Ter objetivos concretos e consideração pelo outro são características indispensáveis para manter um relacionamento saudável
Todos os relacionamentos
têm problemas, isso não é novidade para ninguém. Porém, a questão passa a
incomodar quando esses problemas passam a ser diários e parece não haver uma
solução para resolvê-los, - a não ser botar um fim no relacionamento. Nesses
casos é difícil encontrar uma saída, mas se os dois lados ainda permanecem
interessados a continuarem juntos, existem algumas atitudes do cotidiano que
podem ajudar a resolver esse problema.
Segundo o psicólogo e
coach João Alexandre Borba, um dos maiores segredos para salvar uma relação que
está afundando é colocar-se de frente para o outro e verificar quais são as
expectativas de cada um para o relacionamento. “Às vezes um tem uma idéia e o
outro tem uma idéia completamente diferente. É preciso esclarecer isso, alinhar
as ideias e deixá-las compatíveis. É difícil manter um relacionamento saudável
quando cada uma das partes deseja coisas diferentes”, comenta.
Borba lembra que o amor é
diferente para cada pessoa. Para uns, o amor é quando o casal tira um tempo
fora da rotina para ficar juntos, planeja uma viagem ou ocasiões especiais –
enquanto, para outros, o amor é aquilo que se faz presente no dia-a-dia, a
convivência. “Isso é muito importante de ser lembrado. O que é o amor para
você? E para o outro? As pessoas não têm essa noção do que é o amor para o
outro, apenas para si mesmas”, ressalta.
No início todo
relacionamento é maravilhoso, mas, com o passar do tempo, ele pode tornar-se
cruel. Isso acontece porque no começo as pessoas querem ser agradáveis, é o
momento de “tatear”, descobrir quem é o outro. “No início as pessoas se esforçam
para serem agradáveis e a nossa expectativa em relação a elas fica alta. Porém,
com o passar do tempo isso muda – e as expectativas precisam estar alinhadas a
isso. Você precisar estar crente de que não vai namorar por anos aquela pessoa
do seu primeiro encontro – assim como você também não será para sempre a mesma
pessoa do primeiro encontro. Os sentimentos evoluem”, explica Borba.
E a questão de estar
alinhado vale também para qualquer outra relação, - como a de amizade, por
exemplo. "A diferença é que, quando a amizade não está alinhada e cada um
deseja fazer uma coisa, você pode convidar outra pessoa para lhe fazer
companhia, ou seja, existem outros amigos que podem suprir suas expectativas.
No relacionamento amoroso isso é diferente: não existe outra pessoa que possa
suprir essa expectativa – e é assim que muitas traições acontecem”, ressalta o
psicólogo.
Para evitar essas
questões, Borba sugere que cada um do casal faça duas listas, uma pontuando as
expectativas ao relacionamento e outra relatando as expectativas específicas
quanto ao companheiro. Depois disso, o casal deve sentar-se junto e conversar
sobre aquilo que foi escrito.
João Alexandre Borba
- Master Coach Trainer e Psicólogo
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