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segunda-feira, 9 de abril de 2018

A vida em vez do lucro


Em tempos de capitalismo, desenvolvimento e tecnologia é difícil pensar em uma empresa que não queira lucrar com suas invenções e patentes. Quanto mais evoluímos, mais buscamos o sucesso e o reconhecimento por nossos feitos e ideias. Porém, a empresa sueca Volvo pode afirmar, com a consciência tranquila, que não pensa apenas em si mesma.

Considerada uma das invenções mais importantes do setor automobilístico, o cinto de segurança de três-pontos foi criado por um engenheiro da Volvo. Em 1959, um homem visionário criou o produto que seria obrigatório para todas as outras montadoras e empresas automobilísticas do mundo. Uma invenção patenteada digna de faturar milhões.

Mas, devido à eficácia do aparato e do número de vidas que poderiam ser salvas por ele, a empresa fez o inimaginável: desistiu da sua patente. Em tempos de competição de mercado, uma empresa cedeu seu maior bem em prol de salvar vidas.

Isso é uma demonstração de que dinheiro não é tudo. Se formos parar para pensar, quantas pessoas devem suas vidas por este simples invento? E patentear a sua invenção é muito importante, pois toda a propriedade intelectual merece o reconhecimento devido, seja ela a invenção da pasta de dente ou de um produto altamente tecnológico.

Patentear sua invenção é proteger o resultado do seu trabalho, afinal, foram investidos nele muito tempo e dinheiro. A patente garante ao titular segurança, direitos e todos os lucros. Mas, quanto vale uma vida?



Valdomiro Soares - presidente do Grupo Marpa – Marcas, Patentes e Gestão Tributária.


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