Depois de muita espera, finalmente as confraternizações de fim de ano estão liberadas. Se para muitos este era um momento tão aguardado, para outros, um misto de emoções nem sempre positivas tem feito parte deste cenário.
A verdade é que os dias de descanso
entre o Natal e Ano Novo podem ser repletos de alegrias e reencontros, mas
também podem ser eventos estressantes e especialmente desafiadores, cheios de
ansiedade e até mesmo depressão.
Sim, apesar de poucos darem voz a este
sentimento, este é um tema importante, que precisa ser discutido e está aqui,
mais presente do que nunca.
É difícil quantificar o aumento nos casos de depressão e ansiedade
devido à falta de dados específicos. Entretanto, este fenômeno já é conhecido
como “Síndrome do Fim de Ano”, um termo associado a estes problemas que,
comprovadamente, já acontecem com maior frequência durante o fim de novembro
até o último dia de dezembro.
Para sobreviver ao fim do ano sem
comprometer a saúde mental, um dos principais movimentos é conseguir olhar pra
dentro, se observar, entender os sinais de que algo não está bem. Nem sempre é
fácil. Infelizmente, ainda há estigma grande e muito preconceito, além da
própria culpa, que muitas vezes insistimos em carregar.
Levante a mão quem nunca se perguntou
por que está se sentindo triste, mesmo com tantos convites para confraternizar
no Natal. Quem preferiu inventar uma desculpa para não estar presente em algum
evento. Ou ainda quem teve insônia no fim do ano, pensando na longa lista de
tarefas necessárias para atender a tantas demandas típicas desta época do ano.
Acredite: a maioria das pessoas passa por tudo isso e quase sempre em silêncio.
As consequências são pessoas mais
nervosas, cansadas, ansiosas e até mesmo com dores que insistem em não ir
embora. Pareceu familiar? Por isso, é preciso aprender a respeitar os próprios
limites. Sem medos, inseguranças ou culpa.
O segredo para conseguir é ser mais
realista com a sua necessidade. Saiba que dizer não também faz parte da vida.
Não se sente bem em ir a determinado evento? Então explique que não será
possível. Organize um calendário viável para suas ações, abrindo espaços na
programação para promover o seu autocuidado. Certifique-se de priorizar rotinas
regulares de alimentação saudável, exercícios, meditação, hidratação e
descanso. Planeje de acordo com suas prioridades e não as dos outros.
Por fim, busque ajuda profissional
quando as coisas ficarem pesadas demais. Quem sabe fazer de você a sua própria
prioridade não seja a primeira mudança importante e necessária em 2022?
Glenda Kozlowski - Diretora de
Comunicação da HSPW, uma plataforma de saúde preventiva voltada para o meio
corporativo.
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