Atualmente existem 309 unidades e centros de assistência
habilitados no tratamento do câncer de mama pelo SUS, distribuídos por todos os
estados brasileiros
A
descoberta de um nódulo ou caroço nos seios pode significar a presença de
câncer de mama. No entanto, somente a avaliação médica e a investigação podem
dizer o significado dessa alteração no corpo da paciente. Até o momento de
receber o resultado, a situação desencadeia uma série de reações emocionais
diante da necessidade de enfrentamento da situação adversa. É nesse momento que
são indicados os tratamentos e estratégias no enfrentamento da doença. O
paciente do SUS recebe apoio clínico para superar cada fase da doença, o acesso
começa na Unidade de Saúde da Família, na Atenção Primária, com o rastreamento
e é reforçado após o diagnóstico com o tratamento ambulatorial e hospitalar, na
Atenção Especializada.
O
diagnóstico correto do câncer é essencial para um tratamento adequado e eficaz,
porque cada tipo da doença precisa de um tratamento específico, que pode
abarcar uma ou mais modalidades, tais como cirurgia, radioterapia,
quimioterapia e hormonioterapia, que são modalidades terapêuticas ofertadas no
SUS.
ONDE BUSCAR O TRATAMENTO NA REDE
PÚBLICA
A
dona de casa Iraci Bundchen, de 55 anos, moradora da cidade de Sanaduva (RS),
descobriu o câncer através de um exame de rotina ao ser submetida à mamografia
em 2018. Ela é usuária da rede SUS e depois que recebeu o diagnóstico na
Atenção Primária foi encaminhada para os serviços de oncologia do Hospital de
Clínicas de Passo Fundo.
“Detectei
um nódulo na mamografia. Depois completei com o ultrassom e biópsia e se
confirmaram os nódulos. Estava em estágio inicial, mas com metástases embaixo
do braço. Primeiro eu fiz a cirurgia, retirei a mama com esvaziamento axilar e
fiz a reconstrução mamária e daí tiraram quatro nódulos, depois já comecei a
fazer as quimioterapias. Tenho mais sessões de quimioterapia e depois a
radioterapia para terminar o tratamento”.
De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tratamento varia de acordo
com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as
condições da paciente. A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama
é a cirurgia, que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou
mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução
mamária.
A
área de Oncologia do SUS é estruturada com a Rede de Atenção Oncológica formada
por estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia (UNACON) ou como Centro de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia (CACON). Essas unidades devem oferecer assistência
especializada ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico e tratamento. A assistência
abrange sete modalidades integradas: diagnóstico, cirurgia oncológica,
radioterapia, quimioterapia (oncologia clínica, hematologia e oncologia
pediátrica), medidas de suporte, reabilitação e cuidados paliativos.
Iraci
Bundchen participou de um desfile onde pode tirar o lenço, adereço comum e de
grande representatividade para as pacientes com câncer. “Foi um momento de
grande emoção”, contou a paciente gaúcha
Atualmente
existem 309 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do
câncer, distribuídos por todos os estados brasileiros, onde o paciente de
câncer encontrará desde exames até cirurgias mais complexas.
TRATAMENTO NO SUS
A
cirurgia é o principal tratamento do câncer de mama inicial. O tipo mais
comum de mastectomia é a radical modificada, que compreende a retirada total da
mama e o esvaziamento axilar. As pacientes também podem ser submetidas a outros
dois tipos de procedimentos: cirurgias conservadoras e reconstrução mamária.
EM 2018, FORAM REALIZADAS 45 MIL CIRURGIAS NO SUS
A
radioterapia é utilizada para tratamento auxiliar, após a cirurgia, e
está indicada em pacientes em situações especificas e também como método de
tratamento paliativo.
EM 2018, FORAM REALIZADAS 3,3 MILHÕES DE RADIOTERAPIA NO SUS
O
uso da quimioterapia, responsável, pelo menos em parte, pela redução da
mortalidade por câncer de mama, comprovada em quase todos os países
ocidentais. Devem ser consideradas, para seleção de quimioterapia adjuvante, as
características clínicas do paciente e as características do tumor.
EM 2018, FORAM REALIZADAS 1,6 MILHÃO DE QUIMIOTERAPIAS NO SUS
A
hormonioterapia está indicada em todas as pacientes com receptores
hormonais positivos, em virtude de apresentar poucos efeitos colaterais ou contraindicações
e eficácia comprovada. Consiste do uso de substancias semelhantes ou inibidores
de hormônios, para tratar as neoplasias que são dependentes destes. A
administração pode ser diária ou cíclica e se caracteriza por ser de longa
duração.
Roberto
Chamorro
Agência
Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário