Da amostra total da pesquisa PGB 2019, os pais,
independentemente de jogar games, afirmam que 84% dos seus filhos jogam e 68,2%
tem o costume de jogar junto com eles. Quando consideramos apenas os pais que
afirmam jogar jogos digitais, esse número sobe para 90,5% dos entrevistados. A
pesquisa também revela que 83,2% dos pais gamers jogam com os filhos.
A Pesquisa
Game Brasil (PGB) está em sua 6ª edição, trazendo o
cenário atual do mercado de games com diversas abordagens dos hábitos de
consumo nas principais plataformas de jogos. Realizada pelo Sioux Group, Blend News Research, ESPM,
através do Gamelab e Go
Gamers, a PGB conta com os esforços conjuntos de profissionais
de mercado e do ambiente acadêmico. Além dos dados relacionados ao mercado brasileiro, a nova edição traz
informações sobre os gamers da América Latina. Seguindo a mesma metodologia dos
anos anteriores, a PGB foi realizada no mês de fevereiro e teve a participação
de 5.110 pessoas, entrevistadas no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal e
no México, Argentina, Chile e Colômbia.
Relação
Pais, Filhos e Jogos
A
pesquisa notou que o envolvimento que os pais têm com os games é diretamente
proporcional à aceitação que possuem com relação ao consumo de jogos digitais
de seus filhos. Quando afirmado que "deve-se evitar que as crianças joguem
antes de dormir", a maioria dos pais entrevistados concordaram totalmente
com a afirmação (48,7%).
Pais
hardcore
gamers, por sua vez,
tiveram uma posição menos discrepante em relação ao assunto (42,3%). “O envolvimento dos pais com jogos
digitais faz com que a sua opinião geral sobre o consumo dos jogos seja mais
favorável do que daqueles pais que são menos envolvidos. Ao mesmo tempo, esse
envolvimento não faz com que os pais tenham uma opinião diferente dos outros,
apenas menos incisiva”, revela Matheus Marangoni, professor da
ESPM.
Um
ponto que voltou à discussão recente foi a violência nos jogos digitais como
influência negativa para as crianças e adolescentes. A PGB 2019 notou que os
pais são divididos em relação ao tema, mas que a maioria não acredita que os
jogos digitais levam ao comportamento agressivo. 41,3% dos pais discordam (totalmente ou
parcialmente) que os jogos digitais sejam capazes de promover esse
comportamento, enquanto os pais jogadores hardcore
tendem a se opor mais à essa afirmação, com 48,5% de discordância. “Isso mostra que os pais ainda estão
inseguros com relação ao tema” aponta Matheus. “Muitas pesquisas científicas entendem que
os jogos digitais influenciam seus jogadores, mas que a responsabilidade sobre
um fenômeno comportamental não pode recair sobre uma única fonte de influência,
existindo diversas outras questões contextuais do sujeito que devem ser
avaliadas para chegar a alguma conclusão consistente”.
Outro
assunto que deixam pais divididos, sejam eles jogadores hardcore ou não, é a
influência que os jogos digitais possuem na aprendizagem de seus filhos. Mesmo
entre os pais gamers, a opinião é
dicotômica: 37,6% discordam
(parcialmente ou totalmente) que os jogos possam atrapalhar, enquanto 41,6%
concordam (total ou parcialmente). “Nossa hipótese é que os pais observam o comportamento dos
seus filhos, que podem direcionar mais esforço aos jogos do que às tarefas da
escola. Os jogos digitais provavelmente acabam servindo de escape para crianças
e adolescentes, mascarando outros problemas sobre a falta de interesse sobre o
conteúdo escolar” complementa o professor.
Sobre
a PGB (Pesquisa Game Brasil)
A
Pesquisa Game Brasil está em sua 6ª edição, trazendo o cenário atual do mercado
de games com diversas abordagens dos hábitos de consumo nas principais
plataformas de jogos. A pesquisa evoluiu e conta com uma versão gratuita, com
os resultados principais, e uma versão premium,
com análises cruzadas e aprofundadas para a geração de insights. Realizada pelo
Sioux Group, Blend New Research, ESPM através do Gamelab e Go Gamers.
Sobre
o Sioux Group
“Para nós, interação não é só apertar um
botão. É criar conexões entre pessoas e marcas, divertir, educar, simplificar
tarefas através da tecnologia.”
Fundada
em 2001, a Sioux, agência de tecnologia interativa, reposiciona-se criando um
grupo de empresas focadas na prestação de serviços e desenvolvimento de
produtos próprios. O objetivo do grupo é criar conexões entre pessoas e marcas,
divertir, educar e simplificar tarefas através da tecnologia. A operação de
empresas independentes garante maior especialização e flexibilidade para novos
negócios nos segmentos em que atuam.
Sobre
a Blend New Research
A
Blend New Research é uma empresa de pesquisa de mercado inovadora, ligada à
HSR, que usa a senioridade da equipe de profissionais, aliada às técnicas
avançadas de pesquisa, para alavancar os negócios dos clientes. Presidida por
Lucas Pestalozzi, a Blend atua firmemente com a customização de projetos,
adaptando equipe, recursos e estrutura de acordo com as demandas de cada conta.
A
meta é “misturar” o conhecimento de ambos os lados para maximizar as
oportunidades de crescimento. Seu diferencial está em fazer uso das tecnologias
de ponta, traduzindo-as em plataformas e adicionando inteligência para que
efetivamente possam ser aplicáveis. Com essa atuação, tornou-se pioneira no uso
de FR para análise de emoções; no desenvolvimento de comunidades online exclusivas; e na
integração de mobile research
ao CAWI e CATI.
Go
Gamers
Projeto
liderado pelo Sioux Group em parceria com professores da ESPM, tem como missão
difundir o conhecimento do universo dos games por meio de uma abordagem
diferenciada, não como forma de entretenimento, mas com um olhar de pessoas que
vivenciam os games como negócio e estudam a sua aplicação no cotidiano.
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