de alguém. Como dica para quem tem se esquecido dos
bons modos, Marcelo Camorim elenca a seguir várias situações em que as pessoas
cometem gafes sociais e profissionais graves.
- Em viagens à trabalho: são comuns as viagens à
trabalho feitas com algum colega ou até mesmo com o chefe, mas por estar longe
do ambiente de escritório muita gente se sente na liberdade de falar mal de
membros da equipe e da empresa. Se não for um comentário que contribua para o
melhor andamento da empresa, prefira puxar conversa de amenidades como: livros,
vinhos, música ou futebol, ou então, se a viagem for com seu chefe aproveite
para falar de experiências em outros trabalhos que deram certo, mas sem exagero”,
sugere Camorim.
- No avião: O avião é um ambiente repleto de regras e
normas de etiquetas que são importantes para a segurança dos voos e o bem-estar
dos passageiros. Assim como no ambiente de trabalho, não seguir ou não ser
importar com tais normas pode indicar uma dificuldade em trabalhar em equipe e
seguir ordenamentos da empresa. “é importante respeitar o limite de bagagens,
manter um tom de voz mais baixo durante o voo, ir ao banheiro da aeronave para
fumar, etc. Assim o passageiro contribui com a segurança de todos e evita ser
mal visto’”, explica o consultor Marcelo Camorim.
- Jantares e almoço - Jantares e almoços de negócios
são feitos para que negociações, que muitas vezes são delicadas, ocorram num
ambiente mais leve e descontraído do que o de um escritório. Mas, apesar de ser
um ambiente que pede um pouco menos de formalidade do que o espaço de trabalho,
ainda são encontros profissionais. “Nesse caso a principal regra de etiqueta é
evitar os excessos, tanto no prato quanto em relação a bebidas
alcoólicas. Em caso de eventos fora do País, vale a pena pesquisar antes como é
a cultura local. Outra dica para fazer bonito à mesa é buscar na internet
alguns cursos sobre etiqueta social, muitos gratuitos inclusive, ou então
buscar a ajuda de um consultor nesta área”, sugere o consultor.
- Vestuário - O jeito de se vestir no trabalho e nas
ocasiões de negócio também fazem uma grande diferença sobre como as pessoas o
veem. Antes de mais nada é preciso mostrar confiança, e o jeito como nos
vestimos fala muito sobre isso. Segundo o especialista, quem ocupa um cargo de
liderança precisa se vestir a altura, não para se mostrar como alguém
importante, mas chefes falam pela empresa e a imagem do profissional está
ligada à empresa. Então estar sempre alinhado, asseado e com uma composição
visual agradável é importante. “Se você tem dificuldade em compor um visual
adequado ao trabalho, há no mercado uma infinidade de cursos e profissionais,
como personal stylist, que podem ajudar muito”, sugere Camorim.
- Redes sociais - Sim, as empresas estão de olho em
tudo que postamos em nossos perfis pessoais. Publicar uma foto ou outra de uma
festa legal que você foi tudo bem, mas se sua timeline só tem isso, é bom tomar
cuidado com a imagem que vocês está passando. “Acompanhar as redes sociais de
um profissional é comum principalmente quando a empresa está pensando em
contratar ou escolher alguém para uma promoção. O objetivo disso é saber se
este profissional, sob o ponto de vista comportamental, está alinhado ao propósito
e a cultura da empresa. Isso é importante principalmente para os cargos de
gerência, supervisão e diretoria”, explica Camorim.
- Na pandemia - Vivemos num momento de pandemia que
impõe novas regras, com o objetivo de preservar a nossa e a saúde dos outros.
Para Camorim, o desrespeito a tais normas sanitárias e de etiqueta em saúde,
além de uma péssima educação, demonstra a dificuldade de certas pessoas em ter
empatia com o outro e a seguir regras, algo que numa empresa sempre será
fundamental.
- Em home office: os tempos de pandemia também levaram
o trabalho literalmente para dentro de casa, mas essa mudança de ambiente
físico não pode afetar o comprometimento que devemos ter com o serviço.
“Pontualidade é importante sempre. Uma reunião por videoconferência deve
começar no horário, assim como uma feita de forma presencial, e quem irá
participar deve estar previamente preparado, vestido adequadamente, e não de
bermuda ou camiseta. Quando videoconferência é com um cliente, essas regras são
ainda mais válidas, afinal a sua imagem será também a imagem da empresa”,
destaca.
Marcelo
Camorim - empresário, consultor em gestão e especialista em governança
corporativa.
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