De acordo com pesquisa, 89% de 2 mil
entrevistados sofrem com os sintomas de depressão, mas escondem de amigos e
familiares
É fácil perceber quando estamos diante de alguém depressivo.
Isolamento, ansiedade e desânimo crônico estão entre os sintomas comuns para
quem convive com o problema, mas a reação à doença é algo bem particular e em
muitas pessoas é difícil o diagnóstico, ainda mais se tratando da depressão
sorridente, uma doença assintomática que tem se tornando uma epidemia pelo
mundo. Só no Brasil, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), há 11,5
milhões de pessoas com depressão, sendo esse o maior número da América Latina,
ficando atrás somente dos Estados Unidos.
Já em relação à depressão sorridente, uma pesquisa realizada
pela revista Women’s Health e a Aliança Nacional de Doenças Mentais, 89% dos 2
mil entrevistados disseram ter sofrido com os sintomas de depressão, mas os
mantiveram escondidos de amigos e familiares.
Mas como diagnosticar a doença se o paciente não demonstra
estar deprimido?! De acordo com a psicóloga Lia Clerot, o distúrbio é mais
comum em mulheres do que em homens, e muitas vezes quem sofre desse tipo de
depressão se adapta e convive bem. Inclusive, pessoas próximas não conseguem
perceber. “Sorrisos forçados, fotos felizes, falta de satisfação em atividades
que antes eram prazerosas, são algumas das características. Essas pessoas
batalham entre a angústia interior e a alegria exterior. Elas assumem uma
fachada para esconder os sintomas”, explica.
Ainda de acordo com a psicóloga, as pessoas que sofrem com
depressão sorridente não devem deixar de procurar ajuda de um especialista. “É
muito importante que o paciente procure ajuda assim que perceber os sintomas, a
depressão é uma doença séria que precisa de tratamento especializado, quanto
mais demora para pedir ajuda, mas difícil e demorado é o tratamento”, alerta
Lia.
Para aqueles que sofrem com esse distúrbio, é importante
reconhecer os sintomas para que um profissional possa ajudar “Caso
identifique, o paciente deve procurar ajuda imediatamente. O tratamento envolve
psicoterapia e em casos mais graves, medicação e acompanhamento de um médico
psiquiatra. diz a psicóloga.
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