Pesquisar no Blog

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Protocolo de Obesidade será debatido na Câmara dos Deputados no próximo dia 6 de julho

Dados da última Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020, alertam que 21,5% dos brasileiros têm obesidade, índice este que chega quase a dobrar quando comparado com os últimos 14 anos. Outra pesquisa feita pelo Ipsos, em 30 países com mais de 22.800 adultos, destaca, que no Brasil, um em cada dois brasileiros engordou e o ganho de pessoa em média foi de 6.1 kg.

Pensando nesta situação, a Coalizão Vozes do Advocacy pediu uma audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa em conjunto com a Comissão de Seguridade e Família para sensibilizar o Ministério da Saúde sobre a importância de rever o Protocolo de Obesidade, publicado em 2020, para que possa efetivamente auxiliar as pessoas com sobrepeso e obesidade. 

Neste Protocolo não houve indicação de qualquer medicamento para as pessoas com obesidade, o que prejudica muito a saúde delas, pois parte deste público não consegue emagrecer só com a alteração da alimentação e da inserção da atividade física com auxílio de psicólogo. Além disso, esta audiência também quer destacar que a obesidade é uma doença e não um fator de risco, como está descrito.

A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. O seu tratamento precisa ser de longa duração. Para além do controle, é preciso evitar outras complicações que aparecem com o tempo e resultam em uma menor expectativa de vida. Nas crianças e adolescentes, o excesso de peso costuma causar principalmente doenças do coração, Diabetes Mellitus tipo 2 e problemas psicológicos. Quem tem obesidade na infância tem muito mais chance de se tornar um adulto com obesidade.

 A condição não é simplesmente uma consequência da falta de força de vontade. Por causa de uma série de fatores (hormonal, inflamatório, medicamentoso, genético), pessoas com obesidade não costumam ficar satisfeitas com a mesma quantidade de comida que as pessoas de peso considerado adequado. Se elas emagrecem, o cérebro entende que o corpo precisa poupar energia, o que acaba ajudando a ganhar peso de novo.

A audiência pública ocorrerá remotamente na Câmara dos Deputados no dia 6 de julho, às 15, no Plenário 12, no Anexo II. O pedido para realização da audiência foi apresentado pela deputada Flávia Morais e apresentado pelo deputado Zacharias Calil e terá a participação da deputada Carmen Zanotto.

Estarão presentes Vanessa Pirolo – Coordenadora da Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético e da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade, Sandra de Castro Barros - Secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde; Dra. Cintia Cercato - Presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica – ABESO; Dr. César Luiz Boguszewski - Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM; Luis Fernando Villaça Meyer - Diretor de Operações do Instituto Cordial/Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) e Antônio Carlos Valezi, Presidente Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Para acompanhar o debate, as pessoas poderão acessar, no dia 6 de julho, às 15h, o link: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/2739/ 

 

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 21 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 

 Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf


De onde virá o vírus de uma possível nova pandemia global?

Devastação ambiental expõe humanos a vírus desconhecidos, concentrados principalmente em florestas tropicais, como a Amazônia


Após as mais de 6 milhões de mortes causadas pelo SARS-CoV-2, há um consenso na comunidade científica mundial sobre o risco elevado da ocorrência de novas pandemias causadas por vírus hoje restritos a regiões silvestres.

Especialistas Biólogos entrevistados para a nova edição da revista O Biólogo, do Conselho Regional de Biologia da 1ª região (CRBio-01), ressaltam que a Covid-19 é mais uma de uma interminável lista de doenças causadas por agentes patológicos que estavam em animais e chegaram a humanos, as chamadas zoonoses.

Segundo estimativas da EcoHealth Alliance, dos EUA, há cerca de 1,6 milhão de vírus desconhecidos nas áreas silvestres, a maior parte em áreas de mata no cinturão tropical do planeta, que inclui a Amazônia, África central e equatorial e o sul e sudeste da Ásia.

Vírus zoonóticos foram responsáveis, por exemplo, pela gripe espanhola em 1918-19, Aids a partir dos anos 80, e neste milênio Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), Ebola, Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) e a recente varíola dos macacos.

Como se sabe, a tese mais aceita pelos cientistas é a de que o SARS-CoV-2 seja originário de morcegos de cavernas no sul da China. O vírus teria infectado um mamífero intermediário e, então, passado para o ser humano.

O consenso científico é que a devastação ambiental contribui para o aumento das zoonoses. O avanço das fronteiras agrícolas, o desmatamento e outras agressões ao meio ambiente fazem com que patógenos antes restritos aos ambientes silvestres migrem para os ambientes urbanos.

“A pandemia tem relação com a destruição da natureza e avanço sobre áreas naturais. Estamos experimentando vários eventos que têm a ver com o processo de transição de certos agentes infecciosos que estavam contidos num ambiente selvagem e chegaram no ser humano”, relata o Biólogo Thiago Moreno, em entrevista para a revista O Biólogo. “O desenvolvimento sustentável não é uma palavra solta”.

O vírus da uma possível nova pandemia global pode vir da Floresta Amazônica?

O Dr. Helder Lima de Queiroz, pesquisador titular do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, organização social em Tefé, no estado do Amazonas, publicou o artigo “Pandemia, biodiversidade, mudanças globais e bem-estar humano” na revista Estudos Avançados, da USP, que analisa os cenários de transmissão de vírus de animais para humanos, em particular na região amazônica.

Segundo Helder Queiroz, assim como na África e Ásia, há uma imensa quantidade e biodiversidade de patógenos na Amazônia. Nas três regiões, humanos e os hospedeiros originais desses patógenos – que são em geral mamíferos e aves – têm uma relação muito próxima, como na atividade de caça, que é uma importante fonte de proteína animal para as populações amazônicas.

O Biólogo relata que tem conhecimento de vários casos de surtos de zoonoses com algumas vítimas em comunidades na região amazônica, nas últimas décadas, episódios que foram ignorados ou tratados com discrição pelas autoridades. Mas esses surtos ficaram restritos a comunidades ou áreas isoladas.

“O que distingue a Amazônia da África central e equatorial e do sul e sudeste da Ásia é a baixa densidade humana e o considerável grau de isolamento entre os assentamentos urbanos, separados por grandes porções de florestas. Essa configuração demográfica e espacial reduz em muito o risco de estabelecimento das cadeias de contágio na Amazônia”, avalia Helder Queiroz, que tem doutorado em Biologia Ambiental e Evolucionária pela Universidade de St. Andrews, na Escócia.

Outra diferença, sobretudo em relação à Ásia, se dá quanto aos locais de comercialização de animais silvestres para consumo humano. No Brasil, a caça só é permitida para subsistência e a comercialização é proibida. Nem sempre a lei é respeitada e há pequenos mercados de portas fechadas com poucos animais.

Em Iquitos, na Amazonia peruana, há o famoso Mercado de Belén, que é bastante grande. Mas, como ressalta Helder Queiroz, os bichos ali comercializados estão todos mortos e há setores separados para cada espécie.

Nada se compara aos chamados wet markets (mercados molhados) asiáticos, que recebem essa denominação porque tradicionalmente têm o piso molhado pelo gelo derretido das prateleiras com carne de animais nos estandes. Nesses mercados, como o de Wuhan, onde provavelmente ocorreu a contaminação do primeiro humano pelo SARS-CoV-2, há uma grande concentração de muitos indivíduos de várias espécies diferentes num espaço muito pequeno.

Animais vivos, recém-abatidos e abatidos há mais tempo são empilhados em meio a vísceras e sangue, numa situação sanitária absolutamente inapropriada. As pessoas no mercado, trabalhadores e clientes, entram em contato direto com todo o material biológico vivo e morto. Essa é a oportunidade perfeita para que organismos causadores de doenças pulem de uma espécie qualquer de hospedeiro para um hospedeiro humano.

“A gente ainda não pode considerar que exista um risco alto de que uma próxima pandemia surja da Amazônia, quando você compara com o risco em outras regiões do planeta. Os problemas que a gente encontra na Amazônia são preocupantes, mas não tão preocupantes como os presentes na Ásia e África”, ressalta Helder Queiroz.

“Entretanto, o ritmo da destruição em curso na Amazônia está alterando significativamente a sua configuração demográfica e espacial, reduzindo os bolsões de florestas entre as comunidades humanas e facilitando a possibilidade de se estabelecerem cadeias de contágio. Então, essa situação atual pode estar mudando muito mais rapidamente do que podemos registrar e compreender”, alerta.

Leia mais sobre as doenças que assolaram a Humanidade, a Covid-19 e o risco de novas zoonoses na nova edição de O Biólogo: https://www.facebook.com/CRBio01

https://www.instagram.com/crbio01/

Questões básicas do intestino que todo mundo deve saber

As informações são do cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, que alerta sobre temas que acontecem todos os dias com todo mundo, e que vale saber melhor.

 

Papel higiênico: pode causar fricção e irritação, o que pode levar à fissuras ou dermatites na região anal. Por isso o papel higiênico pode ser vilão da saúde íntima. O indicado é que após a evacuação, a região seja lavada no chuveiro ou na ducha higiênica. Se não houver essa possibilidade, os lenços umedecidos ou papel higiênico molhado apenas para limpar, são uma boa alternativa.

No mais, ao se limpar, o papel deve ser usado suavemente, sem raspar. É importante entender que ele deve ser usado para secar ou limpar os excessos, não para esfregar na pele. E o mesmo vale para as mulheres ao fazer xixi. Não se pode esfregar, pois pode ferir a região genital. O papel deve ser usado para ser comprimido contra a pele, sem causar atrito. Val ainda uma ressalva para as características do tipo de papel. Quanto mais cores, cheiros e mais grossa forem as folhas, menos ele é recomendado. A preferencia deve ser aos neutros e macios.
 

É preciso ir ao banheiro todos os dias? A constipação intestinal é caracterizada quando o individuo passa três dias sem ir ao banheiro ou que sofre com dificuldade na saída das fezes, seja por ressecamento ou necessidade de esforço para evacuar.

O ideal é que todos evacuassem todos os dias, o normal é ir ao banheiro uma vez cada três dias e, no máximo, três vezes ao dia. O mais importante é a consistência das fezes que devem ser bem formadas e saírem sem dificuldade. Para que tudo isso aconteça, o tripé da saúde é bem importante: alimentação rica em fibras, hidratação e exercício físico.
 

Barulhos e cheiros do corpo -- até que ponto são normais?

Os barulhos da barriga podem ser bem normais e indicarem apenas que está na hora de comer como também serem consequências do processo digestivo. Se forem acompanhados por outros sintomas como, dor e aumento do abdômen, por exemplo, pode ser indicativo de infecções, inflamações ou obstrução intestinal.

  • Flatulências (gases): denuncia se o organismo está em desalinho já que é o resultado da eliminação de ar ingerido junto com a comida e também de gases produzidos no intestino a partir da fermentação de açúcares durante o processo digestivo.

O corpo humano saudável elimina, em média, 20 deles por dia — inclusive durante o sono e a maioria deles nem percebemos sair. Vale ressaltar que, em certas condições, contudo, reduzem a velocidade do intestino e promovem acúmulo de gases e desconforto. É o caso da doença inflamatória intestinal, intolerâncias alimentares e desequilíbrios na microbiota.

Apesar de impactantes, cheiros mais intensos não apontam doenças. Gases fétidos são, na verdade, consequência da composição da microbiota e da fermentação de certos alimentos, como feijão, ovo, carnes, leite e tantos outros.

  • Barriga roncando: O ronco que vem do abdômen normalmente é um sinal que o cérebro dispara para sinalizar que está na hora de comer. Isso acontece porque, nesse momento, o caminho é ocupado principalmente por líquidos e bolhas de ar, sem alimentos para abafar o eco do reflexo gastrointestinal.
  • Arroto (eructação): o aparecimento é bem similar à das flatulências, só que a eliminação é pelo lado de cima.

Quando engolimos o ar, ele chega ao estômago, que se distende e o envia de volta pelo esôfago. A mistura com os gases concentrados por ali dá o cheiro característico dessa reação, que pode retumbar no ambiente. Mastigar rápido, falar durante as refeições e tomar bebidas gaseificadas são hábitos que influenciam neste processo.

Se os arrotos forem constantes e acompanhados de queimação, dor e regurgitação — quando um pouco da comida volta à boca —, vira sinal de alerta. Pode ser refluxo, gastrite ou outra doença que vale ser investigada.

  • Soluço: Esse incômodo que chateia muita gente é uma contração involuntária do diafragma e outros músculos do tórax, seguido do fechamento da glote e vibração das cordas vocais, produzindo, por isso, um ruído característico.

Ele pode aparecer por excesso de comida ou bebidas gasosas e alcoólicas ou pode doenças já pré-relacionadas. Na maioria das vezes, a causa do soluço não é grave, no entanto, se persistir por mais de 2 dias, ou se for acompanhado de outros sintomas que indiquem doenças como pneumonia ou doenças cerebrais, é necessário. 

 

Dr Rodrigo Barbosa - Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP. 

drrodrigobarbosa


Conheça as vantagens das tecnologias dos tratamentos minimamente invasivos de varizes

A angiologia evoluiu e hoje a tecnologia permite diminuir em até 80% a necessidade de cirurgia para o tratamento de varizes

 

Com uma prevalência média de 38% na população geral brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), as varizes são responsáveis por muitas queixas relacionadas ao incômodo estético e aos sintomas causados. Outra questão, é referente a eficácia dos tratamentos, sendo a maior dor de homens e mulheres aquela velha história de que as varizes vão voltar, mesmo depois de tratadas. Acontece que a angiologia evoluiu, e hoje o uso de tecnologia permite uma eficácia maior, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. 

De acordo com a Dra. Helen Pessoni, especialista em Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, hoje a tecnologia faz com que o tratamento de varizes seja realmente eficaz. “Com os antigos métodos, sem uso de tecnologia, não conseguíamos abranger toda a complexidade dos vasos. A forma de diagnóstico evoluiu muito, agora temos a mão não só o tradicional aparelho para realização de Eco Doppler, que olha internamente a circulação e mostra como a saúde circulatória está, mas também aparelhos que realizam um mapeamento externo mais preciso. O Doppler analisa os vasos grandes, safenas, trombose, conexões com as varizes externas, tudo na hora, podendo ser realizado no momento da consulta, algo que no passado demandava ao paciente ir até um laboratório para realizar o exame”, explica a angiologista. 

A mudança e agilidade no diagnóstico já mudou muito o processo, mas o uso de tecnologia não para por aí. “Antigamente só se fazia o exame físico, agora conseguimos mapear as veias usando a tecnologia. Através de um aparelho de realidade aumentada, é possível ver veias que não eram visualizadas nem a olho nú e nem com o Doppler. Outra tecnologia para o diagnóstico que temos agora é o mapeamento com luz de LED, que pode analisar veias até 1 cm abaixo da pele, sendo auxiliar também na hora do tratamento. Assim, juntamos a informação interna, que é a saúde vascular em si, e a externa, que está relacionada ao incômodo estético do paciente, para um diagnóstico completo. Com isso, sabemos exatamente quais veias são necessárias tratar, o que está sendo alimentado pelo o quê e como está funcionando a hemodinâmica circulatória da perna desta pessoa, e assim, partir para um planejamento de tratamento, que também irá envolver tecnologia”, completa a Dra Helen. 

A médica revela que por meio dos avanços tecnológicos na angiologia, atualmente é possível reduzir em até 80% a necessidade de cirurgia para o tratamento de varizes. “As veias externas tem vários calibres, e antes eram tratadas de forma cirúrgica, fazia-se pequenas incisões para retirar essas veias alteradas. Hoje, combinamos tecnologias para tratá-las sem cirurgia, por meio da união do uso de espuma densa e laser, ou da escleroterapia e laser transdérmico. Com o laser, é possível potencializar o efeito do tratamento e cuidar de vasos que antes nem se via, já que essa tecnologia consegue alcançar uma profundidade maior na pele, o que traz mais eficiência e durabilidade para o tratamento também”, revela a Dra Helen. 

No que diz respeito às veias internas ou de grosso calibre, também houve uma evolução nas técnicas. “Com anestesia local e um furinho na pele, introduzimos uma fibra de endolaser para solucionar o problema. Essa fibra realiza o fechamento das varizes maiores e da veia safena, sendo possível tratar e resolver todo o caso do paciente no mesmo dia. Dessa forma, a recuperação é muito mais rápida, e ele já consegue exercer suas atividades normalmente em poucos dias, diferente dos casos cirúrgicos tradicionais, em que eram necessários de 30 a 40 dias de recuperação no período pós-operatório. A tecnologia minimizou o processo, tornou menos invasivo e trouxe maior eficácia para o tratamento de varizes”, enfatiza a angiologista. 

Para Dra Helen, não é possível realizar tratamentos atualmente sem tecnologia, uma vez que, por meio dela, consegue identificar melhor as varizes, tratá-las com mais eficácia e ter uma durabilidade dos resultados maior. O Brasil é referência em tratamento de varizes, e todas as tecnologias que a Dra Helen utiliza em sua clínica, são as melhores que existem no mundo, e as mesmas que são usadas lá fora. “Se um paciente quiser sair daqui do Brasil para ir tratar as varizes nos EUA ou na Europa, ele vai encontrar a mesma tecnologia que os angiologistas mais atualizados utilizam por aqui. Isso traz uma maior confiabilidade para o paciente, ao saber que o mercado local já tem o que há de melhor em tecnologia para trazer excelência e eficácia no tratamento de varizes”, finaliza.


Exercícios são benéficos no inverno, mas é necessário proteger as articulações e o coração

Praticar exercícios na estação mais fria do ano ajuda ao não desenvolvimento de qualquer tipo de complicações ligadas ao sedentarismo por manter o corpo sempre ativo.
 

A prática esportiva auxilia na produção e liberação dos chamados hormônios do “prazer”, tais como: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Essa união é capaz de proporcionar um bem-estar emocional e mental. Mas, durante o inverno, é muito importante proteger o coração e evitar lesões nos músculos e articulações, bastante frequentes nessa época. De acordo com o Dr. Paulo Sergio Martino Zogaib, médico do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Sírio-Libanês, a falta de aquecimento aumenta ainda mais os riscos. 

“O número de casos de estiramento muscular é maior no frio, principalmente pela manhã, quando as pessoas realizam as atividades com pressa porque tem compromisso depois e querem terminar tudo rápido”, enfatiza o especialista. Quando o corpo está em repouso, o fluxo de sangue para os músculos é baixo, entre 15% e 20%. Durante um exercício, porém, esse fluxo pode atingir índices de 70% a 90%. “Um músculo só consegue ter desempenho máximo e otimizado quando a circulação sanguínea local está plenamente ativada. O aquecimento é essencial, pois proporciona uma transição progressiva do estado de repouso para o de ação. São necessários, no mínimo, dez minutos nessa etapa de preparação”, diz. 

Além dos joelhos, os músculos mais afetados pela síndrome das baixas temperaturas são os posteriores da coxa e os da panturrilha. As lesões causadas por exercícios durante o inverno podem ser consequência de treinamentos inadequados ou irregulares, preparo físico ruim, fragilidade dos músculos, tendões ou ligamentos ou até mesmo decorrentes de problemas estruturais naturais que podem forçar determinadas partes do corpo. Para preveni-las, a etapa do aquecimento antes de qualquer atividade física é fundamental. 

Quem sofre de problemas no coração ou pressão alta precisa de cuidados especiais para a prática de exercícios físicos, e a cautela deve ser ainda maior no inverno. Nos dias frios, os vasos sanguíneos tendem a ficar naturalmente mais contraídos, o que compromete a circulação. Tanto o frio quanto o exercício aumentam individualmente o consumo de oxigênio do coração. Este aumento gera um maior fluxo sanguíneo para as artérias coronárias que suprem o coração. A taxa de fluxo sanguíneo coronariano aumenta em resposta ao frio e ao exercício combinado em comparação com o exercício sozinho, mas esse aumento é atenuado, especialmente em pessoas idosas. 

“Pacientes com doença arterial coronariana devem limitar a exposição ao frio, vestir roupas quentes e cobrir o rosto durante o exercício”, explica a Dra. Juliana Gil, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês. Segunda a especialista, as temperaturas frias estão associadas ao aumento dos sintomas cardíacos (angina, arritmias), incidência de infarto do miocárdio e morte súbita. A possibilidade de isso acontecer é bem maior em pessoas com fatores de risco para eventos cardiovasculares, como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto e histórico familiar. “É importante fazer um check-up cardiológico antes de iniciar qualquer atividade física, mas como geralmente as pessoas não pedem orientações específicas para épocas frias, vale a pena consultar um médico.” 

Mas o impacto benéfico da prática de atividade física provoca, além do fortalecimento do músculo cardíaco, o exercício também ajuda a melhorar a circulação sanguínea, a reduzir o nível do colesterol ruim e aumentar o nível do bom.

  

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês


Vacina da dengue: quem pode tomar e onde encontrar?

No Mês da Imunização, especialista do Laboratório São Camilo tira as principais dúvidas sobre a vacina contra a dengue.

 

A cidade de Maringá (PR) declarou epidemia de dengue no mês de maio e mantém estado de alerta para evitar o aumento de casos da doença. De acordo com o boletim epidemiológico mais recente do município, publicado na última terça-feira (28), mais de 4 mil pessoas já foram infectadas pelo vírus em 2022. E quem já foi exposto à doença tem uma ferramenta importante para prevenir reinfecções com consequências mais graves: a vacina da dengue. 

“A Dengvaxia é a única vacina contra a dengue disponível no Brasil até o momento. Ela é capaz de proteger o organismo contra os sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus por meio do estímulo do sistema imunológico, produzindo anticorpos contra a doença transmitida pelo Aedes aegypti. Com o imunizante, o organismo reage mais rapidamente em contato com o vírus”. Quem explica é a Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, infectologista da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil e da qual o laboratório maringaense São Camilo faz parte. 

Encontrada apenas na rede privada e disponível no Laboratório São Camilo -- que faz parte da Dasa -- as doses só são recomendadas para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos que já foram expostos ao vírus, com manifestação ou não dos sintomas. “Poucas pessoas sabem, mas é importante alertar que para tomar a vacina contra a dengue, é necessário pedido médico e exame que comprove a infecção prévia pela doença", esclarece a infectologista.

 

Por que só pode tomar quem já teve dengue? 

“Quem é reinfectado pela dengue tem mais chances de desenvolver formas graves da doença. Para quem já teve contato com o vírus, a vacina diminui essas chances. No entanto, estudos mostraram que quem não teve contato e toma a vacina entra para o grupo de risco em que estão os pacientes que pegam dengue mais de uma vez", explica a doutora. Isso acontece porque a Dengvaxia é uma vacina de vírus vivos, composta pelo vírus da vacina febre amarela que contém porções do genoma dos quatro sorotipos de dengue. “Os pacientes que querem tomar a vacina, mas não sabem se já tiveram dengue, podem procurar as unidades do Laboratório São Camilo para realizarem o teste de sorologia”, complementa a especialista.

 

Doses recomendadas 

Pessoas que já pegaram dengue e ainda não se vacinaram devem se atentar às recomendações de vacinação: são recomendadas três doses do imunizante, com intervalo de seis meses entre cada uma delas. 

A vacina contra a dengue está disponível nas unidades físicas do São Camilo ou em atendimento móvel, no qual a equipe do laboratório vai até onde o paciente estiver para aplicar o imunizante. Para mais informações sobre vacinas e para agendar a sua, acesse o site. https://www.gruposaocamilo.com/


Analgésicos e anti-inflamatórios têm efeitos distintos no organismo; automedicação representa risco à saúde

Medicamentos para dores e inflamações têm reações diferentes no organismo/DIVULGAÇÃO

Coordenador do curso de Farmácia da Anhanguera aponta as principais diferenças entre os medicamentos e recomenda cuidados

 

O clima frio pode acarretar problemas típicos da estação, como das vias orais (dor de garganta) e respiratórios, o que estimula o hábito da automedicação -- pesquisa divulgada no ano passado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) indicou que 77% dos brasileiros usam medicamentos sem prescrição médica. Anti-inflamatórios e analgésicos são as escolhas mais populares da temporada para o alívio de sintomas, porém, especialistas alertam para diferenças e cuidados ao tomar esses dois tipos de substâncias.

Como explica o coordenador do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, professor Reginaldo Tavares Franquez, essas drogas têm funções diferentes no organismo. Enquanto o analgésico age com foco em diminuir ou eliminar a dor de forma rápida, o anti-inflamatório combate as inflamações e, consequentemente, atua no controle das dores. “Um elimina a sensação, sem grandes alterações de consciência, por exemplo, já o outro elimina os fatores que provocam essas sensações”, explica o docente.

O principal uso de analgésicos acontece no tratamento de incômodos físicos, relacionados aos músculos, cabeça, dentes, cólicas, ou provenientes de gripe ou resfriados. O medicamento também é utilizado para lidar com a recuperação pós-cirúrgica ou lesões. “Eles circulam pela corrente sanguínea em busca da origem da dor e bloqueiam os sinais emitidos ao cérebro”, explica. “Assim, o sistema nervoso não consegue identificar a existência de células lesionadas no corpo”, completa.

Segundo o acadêmico, os tipos mais procurados nas drogarias são produzidos à base de ácido acetilsalicílico, dipirona e paracetamol. Seu uso constante é perigoso para a saúde, pois pode mascarar problemas mais sérios, além de gerar efeitos colaterais e provocar dependência química. “O excesso não pode se tornar um hábito. O consumo pontual não representa grandes riscos, mas utilizá-los por mais de 15 dias em um mês é um sinal preocupante, sendo preciso buscar ajuda de um especialista”, afirma o professor.

No caso dos anti-inflamatórios, há dois grupos disponíveis nas farmácias: os não esteroides, que combatem as inflamações com ação antipirética (para abaixar a febre) e analgésica; e os esteroides, como os corticoides, que inibem a produção de substâncias envolvidas no processo inflamatório. “O objetivo é agir onde há uma reação exagerada do sistema imunológico a uma agressão. Há situações em que somente esse medicamento tem eficiência e seu uso deve ser recomendado por prescrição médica”, pontua.

Em grande quantidade, a droga pode ser tóxica para os rins e fígado. O uso prolongado pode causar úlceras, osteoporose, assim como a retenção de líquidos, que pode aumentar a probabilidade de novas infecções. “A administração combinada de analgésicos e anti-inflamatórios pode acontecer, uma vez que suas funções são diferentes no corpo, porém, é preciso atenção para evitar sobrecarga no organismo”, considera. “Nesse caso, a decisão deve sempre partir de um especialista e nunca por meio da automedicação”, finaliza.

 

Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

 Kroton

www.kroton.com.br


Comorbidades exigem atenção especial dos médicos nos casos de cirurgia de coluna

Procedimentos minimamente invasivos oferecem menos riscos à pacientes

 

Apesar dos avanços da medicina e dos recursos tecnológicos disponibilizados em cirurgias da coluna, a avaliação prévia do quadro de saúde do paciente deve ser considerada diante da decisão de uma intervenção cirúrgica. 


Nesta circunstância, diversas doenças podem exigir análise mais detalhada do neurocirurgião, tais como as cardiopatias, as pneumopatias, alergias graves e doenças hematológicas, entre outras, que devem ser avaliadas para que não haja risco para o paciente.

 

Normalmente, cirurgias maiores, exigem atenção especial para as doenças do coração devido a perda considerável de sangue. Nestes casos, o cardiologista responde uma avaliação de risco cirúrgico e indica o preparo adequado para cada paciente. No entanto, situações adversas também podem ocorrer e o especialista pode não recomendar a realização da cirurgia, dependendo da gravidade da cardiopatia.

 

“Nesses casos, precisamos pensar em alternativas para aliviar o sofrimento do paciente de forma minimamente invasiva, oferecendo um procedimento que possa ser realizado com segurança”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva.

 

A endoscopia de coluna é um tratamento cirúrgico indicado para pacientes com comorbidades, incluindo as cardiopatias, isso porque o procedimento é rápido, a perda sanguínea é irrisória, e rapidamente o paciente retoma suas atividades e o uso de medicamentos habituais. 

 

Antes da cirurgia, o paciente deve ter acompanhamento médico e, muitas vezes, isso inclui interromper alguns medicamentos de uso diário. “Uma situação usual em pacientes cardiopatas é o uso de medicamentos que "afinam o sangue". Os antiagregantes plaquetários como AAS e clopidogrel, geralmente, podem ser suspensos alguns dias antes do procedimento sem risco elevado, no entanto, os pacientes que necessitam de anticoagulantes como o Marevam, Xarelto e outros, precisam de um preparo mais cauteloso antes da cirurgia”, explica o Dr. Amato. 

No pós-cirúrgico, a reintrodução dos medicamentos também deve ser feita com cuidado para que o paciente fique novamente protegido pela anticoagulação e não apresente sangramentos por causa da cirurgia.

 


Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.

Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/


O controle do peso e a obesidade


Já foi o tempo em que o excesso de peso e obesidade eram considerados um sinal de prosperidade para os homens e uma característica de beleza e atratividade nas mulheres. 

Segundo o Dr. Daniel Lerario, clínico geral e endocrinologista, isso remonta à Era Neolítica, quando pela primeira vez na história da cultura os humanos passaram a ter a sua propriedade e animais domésticos, a praticar a agricultura e a utilizar ferramentas de cerâmica ou de metal. 

Antes dessa época, explica, a obesidade era praticamente inexistente, o que ainda é realidade nos animais selvagens e na maioria dos povos que cultivam hábitos primitivos. 

“A obesidade mais do que triplicou nos últimos 30 anos e isso certamente tem relação com o estilo de vida sedentário e a predominância de alimentos altamente processados na vida moderna. Estamos todos desafiados a nos alimentar melhor e nos movimentar mais para frear o avanço da obesidade e buscar ajuda médica no momento mais precoce possível”, sugere Dr. Daniel.   

 

Qual é o peso ideal? 

O método mais prático e fácil de avaliar o peso corporal é através do cálculo do índice de massa corpórea (IMC). Esta conta, leva em consideração o peso em relação à altura da pessoa. 

“O IMC não mede diretamente a gordura corporal. Por isso, é possível que em alguns casos, como no de atletas, pela grande quantidade de músculos, o cálculo apresente um IMC na categoria obesidade, ainda que não haja excesso de gordura corporal. Por este motivo, é importante que o IMC seja utilizado junto de outras medidas, como a circunferência da cintura e a avaliação médica. Com base em todas estas informações será possível ao médico orientar sobre as decisões e tratamento necessários em cada caso”, explica o médico. 

Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Estudos sobre a Obesidade (ABESO), as medidas de risco da circunferência abdominal são de 94 cm para homens e 80 cm para mulheres. 

Com relação ao IMC, é considerado peso normal o IMC entre 18,6 e 24,9 kg/m2. O sobrepeso está entre IMC 25,0 e 29,9, enquanto a obesidade inicia a partir do IMC 30,0 kg/m2. 

Para fazer o cálculo do seu IMC basta dividir o seu peso em quilos por sua altura em metros ao quadrado. 

 

Qual a diferença entre estar acima do peso e ser obeso? 

Ambos os termos significam que você tem excesso de gordura corporal, mas em dois níveis diferentes. O Dr. Daniel explica que estar acima do peso significa ter alguma gordura extra, mas não tanta gordura corporal quanto o próximo nível, da obesidade. 

“Tanto o sobrepeso, como a obesidade acontecem quando a ingestão de calorias é maior do que a quantidade de energia gasta ao longo do dia. Pense na comida ingerida como o combustível destinado a alimentar você. À medida que você se move ao longo do dia, queima esse combustível. Se você ingerir muito combustível, ele não será queimado, permanecendo no corpo”. 

Há muitas razões e fatores pelas quais o ganho de peso acontece e, muitas vezes, há mais de um deles envolvido, tais como: 

Fatores ambientais: estilo de vida, o que você come e quão ativo você é em um dia normal podem afetar seu peso 

• Fatores psicológicos: alimentação pode estar ligada às emoções. Há quem coma devido à depressão, ansiedade, tédio ou compulsão alimentar. Neste último caso, uma grande quantidade de comida é ingerida de uma só vez, muitas vezes sem que se consiga controlar a quantidade. 

Fatores genéticos: há um componente genético indiscutível na obesidade, ou seja, se houver parentes próximos com obesidade, o risco é maior. Não podemos deixar de lado, no entanto, que nas famílias com obesidade também há características comportamentais que favorecem o encadeamento do excesso de peso. Portanto, não é apenas a genética, mas a combinação desta com o estilo de vida “aprendido”. 

Condições médicas: uma condição médica ou medicação pode alterar seu metabolismo ou seu controle alimentar, causando a obesidade. Medicamentos como esteroides e antidepressivos e condições médicas como o hipotireoidismo, Síndrome de Cushing, Depressão e problemas neurológicos, são alguns exemplos.

  

Complicações 

Pessoas com obesidade são mais propensas a desenvolver diversos problemas de saúde potencialmente graves, como por exemplo: 

• Doenças cardíacas e AVC – provocados sobretudo pela hipertensão arterial e alteração nos níveis de colesterol 

• Diabetes tipo 2 – a obesidade gera resistência a insulina e sobrecarrega o pâncreas, levando a alterações progressivas nos níveis de glicose no sangue 

• Câncer – sobretudo de útero, colo do útero, endométrio, ovário, mama, cólon, reto, esôfago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim e próstata 

• Problemas digestivos - aumentando a probabilidade de desenvolver azia, doença da vesícula biliar e problemas no fígado 

•Apneia do sono - distúrbio potencialmente grave, caracterizado por interrupções da respiração durante o sono 

• Osteoartrite – provocada pelo aumento do estresse nas articulações que suportam peso 

A boa notícia, revela Dr. Daniel, é que uma pequena perda de peso, de 5 a 10 kg, já pode trazer melhorias significativas para a saúde, incluindo níveis mais baixos de pressão arterial e colesterol. 

 

Efeitos psicossociais 

Pessoas com sobrepeso ou obesidade estão mais propensas a desenvolver problemas sociais ou psicológicos. Isso ocorre porque vivemos em um mundo que valoriza uma imagem corporal excessivamente magra. 

“Com isso, corpos com sobrepeso ou obesidade são muitas vezes culpados por sua condição, rotulados como preguiçosos ou sem força de vontade. Não é incomum que enfrentem mais obstáculos no mercado de trabalho, com salários mais baixos que pessoas com peso adequado, bem como baixa autoestima e problemas de relacionamento.”


Atividade física ou exercício físico: qual a diferença e por que um deles é muito mais benéfico ao bem-estar físico e mental?


Manter o corpo em movimento é uma das principais recomendações para quem quer cuidar não só do bem-estar físico, mas também mental. O conselho está relacionado a respostas fisiológicas e metabólicas que ocorrem no organismo e melhoram a saúde como um todo. Porém, segundo a médica do exercício e do esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, para conquistar todos os benefícios possíveis, a primeira coisa é não confundir atividade física com exercício físico. 

“Atividade física é todo movimento dos músculos com gasto energético, como por exemplo, o deslocamento a pé até o trabalho. Essa atividade, contudo, não garante todos os benefícios físicos possíveis e principalmente mentais, pois não há uma organização específica para sua execução. Ela foi realizada com o objetivo de locomoção e pode ter ocorrido em um contexto de tensão”, explica Silvana. 

O exercício físico, por sua vez, considera itens essenciais para garantir o bem-estar físico e o mental. Além da organização já citada pela médica, há objetivos e um contexto social e de tempo. “O exercício físico está ligado a um contexto social em que há concentração e foco para que se atinja um objetivo pré-estabelecido. Há roupas e apetrechos adequados, investimento de tempo e de segurança emocional, algo que vai muito além do ato de apenas se movimentar”, diz. 

Com isso, o exercício físico colabora para a liberação de endorfinas, hormônios de bem-estar que agem no cérebro, e para a ação das miocinas que atuam também na imunidade. Para obter esse resultado, a dica é reservar o tempo na agenda para esse autocuidado e optar por escolhas que se encaixem melhor aos seus gostos e necessidades. 

“Geralmente a resposta do organismo ao exercício físico é alcançada após 30 minutos a 1 hora de prática. Mas vale lembrar que o exercício não se resume à academia. Opções como caminhar no parque ou na praia, yoga, pilates ou até mesmo subir e descer escadas - quando feitos com organização e dentro de uma rotina - são exercícios físicos. O importante é estar em um local agradável para que está fazendo a prática”, conclui Silvana.

 

 Hospital Edmundo Vasconcelos 

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

Tel. (11) 5080-4000

www.hpev.com.br

www.facebook.com/HospitalEdmundoVasconcelos/

www.twitter.com/Hospital_EV

www.youtube.com/user/HospitalEV

www.linkedin.com/company/19027549

www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos/


Tratamento de última geração elimina tremores de pacientes com Parkinson

 

Um tratamento revolucionário para tremores chega ao Brasil. Trata-se do Exablate Neuro, sistema que utiliza ultrassom focalizado para criar uma lesão nas áreas mais profundas do cérebro, sem a necessidade de incisões cirúrgicas. A novidade vai permitir tratar os sintomas de pacientes com tremor essencial, doença de Parkinson e dor neuropática. Apenas uma sessão é necessária para melhoria imediata e permanente do distúrbio. A tecnologia, trazida ao país pela Strattner, já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está disponível para integrar os principais centros médicos do país.

O procedimento envolve o uso de ondas sonoras de alta frequência guiadas com precisão por ressonância magnética para realizar uma ablação dentro do cérebro no ponto focal que está causando os sintomas. O paciente, que fica acordado durante a sessão, utiliza um capacete piezo-cerâmico. Da sala de controle ao lado, o médico monitora o aumento da temperatura no alvo, nas regiões adjacentes e a formação da lesão em tempo real. Durante o procedimento, o médico acessa o paciente constantemente para avaliar a melhora dos sintomas e mitigar quaisquer efeitos adversos. Utilizando o mouse em vez do bisturi, ele dá o comando para que os mais de 1.000 feixes sônicos de alta frequência sejam direcionados exatamente ao alvo, proporcionando o alívio imediato do tremor, com efeitos colaterais mínimos. A tecnologia não emite radiação ionizante O tratamento dura aproximadamente três horas, incluindo a preparação e os exames. O paciente recebe alta no mesmo dia.


No Brasil, estima-se que 20% da população acima de 65 anos sofre de tremor essencial, distúrbio capaz de afetar as mãos, a dicção, as pernas e a cabeça do paciente. O mal, no entanto, é frequentemente diagnosticado incorretamente como doença de Parkinson, doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa e atinge cerca de 200 mil brasileiros, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os sintomas do Parkinson estão tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. O Exablate Neuro trata os sintomas das duas doenças. 

“Há milhões de brasileiros sofrendo de tremor essencial ou doença de Parkinson com tremor predominante, e o ultrassom focalizado Exablate Neuro tem o potencial de mudar suas vidas por meio de um procedimento livre de incisões. Estamos ansiosos para levar essa tecnologia transformadora a centros médicos de todo o Brasil e ajudar a impulsionar a medicina em nosso país”, disse Felipe Strattner, diretor de estratégia da Strattner. 

O Exablate Neuro é o primeiro e único dispositivo de ultrassom focalizado no mundo para tratar tremor essencial e doença de Parkinson para pacientes que não respondem aos medicamentos. O equipamento foi criado pela Insightec, uma empresa israelense de tecnologia médica. A plataforma já está em uso, desde 2018, em mais de 100 centros médicos em todo o mundo. Na América Latina, apenas a população do Chile já se beneficia do tratamento.

Posts mais acessados