Confira alguns critérios que devem ser adotados na
hora de comprar o equipamento, fundamental para a segurança do motociclista
O Brasil conta com cerca de 28 milhões de motocicletas ou
motonetas em sua frota, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran). É seguro afirmar que existem, no país, ao menos 28 milhões de
capacetes, dada a sua obrigatoriedade de uso, segundo a resolução do Contran. E
se chegou o momento de comprar equipamento novo ou trocá-lo, como escolher?
O consultor de vendas e de Desenvolvimento de Produtos da Laquila,
empresa líder do mercado de motopeças na América Latina, Bruno Rodrigo Neves dá dicas para reduzir as opções
disponíveis e definir critérios na hora de fazer a escolha. Hoje, o mercado
nacional conta com uma grande variedade de opções. A Laquila, por exemplo,
oferece linhas especiais completas de capacetes: para trabalhar, passear e
viajar. “A marca Sky é 100% feita dentro da empresa, que atende a todos com um
preço acessível. A TEXX, linha intermediária, é desenvolvida fora do Brasil,
com segurança e estilo. E a HJC, a marca mais vendida dos Estados Unidos, de
alta performance, usada no MotoGP, é conhecida mundialmente por seu excelente
custo-benefício”, explica.
Confira algumas indicações do especialista que devem ser seguidas
na hora de comprar o equipamento:
Quantidade de uso: um piloto que usa apenas no
fim de semana ou férias difere de quem trabalha com a moto no dia a dia. Nesse
contexto, é importante pensar na durabilidade, com custo-benefício. Em geral,
os capacetes contam com três anos de validade, mas é importante observar alguns
aspectos: o forro, a viseira e a cinta jugular. “O que manda é a vida útil e
não a validade. É preciso cuidar, por exemplo, se o parafuso da cinta jugular
está frouxo, porque, em caso de acidente, ele pode permitir que o equipamento
voe”, diz Neves.
Tipo de uso: qual o uso da moto? Para
viagens em estradas? É um veículo de trabalho? Para rodar na cidade nos fins de
semana? Nas scooters, em geral, é comum se adquirir o capacete aberto, mas vale
ressaltar que eles são menos seguros, pois deixam o rosto exposto. “Os
escamoteados são, por exemplo, têm maior índice de uso por pilotos de motos
custom e bigtrail, além de serem uma boa opção para quem trabalha com entregas.
Por ter a face móvel, que pode ser levantada e abaixada com muita agilidade,
ele facilita a comunicação. No caso de um motoboy, pode fazer entregas sem nem
sequer tirar da cabeça”, detalha o especialista.
Segurança: seja importado ou nacional, é
importante investir em um capacete com a certificação do Inmetro. Além disso,
uma das recomendações de Neves é apostar em uma viseira com pelo menos 2mm de
espessura, capaz de proteger em caso de uma pedrada, por exemplo, e reduzir a
possibilidade de riscos. “No ato de escolha, a visibilidade é fundamental, pois
deve permitir um campo de visão maior e melhor”, explica Neves.
Tamanho: há lojas físicas que
disponibilizam fita métrica para fazer a medida da cabeça, mas nem sempre o ato
é eficiente. De acordo com Neves, o motociclista deve sempre apostar em um
modelo mais justo, desde que não aperte a testa ou a parte superior da cabeça.
“É bom sempre levar um pouco mais justo, porque ele acaba expandindo e se
ajustando. É importante compreender a diferença entre apertado e justo. Na
região da bochecha, por exemplo, é onde mais cede”, esclarece.
Use a narigueira: alguns modelos contam com a
narigueira, que deve ficar na altura do nariz: se estiver muito para cima,
significa que está apertada; se estiver para baixo, está sobrando. É importante
que o motociclista conheça o formato do rosto e os modelos já adotados para
saber o que mais lhe convém. Segundo Neves, o formato do rosto acaba
determinando o modelo do capacete – pessoas mais bochechudas, com rosto mais
fino ou comprido tendem a escolher opções diferentes.
Estilo: sua moto é do tipo custom,
esportiva, street, naked ou scooter? Há capacetes para combinar com cada uma
delas. E o estilo não está vinculado apenas ao aspecto estético, mas também à
segurança. “O vento contra é algo comum ao pilotar. O desenho do casco faz
diferença, porque uma moto esportiva de 1000 cilindradas atinge uma velocidade
maior do que uma custom e mais rápido”, explica Neves.
Visibilidade em dias frios e chuvosos: um dos investimentos sugeridos por Neves para todo perfil de
motociclista é investir em modelos com a tecnologia conhecida como pinlock.
Trata-se de uma película encaixada na viseira, que permite 100% da visão em
dias chuvosos, de frio ou neblina. “Mesmo respirando dentro do capacete, não
vai embaçar”, completa o especialista.
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