O paciente deve conversar com o médico para avaliar a melhor metodologia de redução de estômago, sendo ela by-pass gástrico, banda gástrica, gastrectomia vertical ou derivação biliopancreática
Atualmente, a obesidade é uma das
condições de saúde que mais atingem a população brasileira, e pode estar ligada
tanto a fatores genéticos, quanto pelos hábitos de vida pouco saudáveis, como
alimentação desequilibrada e falta de exercícios físicos. Quando o paciente é
diagnosticado com a condição e decide se candidatar à redução de estômago, é
natural que existam dúvidas em relação ao procedimento -- sobretudo sobre os
métodos utilizados e suas particularidades.
Existem quatro técnicas diferentes reconhecidas pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM): Gastrectomia Vertical ou Sleeve, Bypass Gástrico, Derivação
Biliopancreática (menos utilizada) e Banda Gástrica Ajustável (em desuso
atualmente). De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, a
indicação da cirurgia, independente da técnica, é baseada em quatro fatores:
grau de obesidade, tentativas de tratamentos anteriores, tempo de evolução da
doença e a presença de doenças associadas.
“Apenas o médico junto com o paciente saberá avaliar qual o melhor procedimento
para tratar a obesidade e as doenças associadas, como a diabetes, por exemplo,
sem oferecer grandes riscos aos pacientes. Essa escolha é baseada em uma
avaliação do caso e é individual, dependendo de inúmeras variáveis: quanto peso
precisa ser perdido, se a pessoa tem idade avançada, e condições gerais de
saúde, observando as doenças associadas à obesidade”, explica Dr. Thales.
Para entender melhor os procedimentos utilizados na redução de estômago, o
cirurgião bariátrico explica as principais diferenças sobre as metodologias.
Bypass gástrico
É a técnica bariátrica mais praticada no Brasil. De acordo com a Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, corresponde a 75% das cirurgias
realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente
submetido à cirurgia perde de 35 a 45% do excesso de peso inicial.
Nesse procedimento, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o
espaço para o alimento, e um desvio intestino proximal, que promove o aumento
de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor
ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento,
além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.
Gastrectomia vertical ou sleeve
A gastrectomia vertical, é um tipo de cirurgia bariátrica realizada geralmente
por videolaparoscopia. Consiste na retirada de parte do estômago, sendo,
portanto, irreversível. É chamada de ‘vertical’ ou ‘em manga’, porque a retirada
ocorre através do grampeamento de boa parte do estômago verticalmente, deixando
um tubo gástrico estreito.
Derivação biliopancreática
É uma associação entre a Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado e
o desvio intestinal. Com esse desvio, o alimento se desloque por um caminho e
os sucos digestivos (bile e suco pancreático) por outro, se encontrando somente
a 100 cm antes de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção de calorias e
nutrientes. Ao contrário do Bypass, a derivação biliopancreática mantém o
estômago maior e encurta o intestino, ocorrendo menos restrição e mais
disabsorção dos nutrientes.
Banda gástrica ajustável
A colocação da banda gástrica é feita com a colocação de uma cinta de silicone,
com formato de anel, em volta da parte superior do estômago que divide em duas
partes com tamanhos diferentes, deixando o estômago em formato de ampulheta,
que é ligado a um portal, por um tubo de silicone que é implantado por baixo da
pele, e possibilita o ajuste da banda gástrica a qualquer momento pelo médico.
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