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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Suicídio e a pandemia: como a quarentena está afetando as pessoas


Setembro amarelo em 2020: Isolamento social, dificuldades econômicas, medo, ansiedade e a perda de entes queridos pode trazer ainda mais riscos à saúde mental e à vida.


Com a pandemia do novo coronavírus, a necessidade do alerta à sociedade em relação aos impactos negativos à saúde mental se torna maior e deve-se ter maior cautela mesmo após seu término. Consequências como o desemprego, medo, perda de familiares e/ou amigos, causam estresse, ansiedade e depressão, fatores que aumentam consideravelmente o número de casos de atentados à própria vida*. Além disso, com o isolamento social, o fato das pessoas terem menos atividades presenciais, dificulta ainda mais para que alguém próximo perceba os sinais de alerta e reconhecê-los pode ser o mais importante passo.

“A grande maioria das pessoas que tentam suicídio avisam antes e normalmente pedem ajuda médica, mas, com a quarentena, a pessoa tende a ter comportamento evitativo, se isolando, mantendo-se triste, e até mesmo ter comportamentos suicidas, como a falta de valorização própria e dos autocuidados.  Um exemplo é a pessoa diabética que come açúcar e não toma insulina ou o doente do coração que para de tomar o remédio”, explica o Dr. Marcel Fulvio Padula Lamas, médico responsável pela psiquiatria do Hospital Albert Sabin de SP (HAS). 

Em tempos de pandemia, o ideal é manter sempre um contato, de preferência online, para que a pessoa que está com depressão ou ansiedade não ficar muito tempo isolada.  “Geralmente, a pessoa não quer se matar, praticamente nenhum suicida realmente quer.  O que eles querem na verdade é aliviar uma enorme angústia emocional que estão sentindo, embora estejam lutando por dentro para não cometerem nada contra si mesmas”, diz o Dr. Lamas.

É importante salientar sempre que depressão não é frescura. É uma doença que, com a pandemia, já acomete mais de 20 por cento da população mundial e que pode ser incapacitante. Portanto, a melhor postura que podemos ter mediante essas pessoas é de não menosprezar o que estão sentindo, pois, essas alterações estão machucando-as muito, de modo muitas vezes intenso. “Diante de uma pessoa depressiva, devemos a acolher e nos mostrar próximos. Mostrar que ela não está sozinha e que não é um peso para você, e mais do que qualquer outra coisa: auxiliá-la a procurar ajuda psiquiátrica e psicoterápica. Os dois caminhos associados são ideais para que dúvidas sejam esclarecidas e para que os pacientes possam se recuperar de seus quadros”, observa Dr. Marcel, que completa:

“Não temam procurar algum profissional que esteja apto a entender melhor seus problemas e muitas vezes até salvar sua vida ou de alguém que você conhece. Todos merecem ter uma saúde mental adequada, portanto, não é necessário ter medo, preconceito ou qualquer receio em procurar a ajuda de um psiquiatra ou de um psicólogo. Muitas vezes, você pode salvar uma vida só de dar essa oportunidade a si mesmo ou a terceiros”.

*Em casos de extrema urgência, ligue 188- C.V.V - Centro de Valorização à Vida.

Informações complementares: (Fonte-CVV)

Sobre depressão, transtornos mentais e outras causas do suicídio

No mundo todo, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio. No Brasil, a cada 45 minutos alguém tira a própria vida.

90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos se pudermos falar sobre;

Segundo dados do IBOPE, o suicídio ao redor do mundo está em queda, mas o Brasil surge na contramão do movimento global. De acordo com levantamento feito em 2019, o suicídio cresce no País, principalmente entre jovens. Hoje, um brasileiro comete suicídio a cada 45 minutos. Ao ano, em média, 11 mil pessoas tiram a vida no País;

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), jovens entre 15 e 24 anos compõem o maior grupo de risco de suicídio, sendo a segunda causa morte de jovens ao redor do mundo. O relatório aponta também que é crescente o risco entre crianças de 5 e 9 anos;

Também de acordo com a OMS, a depressão é a principal causa do suicídio no mundo, seguido pelo uso de álcool e drogas;

As redes sociais compõem um dos ambientes mais favoráveis para o desenvolvimento de gatilhos para a depressão. De acordo com o estudo da Royal Society for Public Health, cerca de 70% dos jovens revelaram que aplicativos de redes sociais fez com que eles se sentissem pior;

 

Saúde mental & isolamento social

De acordo com um estudo feito pela consultoria Eureca - The Truth - 70% dos jovens brasileiro tiveram piora na saúde mental por causa do isolamento

social;e nunca haviam apresentados sintomas psiquiátricos, foi relatada por 67,8% dos psiquiatras.

 

#40sChallenge

O dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção do suicídio e em 2020 será marcado por uma ação viral encabeçada por grandes nomes da internet. O #40sChallenge, (#DesafioDos40Segundos), um filtro que estará disponível no Instagram e também no TikTok, será lançado no dia 10/09  pelo CVV - Centro de Valorização da Vida, organização que realiza apoio emocional e prevenção do suiicídio.

 

 

CVV:  https://www.cvv.org.br/   

 

Hospital Albert Sabin

http://www.hasabin.com.br

Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP

Central de atendimento: (11) 3838 4655

Site: http://www.hasabin.com.br


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