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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita alerta para diagnóstico precoce em recém-nascidos


Referência no assunto, Hospital e Maternidade Santa Joana tem obtido sucesso em 90% das cirurgias de cardiopatias congênitas


A cardiopatia congênita é uma doença que consiste na anormalidade na estrutura ou função do coração. Todos os anos, mais de 21 mil bebês precisam de algum tipo de intervenção cirúrgica para sobreviver. Para alertar sobre a enfermidade durante o período gestacional e os meios de diagnosticá-la precocemente, no dia 12 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita.

O Hospital e Maternidade Santa Joana é uma das principais referências no país em cuidados de malformações cardíacas. Além de oferecer os mais variados exames de diagnóstico, realiza todos os tipos de cirurgias para o tratamento das cardiopatias congênitas. Desde 2012, mais de 200 procedimentos foram realizados em recém-nascidos. “Temos obtido sucesso em mais de 90% das cirurgias para correção de cardiopatias congênitas no período neonatal”, afirma Dr. José Cícero Stocco Guilhen, especialista em cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos 29 mil bebês que nascem no Brasil têm cardiopatia congênita. Porém, para maioria das cardiopatias congênitas, a causa não é identificada, pois podem incluir vários fatores: genéticos, uso de medicamentos e drogas, doenças maternas - diabetes e lúpus -, e infecções como rubéola e sífilis. Também são considerados mais susceptíveis às cardiopatias congênitas os bebês que nasceram com doenças cromossômicas, como a síndrome de Down. Essas enfermidades podem interferir no momento da formação do coração fetal, que ocorre nas primeiras oito semanas de gravidez.

Entre as malformações mais comuns estão as comunicações interatriais e as comunicações interventriculares, além de doenças como a estenose pulmonar e a tetralogia de Fallot. Os sintomas são falta de ar, cansaço, ponta dos dedos e lábios azulados, modificações no formato do tórax, suor e, no caso dos bebês, cansaço entre as mamadas. “Essas más formações ocorrem devido a falhas no desenvolvimento embrionário de uma estrutura cardíaca normal. Com isso, o desenvolvimento estrutural e funcional do restante do sistema circulatório pode ficar comprometido”, afirma Dr. Guilhen.

Diagnóstico Precoce
O diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas pode ser feito ainda na vida fetal. Os exames de ultrassom morfológico realizados rotineiramente nos primeiro e segundo trimestres gestacionais fazem o rastreamento da má formação no coração do bebê. Se existir suspeita de alguma anormalidade, o segundo passo será realizar um ecocardiograma do coração do feto. Esse exame permite avaliar e detectar detalhadamente as anormalidades estruturais da função cardíaca. “Por isso, é fundamental acompanhar a saúde do bebê antes mesmo dele nascer, como propõe o Centro de Medicina Fetal do Santa Joana. Neste serviço, uma equipe multiprofissional especializada realiza desde consultas de acompanhamento de rotina até os mais sofisticados exames e, diante da descoberta de qualquer problema, como uma cardiopatia congênita, o acompanhamento da gestação será mais intenso para que a saúde e o bem-estar do bebê e da mãe sejam preservados com o máximo de segurança possível”, afirma Dr. Guilhen.

Além disso, os bebês têm à disposição toda a moderna infraestrutura hospitalar da UTI Neonatal do Santa Joana, que conta com o protocolo de atendimento segmentado cardíaco e equipe altamente especializada para atender casos relacionados. Para os procedimentos cirúrgicos, ainda há a máquina de circulação sanguínea extracorpórea, garantindo que a função do coração do bebê não seja comprometida durante a realização de procedimentos que necessitem de intervenções no órgão. O equipamento desvia o sangue não oxigenado do paciente e devolve sangue reoxigenado para a circulação. Ou seja, ele desempenha temporariamente o papel do coração para que o bebê seja operado. 

“Após o nascimento, também é importante continuar a investigação. Para isso, é realizado o teste do coraçãozinho, onde um equipamento de oximetria de pulso é colocado na mão direita e, em um dos pés do bebê, para medir a quantidade de oxigênio no seu corpo. Esse exame, associado à realização do ecocardiograma, ajudam os médicos a confirmarem se existe ou não problemas no coração do bebê”, conclui Dr. Guilhen.




Hospital e Maternidade Santa Joana


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