A temporada de festas
juninas está aberta. Além de música caipira, comidas e bebidas típicas, tem
muita fogueira e fogos de artifício. Não há quem não goste de apreciar os
espetáculos pirotécnicos ou de se esquentar na beira da fogueira. Todavia, brincar
com fogo exige cuidados a fim de evitar acidentes graves, não só com
queimaduras no corpo, como também na região dos olhos.
“A irritação por causa
da fumaça pode desenvolver uma conjuntivite ou, em casos mais graves, uma
ceratite”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr.
João Eugenio. Segundo o médico, não é recomendado ficar muito próximo das
fogueiras nem olhar fixamente para o fogo por longo tempo.
Os cuidados devem ser
redobrados ao assistir os fogos de artifício, pois os fragmentos liberados
durante as explosões podem perfurar o globo ocular, causando transtornos
oculares ou comprometimento da visão. “Quando o dano ocorre nas pálpebras, pode
haver deformidades sérias, com retração, perda de tecido e ressecamento,
comprometendo a superfície ocular”, explica o especialista.
Mesmo queimaduras leves
podem atingir a córnea e causar a diminuição da sua transparência,
comprometendo seriamente a visão. Casos mais graves, com opacidade total da
córnea, podem resultar em cegueira e, em algumas situações, é necessário fazer
o transplante da córnea para restabelecer a visão.
Se a pólvora entrar em
contato com os olhos, a orientação é lavar abundantemente com água corrente ou
soro fisiológico sem esfregar. Não utilize colírio ou pomada por conta própria,
muito menos coloque gelo no local afetado. Óculos de sol ou de grau e lentes de
contato não protegem os olhos dos fogos de artifício, ao contrário, costumam
agravar a situação.
Todos os casos que envolvem queimadura
ocular precisam ser analisados e tratados por um especialista, pois a área é
muito sensível e requer cuidados imediatos.
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