O número de
cirurgias entre jovens de 13 a 18 anos aumentou mais de 50% nos últimos 10
anos. A faixa etária corresponde hoje a quase 5% de todos os procedimentos
feitos no país. Mas, até que ponto a cirurgia plástica pode ser feita entre os
jovens?
Pode parecer precoce, mas, na maioria dos casos, as
cirurgias plásticas executadas em adolescentes entre 12 a 18 anos
podem ser uma eficiente forma de combate ao bulling. O tema, em alta no
filme em cartaz Extraordinário, coloca a prova até que
ponto pais e médicos podem ajudar na decisão de
mudar partes do corpo de jovens que estão sendo vítimas de
preconceito e sueitos a traumas.
Dr. Francisco Alionis Neto, cirurgião plástico
da capital paulista, revela que a busca de adolescentes por cirurgias plásticas
vêm crescendo gradativamente, já que nesta fase ocorrem inúmeras transformações corporais. Além disso, é uma geração que tem
fácil acesso à tecnologia e consequente busca por solução dos problemas que ao
afligem.
Dados demonstram que as meninas buscam mais a adequação
ao tamanho dos seios, buscando mamoplastias redutoras ou de aumento. Já os
meninos buscam principalmente por correção do excesso de glândulas mamárias, conhecido como ginecomastia. “Em ambos
os casos, é importante tentar esperar o fim do desenvolvimento dos seios que
acontece nas meninas cerca de três anos após a primeira menstruação”, alerta o médico que ainda completa, “há também procura para correções de
nariz, queixo e mandíbula que precisam ter o crescimento facial ósseo completo
que acontece por volta dos 18 anos”.
Claro que, para casos em que a deformidade é exagerada, e
o médico avalia a real necessidade. “Jovens que sofrem com algum incomodo muito
grande podem ter a vida social prejudicada, impedida de convívio e isso até
atrapalhar na formação do indivíduo. Para esses casos, depois de bem avaliados
e liberados por outros especialistas como endocrinologistas, eu aconselho sim a
serem submetidos a cirurgias plásticas”, diz Dr. Francisco.
O mesmo não vale para a busca por lipoaspiração, por exemplo. O médico comenta que a reeducação alimentar e o estimulo
para a atividade física podem ajudar a passar por este momento até que seja
necessário de fato uma intervenção cirúrgica
- que não deve ser feita antes dos 18 anos.
FONTE: Francisco Alionis Neto - Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residências de Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Irmandade da Santa Casa de São Paulo e pelo SUS-SP, especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital da Mulher- Pérola Byington São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC) e da Internacional da American Society of Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS). Membro do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luiz, Samaritano, Santa Isabel e São Rafael. www.francisconeto.com.br
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