Conclusão vem de
estudo inédito da Fundación MAPFRE em parceria com a Sociedade de Cardiologia
do Estado de São Paulo (Socesp) sobre saúde cardiovascular das mulheres
A Fundación MAPFRE e a Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (Socesp) divulgaram nesta quinta-feira (26) os resultados
da pesquisa inédita “Saúde Cardiovascular da Mulher Brasileira”. O estudo levou
em consideração 93.605 avaliações de pacientes de mais de 500 unidades básicas
de saúde de todo o país.
A principal conclusão da pesquisa diz respeito à
relação entre doenças cardíacas e saúde mental, como o estresse e a depressão.
Globalmente, esses males são responsáveis pelo aumento de duas a cinco vezes
nas chances de infarto e Acidente Vascular Encefálico (AVE). Já na população
brasileira, a presença de estresse percebido agrava em oito vezes as chances de
infarto, o dobro que em países como a Argentina e o quádruplo que a Colômbia.
O estudo aponta que 51,6% das mulheres passaram
por, pelo menos, uma situação estressora muito importante no último ano,
enquanto 37,3% dos homens apontaram algum evento deste tipo.
A frequência e a natureza desses eventos também
foram avaliadas: 61,1% das brasileiras responderam passar por estresse
permanente no âmbito domiciliar, em níveis “moderado”, “intenso” ou
“exagerado”. Entre os homens esse percentual foi de 45,7%. As finanças também
são motivo de aborrecimentos frequentes – entre “moderado”, “intenso” ou
“exagerado” – para 58,4% das pesquisadas. O mesmo índice ficou em 52,3% no
universo masculino.
“Estima-se que atualmente cerca de 40% dos lares
brasileiros são chefiados por mulheres. Elas, que se desdobram entre as funções
de provedoras da família, profissionais, mães e esposas, merecem um foco mais
detalhado quando o assunto é saúde do coração”, afirma a diretora da Fundación
MAPFRE no Brasil, Fátima Lima.
De acordo com o cardiologista José Francisco Kerr
Saraiva, presidente da Socesp e responsável pelo Centro de Pesquisa da
entidade, esses fatores emocionais devem ser levados em consideração ao avaliar
uma tendência à manifestação de doenças cardíacas no público feminino. “Os
mecanismos clássicos de avaliação do risco cardiovascular não consideram o
estresse percebido, que deve, sim, ser somado a hábitos alimentares, prática de
exercícios físicos, tabagismo e consumo de álcool”, aponta.
Fundación MAPFRE
www.fundacionmapfre.com.br
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