Ideia de dinheiro
fácil atrai investidores em um mercado de risco
Quando
perguntamos aos investidores iniciantes o motivo da atração pelo investimento
no dólar, a resposta é unânime. A ideia de obter lucro fácil e rápido é o que
os move.
Mas
esse é exatamente o perigo. Todo dinheiro que se passa na área do investimento
pode ir para o bem ou para o mal.
Investir
no mercado financeiro é uma ação de grande risco. Os traders, como são
chamados todos que operam na bolsa de valores, podem viver com o lucro dos
investimentos. Mas podem, também, perder bastante dinheiro.
O
dólar é o ativo mais negociado da Bolsa de Valores. Por isso, a oscilação de
preços diários é enorme. A WM Manhattan, mesa proprietária investidora e que
trabalha na formação de traders, preparou 6 dicas fundamentais para ter
conhecimento sobre o dólar e viver do mercado:
1- Agenda Econômica Mundial: O calendário
econômico brasileiro é instrumento fundamental para todos investidores ou traders
profissionais. Preste atenção nos gatilhos globais que impactam e especulam
o mercado americano. É importante medir pesos, já que alguns indicadores
possuem pesos maiores que os outros. Os principais dados de análise são
utilizados pelos bancos centrais, que impactam nas decisões políticas
monetárias e fiscais. Existem notícias especulativas, que impactam
momentaneamente a moeda e existem aquelas que mudam o rumo do ativo por meses.
Os indicadores mais importantes são: inflação; atividade da indústria; nível de
desemprego norte-americano; PIB e relatórios de emprego (payroll)
2- Bolsas Estrangeiras: Se está pensando em investir em
dólar, deve prestar bastante atenção nas bolsas de valores do mundo inteiro. As
principais são: NYSE: Bolsa de valores de New York; Nasdaq (também
americana); Tóquio (principal bolsa fora dos EUA) e LSE: Londres (a maior
bolsa da União Europeia).
3- Mercado à vista, Bovespa: Nem só de bolsas
mundiais vive um trader de dólar. É muito importante estar atento
ao que acontece na sua própria casa, no Brasil. Fique ligado na abertura e
fechamento da Bovespa. O mercado à vista impacta diretamente o mercado futuro e
vice-versa. Um volume grande de dinheiro aplicado na bolsa de valores provém da
entrada de capital estrangeiro. E se há entrada de capital estrangeiro,
este vem em moeda mundial, o dólar.
4- Hora de aprofundar: curva de juros futuro: calendário
econômico; principais bolsas estrangeiras; abertura do mercado à vista. Tudo
isso é fundamental para o dia a dia de um day-trader. A taxa de
juros relaciona-se diretamente com a confiança e estabilidade do mercado.
Quando se consegue relacionar estes dois ativos, Juros (DI) e Dólar (Dolfut),
você encontra uma fórmula para o sucesso no day-trade de dólar. DI e
dólar movimentam-se na mesma direção, normalmente. Um puxando o
outro. Se o índice de “ativos seguros”, como o dólar, segue a taxa de juros,
logo, índices de ativos de risco como o Ibovespa move-se na direção oposta.
Nunca tome um indicador como base para operações financeiras, não existe
verdade absoluta. Fique atento aos swaps de dólar realizados pelo BC,
eles existem para reduzir a discrepância entre DI x Dólar. DI futuro é um
ativo que deve estar na tela do day-trader de dólar. É um
forte aliado para o sucesso.
5- Commodites – Petróleo, minério & cia: Commodities são
cotadas e negociadas em dólar. Uma alta no preço da matéria-prima eleva também
o valor de venda do produto final e gera alta no lucro das principais empresas
brasileiras, que traz solidez ao mercado, que é igual à consistência. Quanto
mais solidez as principais empresas da bolsa brasileira apresentar maior é a
confiança nelas. Mais confiança na economia é benéfico ao país e isso
atrai capital estrangeiro, atrai dólar.
6- Taxa Ptax: A Ptax é a média entre os diversos contratos
de dólar: turismo, comercial, acordos entre companhias, contratos futuros da
moeda. Definida na rolagem do contrato de dólar futuro (último pregão do
mês) é a que vale para os diversos contratos cambiais do mês seguinte. A Ptax
tem muita força na precificação do dólar, e a rolagem tem muita força na precificação
da Ptax. Isso explica a maior volatilidade do ativo na reta final de cada mês,
período em que os traders pressionam a taxa para cima e para
baixo, buscando favorecer seus negócios.
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