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terça-feira, 11 de julho de 2017

Doenças respiratórias crônicas podem ser controladas mesmo em grandes cidades



Medidas como evitar exposição aos poluentes emitidos pelo transporte urbano e procurar tratamento adequado ajudam pacientes com doenças como a asma a conviver com a poluição


O processo de urbanização no Brasil levou à formação de grandes cidades que atualmente concentram boa parte da população e das atividades econômicas do país. As metrópoles cresceram rapidamente e hoje estão próximas de áreas industriais, além de apresentarem um grande volume de veículos para o transporte urbano, como carros, ônibus e caminhões, que emitem grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes em países emergentes registram índices de poluição que excedem o limite recomendado pela organização[i]. Estes poluentes podem acarretar problemas respiratórios para a população exposta a eles, aumentar o número de internações devido a doenças respiratórias em crianças e idosos[ii] e agravar os sintomas de algumas doenças respiratórias crônicas como a asma, por exemplo[iii].

A asma é uma doença crônica e inflamatória de causa alérgica que leva a falta de ar, chiado no peito e tosses, podendo provocar outros impactos na vida de pacientes, como insônia, uma fadiga que dificulte a realização de atividades cotidianas, e faltas no colégio e no trabalho. A exposição a poluentes do ar, de que as metrópoles apresentam maiores índices, piora os sintomas da doença e, quando a poluição está particularmente intensa, aumentam as internações por asma em hospitais[iv] em função das crises provocadas nos pacientes. No entanto, alguns hábitos e opções de tratamento podem ajudar a manter os sintomas da asma sob controle, garantindo melhor qualidade de vida e mínimo impacto na rotina de pacientes, inclusive para aqueles que vivem em grandes centros urbanos.

De acordo com a Dra. Ana Luisa Godoy, Vice-Chefe do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, “Para evitar complicações respiratórias e a piora de sintomas de doenças como a asma nas metrópoles é importante tomar alguns cuidados em relação, principalmente, aos poluentes emitidos pelo transporte urbano. Esses cuidados incluem algumas mudanças de hábitos. Praticar exercícios, por exemplo, é benéfico para o controle da doença, mas deve-se evitar praticá-los em locais de grande circulação de veículos automotores, evitar ruas aglomeradas e horários de pico do transporte para fazer caminhadas, manter ambientes arejados e limpar constantemente aparelhos de ar condicionado”.

Estes cuidados, que têm caráter preventivo, contribuem para evitar que pacientes com asma sofram crises, internações e até fatalidades, principalmente em crianças e idosos, grupos mais suscetíveis a sofrer essas consequênciasiii. Para saber se a a asma está sob controle, o GINA[v] (Global Initiative for Asthma) instrui pacientes a verificarem se apresentaram algum dos itens abaixo nas últimas quatro semanas:
  • Sintomas diurnos mais de duas vezes / semana;
  • Despertares noturnos devido à asma;
  • Uso de medicamento de resgate mais de duas vezes / semana;
  • Qualquer limitação de atividade devido à asma.
É importante ter esses fatores em vista, pois de acordo com a pesquisa “Panorama da Saúde do Brasileiro”, encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao IBOPE Inteligência, 91% dos asmáticos consideram sua asma como "controlada"[vi], mas 72% continuam percebendo consequências da doença em atividades de rotina[vii]. No entanto, quando tratada adequadamente e com sintomas controlados, nenhum impacto significativo deve ser identificado na rotina de pacientes. De acordo com Dra. Ana Luisa, “Apesar da poluição das metrópoles aumentar a incidência e prevalência de doenças respiratórias agudas e crônicas, é possível viver bem e com saúde nesses espaços, mas isso requer que o paciente, além de reajustar seus hábitos, procure o acompanhamento de um especialista para indicação do tratamento mais adequado”.


Boehringer Ingelheim




[i] World Health Organization, “Air Pollution leves rising in many of the world’s poorest cities”, 2016. Disponível em http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2016/air-pollution-rising/en/. Último acesso em 10 de maio de 2017.
[ii] Gouveia, Nelson, et al. "Poluição do ar e efeitos na saúde nas populações de duas grandes metrópoles brasileiras." Epidemiologia e Serviços de Saúde 12.1 (2003): 29-40.
[iii] Fregonezi, Raísa Laisner, et al. "POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA RELACIONADA ÀS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS: Abordagem de abrangência em prol da prática clínica DOI: http://dx. doi. org/10.5892/ruvrd. v13i1. 1948." Revista da Universidade Vale do Rio Verde 13.1 (2015): 697-706.
[iv] Nascimento, Luiz Fernando Costa. "Asma e poluentes ambientais: um estudo de séries temporais." Revista da Associação Médica Brasileira 58.3 (2012): 302-307.
[v] Global Initiative for Asthma. 2016 GINA Report, Global Strategy for Asthma Management and Prevention, 2016.
[vi] Pesquisa “Panorama da Saúde do Brasileiro”, encomendada pela Boehringer Ingelheim do Brasil para o Ibope Inteligência, 2015, “Q7. Você acha que sua doença respiratória, hoje, está: [ ] Bem Controlada, [ ] Relativamente Controlada, [ ] Relativamente Não Controlada e [ ] Totalmente não controlada”.
[vii] Pesquisa “Panorama da Saúde do Brasileiro”, encomendada pela Boehringer Ingelheim do Brasil para o Ibope Inteligência, 2015, “Q15. Você acha a asma uma doença: [ ] Leve, não prejudica a rotina, [ ] Leve, mas requer cuidados, [ ] Grave, mas não é fatal, [ ] Grave e fatal”.




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