Em comemoração ao
Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização sobre a Epilepsia,
Associação compartilha informações que podem salvar vidas e acabar com
Apesar de a epilepsia, só na América Latina,
atingir quase 8 milhões de pessoas, segundo estimativa da Organização Mundial
da Saúde (OMS), a falta de informações sobre a doença ainda é um problema na
sociedade, principalmente pelo fato de que muitos não sabem o que fazer quando
se deparam com uma pessoa tendo uma crise. Tendo o conhecimento como ferramenta
de combate ao preconceito, a Associação Brasileira de Epilepsia
aproveita o Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização sobre a
Epilepsia, comemorado no próximo dia 9, e apresenta mitos, verdades e explica
aspectos que ainda geram confusão.
Para Maria Alice Susemihl, Presidente da ABE, a
informação é o melhor caminho para a mudança, portanto, é essencial leva-la ao
público para que a doença seja encarada de uma maneira diferente. “O
preconceito surge, principalmente, por conta da falta de informação e esse é um
dos maiores problemas que temos hoje, o que torna tão importante a
conscientização social sobre a doença. Saber o que é de fato a epilepsia e como
ajudar alguém durante uma crise é algo básico para a vida dos seres humanos”,
diz.
Você sabia?
1 – A epilepsia não é uma doença mental
Diferente do que muitas pessoas acreditam, a
epilepsia é uma doença neurológica, ou seja, acontece quando um grupo de
neurônios não apresenta um funcionamento normal, gerando assim, descargas
excessivas. É como se ocorresse um “curto-circuito” no cérebro.
2 – A maioria dos pacientes com epilepsia têm
inteligência absolutamente normal
Apenas uma pequena parcela das pessoas pode
apresentar alguma dificuldade mental, porém, a epilepsia não é a causa.
3 – A doença não é contagiosa
É impossível adquirir epilepsia apenas tendo
contato com uma pessoa que tenha a doença, e dessa forma, o contato com a
saliva não vai resultar em transmissão. Qualquer ser humano, independentemente
da idade, pode ter uma crise epiléptica e o estresse elevado pode ser um dos
motivos.
4 – Nem toda convulsão é epilepsia
A crise convulsiva tem abalo motor, ocorrendo
tremores no corpo, e nem toda crise epiléptica apresenta isto. Para que uma
pessoa seja diagnosticada com epilepsia, vários episódios precisam acontecer.
Alteração de comportamento, olhar parado, movimentos automáticos e até mesmo
crises de ausência, podem ser sinais de epilepsia.
5 – Medicamentos podem controlar as crises
epilépticas
Na maioria dos casos (70%), é fácil a epilepsia ser
totalmente controlada com o uso de medicamentos e acompanhamento médico, o que
permite uma vida com poucas ou nenhuma restrição. É importante ressaltar que,
quando ocorrem crises, as medicações devem ser mantidas nos horários e nas
dosagens receitadas pelo médico; não pode haver super dosagem.
6 – A cura da epilepsia é possível, mas depende do
caso
Existem cirurgias que retiram a causa das crises,
porém, o acompanhamento médico é fundamental, pois cada caso é um caso.
7 – Existem maneiram corretas de falar e escrever
alguns termos
O certo é crise epiléptica
e não epilética. Além disso, não é correto dizer que uma pessoa é
epiléptica ou que é portadora de epilepsia, e sim, que é
uma pessoa com epilepsia. Dizer pacientes epiléticos,
além de pejorativo, é errado. O correto é: pacientes com epilepsia ou pessoas com
epilepsia.
8 – Dicas de primeiros socorros em caso de crise
epiléptica
O primeiro passo é manter a calma, pois as crises
tendem a passar em poucos minutos e não é possível ajudar alguém quando se age
com desespero ou ansiedade. O ideal é que a pessoa seja deitada de lado, para
facilitar a saída de possíveis secreções, e que a cabeça seja apoiada em algo
confortável. Além disso, é preciso tirar de perto todos os objetos perigosos
que podem ocasionar ferimentos.
É importante ressaltar que não é preciso colocar
nada dentro da boca da pessoa que está tendo uma crise, pois há o risco de
asfixia e, na tentativa de segurar a língua, ambos podem se machucar. Também
não se pode dar nada para a pessoa beber e nem jogar água em seu rosto naquele
momento. Apenas aguarde a respiração voltar ao normal e ela querer se levantar.
É necessário chamar uma ambulância caso a crise
dure muito tempo, se for seguida de outras, ou se a pessoa não recuperar a
consciência.
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