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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Farol Santander São Paulo comemora aniversário em janeiro com abertura de exposição

 

  • Expo intitulada Cícero Dias - com Açúcar, com Afeto, exibirá obras inéditas e será inaugurada no dia 24 de janeiro, véspera dos aniversários de São Paulo e do Farol Santander; 
  • O recém inaugurado andar de exposições, Memória do 6, é mais um destaque da programação de férias. O ambiente conta com obras da coleção Santander Brasil, acervo numismático, instalações com mobiliários originais e mapas. 
  • Mostras abertas em 2024 seguem em cartaz nas férias de janeiro, com opções para toda a família: São Paulo 3024; Denise Milan - viagem ao centro da Terra e Duas Rodas e Uma Nação.

 

O Farol Santander São Paulo, referência em cultura, lazer, turismo e gastronomia para toda a família, situado em um dos pontos mais emblemáticos da capital paulista, inicia os preparativos para as férias de janeiro e para comemorar seu sétimo aniversário. A celebração ocorrerá no feriado de 25 de janeiro de 2025, data que também marca os 471 anos da cidade de São Paulo. 

As comemorações têm como ponto alto a inauguração da primeira exposição do ano: Cícero Dias - com Açúcar, com Afeto, no dia 24 de janeiro, com curadoria de Denise Mattar. A mostra reúne cerca de 44 obras de diferentes fases do artista, incluindo trabalhos nunca antes exibidos ao público, provenientes de acervos institucionais e coleções particulares. Além disso, serão exibidos cartas, textos e fotografias de grandes nomes como Manuel Bandeira, Gilberto Freyre, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Mário Pedrosa, Pierre Restany, Paul Éluard, Roland Penrose, Pablo Picasso, Alexander Calder, entre outros. 

O Farol Santander São Paulo destaca como programação para as férias em janeiro sua exposição permanente Memória do 6, no 6º andar, que reúne obras ligadas ao acervo artístico da instituição no Brasil, envolvendo os mais de 75 bancos que fazem parte de sua trajetória. A curadoria é assinada por Ceres Storchi, Franz Manata e Nico Rocha. O andar foi projetado em diferentes núcleos expositivos, apresentando pinturas, fotografias, mapas, desenhos, gravuras, móveis bancários produzidos pelo Liceu de Artes e Ofícios, moedas e instalações artísticas. 

A exposição no Promenade reúne artistas com uma forte ligação com São Paulo, seja por serem naturais da região ou por desenvolverem suas carreiras na cidade. Entre eles, destacam-se Antonio Henrique Amaral, Aldir Mendes de Souza, Claudio Tozzi, Djanira (natural de Avaré), Arcangelo Ianelli, Livio Abramo, Carlos Martins, Cássio Vasconcellos, Tuca Reinés e Maria Bonomi, artista italiana radicada em São Paulo. 

A Sala dos Mapas apresenta uma coleção de 11 mapas dos séculos XVI ao XVIII, acompanhados de desenhos, gravuras e fotografias. A exposição permanente Brasil Numismático - A Moeda Brasileira de 1822 a 2024 apresenta 1.750 moedas selecionadas da Coleção Santander, que conta com mais de 22 mil peças, abrangendo o período de 1822 até os dias atuais  

Na instalação A Cobra, os visitantes verão 150 itens de memorabília bancária, incluindo fichas, cédulas, cofrinhos, balanças, carimbos, calculadoras, esculturas e máquinas de escrever, a instalação apresenta um formato sinuoso que ocupa três espaços. 

Outro núcleo do ambiente exibe mobílias produzidas entre as décadas de 1920 e 1950, incorporadas pelo Banco do Estado de São Paulo. A instalação A Onda, composta por 25 cadeiras de diferentes épocas e estilos, organiza as peças como um grupo escultórico em movimento congelado, simbolizando poder e status.  

 

Exposições que seguem em Cartaz  

Durante as férias, o público ainda pode aproveitar o roteiro com as exposições que permanecem em cartaz.

 

 

São Paulo 3024 – Arte Digital Imersiva (até 2 de fevereiro)

Lua Morales

 

Com curadoria de Antonio Curti e direção executiva de Felipe Sztutman, ambos da AYA Studio, a mostra propõe uma jornada sensorial, composta por sete atos que totalizam um circuito de 16 minutos, explorando diferentes futuros possíveis para a cidade de São Paulo, mesclando realidade e imaginação.

 

 

Denise Milan – viagem ao centro da Terra (até 9 de fevereiro)

 

Carol Quintqnilha

 

A exposição inédita Viagem ao Centro da Terra, da artista Denise Milan, com curadoria de Marcello Dantas, explora o ambiente sendo projetada como a formação de uma caverna. A mostra oferece uma imersão em um espaço que combina o imaginário e o real, onde minérios, rochas e cristais se fundem, proporcionando a sensação de estar no coração da Terra, revelando histórias que as pedras guardam.

 

 

Duas Rodas e Uma Nação (até 9 de março)

Wel Calandria


Um passeio pela história das motocicletas desde o início do século XX. Com curadoria de Carlãozinho Coachman, a mostra reúne mais de 70 peças, como troféus, medalhas, indumentárias, fotos, vídeos, revistas, jornais, placas, artigos de competição equipamentos de proteção e, claro, diversas motocicletas históricas dos mais variados modelos. 



Serviço Farol Santander São Paulo

Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)

Site Farol Santander: farolsantander.com.br

Telefone Farol Santander: (11) 3553-5627

Funcionamento: terça-feira a domingo

Horários: 09h às 20h

Ingressos: R$ 45,00 (R$ 22,50, meia-entrada) 

Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o cartão Santander (em até 8 ingressos).

Cliente Santander Select: 10% de desconto comprando com o cartão Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na fila de entrada para o Farol.

Compra online:  https://www.farolsantander.com.br/#/sp (vendas também na bilheteria local)

Classificação: livre



Farol Santander São Paulo - @farolsantander
Santander Brasil e Cultura


Documenta Pantanal leva a Portugal e Alemanha “Mudança Climática: Água Pantanal Fogo”, exposição-manifesto com curadoria de Eder Chiodetto e 80 fotos captadas por Lalo de Almeida e Luciano Candisani

Crédito: Lalo de Almeida

Contrapondo imagens dos dois premiados fotodocumentaristas, a mostra retrata não só a exuberância da fauna e flora locais, como também a devastação gerada por queimadas que atingiram o Pantanal em 2020 e 2024 e continuam a ameaçar o bioma 

 

Com o objetivo de promover um chamado global para as evidências da emergência climática escancaradas a partir da desafiadora realidade vivenciada no Pantanal Mato-Grossense ao longo dos últimos quatro anos, entre fevereiro e junho de 2025 o Documenta Pantanal levará ao público de dois países da Europa, Alemanha e Portugal, a impactante seleção de 80 fotografias que compõem a exposição-manifesto Mudança Climática: Água Pantanal Fogo.

 

Originalmente intitulada Água Pantanal Fogo, a mostra foi apresentada ao público paulistano em 2024 e impactou mais de 15 mil visitantes do Instituto Tomie Ohtake. Com curadoria de Eder Chiodetto, a exposição reúne 40 imagens de Luciano Candisani e 40 de Lalo de Almeida, dois dos mais respeitados fotodocumentaristas do país, estabelecendo contrastes sobre vida e morte nesse ameaçado bioma. 

 

Agora renomeada Mudança Climática: Água Pantanal Fogo, entre 6 de fevereiro e 6 de abril de 2025 a exposição será um dos destaques da programação do Museu Internacional Marítimo de Hamburgo, na Alemanha. A partir de 19 de abril a itinerância segue para Lisboa, em Portugal, e permanecerá em cartaz até 25 de junho de 2025 no Museu Nacional de História Natural e da Ciência.

 

“Ao levar Mudança climática: Água Pantanal Fogo a Hamburgo e Lisboa começamos a realizar o desejo de ecoar esse grito de alerta até mais longe. Com forte influência sobre o clima brasileiro e sul-americano, o Pantanal é também paradigma de uma urgência que diz respeito a todos nós que vivemos nesse planeta. Mais do que defender a necessidade óbvia de conservar nossos patrimônios naturais, nos interessa convocar públicos do mundo inteiro a tomar consciência da gravidade da crise climática em que nos vemos e a pensar no que é preciso fazer para contê-la”, advertem Mônica Guimarães e Teresa Bracher, coordenadoras do Documenta Pantanal.


 

Contrastes e diálogos

 

Registradas ao longo dos incêndios que assolaram o Pantanal em 2020 e também produzidas em 2024, as fotos de Lalo de Almeida são um testemunho da devastação do bioma. Com impactante poder de síntese e denúncia, as imagens circularam globalmente, alertando a sociedade, a comunidade científica, o governo brasileiro e organizações internacionais para a necessidade de esforços coletivos de preservação. Intitulada Pantanal em Chamas, a série de dez fotos registradas em 2020 conferiu a Lalo o prestigioso prêmio World Press Photo na categoria Meio Ambiente.

 

“Por mais que nossas imagens fossem antagônicas – ou seja, as fotos do Luciano mostram a exuberância e a beleza do Pantanal, a relação dos bichos com a água, enquanto meu trabalho tem um aspecto trágico que mostra as consequências da degradação causada pelo homem –, a curadoria do Eder fez com que as fotos conversassem muito bem. Nesse sentido, a exposição tem um caráter didático, como um manifesto para chamar a atenção das pessoas não só sobre o que é o Pantanal e suas belezas, mas, também, sobre as ameaças que rondam o bioma”, defende Lalo.

 

Especializado em fotografar ecossistemas ao redor do mundo e capturar imagens subaquáticas, Candisani traz no conjunto de 40 fotos apresentado na mostra um retrato da imponência da água na maior planície alagável do planeta, seja por meio de fotos submersas, terrestres ou aéreas. Caracterizadas por uma rara combinação de excelência técnica e expressividade, as imagens registradas por ele foram produzidas em condições complexas durante as cheias pantaneiras, enfrentando adversidades que o fotodocumentarista vem perseguindo nas últimas três décadas.

 

“Meu trabalho nasce de uma motivação criativa e uma ligação muito forte com a natureza, especialmente com a água, e adotei a ferramenta da fotografia para registrar esse meu interesse explorando, principalmente, o ambiente aquático submarino. Hoje, tenho mais de 30 anos de uma jornada de busca de interpretações, narrativas visuais e temas que são fundamentais para mim, especialmente a conservação dos grandes espaços naturais remanescentes, como é o caso do Pantanal”, explica Candisani.

 

Assombrado com as imagens que chegavam sobre os incêndios criminosos que devastaram o Pantanal em 2020, Eder Chiodetto acompanhava o trabalho de fotógrafos entrincheirados no fogo que consumia o bioma quando foi impactado pela urgência das fotos então registradas por Lalo de Almeida. Fato que coincidiu com a chegada às mãos do curador de um novo livro de Luciano Candisani, Terra D’Agua Pantanal (editora Origem, 2022), que retrata dez anos de expedições fotográficas no bioma. A ideia de contrapor os dois conjuntos de imagens foi o estopim para que Chiodetto, com seu olhar atento, idealizasse a mostra Mudança Climática: Água Pantanal Fogo.  

 

“Luciano e Lalo são cronistas visuais que frequentemente buscam parcerias com cientistas e pesquisadores. Para obter o resultado exposto nessa mostra eles criaram logísticas complexas e se expuseram a vários tipos de perigo. É em trabalhos como esses, que aliam idealismo, paixão e militância, que a fotografia alcança seu ápice, tornando-se uma janela aberta a revelar as idiossincrasias e o sublime do mundo. A justa medida do encontro dos dois nos mostra não só a pulsão de morte e a pulsão de vida, mas, sobretudo, o quanto a gente pode trabalhar como sociedade para repensar o que estamos fazendo com o planeta”, avalia Chiodetto.

 

  

Sobre o Documenta Pantanal

 

O Documenta Pantanal é uma iniciativa que conecta profissionais de áreas diversas comprometidos com a urgência de tornar as fragilidades e as riquezas do Pantanal Mato-Grossense mais conhecidas do público. Trabalhando por um Pantanal vivo, produtivo e exuberante, a instituição cria, provoca e apoia ações e conexões para mapear a cultura da região, apontar soluções de preservação e gerar recursos de proteção para o desenvolvimento de campanhas que mobilizam e expandem parcerias para responder a situações emergenciais e crônicas do Pantanal, de incêndios criminosos à perda hídrica. Além de veicular reportagens, artigos e web séries, a iniciativa apoia e produz a realização de documentários que retratam o Pantanal de forma original e aprofundada, ampliando a oferta de obras com potencial de circulação e sensibilização.

 

 

FICHA TÉCNICA

Água Pantanal Fogo

 

Lalo de Almeida

Luciano Candisani

 

Curadoria

Eder Chiodetto

 

Coordenação Geral

Mônica Guimarães, Teresa Cristina Ralston Bracher

 

 

 

Projeto Expográfico

Heloisa Vivanco

 

Coordenação de Produção 

Cassia Rossini

 

Produção 

Isadora Falconi

 

Produção Local 

Adelaide D Esposito, Rafael Moretti 

 

Identidade Visual e Projeto Gráfico

 Vitor Cesar

 

Designer 

Karime Zaher 

 

Coordenação Editorial 

Heloisa Vasconcellos

 

Texto 

Teté Martinho

 

Tradução

Anke Schüttel - versão para o alemão

Anthony Doyle - versão para o inglês

 

Desenho de Mapas

Alessandro Meiguins

 

Direção de Imagem e Videomapping

André Grynwask, Pri Argoud (Um Cafofo)

 

 

Trilha Sonora do Vídeo

Marcelo Pellegrini

 

Impressão de Fotografias

Estúdio Kelly Polato

 

Administração 

Júlia Sousa

 

Apoio

 

Fundador do Instituto Tomie Ohtake 

Ricardo Ohtake

 

Diretora Executiva Instituto Tomie Ohtake 

Gabriela Moulin 

 

Diretor Artístico Instituto Tomie Ohtake 

Paulo Miyada 

 

Diretor De Finanças E Operações Instituto Tomie Ohtake 

Fábio Santiago

 

Com as contribuições de 

Candido e Teresa Bracher

 

 

Um projeto

Documenta Pantana

 

SERVIÇO

Exposição Mudança climática: Água Pantanal Fogo

 

Museu Internacional Marítimo em Hamburgo, Alemanha.

De 6 de fevereiro a 6 de abril de 2025

Para maiores informações, acesse o site oficial do museu na ocasião abertura da mostra: imm-hamburg.de/international/en/

 

Museu Nacional de História Natural e da Ciência em Lisboa, Portugal.

De 19 de abril a 29 de junho de 2025

Para maiores informações, acesse o site oficial do museu na ocasião abertura da mostra: museus.ulisboa.pt/


Exposição Sacilotto BioGráfico no Sesc Santo André dá continuidade às celebrações do centenário de nascimento do artista pioneiro da arte concreta no Brasil

Luiz Sacilotto em seu ateliê


Realizada na cidade natal de Luiz Sacilotto e dividida em quatro núcleos temáticos, a mostra tem curadoria de Reinaldo Botelho e exalta vida e obra do homenageado, convidando o público a uma imersão em seus processos criativos
 

 

 

Ao longo de seis meses, entre 15 de janeiro e 27 de julho de 2025, o Sesc Santo André será palco de uma celebração ao legado de um relevante personagem das artes visuais do Brasil: o pintor, desenhista e escultor Luiz Sacilotto (1924 – 2003), cuja trajetória será reverenciada por meio de Sacilotto BioGráfico, exposição com curadoria de Reinaldo Botelho, que dá continuidade às ações do centenário do artista andreense. Nascido em 22 de abril de 1924, Sacilotto foi figura central de movimentos divisores como a arte concreta, o abstracionismo geométrico e a op art.  

Reunindo 17 obras e 22 itens de acervo pessoal, além de uma série de documentos originais, conteúdos fac-similares, ferramentas e materiais de trabalho do artista, a Sacilotto BioGráfico se desenvolve por meio de quatro núcleos temáticos: Cidade e Espaço Público; Vida e Obra; Cores-Timbres e Atelier. 

Nos dois primeiros núcleos, aspectos da vida de Sacilotto e a relação indissociável de sua produção com o desenvolvimento urbanístico de Santo André evidenciam que seu legado é intrínseco ao patrimônio cultural da cidade. Em 2000, como homenagem da Prefeitura de Santo André, a principal via comercial do município, a rua Coronel Oliveira Lima, foi calçada com lajotas que reproduzem suas obras. No local foi instalada também a escultura Concreção 0005 e, na praça do IV Centenário, a escultura Concreção 0011, ambas realizadas naquele mesmo ano pelo artista.               

Trabalhos do artista também são parte da identidade da unidade do Sesc na cidade, desde a sua fundação, em 2002. Na ocasião, Sacilotto pintou dois painéis com cerca de 7,5m x 10m – as maiores obras em dimensão que figuram em seu currículo – especialmente desenvolvidos para o Sesc Santo André e elaborados a partir de tramas geométricas coloridas que provocam ilusão de ótica e dão a sensação de movimento ou volume, embora sejam feitas em superfícies planas. 

Proporcionando uma imersão no ambiente de criação do artista, o núcleo Atelier apresenta materiais artísticos e ferramentas de trabalho e documentação de seus processos criativos, como estudos, projetos, notas, cadernos, esboços, maquetes, objetos e fotografias que, dispostos lado a lado, evidenciam a metodologia personalíssima desenvolvida por Sacilotto. 

O Atelier é a viga mestra que estrutura a exposição. A importância desse espaço para o trabalho e pesquisa do artista é manifesto, sendo o local onde a criatividade é estimulada e a produção artística ganha vida. Funciona como uma oficina de práticas, como um universo de experimentação, inovação, formação, colaboração e troca cultural. Nele o artista explora a técnica como ferramenta de investigação e processo de aprendizagem, discurso e maneira de pensar”, explica Botelho.  

No núcleo Cores-Timbres, uma das características envolventes da produção de Sacilotto é detalhada ao público: a forma como, em suas composições, as cores são manipuladas para destacar ou suavizar a geometria de suas criações. Ao longo de mais de seis décadas de atuação ele criou e colecionou pigmentos, classificou e numerou gradações que chegam a mais de 300 tons e incluem desde terras de Siena, na Itália, e Kassel, na Alemanha, até azuis e verdes de jazidas de Minas Gerais. 

Das 17 obras reunidas na mostra, 6 vieram do acervo da Casa do Olhar Luiz Sacilotto, museu fundado em 1992 pela Prefeitura de Santo André e rebatizado, em 2003, em homenagem ao artista andreense, falecido em 9 de fevereiro daquele ano, aos 78 anos de idade. Outras 8 obras e os 22 itens de acervo pessoal vieram do espólio da família Sacilotto, mantido sob os cuidados da galeria Almeida & Dale, que estabeleceu frequente colaboração com Botelho durante a pesquisa para realização da mostra. Outras três obras complementam o conjunto de trabalhos reunidos pelo curador e foram temporariamente cedidas pelo Hospital Brasil, de Santo André, pela Pinacoteca de Mauá e pela Pinacoteca de São Bernardo do Campo. 

Inclusivos, os quatro núcleos que compõem o espaço expositivo de Sacilotto BioGráfico dispõem ainda de recursos de acessibilidade como QR codes que direcionam o visitante a escuta de áudios relacionados aos conteúdos de automediação, além de vídeos em libras e audiodescrição das obras. 

Em paralelo à exposição também será promovida uma série de ações educativas que incluem visitas mediadas, oficinas e performances.

Confira a seguir as atividades que serão oferecidas pelo Sesc Santo André entre janeiro e julho de 2025:

 

Ações educativas da exposição Sacilotto BioGráfico:

Mediação cultural Sacilotto BioGráfico

Com Caroline Ramos

Como parte da programação vinculada à exposição, serão realizadas visitas mediadas. Sugeridas como percursos não lineares no espaço expositivo, as visitas traçam, junto aos participantes, elos entre os documentos, projetos e obras expostas em diálogo com proposições que se conectam à história, à memória e à cidade.

18/1; 1 e 15/2; 8 e 22/3; 5, 12, 19 e 26/4; 3, 17 e 31/5; 14 e 28/6; 12, 19 e 26/7/2025, das 14h às 16h

Galeria de artes – livre para todos os públicos 

 

Cantando imagens de Luiz Sacilotto

Com Paola Ribeiro

Gestos, gráficos, cores e formas carregam em si humores, ritmos e intensidades que podem ser lidos de diversas formas e com isso extrapolar a imagem e virar palavra, dança, som. Consideradas essas possibilidades, a proposta da ativação é interpretar e traduzir sonoramente algumas referências de Luiz Sacilotto presentes na exposição.

22/2/2025, das 14h30 às 15h; e das 15h30 às 16h

Galeria de artes – livre para todos os públicos

 

Práticas educativas e processos de criação

Com Fabíola Rodrigues e Auana Diniz

O processo criativo de Luiz Sacilotto apresenta particularidades a partir da dimensão projetista da sua obra e de seus múltiplos referenciais de estudo e pesquisa. Dessa forma, o laboratório convida à experimentação de práticas educativas que se utilizam dos modos do fazer artístico, com intuito de ampliar o diálogo sobre o desenvolvimento de práticas metodológicas em arte e educação. Atividade indicada principalmente para artistas, educadores, professores e estudantes com interesse em arte e educação.

11/3/2025, das 19h às 21h

Sala de múltiplo uso – livre para todos os públicos

 

Dançando Sacilotto

Com Mônica Augusto

A ativação propõe experimentações em dança por meio de jogos e brincadeiras que investiguem as formas em movimento, desenhando, compondo e ocupando os espaços, partindo de obras e composições visuais de Luiz Sacilotto.

27/3/2025, das 19h às 21h

Galeria de artes – livre para todos os públicos

 

Bordado e práticas cartográficas

Com Raquel dos Santos e Natália Tonda

Em um encontro de bordas das histórias de morada/migração dos participantes, o ateliê propõe trazer as palavras/momentos que mais se destacam para a construção conjunta de um mapa bordado, traçando rotas para um novo caminho de encontro com a cidade, com Luiz Sacilotto e com a subjetividade de cada um dos presentes.

25/4/2025, das 19h às 21h

Espaço de tecnologias e artes – livre para todos os públicos

 

Fotografia, cidades e suas formas

Com Natália Tonda

Considerando a exposição e as obras públicas projetadas pelo artista, uma caminhada pelos arredores do Sesc Santo André é proposta para pensar a composição fotográfica por meio de formas do espaço e de elementos da paisagem urbana.

24/5/2025, das 14h às 17h

Galeria de artes – livre para todos os públicos

 

Experimentando estamparia

Com Silvia Ruiz

Por meio da técnica da serigrafia, os participantes desse encontro terão a oportunidade de vivenciar na prática a etapa de impressão de uma matriz gráfica criada e construída por Luiz Sacilotto, aprofundando, também, o contexto histórico em que ela foi criada, sua reprodutibilidade e tiragem.

26/6/2025, das 19h às 21h

Área de convivência – livre para todos os públicos

 

Formas e dobras

Com Bruno Coltro Ferrari

Nesta oficina de experimentação plástica e visual, formas geométricas bidimensionais serão pintadas em papel e dobras serão produzidas nesse mesmo suporte, criando a tridimensionalidade da forma no espaço.

27/7/2025 – das 14h às 16h

Espaço de tecnologias e artes – livre para todos os públicos

 

 

SERVIÇO 

Sacilotto BioGráfico

De 15 de janeiro a 27 de julho de 2025

Sesc Santo André

Rua Tamarutaca, 302. Vila Guiomar, Santo André, São Paulo.

Terça a sexta, das 10h às 22h. Sábado, domingo e feriados, das 10h às 19h.


Cinco exposições para visitar em São Paulo durante as férias

Quem está em busca de cultura e diversão nesta reta final de 2024 e início de 2025 pode conferir cinco exposições em São Paulo com temáticas bem diferentes. No Centro Cultural Fiesp está BO(u)SQUE IPT: Tecnologias Digitais – 50 anos impactando a sociedade, enquanto o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBBSP) apresenta Flávio Cerqueira – um escultor de significados. No Museu do Futebol, além da mostra de longa duração é possível conferir Vozes da Várzea. Já no Museu das Culturas Indígenas a dica é a exposição Mymba’i, pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica e na Chácara Lane/Museu da Cidade de São Paulo, a mostra Rino Levi, história e utopia – destruição, permanência, renovação.  

 

BO(U)SQUE IPT: TECNOLOGIAS DIGITAIS – 50 ANOS IMPACTANDO A SOCIEDADE

Foto: Raphael Lupo

 

Bo(u)sque conta com duas instalações interativas, além de uma série de declarações de cientistas e artistas, que convidam o público a explorar e refletir sobre a natureza. Segundo a artista e idealizadora das obras, Rejane Cantoni, as obras são “pinturas paisagísticas enormes que reagem e comunicam suas interações com o meio ambiente e com o fluxo de pessoas”.  

Uma das instalações fica bem em frente a Avenida Paulista e apresenta imagens de um bosque que se modifica conforme a mudança real de temperatura e umidade. A outra obra, dentro do Centro Cultural, se transforma de acordo com a movimentação dos visitantes, ao andar em frente ao painel a natureza expande.
As obras buscam provocar reflexões sobre como a ciência e a arte expandem nossa percepção dos fenômenos naturais, das mudanças climáticas e da urgente necessidade de uma nova relação entre a humanidade e a natureza. 

O processo criativo envolveu a captação de imagens reais do bosque existente no campus do IPT em São Paulo e contou com a participação dos pesquisadores da Unidade de Tecnologias Digitais, que celebra 50 anos de existência. Para o trabalho, foram utilizadas tecnologias e recursos digitais de coleta e processamento de dados que permitem a interação do público com as obras e com o ambiente.

  

SERVIÇO

Data: até 2 de fevereiro de 2025
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 20h.
- Painéis de LED do Centro Cultural Fiesp: quarta a domingo, 11h às 13h; 15h às 17h; 18h às 20h 
- Corredor do piso térreo: quarta a domingo, 10h às 20h
- Foyer do Teatro: quarta a domingo, 10h às 20h, em intervalos de 30 minutos
Importante: O Centro Cultural Fiesp estará fechado nos dias 24/12, 25/12, 31/12 e 01/01/2025.
Endereço: Avenida Paulista, 1313. Em frente à estação Trianon-Masp do metrô
Entrada gratuita

 

 

 

FLÁVIO CERQUEIRA – UM ESCULTOR DE SIGNIFICADOS

Foto: Gui Caielli


“Eu penso a escultura como o instante pausado de um filme", explica o artista Flávio Cerqueira ao comentar sua carreira, que chega à marca de 15 anos com uma retrospectiva individual inédita no CCBB SP, com curadoria de Lilia Schwarcz, historiadora, antropóloga e imortal da Academia Brasileira de Letras.

A declaração do artista joga luz sobre o forte teor de narrativa que imprime em suas obras, com esculturas figurativas em bronze que convidam o público a completar as histórias contidas em cada detalhe de personagens tipicamente brasileiros. 

Reconhecidas pela originalidade e riqueza de detalhes, as cerca de 40 esculturas de Cerqueira ocupam todos os andares e o subsolo do CCBB. No térreo, os visitantes encontram “O jardim das utopias", uma seleção de trabalhos pensados para áreas abertas, que exploram a temática das fontes ornamentais e esculturas instaladas em praças públicas. 

  

SERVIÇO 

Data: até 12 de fevereiro de 2025
Funcionamento: todos os dias (exceto às terças), das 09h às 20h
Importante: O CCBB estará fechado nos dias 24/12, 25/12, 31/12 e 01/01/2025
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico 
Entrada gratuita

 

 

 

VOZES DA VÁRZEA

 

Foto: Nilton Fukuda

O futebol amador paulista ganhou protagonismo no Museu do Futebol com a exposição Vozes da Várzea. Plural, democrática e atemporal, a prática esportiva iniciada às margens dos rios que cortam a cidade de São Paulo é apresentada por meio de imagens, textos, mapas, instalações audiovisuais e objetos. Localizado no histórico Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.  

Mais do que um esporte ou uma brincadeira, o futebol de várzea movimenta o território no qual está inserido. Incide nas economias locais, conecta-se à cultura, por meio de campeonatos, festas populares, escolas e rodas de samba, assim como desperta o espírito de pertencimento na população. 

Para abordar esse panorama, Vozes da Várzea é dividida em sessões temáticas: Campos e Resistências; Lembrar é Resistir; Economia da Várzea; Chega pra Somar; Culturas em Campo. “A exposição aborda diversos aspectos como uma viagem no tempo por São Paulo, pela história e resistência desse futebol que mantém viva a magia comunitária”, comentam os curadores Alberto Luiz dos Santos e Diego Viñas.  

  

SERVIÇO  

Data: até 27 de abril de 2025 
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até 17h)
Importante: O Museu fecha nos dias 24/12, 25/12, 31/12 e 01/01/2025
Ingressos: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos   
Grátis para todos às terças-feiras   
Endereço: Praça Charles Miller, s/n – Pacaembu

 

 

MYMBA’I, PEDINDO LICENÇA AOS ESPÍRITOS, DIALOGANDO COM A MATA ATLÂNTICA.


 

Acervo MCI – Foto: Ypituna Pankararu

 

A exposição propõe reflexões sobre os impactos destrutivos das ações humanas, assim como a urgência no cuidado e recuperação da natureza. É um chamado para aprender com os povos indígenas originários a ouvir, sentir, respeitar, dialogar, além de cuidar para construir uma história de recuperação e fortalecimento de memórias ancestrais.

Na exposição são apresentados animais (aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados) que trazem em seus corpos os impactos do desmatamento pela ação humana, além de vegetais e minerais da Mata Atlântica, em extinção e em risco de extinção.

  

SERVIÇO   

Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h; quinta-feira, até às 20h
Importante: O Museu funciona até as 13h nos dias 24/12 e 31/12, e fecha nos dias 25/12, 01/01/2025
Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451 Água Branca

 

 

 

RINO LEVI, HISTÓRIA E UTOPIA – DESTRUIÇÃO, PERMANÊNCIA, RENOVAÇÃO

 

Projeto Viaduto do Chá
 
Imagem: Acervo digital Rino Levi
 

Responsável pelo projeto original do Teatro Cultura Artística, na capital paulista, o urbanista e arquiteto Rino Levi (1901-1965) é homenageado na Chácara Lane/Museu da Cidade de São Paulo (MCSP). Uma exposição apresenta sua obra e importância para a arquitetura moderna brasileira, por meio de fotos, desenhos e maquetes. A mostra fechará a partir de 23/12, mas reabre em 07/01.

Os projetos do Edifício Prudência, dos prédios do Instituto de Arquitetos do Brasil, Banco Sul-Americano e Banco Paulista do Comércio são exemplos do acervo da exposição Rino Levi, história e utopia – destruição, permanência, renovação, com curadoria de Abilio Guerra e Renato Anelli. A mostra ainda revela propostas não construídas para a construção do Viaduto do Chá, Centro Social da USP e um Plano-Piloto para o concurso de Brasília, que seria uma cidade vertical, com megaestruturas de 300m de altura e 400m de comprimento.

A diversidade e amplitude da obra do urbanista norteou a divisão da exposição em módulos temáticos. Merece destaque a seção Detalhe e Elemento Arquitetônico, que evidencia sua predisposição por testar novidades. Um dos exemplos está no projeto do edifício Concórdia (1955), em que ele justapôs uma parede de alvenaria com tijolos perfurados a um brise-soleil – elemento arquitetônico que protege da incidência solar – feito com placas curvas de fibrocimento.

  

SERVIÇO

Período expositivo: até 29/06/ 2025
Funcionamento: terça a sexta das 10h às 16h | Sábado e domingo das 10h às 17h
Local: Chácara Lane - R. da Consolação, 1024 - Consolação, São Paulo - SP, 01302-000
Entrada: gratuita
Importante: mostra permanecerá fechada de 23/12 a 06/01/2025.


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