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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Especialista explica as vantagens e os riscos da bichectomia


“Os profissionais devem ser muito criteriosos na indicação”, diz cirurgião-dentista Rafael Puglisi

Criada nos EUA, a técnica da bichectomia (remoção de pequenas bolas de gordura na região da bochecha) chegou ao Brasil em 2015, e desde então começou a virar moda entre as celebridades. E embora muito procurada pelos resultados estéticos, essa cirurgia também pode ter indicação médica.
O procedimento pode ser feito por cirurgiões-dentistas e cirurgiões plásticos. E para saber se o profissional é bom, o dentista dascelebridades Rafael Puglisi explica que o paciente deve pedir os resultados. “Peça as fotos de procedimentos anteriores, pois com toda a certeza um bom especialista arquiva os resultados”, indica.
A bola de bichat fica localizada mais próxima da maçã do rosto na juventude, e ao longo dos anos, essa bola de gordura vai descendo e deixando o rosto mais quadrado. “A recomendação da cirurgia geralmente é estética, mas também pode ser médica, como por exemplo, para as pessoas que costumam morder muito a bochecha durante a mastigação”, diz o dentista.
A bichectomia é feita com anestesia e dura entre 40 e 50 minutos, dependendo do profissional. “É normal sentir um pouco de desconforto nos cinco primeiros dias, por isso especialista irá receitar antibióticos e analgésicos no pós-operatório. É recomendado não realizar atividades físicas no período e também indicamos ao paciente comer alimentos pastosos e frios”, explica.
O resultado estético, segundo o dentista Rafael Puglisi, aparece no máximo em três meses. “A pessoa fica com o rosto mais harmônico e bonito. E o valor do procedimento varia de acordo com o profissional, podendo ir de R$ 3 mil até R$ 10 mil”, garante o dentista das celebridades.
Somente pessoas com mais de 18 anos podem fazer a cirurgia, pois assim como qualquer outro procedimento cirúrgico, os riscos existem. “Essa gordura (bola de bichat) não volta após a remoção. Por isso a cirurgia deve ser muito bem pensada e planejada. O procedimento é feito com bisturi, ou seja, um corte mal feito pode atingir um nervo e a pessoa pode ficar com uma paralisia facial, com uma sequela definitiva”, afirma Puglisi.
O dentista também diz que a bichectomia tem que ser feita sem associação com outras cirurgias plásticas, devido o pós-operatório demandar atenção do paciente. Outro ponto importante que o paciente deve saber é que as bochechas não voltam a crescer, mas podem ficar flácidas com o tempo se forem feitas em pessoas com determinados tipos de rostos.
“As bochechas podem ficar flácidas após a cirurgia com o passar dos anos. Por isso a cirurgia não é indicada para os rostos mais alongados e triangulares, e também para pessoas com os queixos mais protuberantes. Portanto, os profissionais devem ser muito criteriosos na indicação, pois quanto mais longo o rosto, maior é a área de estabilidade do tecido adiposo com a sustentação da pele”, esclarece Puglisi.



Dr. Rafael Puglisi - cirurgião-dentista e atua como coordenador clínico e de planejamento digital oral. Ele também é diretor do departamento de pesquisas do Instituto Odontológico Guy Puglisi, o IGP. Apaixonado por sorrisos, buscou a especialização em odontologia estética, adquirindo o domínio de inovadoras técnicas de próteses em cursos no exterior. 


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