Matemática
pode ser algo prazeroso para as crianças
Divulgação: Editora Positivo
Divulgação: Editora Positivo
Disciplina considerada tediosa no passado, a
matemática segue sendo um problema que passa de pai para filho. Pais
resistentes aos cálculos e números acabam, mesmo sem querer, transferindo para
as crianças uma visão negativa da matéria, o que influencia no aprendizado da
disciplina. Mas como fazer para evitar que os alunos encarem a matemática com
tanta desconfiança? Especialistas explicam que interagir com a disciplina de
maneira amigável e prazerosa, como fazem com qualquer outra disciplina,
facilita a compreensão. Segundo o coordenador da área de matemática da Editora
Positivo, Carlos Wiens, o estudante precisa entender o problema para então
elaborar suas ideias, desenvolvendo estratégias, levantando hipóteses e tomando
decisões. “A discussão dos conteúdos colocada de maneira prática estimula o
aluno a vivenciar o que está sendo estudado, permitindo uma compreensão mais
ampla dos conceitos e sua aplicação”, afirma Wiens. Segundo ele, os conteúdos
que os alunos precisam aprender devem fazer sentido. "É preciso atribuir a
eles um significado prático, para que os estudantes consigam responder ‘para
que’ estão aprendendo a matéria em questão", completa.
E para facilitar o aprendizado, o ensino da
matemática deve ser iniciado sempre com uma discussão sobre a matéria, levando
em conta a visão do aluno, a interação com colegas, professores e o conteúdo
apresentado, deixando que a curiosidade do estudante seja sua própria ferramenta.
A professora Marilda de Souza Fagundes, que ensina matemática no colégio
Positivo Júnior, em Curitiba (PR), acredita que por meio de atividades que
fujam do padrão convencional é possível desmistificar a disciplina e conquistar
a atenção e o envolvimento dos alunos. Em suas aulas são comuns abordagens
inusitadas como a aula “Mergulho na matemática”, realizada na piscina do
colégio, em que são trabalhadas questões de medidas, como comprimento, área e
espaço. Outra aula que faz sucesso com os alunos é a “Matemática e Pizza”: a
professora reúne a turma - em horário de contraturno - numa pizzaria. Lá são
abordadas todas as questões ligadas à atividade do estabelecimento como custos,
consumo, frações e porcentagens, fazendo os estudantes exercitarem os cálculos.
A professora costuma realizar também atividades mais simples, na própria sala
de aula, como, por exemplo, a brincadeira da bomba, em que alunos vão passando
de mão em mão um “artefato” cheio de papeizinhos com questões sobre a
matemática que precisam ser respondidas por eles. Outra atividade simples e que
faz muito sucesso entre as crianças é o uso do tangram, um quebra-cabeça chinês
que ajuda a trabalhar noções geométricas.
A interação com os pais e a rotina diária do aluno
também podem contribuir para o aprendizado. “Fora da sala de aula, os pais
devem ajudar os filhos a utilizarem os conceitos matemáticos”, reforça Wiens.
Aprender brincando pode ser o caminho para fazer a criança gostar de
matemática. Brincadeiras que promovem a interação em grupo motivam, desafiam e
desenvolvem o raciocínio lógico. Jogos como amarelinha e pega-pega envolvem
conceitos de espaço, forma e tempo. Algumas histórias infantis trazem questões
que chamam a atenção para noções de quantidade e medidas. Dobraduras e quebra-cabeças
também ajudam a desenvolver o raciocínio geométrico. Com o tempo, as crianças
já podem auxiliar os pais, fazendo contas durante as compras no supermercado,
por exemplo. Wiens ressalta ainda que os adultos devem sentar com seus filhos
para fazer a lição de matemática - lembrando que, hoje, o ensino da disciplina
parte do ponto de vista do aluno.
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