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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Volta às aulas: o ponto arquimediano

Saber o que fazer é uma das coisas mais difíceis que existe no mundo. Quando tomamos uma decisão que afeta apenas a nós mesmos, já é um perrengue só. Agora, uma decisão que afete a vida de milhões de pessoas, é um verdadeiro inferno de Dante. E para decidir, qual deve ser nosso balizamento? Onde está o ponto mágico no qual poderemos colocar a nossa alavanca de Arquimedes? Decisões implicam, necessariamente, um percentual variável de erro. Logo, dizer que agimos de maneira certa é um pouco eufemístico e, no limite, um embuste. 

Há, porém,  formas para tentar minimizar essa irredutível incerteza. As evidências científicas, por exemplo. No entanto, diante de fatos novos, a velocidade das evidências deixa muito a desejar, exatamente porque para ser evidente tem de se ampliar a margem de segurança no que se diz e, enquanto isso, ficamos no vácuo do “será”, campo fértil para as especulações mais criativas.

Os cientistas ajudam, mesmo quando não têm respostas mais seguras, afirmando o que já se sabe sobre o que não se deve fazer. E, para isso, usam cálculos matemáticos razoavelmente simples. Se há uma doença que se transmite pelo ar, de pessoa para pessoa, por meio dos fluxos expelidos por alguém que está doente, manter-se distante dessa pessoa é uma coisa boa porque diminui percentualmente a chance de contaminação. Se não é possível manter-se distante o tempo todo, colocar um anteparo na boca e nariz para impedir que esse fluxo atinja as outras pessoas também parece razoável, pela mesma diminuição percentual de chance de contaminação. Se a pessoa saudável também usar esse anteparo, amplia ainda mais a chance percentual de evitar a contaminação. Somar as duas atitudes, ou seja, distanciamento e anteparo, torna o ambiente quase seguro, pois reduz drasticamente o percentual de chance de contrair a doença. É o que dá pra se dizer enquanto uma solução mais duradoura ou mesmo definitiva não aparece. Matemática, a boa e velha matemática.

O problema é que vivemos amontoados e são poucas as atividades nas quais seja possível evitar essa aproximação o tempo todo. Logo, um certo grau de aglomeração é inevitável - e de contaminação também, mesmo com o uso de máscaras. No entanto, se tivermos aparato médico hospitalar adequado e disponível, é possível tratar as pessoas que desenvolvam a forma mais grave da doença e diminuir ao mínimo os óbitos. Como lembrava o sociólogo Durkheim, a respeito do suicídio, o que é objeto de estudo não é a existência do suicídio em si, mas quando sua prática se torna anômala. Da mesma forma, morrer por doenças é uma realidade inescapável. Morrer por falta de planejamento, distribuição adequada de remédios e aparelhos médicos, coordenação para monitorar o funcionamento de áreas que criam aglomeração, entre outras atitudes, é que é o problema.

Uma dessas questões sobre a qual paira a espada de Dâmocles é o funcionamento das escolas. Depois de mais de quatro meses, o que se pode pensar sobre a volta ou não do seu funcionamento? As crianças e jovens têm sido, em parte, atendidos pelo ensino remoto. Algumas  conseguiram se adaptar, outras sequer puderam acessar os programas disponibilizados. Os ambientes domésticos são ou bastante confortáveis e adaptados para estudar ou absolutamente inviáveis. Entre um e outro, milhões de crianças e jovens sofrem um plus de carga emocional e física para ir acompanhando os  conteúdos que são ministrados por professores despreparados ou mal treinados para essa tarefa de dar aula à distância. 

Isso sem falar do mais importante: o convívio e o aprendizado social que só a escola presencial proporciona, por mais que chats e zooms possam querer emular esse convívio. As amizades, para as crianças e jovens, são muito corpo a corpo, feitas de abraços e beijos, de empurrões e corridas pelos pátios, de trocas de lanches, conversas ao pé do ouvido. Tudo isso desapareceu abruptamente e, agora, passados vários meses, cobra um preço que os cientistas levarão tempo para dimensionar. Mas que é grave, é.

Saber o que fazer é uma das coisas mais difíceis que existem no mundo. E estamos diante de uma delas agora. É a dificílima arte do bem comum.  Devemos tentar retomar as aulas, ouvindo os especialistas e buscando evitar ao máximo o contágio, ou corremos o risco de ampliar os efeitos ainda não demarcados de um ano letivo perdido, um quase ano de confinamento de crianças e jovens sem contato com o ambiente escolar? Tudo isso ganha contornos ainda mais trágicos em um país como o nosso, onde a doença funciona como um colírio para tornar mais clara a visão dos abismos sociais com os quais convivemos no dia a dia como se fosse normal, natural e absolutamente sem importância. Quase trinta por cento dos jovens brasileiros já não frequentam a escola. Com esse ano sabático compulsório, quantos sobrarão? E qual o efeito para a sociedade desse êxodo de crianças e jovens para as franjas do aprendizado?

Não há resposta fácil, isso já deveríamos saber desde sempre. Não é possível esperar o tempo todo que alguém se responsabilize e que então possamos dizer “eu só estava fazendo o que disseram”. Por outro lado, não podemos aceitar que a incompetência, a negligência, a má fé - que é a face mais grave da ignorância - transformem as decisões difíceis em consequências desastrosas. As vítimas, tudo leva a crer,  serão as mesmas pessoas que, com ou sem pandemias, sofrem da doença crônica que mais mata em nosso país: a invisibilidade.





Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com

 

5 dicas para evitar prejuízos em bares, restaurantes e pizzarias

Especialista do segmento de Alimentação Fora do Lar (AFL) dá dicas para ajudar os pequenos negócios 

 

Em São Paulo, os bares e restaurantes foram liberados para abertura gradativa a partir de 6 de julho. Mas, para retomada efetiva do setor, são necessárias diversas medidas. Em recente levantamento do instituto brasileiro de pesquisa Hibou, 58% dos brasileiros só irão a restaurantes sem aglomeração e 79,5% consideram condicional o uso de máscaras por toda a equipe de atendimento dos locais e serviços. 

 

De acordo com a Ana Paula Coelho, CEO da Monte Carlo Alimentos (https://www.montecarloalimentos.com.br/) - distribuidora com 26 anos de mercado focada em pequenos negócios do setor food service - manter a organização do pequeno negócio ajuda a diminuir os prejuízos. “Pequenos e médios comércios que não realizam um controle de estoque eficaz podem sofrer impactos nas vendas e na produtividade do negócio”, afirma. 

A especialista listou 4 dicas importantes para ajudar comerciantes na organização do seu estabelecimento:

 

1. Controle o estoque do estabelecimento


Com a atual mudança de comportamento do consumidor, o ideal é diminuir a capacidade do estoque em relação ao período anterior ao coronavírus. O organização do estoque demanda cautela e pode alterar o custo desse estabelecimento. O local onde os alimentos são armazenados tem influência direta sobre a sua qualidade e durabilidade. Locais com alta incidência solar e infiltrações, por exemplo, aceleram o apodrecimento e o surgimento de mofo em frutas e legumes. Vale a pena investir em um espaço adequado para não ter perdas de insumos ou problemas com a vigilância sanitária. Ele não deve ter problemas estruturais, como rachaduras, alta incidência de raios solares, nem ser muito úmido. Todos esses fatores diminuem consideravelmente a sua vida útil.


 

2. Garanta serviços futuros 


Use a criatividade para gerar caixa. Receber antecipadamente pelos serviços pode ser extremamente útil neste momento em que você precisa aumentar seu capital. Construir uma estratégia de voucher, cartão-presente e até cartão fidelidade pode ser uma saída interessante para o seu negócio. Pense em formas criativas de chamar atenção do cliente para a causa em si e se organize para realizar esses atendimentos futuramente de forma a não impactar sua estrutura.

 

3. Continue vendendo por meio de delivery 


Mesmo com a reabertura dos estabelecimentos, muitas pessoas não se sentem seguras em frequentar esse tipo de espaço público. Por isso, as entregas são fundamentais para garantir o atendimento daqueles que ainda vão preferir pedir comida de casa. Também é importante ficar atento às embalagens e ao tipo de alimento ou produto que será enviado. O cliente espera em casa a mesma experiência que passaria ao comer no restaurante.

 

4.  Use a tecnologia a seu favor


Invista em tecnologias que agilizam processos e libere seu tempo para dedicar a outras atividades. Com a Monte Carlo é possível melhores negociações com os fornecedores, sofrendo menos interrupções no dia a dia. A distribuidora possui um canal de vendas na internet que ajuda a aumentar as possibilidades de compra dos bares, pizzarias e restaurantes. É possível escolher entre enviar uma mensagem do próprio celular, ser atendido pelos consultores ou comprar produtos a qualquer hora do dia por uma plataforma B2B.

 

5. Renegocie os custos do estabelecimento 


É possível, por exemplo, pedir a isenção das cobranças estatais como água e luz. Também é importante buscar negociar as dívidas, procure por concessões de crédito e principalmente renegocie seus custos fixos como o aluguel de imóvel e máquinas. 

 



Monte Carlo Alimentos

https://www.montecarloalimentos.com.br/


Mudança de hábito: pandemia desperta interesse nos consumidores em consumo responsável e alerta sobre a necessidade das empresas por políticas de Responsabilidade Social

A pandemia acelerou um processo que vinha caminhando lentamente no cenário empresarial do Brasil: a atenção e a urgência por políticas de Responsabilidade Social, cada vez mais estruturadas, por parte das empresas. Não só as companhias sentiram essa necessidade, como os próprios consumidores passaram a priorizar marcas que tenham esse olhar social e ações efetivas que ajudem causas importantes. Agora com a pandemia do novo coronavírus, para 64% dos consumidores, as empresas favoritas precisam colaborar com a geração de empregos e ajudar pessoas do grupo de risco durante a pandemia, segundo dados da Hibou, empresa que monitora o mercado e consumo. Outro estudo, da Research Institute da Capgemini, apontou a mesma tendência: 79% dos consumidores diz estar mudando as suas preferências de compra com base nos critérios de responsabilidade social, inclusão e impacto ambiental das marcas. 


A Cashback World, umas das maiores Comunidades de Compras do mundo, multicanal e multissetorial, presente em 49 países do mundo, já tinha percebido essa necessidade. Visando apoiar medidas no campo da educação, defender os direitos das crianças e auxiliar projetos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, ajuda a manter duas fundações beneficentes: a Child and Family Foundation, desde 2008, e a Greenfinity Foundation, desde 2011. Cada compra feita na plataforma da Cashback World, em todo o mundo, tem parte revertida para apoiar essas duas ONGs.


"Para nós, é muito importante dedicarmos esforços em prol de causas tão importantes. Principalmente num período tão delicado como o que estamos vivendo, sabemos que as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social são as que mais sofrem os impactos da pandemia, tanto em condições sanitárias, de saúde, quanto em condições econômicas. Acredito que as empresas de todo o mundo estão enxergando a importância de assumir esse papel de agente social transformador", afirma o CEO Américas da myWorld - operadora da Cashback World no Brasil, Roberto Freire.

A Child & Family Foundation beneficia hoje cerca de 38 mil pessoas, com 95 projetos, em 41 países. Sob o mote 'educação para todos', a ONG trabalha construindo escolas em regiões carentes pelo mundo e promove, anualmente, a campanha ‘Angel for a Day’, com voluntários que dedicam um dia a crianças e adolescente carentes, proporcionando atividades que, normalmente, eles não teriam acesso. Já aconteceram mais de 100 dessas campanhas, pelo mundo todo, e essas experiências despertam mais alegria e motivação para os jovens e crianças. Neste ano, devido a pandemia, a ação não acontecerá presencialmente, mas, a ONG, juntamente com a Cashback World, está promovendo campanhas educativas e de sensibilização para arrecadar doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene.

Aqui no Brasil, além dos programas mundiais, a ONG tem um projeto específico, o Parajuru, no Ceará, que ajuda na profissionalização de mulheres carentes que são provedoras do sustento das suas famílias, para que possam garantir renda.

A outra instituição, a Greenfinity Foundation, promove projetos que ajudam o meio ambiente e, aqui no Brasil, ela coordena um projeto que visa acabar com a sede, construindo poços artesanais para famílias de regiões mais secas, como na Bahia, garantindo o acesso à água limpa para várias famílias brasileiras, recurso fundamental principalmente agora, durante a pandemia. O projeto começou em 2013 e já construiu, até hoje, quase 270 poços, atendendo 3.500 pessoas, e continua em andamento. A ONG beneficia mais de 16 mil pessoas, em todo o mundo, com 90 projetos em 21 países.

"É importante sabermos que estamos construindo um negócio que não olha apenas para si, mas para todo o ecossistema e em vários países do globo", finaliza Freire.

 

 

Child & Family Foundation

www.childandfamily.foundation


Quase metade dos consumidores aponta atraso na entrega do comércio eletrônico com a greve dos Correios, segundo pesquisa

 De acordo com levantamento da consultoria Conversion, 32,33% dos brasileiros afirmam ter feito compras pela Internet nos últimos dias



A consultoria Conversion, especializada em marketing digital e comércio eletrônico, realizou, na segunda-feira desta semana, dia 24/08, um levantamento com 365 brasileiros habituados a comprar pela Internet e constatou que a greve dos Correios está causando um grande impacto. Isso porque 48,22% dos brasileiros afirmam ter percebido atraso em encomendas nos últimos dias.
 
Por outro lado, 32,33% dos brasileiros afirmam ter feito compras pela Internet, mas não indicaram a percepção de qualquer tipo de atraso. O levantamento também verificou que a velocidade do frete é mais importante para 26% dos brasileiros, enquanto o custo do frete (ou sua gratuidade) é mais importante para os outros 74% dos respondentes.
 
"A greve veio em péssimo momento, pois devido à pandemia muitos brasileiros só têm a internet como canal para comprar produtos", comenta Diego Ivo, CEO da Conversion. "A logística já era um dos maiores desafios do setor de comércio eletrônico, agora o desafio está ainda maior", conclui Ivo
.



A pesquisa da Conversion foi feita no dia 24 de agosto deste ano, com brasileiros acima de 18 anos, de todo o Brasil e todas as classes sociais, a partir de um questionário estruturado com perguntas fechadas, via Internet, com dados ponderados. A amostra é de 365 pessoas, com nível de confiança de 95% e erro relativo de 5 pontos percentuais.












Conversion


Reembolso Saúde: processos eficientes e digitalização otimizam os ganhos

  Rever o processo de reembolso desde suas primeiras etapas até sua finalização, identificando erros e falhas que podem atrasar a gestão é fundamental.




O desperdício de recursos e as fraudes no setor de saúde estão entre os principais desafios enfrentados pelos planos, e as mudanças nos processos de reembolso têm sido a ênfase das operadoras para conter custos e até estimular iniciativas de economia e serviços de maior qualidade no setor.

O controle total desses processos é fundamental para identificar melhorias e possibilidades de reduzir desperdícios. Dados divulgados pelo Instituto Ética Saúde (IES) mostram que pelo menos R$ 14,5 bilhões investidos na saúde são desperdiçados anualmente no Brasil. A organização da sociedade civil aponta que a ocorrência de fraudes, corrupção, má gestão e distorções de outros tipos custam 2,3% de todo o orçamento destinado ao setor, incluindo dinheiro público e privado. E a pandemia do novo coronavírus pode aprofundar esse problema.

Neste cenário, rever o processo de reembolso desde suas primeiras etapas até sua finalização, identificando erros e falhas que podem atrasar a gestão é essencial. Isso inclui atentar-se aos contratos em relação às regras dos planos e ao perfil dos beneficiários (individuais e empresariais), respeitando as diferentes características de cada um para evitar prejuízos.

Isso pode exigir um árduo esforço manual, especialmente quando falamos em operadoras que atuam com procedimentos pouco informatizados. Por isso, cada vez mais empresas do setor de seguros de saúde têm investido na implementação de processos totalmente digitais em suas operações de saúde, principalmente na análise e pagamento de contas médicas.


O papel da digitalização na otimização dos reembolsos

Além dos já conhecidos benefícios do ponto de vista do cliente, como o acesso mais fácil aos serviços e a criação de canais de comunicação com as operadoras, a digitalização, incluindo o uso de aplicativos de celular, tem aprimorado os controles de custos dos seguros de saúde.

Por meio da tecnologia e dos investimentos em inovação digital, as empresas, impulsionadas pela digitalização no setor de seguros, estão automatizando cada vez mais seus processos, algo que passa não apenas pela redução de custos, mas também pela priorização da segurança do paciente, com a unificação e a padronização de informações, facilitando o compartilhamento de dados do paciente entre profissionais de saúde.

Esse avanço, além de garantir mais qualidade no atendimento, uma vez que possibilita o oferecimento de tratamentos e diagnósticos mais assertivos, reduz o desperdício no pagamento de despesas, pois significa menos pedidos de exames repetidos e uma redução nos equívocos na prescrição de medicamentos e tempo de tratamento. 



Terceirização oferece alternativas para avançar

Estima-se que as despesas assistenciais sejam responsáveis por consumir mais de 80% de toda a receita obtida pelos planos de saúde e, especialmente diante de um cenário crescente de busca por cobertura para consultas, exames e intervenções cirúrgicas, analisar de forma precisa cada procedimento considerando os níveis adequados de qualidade, as exigências regulatórias e os custos é fundamental. Ao mesmo tempo, manter equipes e tecnologias para realizar essa análise internamente pode acabar se tornando um risco a mais de déficit.

A terceirização da gestão de documentos relativos a reembolsos garante que essa atividade seja realizada por equipes especializadas e equipadas para dar agilidade, assertividade e segurança à aprovação de pagamentos de despesas, além de contar com o apoio de tecnologias avançadas de análise e digitalização.
Ao garantir que esse centro de custos esteja sendo administrado da melhor forma, os seguros de saúde podem dedicar seus recursos ao que mais importa: desenvolver alternativas de atuar com mais eficiência em um cenário digital, criando novos canais de comunicação com o cliente e desenvolvendo soluções que melhorem sua qualidade de vida como um todo.

 



Marcelo Carreira - diretor de marketing da Access



Access

www.accesscorp.com.br


Lives: O peso da influência


É inquestionável, entre tantos experimentos e experiências da quarentena, algo foi rapidamente escalável e, apesar das controvérsias, a aceitação foi e é grande. Sim, estou falando das lives, as queridas ou temidas lives.

Há quem considere um movimento em efeito manada, e talvez faça sentido, mas o ponto principal de reflexão é a consequência desse fato. As mídias sociais são democráticas e bastante acessíveis, intuitivas e de fácil utilização, e não há nada que impeça qualquer usuário de, em questão de segundos, começar uma transmissão ao vivo, sem saber quem ou porque terá audiência.

As motivações para fazer lives são inúmeras. Há aqueles que compreendem a live como uma ferramenta valiosa de geração de conteúdo, utilizam com responsabilidade, há planejamento e pauta bem definidas, convidados estrategicamente selecionados e um poder valioso de alcance e influência. No entanto, essa não é a motivação para tantos outros usuários, que podem buscar o simples desejo de audiência, fazer porque "todo mundo faz" ou até as mais ilusórias ideias de aumentar o número de seguidores.

Todos eles, independente da razão da transmissão ao vivo, chegam a um lugar comum: a capacidade de impacto e influência que essas lives possuem. De um lado, uma audiência pouco preparada para uma curadoria de conteúdo, do outro, pessoas assumindo espaços e temas que não possuem know-how suficiente para compartilhar, ensinar e impactar outras pessoas. Assim começamos nosso espiral, porque, por mais frágil que seja uma informação, ou mesmo inverídica, do outro lado há alguém que por um simples crivo, pode ser até uma questão de simpatia pelo speaker, absorve.

O movimento das lives é legítimo e necessário, principalmente considerando a perspectiva do compartilhamento de conteúdo que não poderia ser acessado (ou não com tanta facilidade) por tantas pessoas. Contudo, é preciso que uma etapa anteceda a decisão do clique rápido no botão "ao vivo": a autorresponsabilidade.

A cultura das lives deve incentivar - ou demandar - que os apresentadores, com humildade e sabedoria, revisitem seus repertórios, encontrem seus espaços de conteúdo, baseados na sua história de vida, temas de especialidade ou opiniões embasadas em um assunto que dominam. E, ainda antes desse clique, é preciso criar um roteiro, validar do início ao fim, não com falas prontas, mas mapear o curso do diálogo e o poder de impacto e influência que pode causar no outro.

E, se falta motivação para encarar essa jornada de reflexão e preparo que a live demanda, deixo aqui uma última reflexão: embora a transmissão ao vivo termine, o conteúdo se perpetua, sendo registrado nas redes e disseminado de um modo incontrolável e, acredite, você será cobrado pelo peso da sua influência. Em tempos da cultura do cancelamento, uma internet com poder de fala e o fácil acesso para rastrear e descredibilizar dados e fatos, quer mesmo deixar que o toque ansioso no botão "ao vivo" desconstrua a história que te faz clicar lá para contá-la?



Lais Macedo - sócia do LIDE FUTURO e fundadora da B4Marry


Violência contra a Mulher: Febrasgo alerta para principais fatores de risco, ao longo da infância e vida adulta

Agosto Lilás chama a atenção para o desafio de assegurar segurança e melhores condições de vida para as mulheres


Levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a partir de dados de instituições brasileiras e internacionais, revela um cenário epidêmico de diferentes formas de violência contra a mulher que a acompanham ao longo de toda a vida. O quadro pode apresentar características ainda mais densas em casos de mulheres negras, pobres e de baixa escolaridade. A revisita desses dados estatísticos e epidemiológicos aponta ainda que os principais agressores encontram-se no lar e no trabalho, ambientes que deveriam prover acolhimento, segurança e estímulo ao desenvolvimento pessoal e profissional.

 

Violência Contra Crianças


Na esfera infantil, as meninas figuram como o principal alvo de violência física e sexual. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), das cerca de 46 mil notificações registradas, em 2018, 54,4% estavam associadas a vítimas do gênero feminino, sobretudo as de raça negra (47,9%). O levantamento abrangeu crianças de zero a nove anos e apontou que o tipo de violência mais relatado foi negligência e abandono (53,4%). A violência sexual aparece como o segundo tipo mais comum (26,5%) – um caso a cada 43 minutos – seguida pela violência física (24,3%). Esse dado complementa-se com estimativa do Ministério da Saúde que aponta que, a cada mês, pelo menos uma criança de 10 a 14 anos morre em decorrência de complicações da gestação. Ainda de acordo com o SINAN, os familiares representam quase a totalidade dos agressores (97,8%) e as residências são os locais priorizados para essas agressões (67,1%). 

 

O ginecologista Dr. Agnaldo Lopes, presidente da Febrasgo, destaca que essas violências estão associadas ao surgimento de traumas físicos e psicológicos. “A necessidade de proteção dessas meninas não impacta somente o atual momento da infância, mas toda a vida da mulher. Esses casos de violência estão altamente relacionados a alto percentual de abandono escolar, abuso de álcool e drogas, comportamentos sexuais de risco, baixo autoestima, transtornos psiquiátricos, maior risco de suicídio, além de doenças crônicas, autoimunes e câncer decorrente do estresse pós-traumático”.

O profissional explica ainda que em situações de gravidezes precoces, há ainda riscos de complicações graves no desenvolvimento da gestação, como anemia, pré-eclâmpsia, eclampsia (aumento da pressão durante a gravidez), diabetes gestacional, parto prematuro e parto distócico. Não raramente, esses quadros podem levar à morte da gestante e do bebê.

 

Vida Adulta


A chegada à vida adulta e maturidade reserva ainda mais desafios e riscos às mulheres. De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2018, foram registrados 145 mil casos de violência contra a mulher (agressão física, psicológica, sexual ou uma combinação delas). A cada 4 minutos, uma mulher sobre algum tipo de violência – situação que tem se agravado em circunstância de isolamento social. O órgão aponta ainda que a violência doméstica é a principal causa externa de óbitos femininos. Entre os homens, estão os conflitos armados e atividades relacionadas à crimes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), episódios de violência impactam a saúde a saúde física, sexual, reprodutiva e mental das mulheres. Abusos físico ou sexual estão relacionados a maiores chances de aborto, depressão, risco de infecção por HIV e outra ISTs, distúrbios com álcool e transtornos psicológicos.

 

Trabalho


AS violências contra a mulher não são apenas de ordem física e sexual, mas também de caráter psicológico, moral e financeiro – realidades comuns no cenário laboral. Nesse universo, observou-se que além de menor participação, rendimentos e possibilidades de ascensão, as mulheres estão mais expostas a adoecimentos, agravos e lesões decorrentes do trabalho. Fatores ligados à escolaridade, etnia, estratificação social e presença de filhos impactam ainda mais essas realidades.


Segundo levantamentos do Ministério da Saúde, casos de LER/DORT são mais frequentes em ocupações socialmente mais desvalorizadas, como faxineira, cozinheira e alimentadora de linha de produção. As notificações de dermatoses atingem, sobretudo, faxineiras, técnicas em enfermagem e trabalhadora da agropecuária. As profissionais do segmento de saúde – técnicas e auxiliares de enfermagem e enfermeiras – estão sujeitas ainda a maior incidência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico e transtorno mental. Esse último item também figura entre as notificações de professoras e agentes escolares.

As principais causas de adoecimento aparecem relacionadas às estruturas e condições de trabalho impostas às mulheres, como: longas jornadas, sobrecarga de trabalho, deficiência de recursos humanos e materiais, burocracia excessiva, falta de autonomia, cobranças administrativas e violência institucional, humilhações e ofensas, medo de demissão, falta de reconhecimento, e outros. Para as profissionais de saúde ainda somam-se condições precárias para realização do cuidado a pessoas com doenças graves e risco de morte, e ambientes de trabalho insalubres. 

Os dados apontam também que as profissionais de serviços domésticos são as maiores vítimas de lesões por produtos químicos, como detergentes, sabão em pó, cera, água sanitária, desinfetante, inseticida, repelente de inseto e raticida, que podem causar destruição do manto lipídico da epiderme e secura da pele, eritema, descamação e fissuras.



Home office: é preciso desconstruir o pensamento dos gestores sobre o comando de controle, afirma diretora da Mazars

 Segundo Milena Bizzarri, diretora de Recursos Humanos, Marketing e Comunicação da empresa, esse é o primeiro passo para readequar os modelos de avaliações de desempenho online

 

Em função da pandemia do coronavírus, a forma de trabalhar mudou para muitos profissionais. A pesquisa "Os impactos da Covid-19 no mundo dos negócios", realizada pela Mazars, auditoria e consultoria empresarial, revela que, no Brasil, 86,07% das companhias mobilizaram suas equipes ou parte delas para o home office. Outro ponto relevante foi em relação à percepção dos dirigentes sobre a capacitação dos gestores de suas organizações para esse modelo de trabalho: 68,35% sentem que os gestores precisam aperfeiçoar o acompanhamento das tarefas remotamente. Diante desse cenário, uma dúvida que impacta muitas companhias é: como fazer a avaliação de desempenho de forma online?

"Antes de tudo, é importante desconstruir na cabeça dos gestores que eles precisam supervisionar o tempo todo se os colaboradores estão trabalhando. O que de fato é relevante, neste momento, é estabelecer as metas e os objetivos diários, deixar muito claro o que a equipe precisa cumprir", afirma Milena Bizzarri, diretora de Recursos Humanos, Marketing e Comunicação da Mazars.

A executiva ainda acrescenta que fiscalizar o horário de início e término das atividades dos colaboradores também não é importante. "Devido ao novo normal, com esse modelo de trabalho remoto, pode ser que outros compromissos apareçam. Seja no preparo do almoço ou numa ida ao supermercado ou farmácia, muitos colaboradores são pais e precisam dar um suporte aos filhos, ou seja, todos estamos vivendo a mesma situação. Assim, desde que as metas diárias sejam cumpridas, não importa se estão trabalhando das 8h às 18h".

O segundo aspecto importante para a área de Recursos Humanos, de acordo com Milena, é a remodelagem das avaliações de desempenho. "À distância, não tem como observar o comportamento dos colaboradores - se a pessoa é prestativa, se está se comunicando com os demais colegas da equipe -, portanto, o RH precisa se adequar à nova realidade, entender qual é o modelo que mais se encaixa agora. Também é preciso levar em consideração que não existe um padrão. Cada segmento de atuação precisa avaliar qual será o melhor modelo. No varejo vai ser de uma forma, para a indústria será outra".

Em relação ao feedback, antes realizado por reuniões presenciais e agora transmitido virtualmente, a executiva esclarece que tanto os gestores como os colaboradores precisam ter a habilidade de comunicação bem afiada. "Agora é só voz e rosto através do computador. Antes, quando todos estavam juntos na sala, existia a linguagem corporal, uma atmosfera que envolvia um café, um quebra gelo. Com as mudanças, as conversas são mais diretas. Por isso, exige que o líder seja assertivo, e o colaborador, na outra ponta, deve saber se expressar".

Quando o assunto é habilidade, mesmo que algumas empresas tenham voltado para o escritório ou tenham deixado essa etapa para o pós-pandemia, a nova realidade potencializa ainda mais a necessidade de saber se comunicar. "Essa é uma competência muito importante, pois é a mais difícil de encontrar. Outras competências essenciais são a adaptabilidade, os profissionais precisam se adaptar, pois os ambientes de trabalho podem mudar, também é crucial ter o espírito de colaboração e capacidade de automotivação", afirma Milena.

A pandemia também acelerou o processo digital das empresas. "Todo o investimento que estava programado para ser realizado em um ou dois anos foi feito em uma ou duas semanas. Portanto, mais do que nunca, os profissionais precisam ter conhecimento em tecnologias. Conhecer as ferramentas disponíveis no mercado, saber como elas funcionam, quais os recursos são importantes para a sua rotina de trabalho. Hoje há muitos aplicativos que podem ajudar. No novo normal, as pessoas vão se interligando através das ferramentas de reuniões. São muitos aplicativos que estão colaborando para ter uma rede dentro das corporações de comunicação e produtividade", finaliza Milena Bizzarri.


Pós-pandemia vai exigir celeridade em processos judiciais

 Instituto AJA comenta algumas causas decorrentes da pandemia e a necessidade de agilidade na resposta do Judiciário

 

A necessidade de isolamento social e a parada temporária de alguns setores da economia deram origem a disputas judiciais sem antecedentes nos tribunais.

Um dos exemplos é o de empresas inviabilizadas de funcionar, em geral comércios de rua ou de shopping centers, que estão buscando o Poder Judiciário. Segundo o juiz federal Carlos Haddad, professor do Instituto AJA, especializado em práticas para otimizar a gestão judiciária, há tribunais que já apontam alguns caminhos de jurisprudência como forma de solucionar a questão.

“Um dos argumentos é de que por lei o locador se vê obrigado a entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina. Na impossibilidade de ele servir ao objetivo comercial muitos estão recorrendo à justiça para suspender parcial ou totalmente o pagamento destes alugueis durante este período”, explica.

Outro exemplo diz respeito às pessoas físicas que tiveram pedidos do auxílio emergencial do governo negado. Segundo Haddad, uma vez que este montante se destina a suprir demandas de uma população que se viu sem fonte de renda pela impossibilidade de praticar seu ofício, muitas vezes informal, a celeridade é fundamental.

Luís Pedrosa, consultor do Instituto AJA, observa que algumas unidades da Justiça Federal tem agido no sentido de simplificar o andamento desses processos por meio do encaminhamento aos Núcleos de Conciliação para a realização de acordo entre as partes. “A justiça Federal do Paraná, por exemplo, encaminhou ações desta natureza à CEJUSCON de Curitiba a fim de não acumular os processos nas Varas”. A adoção de alternativas ágeis para solução de casos mais simples é justamente uma das estratégias recomendadas pelo Instituto AJA aos tribunais que recebem os cursos de Administração Judicial.

A inadimplência em grande escala pode gerar demandas judiciais por parte de credores, locadores e mesmo consumidores que deixam de receber serviços ou produtos adquiridos em empresas que se veem premidas a fechar as portas. Para Haddad uma das soluções, também mencionada recentemente pelo futuro presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux, será o estabelecimento de precedentes para aumentar a segurança jurídica.  Se a jurisprudência estabelecer balizas seguras sobre a possibilidade do cumprimento de obrigações durante a pandemia, principalmente nos casos em que há onerosidade excessiva e frustração do objeto dos contratos, a população saberá onde está pisando. A saída negocial, porém, será sempre a melhor opção.

Por fim, existe uma questão diretamente ligada à saúde surgida na pandemia, mas para essa já uma resolução desdejulho. Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que os planosforam obrigados a cobrir o teste sorológico que identifica a presença de anticorpos no sangue de pacientes expostos ao novo coronavírus. A inclusão do teste partiu de uma ação judicial movida pela Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps).


Geração 3D: o que podemos aprender com ela?

 Conheça mais sobre como os profissionais 3D podem ser modelos para você


Já ouviu falar da geração 3D? São os que possuem dedicação, desprendimento e diferenciação. A geração que traz uma quantidade enorme de lições para a vida profissional e pessoal.

“Esse é outro nome para os Baby Boomers, os nascidos entre 1946 e 1964, que, a despeito da idade, possuem uma bagagem imensa de experiência, conhecimento técnico e humano, sabedoria, equilíbrio, bom senso e espírito empreendedor. São os modelos que os novos pioneiros devem ter como fonte de inspiração”, conta Penha Pereira, economista e Master Coach.

Pessoas da geração 3D têm uma grande bagagem de conhecimentos, são Mestres e, através de suas qualidades, possuem um arsenal enorme de lições a quem deseja ousar por caminhos novos e desconhecidos. Infelizmente, muitas corporações parecem não enxergar essas qualidades e o potencial de empreendimento que essas pessoas poderiam trazer para as Instituições.

Através de sua história e qualidades, a especialista afirma que é possível aprender diversas lições:

Lição 1: o empreendedor tem que ser dedicado a seu projeto, realizando-o com amor e fazendo com que ele seja transmitido! Quando há essa distribuição generosa, todos à volta do empreendedor são beneficiados e estimulados a replicarem o aprendizado! Uma ideia útil e transformadora precisa necessariamente ser colocada à disposição da comunidade para que haja efetivo desenvolvimento.

Lição 2: o empreendedor precisa entender que guardar para si seu projeto não transforma ninguém e desta forma seu objetivo de crescimento fica aquém do sonhado. O profissional que pretende criar um negócio que lida com pessoas precisa tomar cuidado com as abordagens, que será uma grande sacada para tornar fiel um cliente, por exemplo

Lição 3: o empreendedor precisa respeitar para se diferenciar dos demais, pois, quando uma pessoa se sente respeitada e acolhida, ela jamais deixará de procurar pelos serviços de quem a respeita e a entende.

Lição 4: o empreendedor não pode ter medo do medo. Ele existe para nos dar capacidade de dosar corretamente a busca de nossos sonhos. Deve aliar-se à paciência para saber aguardar o momento certo e ter sustentação para refazer etapas.

Lição 5: o empreendedor não pode agarrar-se ao que sabe e não pode ser ganancioso. Precisa cultivar a atitude do altruísmo quanto ao conhecimento, para que, ao passá-lo de forma transparente, crie condições de multiplicá-lo. Gerando valor agregado permitirá que pessoas ao recebê-lo possam ter novas ideias a respeito, lapidando-o e o tornando maior.

Lição 6: o profissional empreendedor de negócio próprio ou corporativo precisa ter hoje, além de suas habilidades técnicas, o que chamamos “soft skills”, ou seja, atitudes e comportamentos que façam com que o novo profissional esteja em harmonia com seu ambiente de trabalho, com as pessoas de seu convívio social (não somente no trabalho) e com o meio ambiente!

“Não existem pessoas ‘velhas’, existem profissionais de talento, dispostos a dar seu melhor para que as gerações que os seguem, entendam o que realmente leva uma pessoa a atingir o sucesso verdadeiro”, finaliza Penha.

 

 


Penha Pereira - Economista, Master Coach e gestora de carreira

mariadapenhaapereira@gmail.com

https://www.linkedin.com/in/mariadapenhapereira


Pesquisa do LinkedIn mostra que pandemia está reescrevendo os caminhos do marketing brasileiro

Profissionais do setor acreditam que as mudanças provocadas pela pandemia agora vão influenciar a forma de trabalho no futuro, com impacto de curto prazo

 

Webinars e podcasts ganharam espaço na pandemia e ocupam hoje a prioridade das empresas de marketing em detrimento dos eventos presenciais e mídia exterior, também conhecida como out of home, como outdoors. Essa mudança não foi de todo ruim, numa escala de 0 a 10, o índice de satisfação dos organizadores de eventos online está entre 6 e 7. É o que mostra a pesquisa Tendências e Comportamento de Marketing no Brasil 2020, realizada pelo LinkedIn com profissionais do setor. O objetivo do estudo é entender como eles estão reagindo a orçamentos reduzidos e mudaram sua estratégia para fazer mais com menos.

Esse foi apenas um dos desafios percebidos pela categoria durante a pandemia. O principal entrave foi o corte de orçamento, apontado por 73% dos entrevistados e sendo unanimidade como maior desafio para todos os tipos de negócio. Consequentemente, uma redução no time (58%) foi o segundo ponto sinalizado. A redução do investimento em publicidade e o replanejamento das atividades também estão entre os gargalos para 53%.

Essa mudança de estratégia vem acompanhada também por um novo perfil de público alvo. Há uma percepção sobre a abertura da área de alcance das campanhas para novas regiões e a segmentação agora foca nas necessidades geradas pela pandemia. "O isolamento social trouxe uma nova busca por produtos e serviços que, até então, não eram percebidos, assim, profissionais de marketing se viram voltados a entender não só um perfil habitual de consumo, mas sim o comportamento dos seus públicos-alvo, gerado especialmente por conta de uma visão não convencional da rotina", destaca a executiva de Soluções de Marketing do LinkedIn para a América Latina, Ana Moisés.

Como consequência, ao serem questionados se houve mudança no conteúdo entregue, tanto em texto ou material criativo, por conta da pandemia, a resposta mais frequente entre os profissionais de marketing foi a transição para uma narrativa mais racional, com foco no produto e baseado em fatos. Em segundo lugar ficou a natureza emocional, por exemplo, centrada no ser humano e em suas emoções.

Para o Diretor de Marketing da FGV, Marcos Facó, agilidade, digitalização e comunicação constante são fundamentais neste período de incertezas e prevalência do trabalho remoto. "Nestes tempos de pandemia, aprendemos que podemos mudar nossos hábitos pessoais, sociais e profissionais de forma muito rápida e efetiva. Estas mudanças de comportamento trouxeram novos desafios para os profissionais de marketing e comunicação. Aprendemos que o mundo se tornou muito mais digitalizado que supúnhamos ser possível. O trabalho e o estudo remoto abriram nova possibilidades, derrubando barreiras de espaço físico. Tudo que trafega na rede, seja numa reunião via Zoom ou num webinar no Linkedin são bits. Informação pura. Assim, para uma grande parte dos profissionais ficou claro que tudo se resume à comunicação e que esta pode existir em qualquer lugar, em qualquer hora", destaca.

Mais do que conteúdo, para o CEO da agência New Vegas, Ian Black, a estabilidade emocional e financeira do time deve ser prioridade. A agência optou por não reduzir equipe e manter a qualidade de vida das pessoas. "Um resultado financeiro anual abaixo do esperado pode ser superado, mas a confiança do nosso time e nossa reputação no mercado seriam muito mais difíceis de reconquistar", destaca. E aí está o desafio: estruturar e manter uma cultura que seja à prova de distâncias e mantenha o padrão de qualidade. 



Recursos de marketing mais procurados durante a pandemia: 


- Capacidade de hospedar eventos virtuais (incluindo ferramentas de transmissão ao vivo, capacidade de enviar convites para eventos, análises, etc.)
- Novos formatos de anúncio para obter melhor engajamento
- Soluções aprimoradas de segmentação para atingir meu público-alvo
- Capacidade de automatizar a configuração e o desempenho de uma campanha

São ferramentas que vieram para ficar na visão da Chief Operating Officer da Oracle, Marcelle Paiva. "A gestão do conteúdo em todos os canais é fundamental e coerência entre os temas internos e externos, por isso, manter conexão e empatia para execução de ações neste novo cenário são fundamentais. O marketing hoje está voltado para o contexto e projetos que apoiem o momento atual em detrimento apenas da venda de produto ou solução", destaca. Segundo ela, transparência e maior tolerância para testes de novos caminhos e recursos são necessários para a integração de novas plataformas de eventos virtuais integradas com social. 



Tendências futuras - cenário para os próximos 3 meses 


Os próximos 3 meses ainda são duvidosos e geram incertezas para qualquer setor da economia e não é diferente com o marketing. As preocupações são diferentes para empresas B2B e B2C. Para campanhas com foco em negócios, redução do time de trabalho (11%), falta de colaboração e foco maior na tática (9% cada) são os desafios futuros. Quem lida com o consumidor final, o time de B2C, corte no orçamento (15%), redução do investimento em mídia (10%) e a mudança do evento físico para o virtual (9%) são as preocupações.

Ainda sobre o futuro, o marketing de negócios, ou seja, empresas B2B e mistas acreditam que os eventos virtuais continuarão tão eficazes quanto os presenciais, mas, para 53% dos profissionais B2C, essa não será a realidade.

Seguindo essa percepção, o estudo mostra que há uma expectativa para os próximos 3 meses de redução dos eventos presenciais e experiências, mídia externa e marketing baseado em contas e um crescimento dos podcasts, webinars e parceria com influenciadores.

Para Black, não é possível ser assertivo em previsões. "O que vemos e que deve perdurar pelos próximos meses, é uma série de previsões sobre o futuro, sobre a pós-pandemia, que são baseadas mais em desejos e conveniências do que dados ou uma compreensão da complexidade ainda mais aguda dos tempos atuais. Essas previsões evidenciam uma dificuldade generalizada em encarar o presente para além do que nos atravessa diretamente", alerta. Nessa esfera, o CEO exemplifica por meio dos movimentos de inclusão racial. " Os movimentos negros no Brasil estão se organizando cada vez mais e estão descobrindo o poder de influência que essa organização possibilita. As empresas sentiram o impacto das manifestações do meio do ano, mas estão anos-luz distantes de qualquer ação digna de nota. O preço para essa omissão histórica, que é infinitamente mais escandalosa nos EUA será alto e certamente demandará das empresas mudanças radicais que atendam à urgência da diversidade".

Facó acredita que o trabalho e o ensino a distância vieram para ficar. "Talvez de uma forma híbrida, mas permanecerão em muitas partes. O webinars foi a grande novidade no mercado corporativo. Ele trouxe imensas novas possibilidades", ressalta. O executivo ainda destaca a redução nos custos que, na maioria dos casos, chegou a quase zero, como algo a se prolongar. "Isto por si só já foi muito benéfico. Juntamente com o poder de alcance e capacidade de público ilimitados, esse conjunto torna a plataforma incrivelmente poderosa e que só tenderá a crescer em termos de aprimoramentos e qualidade nos próximos meses", avalia.

Como tendência de curto prazo, Marcelle reforça a questão dos eventos virtuais com destaque para conteúdos relevantes. "A gestão de conteúdo, dentro de um trabalho de marketing contextualizado e permeado por projetos que, de alguma forma, gerem impacto na sociedade e apoiem o dia a dia, deixando de ser meramente uma publicidade é o que devemos acompanhar nos próximos meses". 



Otimismo à vista 


A experiência trouxe descobertas positivas. Há vários aspectos onde o otimismo se mantém, uma margem entre 40% e 52% dos entrevistados se sentem otimistas em aspectos como uma rápida recuperação e o sentimento de que a recessão será breve; a possibilidade de manter o uso de tecnologia e o trabalho virtual; a oportunidade de redefinir papéis no negócio e poder redirecionar o negócio para o que importa.

55% acredita que essas mudanças terão continuidade e mudarão a maneira como os profissionais de marketing trabalharão no futuro, mas acreditam que o impacto será de curto prazo. 



Metodologia
O estudo ouviu 300 profissionais de marketing do Brasil que atuam em empresas com estratégias de negócio B2B (150), B2C (100) e mistas (50). Destes, 78% usam o LinkedIn em suas campanhas digitais. As entrevistas online percorreram as áreas de educação, indústria, telecomunicações, óleo e gás, varejo e produtos e tecnologia entre outras por meio de perguntas de múltipla escolha. Os resultados finais podem não representar a soma de 100% por ser permitida a escolha de mais de uma alternativa e pelo fato de não ser obrigatória a resposta a todas as perguntas.



LinkedIn

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Banco Central lança nota de R$ 200 enquanto o varejo ainda precisa de soluções criativas à falta de troco

Em 2018, o mesmo Banco Central, realizou um estudo no qual estima que 96% dos brasileiros ainda usam o dinheiro em espécie para pagamentos, contudo, gestão e logística do dinheiro em frações ainda onera o comércio que busca soluções alternativas como a Super Troco


No final de julho, o Banco Central do Brasil anunciou oficialmente que o Real contará com mais uma cédula, a de R$ 200, que terá como personagem o lobo-guará. O que estimulou a decisão foi a crescente demanda pelas pessoas por dinheiro em espécie para guardar em casa durante a pandemia. Contudo, a movimentação desse dinheiro, principalmente em notas altas, caminha ao lado de um problema antigo no varejo brasileiro: a falta de troco nos caixas do comércio.

A logística e a gestão do dinheiro em frações pelo varejo ainda absorve altos investimentos e gera atrito com o consumidor final quando utiliza o pagamento em espécie. Por isso, variadas e criativas são as alternativas que empresários adotam, desde simples promoções de incentivo até a implantação de tecnologias inovadoras como a ferramenta oferecida pela Super Troco. Uma startup que encontrou uma solução para transformar o troco em uma carteira de pontos, para resgate de benefícios, gerando oportunidade para todas as pessoas.

De acordo com um estudo do Banco Central do Brasil, publicado em 2018, 96% dos brasileiros ainda utilizam o dinheiro em pagamentos no dia-a-dia. Sendo que, destes, 60% afirmaram que o dinheiro é a forma que utilizam com maior frequência em suas compras.


Reflexo da nota de R$ 200 vai depender do comportamento do consumidor

 Para Rodrigo Doria, CEO e fundador da Super Troco e que acompanha de perto esse setor, a nota de R$ 200 não deve potencializar o problema atual de falta de notas pequenas e moedas. “A nota de maior valor não necessariamente agravará a falta de troco no varejo, porque elas são muito pouco usadas. Por exemplo, estima-se que apenas 10% da população use notas de cem reais para fazer pagamentos. Contudo, isso não significa que o momento não mereça também nossa atenção aos valores inferiores. O brasileiro ainda tem uma cultura de não carregar consigo moedas e notas baixas, cerca de 30% de todas as moedas estão represadas nas casas ou no fundo das bolsas, fora circulação”.

Porém, o executivo também faz uma reflexão sobre um possível comportamento dos consumidores, que podem inserir estas novas notas de valores maiores no varejo. “Ainda não é possível prever o real comportamento das pessoas em posse das notas de R$ 200, se vão guardar a cédula com medo de uma crise financeira, como o governo imagina, ou se vão colocá-la em circulação no mercado. No entanto, se elas forem usadas em pagamentos do dia-a-dia, aí sim teríamos um novo desafio pela frente. Além da falta de moedas e cédulas de baixo valor, o lojista pode passar a sofrer também com a falta de cédulas mais altas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e até R$ 100”.


Super Troco e a solução encontrada na tecnologia

 A busca do varejo por uma solução estimulou um crescimento rápido da Super Troco, inclusive durante a pandemia. A startup, cujo modelo atual foi lançado em 2016, acaba de ultrapassar um milhão de consumidores, já está presente em redes do varejo de 1086 cidades de todos os estados brasileiros. E continua crescendo rapidamente em todo o território nacional.

Quando chega ao caixa para pagar suas compras em uma das redes participantes, o consumidor tem a opção de transformar o seu troco em pontos Super Troco, que são creditados diretamente no seu CPF. Um procedimento fácil e rápido, realizado no próprio sistema do PDV em poucos segundos. Com R$ 0,10, por exemplo, o consumidor adquire 10 pontos Super Troco e com os pontos acumulados ele pode trocar por produtos e serviços diretamente no site da Super Troco ou ainda doar para instituições e iniciativas sociais.

A Super Troco ainda realiza ações de incentivo que potencializam a adesão ao programa, com prêmios em dinheiro. Semanalmente são sorteados 100 prêmios em categorias diferentes, com valores proporcionais ao troco convertido em Super Troco, podendo o prêmio máximo chegar a R$ 500 mil, quando a conversão de troco em pontos for de R$ 10,00.

 


Super Troco 

www.supertroco.com.br

 

Conheça 5 dicas infalíveis para atrair mais clientes na internet

Consultora de negócios e marketing digital Ellen Moraes enumera os ítens que não podem ser esquecidos pela empresa na hora de se relacionar com o público



Talento precoce nos negócios, a Diretora de Marketing da Gold Company Consultoria Financeira, Ellen Moraes, que é também referência em marketing digital, vendas, redes sociais e expansão de empresas, mostra o que não pode faltar no relacionamento com o público.

1 - Depoimentos e provas da satisfação de quem comprou

É muito importante incluir isso nas redes sociais e no site da empresa. Ellen Moraes afirma que é indispensável para fazer o seu produto ou serviço de destacar em relação aos concorrentes.”Na decisão de compra, uma das coisas que a pessoa quer saber é se realmente funciona!”, acrescenta.  

2 - Demonstre!

Mostre de forma clara e, de preferência, criativa, o produto ou serviço em ação. Apresentar como funciona, formas de aplicação e ideias sobre o que ele faz é fundamental para que o cliente visualize e entenda o porquê de você oferecer o que há de melhor.

3- Invista em boas fotos

A consultora de negócios explica que o primeiro contato com o cliente pela internet, geralmente, é feito com as fotos. “É necessário que você produza algo de qualidade e que realmente chame a atenção”, afirma Ellen. Portanto, nada de economizar. Se você não tiver um bom celular ou máquina fotográfica, procure um fotógrafo: imagens profissionais passam mais segurança, além de destacarem as qualidades do que é ofertado.

4 - Conteúdo de Qualidade e Frequência nas postagens

Não deixe os seguidores órfãos. A especialista ressalta que os conteúdos das redes sociais e do site devem ser publicados periodicamente, do contrário, poderá gerar desconfiança entre o público se o negócio realmente está funcionando. “Invista em um conteúdo enriquecedor e que, de alguma forma, acrescente algo para o cliente”, aconselha. Assim, as páginas não ficarão com ar de abandonadas e mostrarão dinamismo por parte da empresa.

5 - Busque se diferenciar dos concorrentes

A dica é mapear suas qualidades. “É de suma importância que você tenha isso na ponta da língua e passe ao seu cliente”, afirma Ellen. Do mesmo medo, ela aconselha que haja transparência no conteúdo apresentado. Assim, os consumidores sentirão que conhecem e confiam.


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