Índice
monitorado pelos tabelionatos registrou recuo de 7% em todo o Brasil no mês de
maio
Um estudo inédito realizado
pelo Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), associação que
congrega os cartórios de notas paulistas, revelou que nos últimos 12 meses, os
tabelionatos brasileiros lavraram 378.328 escrituras públicas envolvendo
transações imobiliárias. De acordo com a pesquisa, juntos, esses imóveis
movimentaram R$ 472.625.261.137,83.
O estudo é parte
do Projeto Indicadores Notariais, lançado pelo CNB/SP com o propósito de dar
transparência as operações imobiliárias que são praticadas via cartórios de
notas por meio de escrituras públicas. “É mais uma ferramenta importante que os
notários disponibilizam à sociedade. Os dados servirão também como informação
importante para o mercado imobiliário e para os demais setores da sociedade
civil”, analisa Andrey Guimarães Duarte, presidente do CNB/SP.
A pesquisa será
disponibilizada todos os meses no site do CNB/SP – indicadores.cnbsp.org.br – e trará sempre informações sobre a quantidade de
transações imobiliárias via escritura pública, bem como o valor em reais que
estas operações representaram no período.
No mês de maio,
por exemplo, foram transacionados em todo o Brasil aproximadamente 80 mil
imóveis, que movimentaram 38 bilhões de reais. Ainda de acordo com o
levantamento, São Paulo é o estado que mais transaciona propriedades via
escritura pública. Neste período foram computadas a lavratura de 23 mil
escrituras, ou seja, quase 30% dos atos lavrados no País.
Outra
possibilidade que pode ser observada nos índices é a análise histórica. Em
maio, o índice de transações imobiliárias via escritura pública recuou 7,6% em
todo o Brasil, passando de 81.168 em abril para 80.748 em maio.
Os indicadores
completos podem ser acessados em indicadores.cnbsp.org.br.
Mais barato e
mais seguro
A escritura
pública de compra e venda de bens é o documento lavrado no cartório de notas
por meio do qual uma das partes vende determinado bem – móvel ou imóvel – para
outra. O documento é obrigatório para a transferência de bens imóveis de valor
superior a 30 salários mínimos.
De acordo com o
CNB/SP, a escritura pública é a forma mais segura de se adquirir um imóvel. “O
instrumento público possui a fé pública do tabelião, que dará a segurança
jurídica ao ato. O notário conferirá também toda a documentação, perseverando
assim as partes envolvida no negócio”, ressalta Andrey Guimarães Duarte.
Depois de
lavrada a escritura de compra e venda do imóvel, ela deve ser registrada no
cartório de registro de imóveis. O próprio tabelionato pode providenciar esse
trâmite junto ao registro imobiliário.
Todo este
trâmite é simples e rápido. Segundo o último Doing Business, relatório produzido
pelo Banco Mundial, que analisa a cada ano as leis e regulações que facilitam
ou dificultam as atividades das empresas em cada economia, o processo de
registro de imóveis em São Paulo leva aproximadamente 25 dias. Para se ter uma
ideia, este tempo é inferior ao de economias desenvolvidas como Alemanha (52
dias) e França (64 dias) e próximo ao dos EUA (15,2 dias).
Ainda de acordo
com o levantamento Doing Business, o processo de registro de imóveis no Brasil
é um dos mais baratos do mundo. Por aqui, paga-se em média 3,6% do valor total
do imóvel para registrá-lo. Mais uma vez, média inferior ao de vários países
desenvolvidos: Suécia (4,3%), Itália (4,4), Reino Unido (4,8%), Austrália
(5,2), Japão (5,8%), Alemanha (6,7%), França (7,3%) etc.
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