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terça-feira, 2 de abril de 2019

Pesquisa mostra que contrapartida das filantrópicas é maior do que imunidade tributária destinada ao setor


 Novo estudo do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas evidencia a importância da filantropia para manter o acesso dos brasileiros que mais precisam a serviços gratuitos de saúde, educação e assistência social 


Os números do setor filantrópico brasileiro surpreendem: na área da Assistência Social, são mais de mais de 3,6 milhões de vagas de serviços essenciais de proteção básica. Na Saúde, mais de 260 milhões de procedimentos ambulatoriais e hospitalares. Na Educação, cerca de 725 mil bolsistas no Ensino Superior e Básico. Esses são alguns dos dados revelados na atualização da pesquisa A Contrapartida do Setor Filantrópico no Brasil, realizada pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas – FONIF em parceria com a consultoria independente Dom Strategy Partners e auditoria da Audisa.

Assim como a primeira edição desse levantamento, realizado em 2016, os dados da pesquisa atualizada não deixam dúvidas quanto à representatividade das instituições filantrópicas para o bom funcionamento do país nas áreas de saúde, educação e assistência social. Além disso, o documento mostra também o retorno da filantropia para a sociedade frente às imunidades tributárias garantidas na Constituição Federal.

Segundo números reunidos na pesquisa, que tem como base dados oficiais dos ministérios da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, a cada R$1,00 investido pelo Estado no setor com as imunidades fiscais, a contrapartida real é de R$7,39 em benefícios entregues à população nessas três áreas - ou seja, uma entrega que agrega seis vezes mais do que é recebido.

Vale mencionar também que o valor das imunidades tributárias das filantrópicas ficou em R$12 bilhões no período pesquisado, o equivalente a apenas 3% de toda a arrecadação previdenciária, que foi de R$375 bilhões.

“Esses dados só reforçam o compromisso do nosso setor com o Brasil. Fazemos filantropia há séculos motivados por nossa missão e carisma, o que nos leva a investir muito mais do que recebemos em favor daqueles que mais precisam do nosso trabalho”, comenta Custódio Pereira, presidente do FONIF.


Principais números de cada área

De acordo com os números consolidados na nova pesquisa do FONIF, na área da saúde, o setor filantrópico realiza mais de 260 milhões de procedimentos ambulatoriais e hospitalares e corresponde a 59% de todas as internações de alta complexidade do Sistema Único de Saúde. Vale mencionar ainda o fato de que o Brasil conta com 906 municípios atendidos exclusivamente por um hospital filantrópico.

Na educação não é diferente. Segundo o levantamento, as filantrópicas do segmento somam mais de 2,4 milhões de alunos matriculados e 725 mil bolsistas no Ensino Superior e Básico, isso sem mencionar o aspecto qualitativo, já que essas instituições são reconhecidas pela oferta de uma educação de altíssima qualidade, conforme constatação de rigorosos rankings de avaliação, como o ENEM e a CAPES.

Na área de assistência social a relevância dos dados é a mesma. Mais de 3,6 milhões de vagas de serviços essenciais de proteção básica são oferecidos pelo setor, o que representa 47% das vagas oferecidas pela rede socioassistencial privada, incluindo atendimentos de média e alta complexidade, assessoramento e defesa e garantia de direitos.

Para conferir todos os dados e fazer download da pesquisa, basta acessar o link: http://fonif.rds.land/atualizacao-pesquisa



FONIF - Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas
www.fonif.org.br   

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