Se contarmos tão-somente com a chegada da Corte,
o Brasil está na adolescência, completou apenas 212 anos, o que na história das
nações é pouco. Recém-saídos da fase engatinhar- representada pelas crises
políticas ( república, ditaduras e governos interrompidos), crises
econômicas, fiscais, financeiras, e, desde a década de oitenta, a da automação
gerando mudanças, a partir de 2000 bruscas e frequentes, desemprego constante,
e, pós democratização, a da ética escancarando o que poucos sabiam do passado
recente e hoje do presente. Muito para o jovem País. Agora a pandemia!
Muitos ouvem, leem, assistem
e comentam. Não há mais às escondidas. A evasão da privacidade é a moda, o
tribunal da internet.Nós, agora eleitores, vamos errando e tentando
transformar, quero crer, erros em degraus para acertos. Melhores, que no
passado, estamos.
Contudo, o que preocupa mais, alguns poucos, é
que o ensino prepara para um mundo que não existe, a agressão ao ambiente, com
inundações e secas, muda o perfil de cidades atingidas e das não
atingidas, porém acolhedoras, a prevenção não encontra ressonância
nos que cuidam da saúde pública e outros acham que a solução é a
construção de presídios. Que falta faz um bom gestor!
Os “alguns” também indicam que os condenados têm
mais é que trabalhar como auxiliares de “cuidadores”, “mediadores de
especiais”, “professores”, “médicos”, “enfermeiros”, ajudar as tartarugas que
desovam e não conseguem retornar ao mar… Enfim, vamos acabar com a farra das
prisões para corruptos e corruptores, que hoje se apresentam
abatidos, doentinhos e velhinhos, transformadas em colônia de férias, anos
antes das prescrições e outras protelações. Dá tempo!
Ah, quem sabe também se tais
condenados no país adolescente não imitam – o que mais fizemos em todas as
áreas, sem sucesso por não levarmos em conta que cada país é único, com seu
tempo, espaço e circunstâncias – seriamente Francis Bacon, que por volta de
1600, preso por aceitar propina, pagou a multa estipulada e dai mudou
radicalmente de vida e tornou-se um emérito filósofo? Quem sabe não temos
alguns escondidos em meio a corruptos e corruptores? Que consigam gerar receita
para contribuir para o equilíbrio social e uma melhor distribuição de renda?
Luiz Affonso Romano - consultor, CEO do
Laboratório da Consultoria, coordenador da pesquisa Perfil das Empresas
de Consultoria no Brasil e professor do Curso de Desenvolvimento de
Consultores- presencial e online.
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