Novo estudo da Kaspersky revela entusiasmo pelo conceito Human Augmentation, mas muitos dos entrevistados temem que seus corpos possam ser alvo de cibercriminosos
Novo estudo da Kaspersky, The Future of Human Augmentation 2020 , revela entusiamo pelo Human Augmentation, conceito que pode ser definido como o processo de aperfeiçoamento das habilidades humanas (físicas e mentais) por meio da tecnologia. A pesquisa verificou que 92% dos entrevistados mudariam sua aparência se tivessem oportunidade, enquanto mais da metade (63%) consideraria alterar suas habilidades físicas implantando ou abrigando algum elemento tecnológico em seus corpos - permanente ou temporariamente.
Antes reservado à ficção científica, o conceito
ganhou espaço conforme a digitalização se tornou parte cada vez mais importante
de nossas vidas. Segundo o estudo, os italianos são a população mais
interessada pelo tema (81%), enquanto os britânicos são relativamente
mais céticos em relação à tecnologia (33%).
A maioria dos entrevistados gostaria que essa
tendência fosse usada para o bem da humanidade e 53% para melhorar a qualidade
de vida. Em todos os países, a meta de qualquer "Human Augmentation"
se concentra na melhoria da saúde física como um todo (40%) ou da visão (33%).
No entanto, algumas dúvidas persistem. 69% dos
entrevistados temem que o uso dessas tecnologias só se torne disponível para os
ricos, enquanto 88% têm medo que seus corpos possam ser hackeados por
cibercriminosos.
"O Human Augmentation é uma das
principais e mais importantes tendências tecnológicas hoje em dia. Estamos
vendo uma ampla gama de aplicações práticas para ela, como nas áreas da saúde,
serviços sociais, esporte, educação ou transportes. Os exoesqueletos para
bombeiros e outros profissionais de resgate ou o bioprinting de órgãos são
alguns exemplos. Contudo, não podemos esquecer - como em tudo o que envolve
tecnologia - que são necessários padrões de segurança comuns para garantir todo
o potencial do Human Augmentation, minimizando ao máximo os riscos",
comenta Marco Preuss, diretor europeu da GReAT
(sigla em inglês para Equipe de Investigação e Análise Global da Kaspersky).
Confira abaixo outras conclusões da pesquisa:
• Os participantes do sul da Europa - incluindo
Espanha, Portugal, Grécia e Itália -, assim como Marrocos, são os mais
receptivos ao Human Augmentation.
• Os britânicos e os franceses parecem ser os
mais céticos em relação ao assunto. 36% e 30%, respectivamente, mostraram-se
contrários a essa tendência. Mais da metade dos participantes na França (53%) e
no Reino Unido (52%) acredita que o Human Augmentation poderá ser
perigoso para a sociedade, resultado significativamente superior à média global
do estudo, de 39%.
• O uso da tecnologia de aperfeiçoamento do corpo
humano para alcançar um físico mais atraente interessa, na amostra geral, a
mais de um terço das mulheres (36%) e a um quarto dos homens (25%), sendo que
eles preferem mais melhorar a sua força (23%), do que o sexo feminino (18%).
• Quase metade dos entrevistados (47%) considera
que as entidades governamentais deveriam regular a tecnologia do Human
Augmentation. O Reino Unido é o país mais favorável à intervenção do Governo
nesse tema (77%), enquanto a Grécia é o que mais se opõe a isso (17%).
• Um terço das pessoas (33%) reconheceu seu
entusiasmo pelo Human Augmentation, embora a preocupação seja maior
entre as mulheres (21%) do que entre os homens (15%).
"Ao longo da história, os
cibercriminosos sempre exploraram as novas tecnologias e com o Human
Augmentation certamente não será diferente, embora esses avanços tenham sido
geralmente positivos para a Humanidade. Posto isso, devemos permanecer
vigilantes em relação às tentativas de utilização mal-intencionadas dessa
tecnologia ou de ataques de segurança quando se tornar uma realidade
cotidiana", conclui David Jacoby,
Investigador Sênior de Segurança do GReAT, da Kaspersky.
Sobre o relatório da Kaspersky
O trabalho de campo foi realizado pela Opinium
Research entre 9 e 27 de julho de 2020, contando com a participação de 14.500
pessoas com mais de 18 anos, em 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos,
Portugal, Reino Unido, República Checa, România e Suíça.
Kaspersky
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