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quarta-feira, 9 de março de 2016

Bebidas alcoólicas em excesso oferecem risco à saúde dos olhos



    Catarata e neuropatia óptica tóxica podem ser resultado do alcoolismo
    Consumo crônico de álcool durante a gravidez afeta a formação dos olhos do feto

O consumo de álcool, prática comum e aceita pela sociedade, está relacionado ao aumento de risco de várias doenças. A mais frequente é a dependência, que acomete cerca de 10% da população brasileira. No entanto, entre os diversos malefícios causados pela ingestão de bebida alcoólica devem ser sempre considerados os danos à visão, categorizados em agudos e crônicos.
No primeiro caso, os danos estão relacionados à intoxicação com álcool, ou seja, ao estado de embriaguez. “Redução na velocidade de reflexo à luz, redução da sensibilidade ao contraste e, em algumas situações, nistagmo (movimento rápido dos olhos) são algumas das ocorrências”, comenta o Dr. Ibraim Viana Vieira, oftalmologista do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista.
Os danos crônicos, por outro lado, devem-se ao acúmulo de lesões provocadas ao longo dos anos pelo consumo excessivo de bebidas alcoólica. O aumento do risco de catarata é um exemplo. A doença é caracterizda pela opacificação do cristalino, lente natural do olho, que resulta na diminuição progressiva da visão. “Ofuscamento pela luz do sol e farol de carro, dificuldade de enxergar, embaçamento da visão e mudanças frequentes na prescrição dos óculos são alguns dos sintomas”, explica o Dr. Ibraim.
Outra enfermidade ligada ao álcool em excesso é a neuropatia óptica tóxica, que consiste na dificuldade de percepção das cores e na redução do campo visual, afetando a visão noturna. Bebidas de procedência duvidosa, conhecidas popularmente como “batizadas”, também contribuem para elevar o risco da doença. Estes produtos apresentam falhas nos processos de fermentação e destilação, aumentando a proporção de metanol na mistura. O composto químico em questão é tóxico para os tecidos nervosos, incluindo o nervo óptico e o sistema nervoso central.

Alerta às gestantes
As mulheres representam 30% dos dependentes de álcool. Durante a gravidez, o consumo da bebida oferece sérios riscos ao bebê, podendo levar à síndrome alcoólica fetal. A desordem é decorrente dos danos causados pelo álcool durante o processo de formação do sistema nervoso do feto ainda dentro do útero.
“Nos olhos, a síndrome pode resultar em má formação do globo ocular e o recém-nascido pode apresentar dificuldade de abertura dos olhos, baixa da visão, estrabismo, neuropatia e, até mesmo, cegueira. Como esta alteração ocorre em um momento crucial do desenvolvimento do sistema visual, os danos causados são habitualmente irreversíveis, e o acompanhamento com um oftalmologista é indicado para evitar a piora do quadro e o melhor aproveitamento da capacidade visual do bebê”, esclarece o Dr. Ibraim.



H. Olhos-  Hospital de Olhos Paulista - www.holhospaulista.com.br.

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