A incidência,
morbidade e mortalidade por Melanoma continuam aumentando apesar de todos os
esforços da comunidade científica mundial especializada o que justifica a
criação do mês de junho como o mês de Combate ao Melanoma, com o objetivo de
levar à sociedade conhecimentos importantes sobre o que é o Melanoma, fatores
de risco, prevenção, diagnóstico e tratamento
No Brasil, segundo o INCA- Instituto Nacional do
Câncer, foram diagnosticados 6.260 casos novos em 2018, sem diferença
significativa entre homens e mulheres, com cerca de 2.000 mortes pela doença.
Segundo o presidente da SBC- Sociedade Brasileira
de Cancerologia, o oncocirurgião Ricardo Antunes, esse índice corresponde a
apenas a 3% dos tumores malignos da pele, sendo contudo, o mais agressivo, com
capacidade de disseminação para outros órgãos e de levar à morte caso não haja o
diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
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"A cirurgia ocupa lugar de destaque, sendo a quimioterapia,
a radioterapia e, mais recentemente, a imunoterapia,opções indicadas
para os casos avançados e de forma muito individualizada. Hoje os novos
medicamentos trazem altas taxas de sucesso terapêutico", informa
Antunes.
Fatores de Risco
. Exposição prolongada e repetida ao sol (raios
ultravioleta), principalmente na infância e adolescência.
. Exposição a Câmara de Bronzeamento, especialmente
com início em idade precoce.
. Pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros
(pele tipo 1 e 2 com maior sensibilidade aos raios solares)
. Fumantes pelo efeito negativo ao sistema imune.
. História familiar, chamada de Melanoma Familiar,
onde o paciente e alguns membros da família apresentam mais que 50
NevusMelanociticos (várias pintas escuras pelo corpo), sendo responsável por
10% dos casos.
O presidente da SBC destaca que esse diagnóstico é
essencialmente clínico e os profissionais que atuam no segmento da oncologia
cutânea como dermatologistas, cirurgiões plásticos e cirurgiões oncológicos
devem saber reconhecer e orientar.
Detecção precoce
A detecção precoce é fundamental para a cura e os
sinais de uma pinta suspeita deve estar na memória de cada um de nós através de
uma simples e eficaz regra, a regra ABCDE:
A- assimetria da pinta (um lado é diferente do
outro)
B- Bordas elevadas da pinta
C- Cores escuras variadas (preto, vermelho, azul).
D- Diâmetro maior que 6mm
E- Evolução conforme o tempo mudando de tamanho,
forma e cor.
"Quando temos uma suspeita de Melanoma devemos
fazer o exame de Dermatoscopia (aparelho que permite ampliação da pinta e
melhor diagnóstico) e, em alguns casos, a biópsia total da pinta com exame
microscópio (anatomopatológico) permitindo um melhor tratamento", orienta.
Ricardo Antunes alerta que o diagnóstico precoce é
fundamental para a cura. E o cuidado com a exposição solar inadequada e o uso
de protetor solar, principalmente nas crianças em idade escolar e
adolescentes,são estratégias de prevenção altamente recomendadas pela Sociedade
Brasileira de Cancerologia.
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