A má oclusão (mordida errada) pode causar não só alterações dentárias, dificultar a fala, mastigação, trazer alterações na gengiva e na articulação temporomandibular. Ela também pode alterar o desenvolvimento da face e causar alterações importantes na estética facial. É o que afirma a Dra. Kamila Godoy, dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da USP.
“Essas alterações podem ser identificadas em idade precoce. Antes da adolescência, conseguimos controla-las com a Ortopedia Funcional, que redireciona e organiza o crescimento dos ossos da face. Isso só é possível porque a criança ainda está em desenvolvimento e seus ossos ainda podem ser modificados”, esclarece a dentista.
Segundo ela, essas alterações faciais são didaticamente divididas em:
Classe I:
quando os ossos da face não possuem alterações antero-posteriores, mas em outro
plano.
Classe II:
quando os ossos da maxila estão à frente da mandíbula.
Classe III:
quando a mandíbula está à frente da maxila.
Em algumas
situações, a alteração excede os limites do tratamento clínico e uma
intervenção cirúrgica se faz necessária. Aí entra a cirurgia ortognática, que é
realizada assim que o crescimento ósseo termina. Entretanto, na maioria dos
casos, o tratamento ortodôntico/ortopédico funcional consegue redirecionar o
crescimento e resolver essas desarmonias.
“A importância desses
tratamentos é grande não só pela questão fisiológica, mas também pela questão
psicossocial. A estética da face é importante no desenvolvimento da autoestima
e saúde social do paciente”, acrescenta Kamila Godoy.
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