Os pacientes realizam o cateterismo cardíaco
(angiografia coronária) para detectar a gravidade de obstrução nas artérias do
coração. Realizado por médicos cardiologistas atuantes na área de hemodinâmica
e cardiologia intervencionista , a angioplastia é considerada um procedimento
minimamente invasivo, destinada a restaurar o fluxo sanguíneo por meio das
artérias coronárias que foram bloqueadas por placas de gordura (ateroscletórticas).
Segundo o cardiologista intervencionista e
presidente da SBCI, Dr. Marcelo Cantarelli, “o procedimento permite a
utilização do cateter, um tubo flexível de plástico, contendo um balão na
extremidade para dilatar os estreitamentos das artérias. Para o resultado ser
eficaz, inserimos um stent, prótese com o formato de um arame, para manter a
abertura das coronárias”.
Relevância do procedimento
A realização permitirá reduzir o número de mortes
por doenças cardíacas, além do infarto. Os pacientes submetidos a esse
procedimento são aqueles que sofrem com um estreitamento das artérias causado
por um acúmulo de gordura, cálcio ou coágulos nas artérias que levam o sangue
para o coração. O objetivo do procedimento é corrigir o fluxo de sangue
oxigenado para o coração. A angioplastia coronária pode ser realizada em
vigência de um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) . No infarto há uma
oclusão abrupta da circulação de sangue no coração levando à morte de tecido
cardíaco. Nestes casos a angioplastia é realizada em caráter de emerg&eci
rc;ncia para reestabelecer o fluxo sanguíneo e interromper a morte do músculo
cardíaco.
Pré-exame
Para realização da angioplastia, o paciente
receberá anestesia local, algumas vezes associada a um sedativo via oral
ou intravenoso. É indispensável o acompanhamento de um responsável ou maior de
idade durante o exame. No entanto, algumas medicações precisam ser
interrompidas como: remédios anticoagulantes, drogas utilizadas para o
tratamento de diabetes, diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos, entre
outros que podem interferir no procedimento. Os médicos orientam jejum de 6
horas e levar exames feitos anteriormente ao procedimento (cateterismo
cardíaco, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, holter, etc).
Como é realizado?
Dentro do ambiente hospitalar, preferencialmente
no laboratório de hemodinâmica, os pacientes são recebidos por uma equipe de
enfermagem que aplicará a sedação. A inserção do cateter, tubo flexível fino e
de plástico, poderá ser feita na virilha (via femoral), no braço – próximo ao
cotovelo, ou pelo punho (via radial), e trilhará pelo vaso sanguíneo até chegar
ao coração.
Na extremidade do cateter um balão pequeno é
guiado até a obstrução e, consequentemente, insuflado, a fim de comprimir a placa
de gordura contra a parede do vaso sanguíneo. De acordo com a SBCI, em cerca de
90% dos casos é implantado o stent no local da obstrução, a fim de sustentar a
dilatação e evitar o recolhimento do vaso.
O especialista acompanha a realização do exame por
meio do aparelho Fluoroscópio – instrumento baseado na passagem de raios X e
possibilita a visualização dor órgãos de forma rápida e indolor, em seguida, as
imagens exibidas são registradas em um CD entregue ao paciente no término do
exame. Finalizado, é preciso que o paciente seja internado por no mínimo
24 horas para observação.
Tempo de duração
A angioplastia pode durar de 30 minutos a 2 horas.
Riscos da Angioplastia
Mesmo sendo um procedimento minimamente invasivo, os pacientes correm
alguns riscos como: óbito, infarto agudo do miocárdio, AVC (acidente vascular
cerebral), necessidade de cirurgia de revascularização e complicações
vasculares. Porém, as complicações são raras e não acontecem com frequência.
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