Cidadãos podem opinar sobre a incorporação do
medicamento emicizumabe, indicado para prevenir e reduzir a frequência de
sangramentos dos pacientes com hemofilia A
Pacientes
hemofílicos portadores do tipo A, doença que provoca sangramentos acima do
normal por conta de distúrbio no sangue, podem participar de consulta pública
para incorporação de novo medicamento no SUS, o emicizumabe. O medicamento é
indicado para prevenir sangramentos ou reduzir sua frequência, proporcionando
melhor qualidade de vida aos pacientes de hemofilia A, tipo mais predominante
no país. A consulta é aberta a todos os pacientes, profissionais de saúde,
especialistas, pessoas que estudam a doença e outros interessados no uso do
medicamento pelo SUS.
Na consulta pública, os cidadãos podem opinar,
acrescentar informações e até críticas, por meio da internet pelo endereço disponibilizado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Atualmente, o Ministério da Saúde garante o medicamento Fator VIII
Recombinante, direcionado ao tratamento da hemofilia A.
No ano de 2018, no
Brasil, eram 26, 7 mil pacientes cadastrados no Hemovida Web Coagulopatias,
sistema que reúne informações de todos os centros de tratamentos no país
com uma base nacional que reúne dados clínicos, informações sobre o tratamento,
registro de infusões de medicamentos, além do controle de estoque de
medicamentos.
Do total de
pacientes cadastrados com doenças hemorrágicas hereditárias no Brasil,
aproximadamente 40% dos casos devem-se a hemofilia A e 8% a hemofilia B.
O maior número de pacientes está concentrado nos estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Para esses pacientes e seus familiares,
a rede de saúde pública também oferta atendimento integral.
HEMOFILIA A
A Hemofilia A é uma
doença hereditária e sem cura, transmitida quase que exclusivamente a indivíduos
do sexo masculino por meio das mães que portam a condição. Apesar de serem as
mulheres as transmissoras, os sintomas e problemas causados pela hemofilia
aparecem apenas nas pessoas do sexo masculino. O tratamento consiste na
reposição desse fator deficiente, por meio dos concentrados de fator plasmático
ou uso de medicamentos na profilaxia dos sangramentos.
ASSISTÊNCIA NO SUS
Na linha de cuidado
para tratar a hemofilia e prevenir suas complicações, no SUS, estão disponíveis
diversas modalidades de tratamento a todos os pacientes brasileiros acometidos
pela doença. Vão, desde sob demanda ou episódico até o profilático (nos casos
de pacientes com hemofilia grave). São ofertados também o diagnóstico e o
atendimento aos pacientes e familiares por equipes multidisciplinares, tudo
isso orientado a partir de protocolos específicos para tratamento de
hemofilias.
Roberto Chamorro
Agência Saúde
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