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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

CAR-T Cell pode ser alternativa consistente no tratamento de crianças e jovens com câncer no sangue


Há algumas semanas, a imprensa brasileira noticiou sobre os resultados positivos de um tratamento experimental em um paciente sem possibilidades terapêuticas contra um câncer do sistema linfático. Conhecida como CAR-T Cell, a terapia foi aplicada pela primeira vez no Brasil dentro de um estudo realizado pela USP em Ribeirão Preto (SP). Mas o que não se falou à época é que crianças foram as primeiras beneficiadas pela técnica em países da Europa e América do Norte.

Em abril de 2012, aos sete anos, a americana Emily Whitehead foi a primeira paciente do mundo a receber o tratamento com CAR-T Cell, devido a uma leucemia linfoide aguda. A doença foi resistente a outros tratamentos, inclusive o transplante de medula óssea. Atualmente, a jovem segue sem nenhuma evidência da doença, sendo talvez a paciente mais famosa do mundo.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Dr. Claudio Galvão, a terapia CAR-T Cell já é bastante estudada em países da Europa e América do Norte, onde tanto universidades como as indústrias farmacêuticas realizam a maioria das pesquisas. Outros estudos foram realizados no Hemisfério Norte, em sua maioria em pacientes jovens com leucemia linfoide aguda, um dos tipos de câncer mais comuns na infância. “Hoje, há diversas pesquisas com outras doenças, incluindo linfomas, leucemias, mieloma e neuroblastoma”, explica.

Mas o presidente da SOBOPE faz ressalvas importantes. “Muita cautela deve ser tomada, uma vez que as CAR-T Cells ainda são bastante tóxicas, exigem equipes altamente especializadas em sua realização e eficácia”, diz. “Também será necessário esperar mais tempo para avaliar o quanto as CAR-T Cells podem substituir o transplante de medula óssea, pois já sabemos que nem todos pacientes ficam curados e as células tumorais encontram caminhos para escapar da terapia”, completa.




Realidade brasileira

Entre os questionamentos com respeito à entrada do CAR-T Cell no Brasil estão a regulação por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o tratamento para outras populações com câncer, como crianças e jovens. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são cerca de 12.500 pessoas, entre zero a 19 anos, acometidos por tumores pediátricos, como linfomas, leucemias e tumores do sistema nervoso central.

No Brasil, apesar de se mostrar promissora, pondera Galvão, a CAR-T Cell ainda é cara para a realidade da rede pública de saúde, que também precisa se organizar para incluir a terapia entre os serviços disponíveis à população. “Uma das apresentações comerciais da terapia pode chegar a quatrocentos mil dólares, o que ainda é distante da realidade local. Aliás, a técnica é cara para qualquer sistema de saúde de mundo”, destaca.

“O procedimento experimental realizado pela equipe de Ribeirão Preto é algo genial”, afirma o médico onco-pediatra, considerando a escassez de recursos para a pesquisa nacional. Mas agora, segundo ele, os pesquisadores vão precisar de mais apoio para escalar o tratamento a mais pacientes.

“É sempre bom lembrar que a maioria dos pacientes com leucemias agudas e linfomas, tanto adultos quanto crianças, podem ser curados com terapias convencionais. O CAR-T Cell certamente será útil para um pequeno grupo de pacientes com doenças resistentes. Portanto, existe um grande caminho a ser pavimentado”, conclui o presidente da SOBOPE.
 

Câncer de mama masculino: Cinco sintomas que podem ajudar na identificação


Médicos das Oncoclínicas alertam homens sobre um possível caso de câncer de mama


Recentemente, o empresário Mathew Knowles, pai da cantora Beyoncé, revelou em entrevista ao programa de TV Good Morning America que foi diagnosticado com câncer de mama no meio deste ano. Apesar de raro, estimativas indicam que 1% dos casos da doença afeta homens.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil somará cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, número que corresponde a 28% de todos os diagnósticos da condição registrada no país. E, apesar de o Outubro Rosa ser o mês de conscientização sobre a questão voltada principalmente para mulheres, é preciso lembrar que um dos grandes mitos da saúde é que o câncer de mama não afeta homens. Das 16.254 pessoas que morreram em decorrência de câncer de mama no país no ano passado, 185 eram homens.

O oncologista Daniel Gimenes, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Oncoclínicas, explica que um dos grandes mitos relacionados ao câncer de mama é justamente que ele só afeta mulheres. Homens também apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe um alto percentual de mortalidade. Em cerca de 100 casos da doença, apenas um ocorre no sexo masculino. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados 1910 casos e, na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam realizar a mamografia anualmente.

“Existe um problema muito comum que faz com que os homens não procurem um médico por questões de machismo, pois não passa pela cabeça de ninguém que o homem pode desenvolver um câncer de mama. Por isso, havendo qualquer mudança suspeita na região mamária, é preciso procurar um especialista para que o câncer não seja descoberto tarde demais”, explica Gimenes.

O tratamento e os sintomas são os mesmos. Nos homens, o diagnóstico costuma ser mais rápido pelo fato de que eles têm menor tecido mamário, facilitando a visualização de um nódulo. Mas a identificação também é feita por meio de mamografia.

Para o oncologista Mário Alberto Costa, da Oncoclínicas Rio de Janeiro, tão importante quanto estar atento aos sinais é conhecer fatores de risco e medidas preventivas. “História familiar de câncer de mama, sobretudo quando relacionada ao gene BRCA2, níveis elevados de estrogênio no homem como em indivíduos que usam compostos à base de estrogênio ou testosterona, disfunção hepática e cirrose, obesidade, doenças da tireoide, síndrome de Klinefelter, doenças testiculares e irradiação prévia da região mamária são fatores de risco. Sobre prevenção, é importante tentar remover os fatores de risco, quando possível, evitar uso de compostos hormonais, controle da dieta e peso, evitar álcool, controle de hepatopatias, entre outros”, esclarece.

Quando o assunto é tratamento, homens e mulheres enfrentam a doença igualmente. “O tratamento do câncer de mama no homem é semelhante ao tratamento na mulher e depende da fase em que a doença é diagnosticada (estadiamento) e características biológicas do tumor, podendo ser indicada cirurgia, radioterapia, hormonioterapia, quimioterapia, entre outros”, orienta o oncologista Costa.

Para Gimenes, outro ponto importante é desmitificar o câncer de mama em homens. “Há, é claro, além de uma desinformação, um preconceito em relação a este tipo de incidência. Apesar de não encararmos dados alarmantes no quesito, é fundamental que a população em geral, independente do gênero, esteja alerta. O diagnóstico precoce é fundamental para as chances de recuperação dos pacientes”, salienta.

Gimenes frisa adicionalmente que, em muitos casos, o câncer de mama em um homem é um indício sugestivo de que o paciente seja portador de uma mutação genética hereditária no gene BRCA, sendo recomendada em todos os casos a realização do teste molecular mesmo que não haja histórico de câncer na família.

Abaixo, os oncologistas Daniel Gimenes e Mário Alberto da Costa destacam os cinco principais fatores que podem ser importantes na hora de detectar um câncer de mama no homem:

  1. Genética: Se existir um caso alguma mulher (tia, mãe, avó) com câncer de mama na família, as chances do homem desenvolver aumenta discretamente, mas se for relacionado à mutação do BRCA, os riscos são significantemente maiores. Para isso, é recomendável que o homem faça uma pesquisa de mutação para saber se terá chances de desenvolver a doença. Além disso, existe uma síndrome genética, associada ao alto nível de estrogênio, uma condição que aumenta o índice câncer de mama em homem, principalmente quando tem a mutação do gene BRCA. Se, por exemplo, um homem no qual a irmã/mãe teve câncer de mama, as chances são maiores, por isso, é preciso ser feito um acompanhamento mais de perto.

  1. Hormônios: O principal motivo pelo qual as mulheres apresentam câncer de mama com mais frequência do que os homens são os hormônios. A mulher produz muito mais estrógeno do que o homem. A maioria dos cânceres de mama femininos se desenvolve por conta de hormônios sensíveis. O homem apresenta uma baixa taxa se estrógeno no corpo, contendo mais testosterona, que não leva a este tipo de câncer.

  1. Caroço na área do tórax: Como os homens não tem o costume de realizar exames mamários frequentemente é preciso que se atentem a alguns sintomas suspeitos. Caroço na área do tórax é dos principais sintomas do câncer de mama masculino que pode ser acompanhado de inchaço nos linfonodos axilares.

  1. Retração na pele: Em situações mais avançados da doença, também pode ocorrer uma retração do mamilo, ou seja, um inchaço significativo ou distorção da pele, em alguns casos acompanhados de sangue na região. Quando estes sinais são detectados, é imprescindível que se procure um médico para saber o diagnostico correto.

  1. Cirrose/alcoolismo/obesidade: Pacientes com distúrbios do fígado (cirrose, alcoolismo e obesidade) correm mais risco de desenvolver câncer de mama e, quanto mais velho o homem for, maior a possibilidade de a doença aparecer. Na maioria das vezes o homem com câncer de mama procura uma orientação quando a neoplasia ainda está no começo, dificultando o tratamento. Quando mais cedo o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, já que a mamografia masculina não é recomendada como um exame de rotina, homens que estão na área de risco de desenvolver um câncer de mama, precisam realizar o autoexame.




Oncoclínicas e SBM unidos no combate ao câncer de mama

O Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa -, em parceria com a SBM, lança no mês de Outubro uma campanha de conscientização protagonizada pela modelo, empresária e ativista pelos direitos da mulher Luiza Brunet. Com o mote “Seja a melhor pessoa para você”, a ação tem por objetivo transmitir uma mensagem de alerta sobre os cuidados com a saúde, em especial para que as mulheres não deixem de realizar a mamografia todos os anos a partir da idade recomendada.



A saúde entra pela boca – conheça algumas doenças bucais que podem interferir na saúde em geral


Amanhã, 25 de outubro, é comemorado o Dia do Dentista e, por isso, o Instituto de Previdência e Assistência Odontológica - INPAO Dental alerta para algumas doenças que podem ser originadas pela falta de cuidados bucais.


Doenças Crônicas - A falta de higiene bucal pode acarretar doenças periodontais (gengivas e suporte ósseo) e cáries, com possibilidade de evoluir para problemas endodônticos (canal). Esses focos de infecção na boca, além do problema local, agravam as doenças crônicas preexistentes, como diabetes, por exemplo.

Os pacientes diabéticos devem estar compensados, ou seja, com a doença controlada, principalmente quando são realizados procedimentos odontológicos que envolvem sangramento, cirurgias e raspagens profundas, pois a cicatrização desses pacientes é bastante deficitária. “Além disso, o processo inflamatório gerado por problemas bucais dificulta a absorção de insulina, aumentando a resistência insulínica dos pacientes diabéticos. Dessa forma, haverá uma maior descompensação glicêmica por parte destes pacientes”, explica o cirurgião-dentista e diretor de Operações do INPAO Dental, Dr. José Henrique de Oliveira.

Gestação – “Parto prematuro e baixo peso são alguns dos problemas que podem ser acarretados por doenças odontológicas não tratadas durante a gestação. Por isso, o pré-natal odontológico deve fazer parte do planejamento de quem pretende engravidar ou já está grávida”, afirma Dr. José Henrique. Os hormônios, que causam uma revolução típica nessa fase, acabam por deixar a mulher mais predisposta a infecções bucais. Além disso, os hábitos alimentares também sofrem muitas alterações durante a gravidez (a maior ingestão de açúcar é uma delas) e uma higienização sem atenção pode favorecer inflamações na cavidade bucal.

Algumas inflamações e infecções são mais comuns nessa fase. O sangramento gengival é uma delas, e pode ser a mais frequente. Isso porque há uma maior vascularização da área chamada periodonto (gengiva, dentes, ligamentos e ossos), e a falta de higiene ou a higiene incorreta favorece a formação de placa bacteriana. Ao escovar os dentes, a gengiva sangra”, detalha o diretor do INPAO Dental.

Essa inflamação por causa do acúmulo de placa bacteriana, mais conhecida como gengivite, acomete boa parte das grávidas, portanto é melhor ter atenção, pois nem sempre ela causa dor no estágio inicial. A gengiva avermelhada, inchada e o mau hálito são alguns dos sinais.


A periodontite, por sua vez, é uma evolução da gengivite. Ela causa a perda dos tecidos de suporte dos dentes e é bem presente entre as grávidas. Além dos sintomas da gengivite, a periodontite apresenta pus e provoca o amolecimento dos dentes. O estudo “Doença periodontal na gravidez e baixo peso ao nascer”, publicado no Jornal da Pediatria, indica, inclusive, que ela pode ocasionar parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascimento.


Aleitamento materno - Pode contribuir para a prevenção de diversas doenças, mas você sabia que ele também pode evitar problemas bucais? O Dr. José Henrique de Oliveira, explica que o ideal é que o arco dentário superior fique ligeiramente encobrindo o arco dentário inferior. “Modificações nesse, digamos, ‘encaixe’ pode causar problemas nos dentes, na musculatura facial e na gengiva, por exemplo”.

Alguns sinais da má oclusão dental são: alterações faciais (queixo muito pequeno ou muito alongado), dentes desgastados, dores de cabeça, zumbido, desconforto ao mastigar e problemas na articulação da mandíbula.


Higiene bucal do bebê - Os cuidados bucais na infância devem ser pensados desde o nascimento do bebê. “As gengivas precisam ser higienizadas com uma gaze úmida, em movimentos delicados, pelo menos duas vezes ao dia, após a amamentação. Isso contribui para evitar o acúmulo de leite e garantir dentes mais fortes e saudáveis”.




Instituto de Previdência e Assistência Odontológica - INPAO Dental
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