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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Redação Nota 1000: estudantes que alcançaram a nota em anos anteriores dão dicas e contam como se prepararam

Confira as dicas e leia a redação das alunas na íntegra

 

Falta menos de uma semana para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2025 e, entre os pontos que mais geram ansiedade nos candidatos, está a redação. Com peso alto na nota final, o texto dissertativo-argumentativo costuma abordar questões sociais do Brasil contemporâneo e exige não apenas domínio na construção do texto, mas também controle psicológico. 

Para muitos, conquistar a nota máxima parece impossível, mas estudantes que já alcançaram esse feito compartilham: treino, consistência, conhecimento sobre repertório e equilíbrio emocional são o segredo para para atingir ou se aproximar da nota 1000. A seguir, confira dicas de professora e ex-alunas da Inspira Rede de Educadores:
 

É preciso aprender os padrões da correção 

A estudante Catharina Simões, de 19 anos, ex-aluna do Colégio Leonardo da Vinci, tirou 1000 na redação do ENEM 2023, que teve como tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
 

“Desde o começo, eu sabia que me preparar para a redação seria um processo que levaria tempo e dedicação, então sempre foi claro pra mim a importância da prática. Valorizava muito os erros que cometia e focava em entender como poderia melhorar para não repeti-los”, conta. 

Catharina ressalta que não existe mistério: uma redação nota mil segue um padrão que pode ser aprendido. Para ela, estudar o método de correção da banca, que avalia cinco competências, foi fundamental. “As redações nota 1000 sempre possuem um padrão, quase como uma ‘receita’ que segue esses requisitos. Quando a gente entende o que cada competência exige, fica mais fácil estruturar o texto de modo que todos os critérios sejam atendidos”, afirma.
 

Aprendendo com os melhores 

Segundo a jovem, outro ponto que fez diferença em sua trajetória foi analisar modelos de redações nota máxima. Observar exemplos bem avaliados ajuda a identificar padrões de argumentação, estratégias de repertório e formas de organização que realmente funcionam. “Esses exemplos me mostraram que a redação não precisa ter palavras difíceis nem termos superespecializados. O essencial é ser clara, coerente, organizada e ter um olhar crítico sobre o tema”, relata. 

Para além da técnica, Catharina lembra que a prova também é um desafio psicológico. “Na hora, é muito comum o nervosismo tomar conta. Por isso, treinar o equilíbrio emocional é tão importante quanto treinar a escrita. Confiar em si mesmo e não se deixar levar pela insegurança faz toda a diferença para entregar o melhor texto possível”, conclui.
 

Uma entre 19 em todo o País 

Em 2022, foi a vez de Ana Alice Azevedo, ex-aluna do PB Colégio e Curso, que hoje tem 23 anos e cursa Medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF), conquistar o feito. Entre milhões de candidatos, ela esteve no seleto grupo de apenas 19 participantes que alcançaram a nota máxima na redação do ENEM, cujo tema foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. 

Ela atribui seu desempenho à disciplina e ao método de estudo. “Eu fazia no mínimo uma redação por semana, sempre acompanhada das aulas teóricas do meu curso. Essa constância foi essencial não apenas para melhorar minha escrita, mas também para construir uma bagagem de repertórios e conhecimentos para escrever sobre qualquer tema”, explica.
 


Repertório: a chave para se destacar 

Um dos principais destaques do texto de Ana Alice foi o uso estratégico de repertórios socioculturais, os quais são cobrados em uma das cinco competências do ENEM, que avalia a capacidade de relacionar o tema com conhecimentos de diferentes áreas, como História, Filosofia, Literatura, Sociologia, Direito ou fatos da atualidade. 

Na sua redação, ela resgatou o Romantismo brasileiro, lembrando como, no século XIX, obras literárias exaltaram a natureza e os povos nativos em um movimento de valorização da identidade nacional. Também recorreu à Constituição Federal de 1988, ao destacar a responsabilidade do Estado em garantir a preservação das comunidades tradicionais, apontando a negligência do poder público nesse dever. Por fim, trouxe também o conceito de “complexo de vira-lata”, formulado por Nelson Rodrigues, para explicar o sentimento de inferioridade do brasileiro em relação a outras culturas, associando-o com o descaso social em relação às comunidades indígenas e quilombolas. 

Segundo Magna Araújo, professora de redação no Colégio 7 de Setembro, da Inspira Rede de Educadores, o domínio no uso das diferentes áreas do conhecimento, como a Literatura e o Direito, torna a argumentação consistente e original. “Essa habilidade de relacionar o tema com repertórios pertinentes e variados é um dos fatores que diferenciam uma redação comum de uma redação nota 1000”, explica a especialista. Ainda segundo a professora, “O parágrafo de desenvolvimento é a parte do texto em que o candidato mostra o quanto ele conhece o tema em discussão ao aprofundar o argumento que legitima a tese".
 

Características da redação nota 1000

De acordo com a professora, os principais fatores presentes em uma redação nota 1000 são:

  • Clareza e objetividade: apresentar ideias bem estruturadas, transmitindo de forma clara o que deseja defender, sem fugir do tema proposto.
  • Coesão e coerência: parágrafos que se conectem de forma lógica, com uso adequado de conectivos e progressão das ideias, evitando contradições ou quebras na argumentação.
  • Domínio da norma culta: erros gramaticais, de pontuação ou ortografia comprometem a avaliação; uma redação nota 1000 demonstra amplo domínio da língua portuguesa.
  • Repertório sociocultural legítimo: a inclusão de referências históricas, filosóficas, literárias, científicas ou artísticas enriquece o texto, desde que seja pertinente e bem relacionada ao tema.
  • Estrutura dissertativo-argumentativa sólida: introdução clara com tese, desenvolvimento com argumentos consistentes e conclusão propositiva que respeite os direitos humanos, como exige o Enem.

 

Redação - Ana Alice Azevedo, ENEM 2022 

Na primeira fase do Romantismo, os aspectos da natureza brasileira e os povos tradicionais foram intensamente valorizados nas obras, criando um movimento ufanista em relação a características nacionais. Tal quadro de valorização, quando comparado à realidade, não foi perpetuado, apresentando preocupantes desafios para a exaltação das comunidades nativas na contemporaneidade. Nesse sentido, a problemática não só deriva da inércia estatal, mas também do descaso social.

De início, é importante observar que a inércia governamental é uma das principais barreiras para a valorização dos povos tradicionais. Nessa perspectiva, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988 é responsabilidade do Estado garantir a preservação e a exaltação das comunidades nativas, incluindo medidas voltadas para a proteção de suas culturas. Entretanto, tal postulado é quebrado quando comparado à contemporaneidade, haja vista que a maioria dos povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, não possui seus direitos estabelecidos, a exemplo da demarcação de terras, sendo perversamente abandonada por um governo que não oferece o suporte e o auxílio garantidos por lei. Por conseguinte, a partir do momento que o Estado é passivo e negligente, as autoridades são responsáveis tanto por estabelecer um equivocado cenário de quebra de direitos constitucionais, quanto por criar um errôneo quadro de desvalorização cultural da nação, já que as culturas das comunidades nativas representam o patrimônio de todos os brasileiros. Desse modo, a postura governamental vigente acentua a negligência perante os povos naturais do país.

Além disso, o descaso social é outro desafio que alastra a desvalorização de comunidades nacionais. Nesse viés, segundo o escritor Nelson Rodriguês, isso ocorre devido ao Complexo Vira-Lata presente entre os indivíduos, em que os brasileiros apresentam, em sua maneira, um sentimento de inferioridade perante as nações exteriores, depreciando, assim, a cultura nacional. Sob tal ótica, grande parte da população assume equivocadamente um papel inerte e indiferente em relação à valorização das comunidades nativas, uma vez que, devido ao errôneo sentimento depreciativo, não é capaz de enxergar que a proteção e a exaltação dos povos tradicionais é de suma importância para garantir a sobrevivência desses grupos e para a preservação do patrimônio cultural da nação. Consequentemente, a visão míope e deturpada da sociedade é responsável por formar um corpo social negligente e indiferente acerca da própria história, ocasionando o abandono de parcelas tradicionais e o esquecimento do legado cultural dos povos nativos.

Fica claro, portanto, que medidas necessitam ser tomadas para solucionar a problemática. Nesse sentido, é preciso que o Estado elabore um projeto de amplificação da valorização das comunidades tradicionais, por meio do aumento de medidas de proteção a tais grupos, a exemplo da intensificação da demarcação de terras, com o objetivo de reverter a postura inerte dos órgãos governamentais, para que, dessa forma, os povos nativos tenham seus direitos garantidos. Ademais, a mídia institucional deve criar projetos de exaltação cultural, por intermédio da produção de campanhas digitais que abordem a importância da preservação de traços nacionais com o intuito de desconstruir o sentimento de inferioridade social, para que, dessa maneira, seja possível reverter o descaso dos indivíduos perante a valorização das comunidades nativas. Assim, os princípios de exaltação nacional presentes no Romantismo poderão ser relacionados à realidade brasileira.


Redação - Catharina Simões Ferreira, ENEM 2023

O trabalho de cuidado se mostra necessário na medida em que é o responsável pelo zelo de crianças, idosos, pessoas com deficiências e afazeres domésticos. Entretanto, nota-se, na comunidade brasileira, a invisibilidade desse serviço e seu protagonismo majoritariamente feminino. Isso ocorre por duas causas principais: o baixo prestígio social estigmatizado a essas tarefas e as convenções de gênero estabelecidas pela sociedade brasileira.
 

A princípio, o prestígio social de um trabalho é um fator importante para a determinação de seu reconhecimento e remuneração. Nesse raciocínio, atividades de cuidado são estigmatizadas dentro do corpo social como inferiores e descriminalizadas pelo seu baixo nível de escolaridade. Isso acontece, pois com a predominância do capitalismo no ocidente e a Revolução Tecnológica introduzida a partir da 3ª Revolução Industrial no mundo contemporâneo, houve a crescente valorização de serviços de alto grau de especialização e nível acadêmico. Dessa forma, atividades de baixo ou nenhum valor tecnológico, como o trabalho do cuidado ou tarefas domésticas, foram socialmente marginalizadas em escala global. 

Além disso, percebe-se a predominância de mulheres na realização de serviços de assistência. Essa é uma realidade que demonstra que as transformações sociais ocorridas no Brasil não foram suficientes para desconstruir convenções de gênero e seus papéis sociais, pois atividades relacionadas ao cuidado e de cunho doméstico são predominantemente associadas a mulheres. Como exemplificação, “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, retrata esse cenário pela personagem Macuabé, nordestina que trabalha como empregada doméstica no Rio de Janeiro. Descrita ao longo da narrativa como pequena e inviável, ausente de acontecimentos ou importância em sua própria história. Clarice representa, dessa maneira, a invisibilidade e o preconceito da sociedade brasileira pelas mulheres que realizam o trabalho do cuidado e seus desafios. 

Portanto, é necessária a aplicação de medidas para o enfrentamento da desvalorização do trabalho de cuidado no Brasil. Para isso, o Governo Executivo Federal deverá realizar ações de combate à desigualdade social sofrida por essa atividade, por meio de políticas de valorização do serviço de assistência, como a validação legal dessa prestação como trabalho remunerado e a obrigatoriedade do pagamento do salário mínimo. Assim, o Brasil se tornará um país que enxerga e prioriza todos os tipos de serviços.


Kantar: Com incremento de 477% em valor de marca nos últimos 20 anos, categoria de luxo perde consumidores em 2025

Nos Estados Unidos, interesse por produtos de segunda mão e compras compartilhadas aumenta


As marcas de luxo nunca presenciaram um crescimento de valor de marca tão intenso quanto nos últimos 20 anos. No total, a categoria cresceu 477% em valor de marca de 2006 a 2025, segundo dados do BrandZ da Kantar, empresa de pesquisa e insights. Ainda assim, elas não são imunes às adversidades. As 10 maiores marcas de luxo valem 349,7 bilhões de dólares em 2025, registrando uma queda de 2% em relação a 2024, de acordo com o relatório. Em geral, a categoria cresceu em linha com as 100 maiores marcas globais – mas não neste ano.
 

A instabilidade macroeconômica fez muitos compradores de luxo recuarem – ainda mais do que na pandemia, quando clientes VIP gastaram mais. Isso é especialmente visível na China. Ao mesmo tempo, muitas casas de alto padrão estão passando por transições criativas, levando consumidores a adiar compras. 

Nos Estados Unidos se vê uma importante movimentação nesse consumo.,

Dados da solução BrandDigital da Kantar mostram que mercado de luxo americano está passando por uma transformação profunda, impulsionada por mudanças culturais, econômicas e comportamentais. O desejo pelo luxo não desapareceu, mas está migrando para direções menos previsíveis e mais conectadas à experiência digital. 

Após uma análise de bilhões de buscas digitais nos últimos quatro anos nos Estados Unidos, o relatório Decoding Luxury through digital signals, revelou que essas buscas online se tornaram a porta de entrada para o luxo. “É onde começa a descoberta, a avaliação e a aspiração”, afirma Wanessa Muñoz, CCO da Kantar Brasil. “O interesse dos consumidores está se dispersando: enquanto algumas marcas resilientes concentram o crescimento, a atenção ao setor como um todo está se diluindo.” 

Foram mais 8,5 bilhões de buscas analisadas, cobrindo 30 marcas. A análise revelou que 22 delas tiveram queda no interesse de busca ano a ano. Louis Vuitton, Chanel, Gucci e Dior concentram quase metade de todas as buscas de luxo, enquanto as 10 principais marcas somam mais de 80% do volume total.

Entre as buscas, houve um crescimento de interesse por acessórios (+58% bolsas, +50% óculos de sol, +283% tênis, +280% óculos) e as parcerias entre grandes nomes ganhou destaque. 

“O caso de Miu Miu é emblemático. A marca se destacou por sua força em acessórios aspiracionais, especialmente bolsas e óculos, que funcionam como porta de entrada para novos consumidores de luxo”, explica Wanessa. “A colaboração inesperada com a New Balance gerou um aumento expressivo nas buscas, mostrando que parcerias autênticas e culturalmente relevantes têm mais impacto do que colaborações genéricas.” 

Outras parcerias que geraram mais buscas foram LVMH x Murakami (+484%), D&G x Skims (+1000%) e Miu Miu x New Balance (+124%), mostrando que autenticidade e ressonância cultural são os verdadeiros motores de engajamento. 

O relatório também destaca o crescimento do interesse por produtos vintage e de segunda mão. As buscas por vintage cresceram 31% ano a ano, refletindo uma valorização da originalidade, autenticidade e sustentabilidade. O segundo mercado de luxo está se tornando mainstream, com 28% dos consumidores comprando de segunda mão e 20% utilizando serviços de aluguel. 

O co-luxo, compras compartilhadas para uso em grupo, já envolve 17% dos consumidores. “O valor está sendo reconfigurado, indo além do preço e da exclusividade, para abraçar criatividade, capital cultural e adequação à identidade do consumidor”, afirma Wanessa.

 

Como as marcas tradicionais sobrevivem?

Em um cenário no qual o poder das marcas está sendo reinventado, aquelas que escutam primeiro liderarão o próximo ciclo. “A cautela dos consumidores e a busca por relevância pessoal e emocional são sinais claros de que os antigos códigos do luxo já não se aplicam”, conclui a executiva. 

O consumidor de luxo de 2025 busca relevância pessoal, ressonância emocional e retorno claro sobre o valor investido. O relatório lista alguns caminhos de como marcas de luxo podem se manter desejáveis: 

- Acompanhar os movimentos e mudanças culturais e não depender apenas do seu legado;

- Ressignificar o valor que entregam, não apenas em preço, mas conquistando os consumidores com criatividade e se adequando a novas identidades;

- Atuar rapidamente em relação às mudanças de comportamento dos seus consumidores;

- Trabalhar para serem significativas, e não apenas diferentes e presentes no dia a dia dos consumidores. 



Kantar
www.kantar.com/brazil


Enem 2025: como lidar com a ansiedade e manter o equilíbrio emocional antes e durante a prova

“A ansiedade não é inimiga, ela mostra que o aluno se importa. O que precisamos é aprender a administrá-la”, afirma Cristiane Cristo, diretora pedagógica dos colégios St. Georges e Start Anglo Bilingual School.

 

À medida que se aproximam os dias 9 e 16 de novembro, datas do Enem 2025, o clima entre os estudantes é de expectativa e, para muitos, também de apreensão. Não é para menos: o exame é uma das etapas mais esperadas (e temidas) da vida escolar, por abrir portas para universidades de todo o país. 

Mas, segundo especialistas, o maior desafio nessa reta final não é o conteúdo, é o emocional

A diretora pedagógica dos colégios St. Georges e Start Anglo Bilingual School, Cristiane Cristo, explica que o nervosismo antes do Enem é uma reação natural. O problema é quando ele foge do controle e começa a afetar o foco e o desempenho. 

“A ansiedade não é inimiga, ela mostra que o aluno se importa. O que precisamos é aprender a administrá-la. Sempre digo aos estudantes: sentir frio na barriga é normal, mas o que faz diferença é o que você faz com essa sensação”, afirma Cristiane. 

Ela explica que, nos dias que antecedem o exame, o mais importante é preservar o equilíbrio emocional. Isso envolve respeitar o próprio ritmo, evitar comparações com colegas e manter hábitos que tragam conforto. “É comum o estudante achar que precisa estudar até o último minuto, mas esse excesso só aumenta o estresse. A semana do Enem é o momento de revisar com leveza, dormir bem e cuidar da mente.” 

Cristiane também destaca o papel das famílias. “Os pais e responsáveis são peças fundamentais. Eles precisam ser porto seguro, não mais uma fonte de pressão. Um simples ‘vai dar tudo certo’ pode mudar completamente a energia do estudante antes da prova”, diz. 

Durante a prova, segundo a diretora, é essencial manter a calma e o foco no presente. “Esqueça o que deu errado em uma questão e concentre-se na próxima. O Enem é longo, e o desempenho depende da capacidade de manter o equilíbrio do início ao fim. É um exercício de autocontrole, mas também de autoconfiança.” 

“Sempre oriento meus alunos a enxergarem o Enem como mais um passo da caminhada, não como um julgamento sobre quem eles são. É uma prova importante, mas não define ninguém. A preparação vai muito além de um resultado, ela forma autonomia, resiliência e maturidade”, reforça Cristiane. 

A educadora também lembra que o autocuidado é uma ferramenta poderosa. Caminhar, respirar profundamente, ouvir música leve, alongar o corpo ou simplesmente conversar com alguém de confiança podem ajudar a aliviar a tensão. “O estudante precisa lembrar que o cérebro funciona melhor quando o corpo está em paz. E isso se conquista com pequenas pausas e respirações conscientes.”

 

Cristiane traz 6 dicas para os estudantes voltarem ao eixo se a ansiedade bater durante a prova. Confira! 

  1. Respire fundo: Inspire pelo nariz em quatro segundos, segure por dois e expire pela boca em seis. Repita de três a cinco vezes para reduzir o ritmo acelerado da respiração.
  2. Apoie os pés no chão: Sinta o contato com o solo. Essa técnica simples ajuda o cérebro a entender que você está seguro e presente.
  3. Solte a caneta por alguns segundos: Feche os olhos e mova os ombros lentamente para aliviar a tensão acumulada.
  4. Lembre-se de que você se preparou: Pense em tudo o que estudou e nas vezes em que superou desafios. Isso ativa a autoconfiança.
  5. Evite olhar para os outros: O ritmo de cada um é diferente. Comparações só aumentam a ansiedade, concentre-se no seu tempo.
  6. Sorria levemente: Um pequeno sorriso estimula o cérebro a liberar endorfina e ajuda a retomar o equilíbrio emocional. 

“Não existe sucesso sem nervosismo. Mas existe sucesso com equilíbrio. O aluno preparado é aquele que confia na jornada que construiu, e não aquele que tenta controlar o resultado. No fim, o Enem é sobre se conhecer e ter calma também é um tipo de sabedoria.”, conclui Cristiane.

 

Serviço — Enem 2025

Datas
1º dia — 9 de novembro: Redação, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias.

2º dia — 16 de novembro: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias.


O que levar

  • Documento oficial com foto
  • Caneta esferográfica preta (corpo transparente)
  • Cartão de confirmação da inscrição
  • Água e lanche leve


Horários
• Portões abrem às 12h e fecham às 13h (horário de Brasília)

• Prova começa às 13h30


5 dicas para concurseiros se darem bem nas provas

Não basta apenas estudar, é preciso estudar com estratégia, afirma Caio Temponi, jovem aprovado 18 vezes em vestibulares 


Passar em um concurso público é o sonho de milhares de brasileiros, os chamados “concurseiros”. No entanto, de acordo com o jovem prodígio Caio Temponi, reconhecido por ter sido aprovado 18 vezes em vestibulares, o segredo para o sucesso vai muito além de decorar conteúdo.

“Não basta apenas estudar, é preciso estudar com estratégia. Entender o edital, organizar o tempo e saber revisar da forma certa fazem toda a diferença”, afirma.

5 dicas para ter sucesso em provas de concurso:


1. Tenha um planejamento realista

“Muitos candidatos montam planos de estudo que parecem bons no papel, mas não funcionam na prática. É melhor estudar menos horas com constância do que tentar maratonar e desistir no meio do caminho”, explica Caio Temponi;



2. Revise com método

“A revisão precisa acontecer desde o início dos estudos. Técnicas como o método de repetição espaçada ajudam a fixar o conteúdo de longo prazo”, recomenda;



3. Resolva muitas questões

“Fazer questões é o que realmente prepara o cérebro para o formato da prova. Além disso, ajuda a identificar padrões cobrados e a administrar o tempo durante o exame”, diz;



4. Cuide da saúde mental

“O cérebro cansado não aprende. Ter pausas estratégicas, dormir bem e praticar exercícios são tão importantes quanto estudar. O equilíbrio é essencial para manter o foco e a motivação”, destaca;



5. Acredite no processo

“Nem sempre a aprovação vem rápido, mas cada etapa é um aprendizado. O importante é não desistir e continuar ajustando a estratégia conforme os resultados aparecem”, conclui Caio Temponi.

 

Caio Temponi - pesquisador pelo CPAH - Centro de Pesquisa e Análise Heráclito - mentor e palestrante com altas habilidades. Foi aprovado em 1º no vestibular da EPCAR aos 12 anos, aos 13, em Medicina, totalizando 5 aprovações, também em Direito na UFRRJ, aos 14 anos, foi aprovado no ITA, um dos maiores vestibulares do Brasil, totalizando 18 aprovações como o mais jovem do Brasil, o que lhe renderam 2 títulos no Livro dos Recordes. Além disso, Caio é membro da Intertel, sociedade de pessoas com QI acima de 99 de percentil.



Profissões do futuro começam dentro da sala de aula

Falar sobre profissões do futuro é falar do presente. Elas surgem todos os dias, acompanhando o ritmo do mercado, que muda em tempo real. O trabalho deixou de ser previsível e estável. Hoje ele é dinâmico e conectado à tecnologia, à Inteligência Artificial (IA) e, sobretudo, à capacidade humana de se adaptar e aprender sempre.

Por muitos anos, as universidades foram pensadas para formar profissionais para estruturas rígidas. Ocorre que, nas últimas décadas, o mundo mudou e as empresas também. E, impulsionados pela velocidade da tecnologia digital e da internet, seguem em constante transformação. Nesse sentido, a educação precisa acompanhar essas mudanças, sob o risco de ficar para trás.

É que não basta ter um diploma: é preciso resolver problemas reais, interpretar números, tomar decisões baseadas em dados e, sobretudo, aprender continuamente.

Graduações e especializações como Creator, IA e Automação Digital surgem no horizonte de formação acadêmica porque o mundo pede esse movimento. Não é sobre seguir modas tecnológicas, é sobre preparar pessoas para a vida real, para empresas que já operam nesse novo mundo.

A sala de aula se tornou um ecossistema vivo. Ela se estende ao laboratório, ao universo digital, à mentoria com especialistas e às parcerias com empresas que participam e apoiam a formação de novos talentos. A teoria continua essencial, mas ela só ganha força quando encontra a prática e a atualização constante.

E esse movimento natural ganha cada vez mais força. Antes os alunos buscavam as empresas. Agora mais empresas procuram centros universitários capazes de formar profissionais conectados às demandas atuais. Esse fluxo ainda está em evolução, mas revela algo importante: quem forma para o presente cria o futuro.

A tecnologia deixou de ser um diferencial e se tornou ponto de partida. E o que destaca um profissional, nesse cenário, é a combinação entre domínio técnico e visão humana. A AI aprende padrões, mas são as pessoas que interpretam, criam, inovam e dão sentido. É desse encontro que nascem soluções que transformam setores inteiros.

Profissões em ascensão exigem pensamento crítico, ética e criatividade, todos atrelados à tecnologia. São competências que não só acompanham tendências: elas constroem tendências.

Preparar para o futuro é preparar para o agora. E isso está acontecendo dentro das instituições de ensino que entenderam seu papel como agentes de transformação. Cada aula, cada projeto e cada experiência contam.

O futuro do trabalho não está distante. Ele está sendo formado hoje por quem ensina com propósito e por quem aprende com desejo real de construir algo relevante. E nesse caminho, não há mais tempo a perder.

  

Marcel Gama - CEO da UniFECAF, centro universitário de ensino EAD que mais cresce no país.


Pesquisa revela que 67% dos brasileiros buscam informações em meios tradicionais de mídia

Dados foram apresentados durante o Encontro de Comunicação e Letras, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie

 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) promoveu a 20ª edição do Encontro de Comunicação e Letras, no campus Higienópolis, e trouxe para as discussões o tema Notícia em xeque: o que o brasileiro espera do jornalismo. O evento contou com uma mesa-redonda mediada pelo professor da UPM Vanderlei Dias e a participação dos sócios-diretores da Agência Virta, Lucila Lopes e Paulo Moura; da jornalista Alexa Salomão, da Folha de S. Paulo; e a líder da equipe de vendas do Instituto QualiBest, Graziel Sueiro. 

Durante a conferência, o Instituto QualiBest apresentou os resultados de uma pesquisa realizada em setembro de 2025, que buscou compreender as percepções do público sobre a credibilidade, o papel social e o futuro do jornalismo, além da influência das redes sociais e das novas tecnologias, como a inteligência artificial. 

O Instituto ouviu 837 brasileiros de todas as regiões do país, com idades entre 18 e 60 anos. Os dados revelam que 67% dos entrevistados afirmaram buscar informações em meios tradicionais, como televisão, rádio e jornais. Já entre os mais jovens, cresceu o consumo de conteúdo via redes sociais, podcasts e YouTube. O levantamento aponta ainda que 63% dos brasileiros consideram a credibilidade do jornalismo média, mas revelam também uma crescente preocupação com a imparcialidade das notícias e o impacto das fake news. 

Mediador do encontro, o professor Vanderlei Dias, da UPM, ressalta que a pesquisa trouxe preocupações em relação ao futuro do jornalismo, mas não exclusivamente aos profissionais da área: “A proposta da mesa em apresentar a pesquisa e, a partir dela, refletir sobre os caminhos possíveis para a profissão, chama a atenção por ter tido a participação de outros alunos, além daqueles do curso de jornalismo”, explicou o mediador, Vanderlei Dias. 

“Essa parceria conecta o acadêmico ao mundo real. Resumindo, a pesquisa traz uma reflexão sobre o que está acontecendo na cabeça do leitor de hoje”, pontuou Alexa, da Folha de S.Paulo, que completou: “Se as pessoas têm uma credibilidade média na imprensa, então não existe credibilidade”. 

Quatro em cada dez entrevistados acreditam que o maior desafio do jornalismo está justamente em informar com imparcialidade e combater a desinformação. De acordo com Lucila Lopes, a população deve se preparar para combater as notícias falsas geradas por ferramentas de inteligência artificial. “Não é apenas a função do jornalismo combater fake news, é função da sociedade eliminar e conviver com as vantagens e desvantagens de utilizar IA”, frisou. 

Outro destaque foi o papel dos influenciadores digitais. A maioria dos participantes reconhece que eles não substituem o jornalismo profissional, embora possam complementar a produção de informação. 

“O jornalismo tem de andar lado a lado com a tecnologia, seja por meio de Inteligência Artificial, seja por meio de influenciadores. Como todas as tecnologias, temos que vê-las como aliadas e não como substitutas. O melhor a se fazer é conviver e tirar proveito desses avanços”, destacou a executiva do Instituto QualiBest, Graziel Sueiro. 

O estudo também abordou o impacto da inteligência artificial na comunicação. Cerca de 44% dos entrevistados acreditam que a IA pode prejudicar a qualidade da informação, enquanto 26% acreditam que seja uma ferramenta capaz de melhorar a apuração e a produção de conteúdos. 

Além disso, o levantamento indica que o público vê com bons olhos a aproximação do jornalismo com a linguagem das redes sociais, desde que isso não comprometa a credibilidade. “As pessoas demonstram um claro cansaço de bolhas ideológicas. A partir da pesquisa, o que percebemos é um crescente interesse por notícias que estejam fora desses círculos, desse contexto”, afirmou Paulo Moura. 

O Mackenzie anunciou ainda uma parceria conjunta com a QualiBest e Virta, que permitirá aos alunos do curso de jornalismo realizarem visitas técnicas às empresas, conectando-os ainda mais com o mercado de trabalho.
 

O recomeço tem gênero: por que mudar de carreira ainda é mais difícil para mulheres?

A tendência mostra que a transição de carreira está menos associada
 à instabilidade e muito mais ao autoconhecimento e à busca
por qualidade de vida. 
 Envato

A busca por propósito e qualidade de vida tem levado cada vez mais profissionais a repensarem suas trajetórias, e o mercado começa a se adaptar a esse novo perfil.

 

A ideia de recomeçar profissionalmente deixou de ser tabu. Hoje, mudar de carreira é um movimento cada vez mais comum entre trabalhadores que buscam propósito, flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

De acordo com a pesquisa “People at Work 2022 – A Global Workforce View”, realizada pelo ADP Research Institute com 33 mil profissionais de 17 países, incluindo o Brasil, oito em cada dez pessoas afirmam considerar uma mudança de área profissional.
 

Autoconhecimento e propósito no centro da decisão

O que antes era visto como instabilidade, agora é compreendido como um processo de amadurecimento e realinhamento de valores. Para Luciane Rabello, psicóloga, especialista em Recursos Humanos e CEO da TalentSphere, esse movimento exige uma nova postura das empresas.“O mercado precisa abandonar a visão de que trocar de carreira é sinal de indecisão. Pelo contrário, trata-se de um processo de amadurecimento. As organizações que souberem valorizar essa diversidade de experiências vão sair na frente”, afirma Luciane. 

Segundo a especialista, os RHs precisam se adaptar para acolher talentos em transição e integrar diferentes trajetórias às equipes, especialmente quando o tema envolve equidade de gênero.
 

A dupla jornada da mudança: as barreiras invisíveis das mulheres

Embora o desejo de recomeçar seja generalizado, o caminho é mais longo para as mulheres. Enquanto muitos homens priorizam ascensão salarial e ampliação de redes de contato, elas ainda enfrentam desafios como o viés de gênero nos processos seletivos, a necessidade de conciliar responsabilidades familiares e a baixa representatividade em cargos de liderança. Esses fatores, combinados, tornam o período de transição mais demorado e desgastante.
 

Luciane lembra que há mitos persistentes sobre as transições femininas, e que muitos deles distorcem a realidade:

  • Mito: Mulheres mudam de emprego por impulsividade emocional.
    Verdade: Estudos da Maturi, plataforma voltada ao mercado 50+, mostram que as mudanças são estratégicas, motivadas por busca de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e por desigualdades salariais.
     
  • Mito: Trocar de carreira é mais arriscado para mulheres por falta de suporte.
    Verdade: Com planejamento e redes de mentoria, essa mudança pode se transformar em um movimento de empoderamento e autonomia.
     
  • Mito: Homens se adaptam melhor a novas áreas por experiência técnica.
    Verdade: Mulheres trazem habilidades transferíveis únicas, como resiliência e capacidade de multitarefa, que enriquecem equipes diversas.


Como conduzir uma transição de forma responsável

Para quem deseja dar esse passo, especialmente mulheres que enfrentam barreiras extras, Luciane Rabello recomenda cinco pilares fundamentais para uma mudança bem-sucedida:

  1. Autoconhecimento: compreender valores, motivações e expectativas.
     
  2. Planejamento financeiro: manter uma reserva que garanta segurança no período de transição.
     
  3. Capacitação contínua: investir em cursos e certificações para abrir novas portas.
     
  4. Networking estratégico: conectar-se com profissionais que já atuam na área desejada.
     
  5. Saúde mental em primeiro lugar: buscar apoio terapêutico ou mentoria para lidar com inseguranças e pressões externas.

Um estudo da McKinsey reforça que, desde a pandemia, os profissionais não buscam apenas um emprego, buscam um projeto de vida. Nesse cenário, empresas que criam espaços de acolhimento e incentivo à transição, com políticas voltadas à equidade de gênero, constroem times mais engajados e diversos.

“Quando o mercado reconhece que recomeçar é um ato de coragem e não de fragilidade, ele também se torna mais humano”, conclui Luciane Rabello.

 

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Febraban lança Guia de Boas Práticas de Educação Financeira e reforça o compromisso do setor bancário com a saúde financeira dos brasileiros

 

Publicação reúne 20 iniciativas de bancos associados e propõe caminhos para ampliar o alcance, a efetividade e o impacto da educação financeira no país 


A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lança o Guia de Boas Práticas de Educação Financeira no Setor Bancário Brasileiro, um documento inédito que sistematiza experiências de instituições financeiras de todo o país e apresenta aprendizados e desafios que podem inspirar novas ações voltadas à promoção da saúde financeira da população. 

O material reúne 20 iniciativas de destaque mapeadas entre instituições de diferentes segmentos e portes, selecionadas entre 38 práticas identificadas entre os bancos associados. O conteúdo foi organizado pelo Grupo Consultivo de Cidadania Financeira da Febraban, formado por representantes dos bancos. 

O Guia destaca o papel do setor bancário como agente de desenvolvimento econômico e social, reafirmando que a educação financeira é uma responsabilidade compartilhada entre bancos, reguladores, órgãos de defesa e proteção do consumidor, entidades setoriais e a sociedade civil

“A saúde financeira da população é essencial para prevenir o superendividamento e sustentar o crescimento econômico. Por esse motivo o setor bancário brasileiro, além de se comprometer com a oferta responsável de crédito, investe em iniciativas que promovem planejamento, poupança, resiliência e uso consciente do crédito. Estamos certos de que o avanço da educação financeira beneficia consumidores, o Sistema Financeiro Nacional e toda a sociedade brasileira”, afirma Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban. 

O documento está disponível no portal da Febraban, em Publicações, e no Portal do Meu Bolso em Dia. Ele pode ser acessado por instituições financeiras, reguladores, educadores, organizações da sociedade civil ou qualquer pessoa interessada em ampliar o impacto da educação financeira no país.
 

Educar para incluir e prosperar

O lançamento do Guia ocorre em um momento em que o país vive um desafio: embora 91% dos brasileiros reconheçam a importância da educação financeira, 55% ainda declaram entender pouco ou nada sobre o tema, segundo o Observatório Febraban divulgado em julho de 2025.
 

Colaboração setorial e avanços regulatórios

O material também contextualiza a evolução do tema no Brasil, destacando o Acordo de Cooperação firmado entre Febraban e Banco Central do Brasil para promover ações coordenadas de educação financeira. Seus principais frutos foram o desenvolvimento do Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB/Febraban), a criação da Plataforma de Educação Financeira Meu Bolso em Dia, e a realização dos Mutirões Nacionais de Negociação e Orientação Financeira. 

Além disso, apresenta o avanço regulatório sobre o tema, com foco na Resolução Conjunta nº 08/2023, do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional. A norma exigiu a implementação de políticas estruturadas de educação financeira por todas as instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.
 

Desafios e aprendizados

Entre os principais desafios identificados no Guia estão o engajamento contínuo do público, a adaptação da linguagem a diferentes perfis e a mensuração de resultados das ações. 

Por outro lado, o levantamento aponta aprendizados importantes, como o impacto positivo da personalização de conteúdos, o uso de recursos lúdicos e de gamificação, e o poder das parcerias intersetoriais com escolas, universidades e organizações sociais. 

O documento aponta ainda que a promoção da educação financeira é potencializada quando há integração de esforços entre os diferentes atores do setor bancário, inovação contínua e conexão entre os conteúdos oferecidos e a realidade cotidiana das pessoas.
  


Sequenciamento genético de peixes pioneiro abre novo caminho para preservação da biodiversidade na Amazônia

 

Projeto com o pirarucu, maior peixe de água doce da região e ameaçado de extinção, contribui para ampliar a conservação de espécies amazônicas e gerar conhecimento
 

Uma pesquisa pioneira baseada no sequenciamento genético de peixes e de outras espécies poderá abrir um novo caminho para ampliar a preservação da biodiversidade amazônica. Conduzida pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a pesquisa tem como foco inicial o pirarucu (Arapaima gigas), maior peixe de água doce da Amazônia, que chega a pesar mais de 100 quilos e está na lista Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES). 

O estudo se expande para outras espécies nativas como o filhote (Brachyplatystoma filamentosum) e quelônios, também chamados de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa). Mas o objetivo principal é conter o avanço da exploração predatória do pirarucu nos rios amazônicos ao estimular a reprodução do peixe em cativeiro, devido à demanda crescente nacional e internacionalmente. 

O pirarucu tem um sistema de reprodução natural complexo: ele forma um casal somente depois de um longo período de convivência e só então começa a se reproduzir. Portanto, para a produção sustentada em cativeiro, precisávamos realizar duas etapas importantes. Primeiro, facilitar a reprodução por meio de um hormônio específico, o GNRH. Concluída essa etapa por meio do sequenciamento genético, necessitávamos demonstrar que a carne do peixe que está sendo vendida e exportada é de matrizes de um determinado cativeiro. Para isso, desenvolvemos testes específicos de paternidade para comprovar a origem do produto, ou seja, se é originário de uma certa fazenda ou da natureza”, explica o professor Sidney Santos, que conduziu a pesquisa no Laboratório de Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA.

 

Modelo poderá ser replicado para todas as espécies

“O mais importante é que, como o DNA é universal, podemos fazer o mesmo modelo para todas as espécies amazônicas, incluindo o peixe chamado filhote, que também chega a pesar mais de 100 quilos e sofre com a sobrepesca, e alguns quelônios”, acrescenta. 

O pesquisador defende que a reprodução de pirarucus em cativeiro beneficiará também as comunidades locais no longo prazo. Ao mitigar-se a sobrepesca, a quantidade de peixes reproduzidos naturalmente dos rios também aumentará, favorecendo a pesca e a própria alimentação. “Isso já foi comprado com um modelo semelhante com outro peixe simbólico da Amazônia, o tambaqui, que também passou a ser reproduzido em cativeiro”, exemplifica.

 

Tecnologia genética contribui para o futuro da biodiversidade

Neste contexto, o sequenciamento genético contribui exercendo o papel de manual de funcionamento completo das espécies. “Com esse conhecimento, podemos aplicar soluções personalizadas para reprodução, crescimento e preservação de qualquer animal”, afirma o Prof. Santos. 

A UFPA dispõe do único sequenciador genético do setor público da Amazônia, o MGISEQ-T7, da MGI. Trata-se de um sequenciador de DNA de altíssima produção, reconhecido pela sua velocidade, rendimento, flexibilidade e custo-benefício. A pesquisa da UFPA envolveu a análise de mais de 100 peixes e o sequenciamento completo de duas unidades. Os resultados desta pesquisa estão sendo compartilhado com outras universidades da região, para contribuir com outros estudos.

 

Conhecimento gera preservação ambiental

“Investir em conhecimento sobre a Amazônia é a maneira mais efetiva de preservá-la no longo prazo. Então, investir em sequenciamento dessas espécies, é importante porque traz o conhecimento e o conhecimento traz a preservação”, ressalta o Prof. Santos.

 A UFPA integra o CISAM - Centro Integrado da Sociobiodiversidade Amazônica, uma iniciativa que visa fortalecer a pesquisa, o ensino e a extensão universitária na Amazônia, por meio de parcerias entre 13 universidades federais para promover soluções para os desafios socioambientais da região.

 



MGI Tech Co., Ltd. (ou suas subsidiárias, chamadas em conjunto de MGI

https://en.mgi-tech.com/, LinkedIn, X e Youtube

 

Enem 2025: 7 erros que mais atrapalham os candidatos na reta final e como evitá-los

Diretor explica que improviso não funciona no exame, constância, leitura crítica e organização são fatores decisivos

 

O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro e deve reunir mais de 4,8 milhões de candidatos em todo o país. A prova, que abre as portas para universidades federais, estaduais e privadas, exige muito mais do que conhecimento acumulado: pede preparo emocional, resistência física e, sobretudo, estratégia. 

Na reta final, o desafio não é aprender tudo de uma vez, mas consolidar a rotina de estudo construída ao longo do ano. Para Jonas Stanley, diretor do PB Colégio e Curso Tijuca e Barra da Tijuca, esse é o ponto-chave para quem está a semanas do exame. 

“Quem já vem estudando desde a 1ª Série do Ensino Médio, com disciplina e constância, chega à reta final apenas para fazer ajustes finos. O Enem não premia improviso: premia quem cultivou uma rotina diária, quem foi consistente. O estudo é um hábito, não uma maratona de última hora”, afirma o diretor que acredita que um dos grandes erros é acreditar que basta acumular horas de estudo às vésperas da prova: 

“O estudante que vira noites, faz resumos sem critério e esquece de descansar acredita que está ganhando tempo, mas na verdade está comprometendo sua concentração. A prova é longa, exige raciocínio e resistência. Chegar esgotado é um risco enorme.” 

Outro ponto crítico, destaca o diretor, é a negligência com a redação, que vale 1000 pontos. 

“Muitos deixam de escrever justamente na reta final, mas a redação exige treino constante. É preciso praticar a argumentação, saber sustentar ideias e propor soluções. Essa habilidade só vem com prática semanal e com leitura crítica de diferentes fontes”, reforça Jonas Stanley, que traz os 7 erros comuns na reta final do Enem:

  1. Virar noites de estudo – o cansaço derruba a concentração.
  2. Abandonar a rotina de revisão – revisar é mais eficiente que acumular resumos.
  3. Negligenciar a Redação – treino de escrita é fundamental até a última semana.
  4. Descuidar da alimentação – má nutrição compromete foco e energia.
  5. Ignorar os horários de sono – dormir bem é essencial para fixar conteúdos.
  6. Abrir mão de todo lazer – pequenas pausas equilibram a mente, mas nada de virar a noite em festas.
  7. Estudar sem cronograma – falta de planejamento aumenta a ansiedade.

Stanley lembra que ler é outro diferencial que muitos subestimam.

“O aluno que lê muito, seja livros, jornais, reportagens, amplia repertório, desenvolve senso crítico e aprende a argumentar. O Enem pede isso: capacidade de dialogar com os temas, propor soluções e sustentar ideias com clareza. Esse repertório não se constrói em um mês, mas quem aproveita a reta final para intensificar a leitura ainda pode dar um salto de qualidade.”


Serviço — Enem 2025

Datas

  • 1º dia — 9 de novembro: Redação, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias.
  • 2º dia — 16 de novembro: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias.


O que levar

  • Documento oficial com foto
  • Caneta esferográfica preta (corpo transparente)
  • Cartão de confirmação da inscrição
  • Água e lanche leve


Horários

  • Portões abrem às 12h e fecham às 13h (horário de Brasília)
  • Prova começa às 13h30


Para Stanley, evitar erros previsíveis é tão importante quanto revisar conteúdos. 

“O aluno que chega ao Enem equilibrado, descansado e confiante transforma meses de dedicação em resultado. Mais do que decorar fórmulas, é a constância que garante aprovação”, conclui o diretor do PB Colégio e Curso.


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