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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

KAYAK REVELA AS TENDÊNCIAS DE VIAGEM PARA ESTE NATAL E ANO NOVO E OS DIAS MAIS ECONÔMICOS PARA VIAJAR

 

São Paulo - Brasil
Sim, as semanas do Natal e do Ano Novo são sempre movimentadas para os viajantes. Mas, para aqueles que se preocupam com o aumento dos preços, o metabuscador revela as datas mais econômicas para voos, os destinos mais procurados e outras tendências importantes para ajudar os viajantes a se manterem informados e planejarem com sabedoria durante esse período
 


Férias coletivas, escolares ou apenas o descanso merecido. Final de ano é sempre um bom momento para relaxar e recarregar as baterias para o ano que está chegando. Mas será que o brasileiro está pensando em viajar? O novo relatório Check-in para sua Viagem: Natal e Ano Novo 2025, do KAYAK, principal buscador de viagens do mundo com mais de 10 anos de atuação no Brasil, mostra que o brasileiro não parece estar a fim de perder tempo em organizar uma viagem entre os feriados de Natal e Ano Novo, já que a busca por voos cresceu 16%, comparado com o mesmo período de 2024. 

A análise, que oferece informações baseadas em buscas realizadas na plataforma de janeiro a setembro deste ano, para viagens 20 de dezembro de 2025 a 10 de janeiro de 2026, traz ainda detalhes sobre os destinos que estão no radar para celebrar o Natal e o Ano Novo, os dias com os menores preços para voar, e outros destaques que podem ser consultados pelos viajantes para planejar a semana de festas ideal, se baseando em informações atualizadas.
 

Um réveillon no Nordeste não é má ideia. E parece que é por lá que os brasileiros querem estar. 

Destinos no Nordeste ocupam as três primeiras posições na lista de mais buscados para voos – Recife, Salvador e Maceió, respectivamente. No top 10, ainda aparecem Fortaleza, Porto Seguro, João Pessoa e Natal. Apenas três cidades no Sudeste e Sul aparecem entre as cidades nordestinas, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre

“É compreensível que os brasileiros prefiram destinos nacionais durante esse período. Os eventos de fim de ano em todo o país estão cada vez mais atraentes, com as regiões litorâneas sediando grandes festas e atrações entre o Natal e o Ano Novo. Muitos são atraídos pelas praias, especialmente no Nordeste, para celebrar, aproveitar as festividades e descobrir novos lugares no Brasil”, analisa Gustavo Vedovato, Country Manager do KAYAK no Brasil. 

 

Confira o ranking dos 10 destinos, mais buscados pelos brasileiros para voos entre 20 de dezembro de 2025 e 10 de janeiro de 2026:

 

 

Ranking

Destinos

 

Preço médio dos voos no KAYAK

1

Recife

R$2.101

2

Salvador

R$1.706

3

Maceió

R$2.261

4

São Paulo

R$1.138

5

Fortaleza

R$2.124

6

Rio de Janeiro

R$1.222

7

Porto Seguro

R$1.926

8

Porto Alegre

R$1.359

9

João Pessoa

R$2.143

10

Natal

R$2.327

 

Por ser uma das semanas mais movimentadas do ano, vale ficar de olho nas datas que podem ajudar a economizar na viagem. O KAYAK mostra quais são: 
 

Falar em semana de Natal e Ano Novo, e viagem de avião, pode soar como uma experiência cara, mas navegando por outras seções do Check-in para sua Viagem: Natal e Ano Novo 2025 do KAYAK, o viajante encontra também informações detalhadas sobre os dias mais econômicos para voar, além das semanas mais econômicas para reservar voos domésticos e internacionais. Para os mais precavidos, essas são as principais datas que podem tornar o planejamento amigo ou inimigo do bolso:
 

Voos domésticos

  • Evite preços altos: O dia 3 de janeiro é o mais caro para viajar dentro do Brasil, com tarifas médias de R$2.622 na ida.
     
  • Aproveite tarifas mais baixas: 31 de dezembro é o dia mais econômico para embarcar, com passagens com preços médios de R$1.227.
     
  • Datas estratégicas para volta: Quem for retornar no Natal pode aproveitar o dia 25 de dezembro, quando os voos de volta custam em média R$1.237. Já para quem voltar após o Ano Novo, é melhor evitar o dia 3 de janeiro, que tem o valor médio de R$1.988 e movimentação mais alta.

Voos internacionais

  • Evite preços altos: A data com passagens mais caras é dia 2 de janeiro, com valor médio de R$6.715.
     
  • Aproveite tarifas mais baixas: O dia 3 de janeiro é o mais econômico para embarcar, com voos de ida custando em média R$1.376.
     
  • Datas estratégicas para volta: Para quem deseja retornar antes do Ano Novo, o dia 24 de dezembro oferece o melhor preço, com média de R$1.619. Já quem pretende estender a viagem até 2026 pode voltar com tranquilidade, já que o valor mais alto previsto é em 21 de dezembro, custando R$11.559.

O Check-in para sua Viagem: Natal e Ano Novo 2025 do KAYAK também revela as datas mais indicadas para fazer as reservas dos voos. “Em rotas domésticas, observamos que a semana do dia 17 de novembro tem o menor preço médio para voos de ida e volta em classe econômica, custando R$1.847. Para o viajante que escolheu um destino internacional, a semana mais econômica para reservar os voos é a que começa em 10 de novembro, com voos em média de R$5.200. Quanto mais o Natal e o Ano Novo se aproximam, mais os valores aumentam, então a antecedência fará toda a diferença para quem busca economizar na alta temporada”, finaliza Gustavo.
 

Para ficar por dentro dos insights completos do KAYAK para as festas de final de ano, o viajante pode navegar pelo Check-in para sua Viagem: Natal e Ano Novo 2025. 
 

*As imagens aqui presentes devem ser usadas apenas para fins de promoção do KAYAK em conjunto com este artigo.
 

Metodologia
 

Voos

O levantamento foi realizado com base em buscas de voos realizadas no KAYAK.com.br e marcas associadas, no período entre 01/01/2025 e 22/09/2025, para voos com partida entre 20/12/2025 e 04/01/2026 de qualquer aeroporto brasileiro. Esses valores foram comparados a buscas realizadas no período entre 01/01/2024 e 22/09/2024 com período de viagem entre 21/12/2024 e 05/01/2025. Todos os preços são preços médios para passagens de ida e volta em classe econômica. Os preços podem variar e as economias não podem ser garantidas. As porcentagens de variação nas buscas são aproximadas. 



KAYAK
solução de viagens corporativas

 

domingo, 2 de novembro de 2025

5 dicas de como os pets ajudam no desenvolvimento emocional e social das crianças

 

Especialista explica por que a convivência com animais pode fortalecer empatia, autoestima e até ajudar a criança a ser mais aberta às diferenças

 

Ter um animal de estimação durante a infância pode ser muito mais do que uma experiência divertida ou afetiva. Pesquisas recentes mostram que a convivência com pets tem impactos significativos no desenvolvimento emocional das crianças, contribuindo para o fortalecimento da empatia, da autoestima, do senso de responsabilidade e até do desenvolvimento de uma postura mais inclusiva e aberta às diferenças, tanto na relação com animais quanto com colegas e familiares. Uma pesquisa realizada na Austrália com mais de 1.600 famílias, por exemplo, mostrou que crianças que crescem com animais tendem a apresentar níveis mais altos de empatia e habilidades sociais mais desenvolvidas do que aquelas que não têm contato com pets.

 

Mostram também que 95% das pessoas consideram seus pets membros da família e isso tem um grande impacto na configuração das famílias atuais, pois significa que cada vez mais crianças convivem com animais de estimação. Portanto, entender como garantir que essa convivência seja benéfica é fundamental. Ao mesmo tempo é importante aprender o que evitar para não torná-la problemática para nenhum dos envolvidos. Mais do que companhia, os animais funcionam como suporte emocional silencioso e ajudam na construção de vínculos afetivos seguros.

 

“Crianças que crescem com pets tendem a desenvolver uma visão mais inclusiva do mundo. Elas aprendem, desde cedo, que seres diferentes têm o mesmo valor e merecem cuidado, atenção e respeito, e isso pode resultar em posturas mais empáticas nas relações com colegas e familiares”, explica a psicoterapeuta Renata Roma, doutora pela Brock University e pós-doutora pela University of Saskatchewan, no Canadá. 

 

A psicoterapeuta vem estudando o impacto dos pets na saúde emocional das crianças por mais de 10 anos. Ela explica que essa relação também exige atenção. Para que o vínculo entre criança e pet seja realmente positivo, é essencial que haja orientação, supervisão e respeito aos limites – tanto da criança quanto do animal.

 

A seguir, Renata Roma apresenta algumas formas pelas quais os pets contribuem para o desenvolvimento emocional infantil e orienta pais, mães e educadores sobre como incentivar uma convivência mais consciente, respeitosa e transformadora.

 

1. Empatia na prática

Conviver com um pet exige perceber, interpretar e respeitar os sinais do outro – mesmo que ele não fale. “A criança aprende a entender quando o animal está feliz, assustado, cansado ou com dor. Esse exercício constante de se colocar no lugar do outro é o que chamamos de empatia. E, quanto antes ela for desenvolvida, mais naturalmente será aplicada nas relações humanas também”, explica a psicóloga.

 

2. Autorregulação emocional

Os pets oferecem conforto emocional mesmo sem palavras. Segundo Renata, muitos estudos indicam que crianças que vivem com animais conseguem se acalmar mais facilmente em momentos de estresse. “Abraçar, acariciar ou apenas estar perto do pet reduz a ansiedade, diminui a produção de cortisol e aumenta a liberação de ocitocina, o hormônio associado à formação de vínculos sociais, comportamentos de cuidado e empatia”, aponta.

 

3. Responsabilidade e rotina

A convivência com animais também ensina noções importantes de cuidado e rotina. “Com o apoio dos adultos, a criança pode se envolver em tarefas como trocar a água, escovar o pelo ou alimentar o pet. Essas ações fortalecem a noção de responsabilidade e o senso de utilidade, o que tem impacto direto na autoestima. No entanto, é fundamental deixar claro que, em nenhum contexto ou idade, a criança deve ser colocada como a principal responsável pelo pet - o acompanhamento e a supervisão dos adultos são indispensáveis”, afirma Renata.

 

4. Inclusão e senso de pertencimento

Segundo a especialista, crianças que convivem com pets desenvolvem um olhar mais acolhedor para as diferenças. “O animal tem necessidades próprias, utiliza prioritariamente a linguagem não verbal e tem um jeito único de interagir. Isso ajuda a criança a perceber que, para se relacionar, muitas vezes é necessário ajustar-se ao outro. Mesmo que o pet não tenha limitações físicas ou não seja adotado, essa convivência estimula uma visão mais inclusiva. Por serem de outra espécie, com necessidades e formas de comunicação distintas das humanas, os animais ajudam a criança a enxergar o mundo de maneira menos hierarquizada - aprendendo a valorizar diferentes formas de existir, de se expressar e de se comunicar”, diz.

 

 5. Laços afetivos seguros

A relação com o pet oferece uma oportunidade única de estabelecer vínculos seguros. “O animal não julga, não cobra e está sempre presente. Esse tipo de relação cria uma base emocional positiva, que pode inclusive ajudar a reparar ou compensar outras relações afetivas frágeis na infância. Além disso, também podem ajudar as crianças a lidarem com separações familiares ou desafios escolares, incluindo o bullying. A presença do pet pode trazer uma base segura em tempos de mudança, inseguranças e perdas”, destaca Renata Roma.

 

Preparando o coração para o adeus: como lidar com o luto infantil

 

Renata Roma também é certificada pela American Institute of Health Care Professionals (AIHCP) para oferecer suporte para crianças e adolescentes lidando com a perda de um pet. Ela destaca que o luto por um animal de estimação costuma ser o primeiro contato da criança com a morte – e, por isso, é uma experiência que pode marcar profundamente. “Muitos adultos evitam falar sobre a morte com clareza, usando frases como ‘ele foi embora’ ou ‘está dormindo’. Isso confunde a criança e pode gerar medos desnecessários”, alerta a psicoterapeuta.

 

Segundo ela, o melhor caminho é dizer a verdade com sensibilidade e clareza, permitindo que a criança expresse sua dor. Criar pequenos rituais, desenhar, escrever cartas ou montar um cantinho de lembrança são formas saudáveis de atravessar o luto. “É essencial que o ambiente permita nomear os sentimentos, sem pressa para superar. O luto não é algo que se apaga - é algo que se elabora. E ensinar isso para uma criança é um grande ato de amor”, finaliza.

 

Atenção aos limites

 

Apesar de todos os benefícios, a psicoterapeuta reforça que a convivência entre pets e crianças precisa ser orientada pelos adultos. “Essa é uma relação complexa que não está imune a conflitos, especialmente quando o animal não corresponde às expectativas da família ou da criança”. Renata acrescenta que “é importante ensinar que o animal tem sentimentos, limites e precisa ser respeitado. Além disso, os adultos devem supervisionar o contato, especialmente com crianças pequenas, para garantir a segurança de ambos”, analisa.

 

Ela também alerta para a importância de observar como a criança se comporta diante do pet: “Se houver agressividade ou descuido, isso pode ser sinal de que ela está expressando algo que não consegue verbalizar. O comportamento com o animal pode revelar aspectos emocionais que precisam de atenção”, completa a psicoterapeuta.

 

A convivência com um pet, quando bem conduzida, pode ser uma grande aliada no processo de crescimento emocional e social das crianças. Mais do que um “melhor amigo”, o animal pode ser um espelho de cuidado, afeto e construção de vínculos saudáveis - para toda a vida. Esses benefícios tendem a ser ainda mais evidentes em famílias que tratam os animais como membros de fato, integrando-os ao cotidiano e às dinâmicas familiares.

 

“Mais do que simplesmente ter um pet, o fundamental é refletir sobre o papel que ele ocupa e como é percebido pelos adultos ao redor. O conceito de famílias multiespécies - no qual os animais participam de momentos como lazer, férias e celebrações - tem ganhado espaço em pesquisas recentes e reforça como essa integração contribui para que as crianças desenvolvam relações mais horizontais, empáticas e menos hierarquizadas com o mundo à sua volta”, conclui Renata Roma.

 

Primavera acende alerta: calor intensifica a proliferação de pulgas e eleva risco de doenças zoonóticas

Shutterstock

Especialistas reforçam a importância da prevenção contínua em pets e ambientes domésticos diante da alta incidência de zoonoses no país, segundo boletim do Ministério da Saúde

 

A chegada da primavera e o aumento das temperaturas trazem não apenas dias mais longos e ensolarados, mas também condições ideais para a proliferação de parasitas como as pulgas, agentes que podem representar riscos à saúde animal e humana. O alerta é reforçado pela Cobasi, uma das maiores redes de varejo pet do Brasil, à luz dos dados do Boletim Epidemiológico de Morbimortalidade por Zoonoses no Brasil (2007–2023), divulgado pelo Ministério da Saúde em julho de 2025. 

Segundo o levantamento, o país registrou mais de 472 mil casos de doenças zoonóticas no período analisado, com média anual de 27,8 mil registros e taxa de incidência nacional de 13,7 casos por 100 mil habitantes. As regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência crescente de casos nos últimos anos, enquanto o Norte e o Nordeste mantêm as maiores taxas absolutas de incidência. As zoonoses incluem doenças transmitidas por vetores como pulgas, carrapatos e mosquitos.  

As pulgas, por exemplo, não causam somente coceira intensa e desconforto. Elas podem provocar dermatite alérgica, anemia (nos casos de maior infestação) e até transmitir a verminose conhecida como dipilidiose, uma doença zoonótica causada pelo verme Dipylidium caninum, que também afeta seres humanos.  

“A prevenção é a forma mais eficaz de proteger os animais. É importante manter o uso contínuo de produtos antipulgas que podem ser indicados pelo médico-veterinário e reforçar a limpeza do ambiente, aspirando tapetes, lavando caminhas e higienizando os locais de descanso. Pequenos cuidados no dia a dia evitam grandes problemas de saúde e trazem mais tranquilidade tanto para os pets quanto para suas famílias”, explica a médica veterinária Talita Michelucci, Analista de Educação Corporativa da Cobasi. 

 

Dicas rápidas para tutores  

  • Aplique preventivos antipulgas continuamente, conforme orientação veterinária. Shampoos antipulgas ajudam a eliminar parte dos parasitas no corpo do animal, mas não têm efeito prolongado e devem ser combinados a medicamentos orais ou tópicos preventivos. 
  • Higienize o ambiente: aspire tapetes, caminhas, frestas e lave onde o pet circula, repetindo o processo a cada 15 dias, por ao menos 3 vezes. Produtos de uso veterinário para o ambiente também podem ser aplicados quando necessário. Importante fazer isso quando o pet estiver ausente.  
  • Mantenha a rotina de banhos: auxilia no controle, sempre com produtos adequados e indicados para pets. 
  • Consulta veterinária: leve o pet ao médico-veterinário a cada seis meses. Nem sempre cães e gatos demonstram sintomas de imediato, mas visitas regulares ajudam a prevenir doenças. 
  • Observe sinais como coceira, perda de pelo ou irritação na pele e procure orientação profissional ao notar alterações.          


Ação “Pulga Pequena, Problema Gigante”  

Para reforçar esse alerta de forma criativa e visual, a Cobasi, em parceria com a Zoetis/SIMPARIC lançou a ação “Pulga Pequena, Problema Gigante”, amplificando o tema com um toque de conscientização. A iniciativa traz uma pulga inflável gigante exposta em lojas da rede, atraindo a atenção dos tutores e lembrando que, embora minúsculas, as pulgas podem causar grandes impactos na saúde e bem-estar dos pets e no ambiente doméstico.  


Programação:  

Novembro – Cobasi Marginal Tietê (R. Maria Prestes Maia, 527 – Vila Guilherme) 

Dezembro – Cobasi Imigrantes (Av. Prof. Abraão de Morais, 1845 – Vila da Saúde) 

Janeiro de 2026 – Cobasi Villa Lobos (R. Manoel Velasco, 90 – Vila Hamburguesa)     

 

Inteligência nutricional: bezerro, novilha e bovino em lactação têm as mesmas demandas alimentares?

Personalização da dieta em cada fase da vida do gado garante mais produtividade, sustentabilidade e eficiência para a pecuária brasileira

 

Animais em diferentes fases da vida têm necessidades nutricionais distintas: um bezerro em crescimento não demanda os mesmos nutrientes que um bovino em fase de produção, por exemplo. Ainda assim, durante muito tempo, a pecuária brasileira adotou um modelo único de alimentação, o que comprometeu desempenho, produtividade e até a saúde dos rebanhos. 

 

Essa realidade vem mudando com a chegada da nutrição personalizada, tendência que ajusta a dieta dos animais conforme a idade e a etapa de vida. À frente dessa transformação está a Master Nutrição, empresa do grupo SRX Holdings, que lidera o movimento de levar inteligência nutricional ao campo.

 

“Cada fase da vida do animal exige um aporte específico de nutrientes. Ao respeitar essas necessidades, conseguimos garantir ganho de peso saudável, melhor conversão alimentar, longevidade produtiva e um impacto positivo nos custos da fazenda”, explica José Loschi, fundador da SRX Holdings.

 

O conceito, já consolidado em mercados mais maduros, começa a ganhar força no Brasil e promete trazer um salto de competitividade para a pecuária nacional. Segundo Loschi, o diferencial está na combinação de tecnologia, acompanhamento técnico e fórmulas exclusivas que maximizam o potencial do rebanho.

 

Além de atender às demandas nutricionais de forma estratégica, a personalização da ração contribui para reduzir desperdícios e otimizar o uso de insumos, aspecto cada vez mais valorizado em um setor pressionado por custos e pela busca por sustentabilidade. 

 

“Ao entender que um bezerro, uma novilha em crescimento e um bovino em lactação têm necessidades completamente diferentes, o produtor deixa de gastar com o que não traz resultado e passa a investir de forma assertiva”, completa Loschi.

 

SRX Holdings

 

Cães e gatos estão mudando a forma de encarar o fim da vida: entenda como a terapia assistida por animais vem ganhando espaço em hospitais brasileiros

Crédito: acervo Patrícia Ferreira da Silva
Interações com animais ajudam a reduzir ansiedade, aliviar dor e resgatar memórias


O toque de um focinho gelado, um olhar carinhoso ou o simples ato de acariciar um animal pode mudar o dia de um paciente em cuidados paliativos. Em hospitais brasileiros, como o Sírio-Libanês, a chamada terapia assistida por animais (TAA) tem ganhado força, mostrando que afeto também é tratamento. 

“Nos cuidados paliativos, o foco é qualidade de vida, e os animais se tornam aliados para resgatar memórias, despertar sorrisos e proporcionar momentos de alegria genuína”, afirma a enfermeira e médica veterinária Patrícia Ferreira da Silva, docente convidada da pós-graduação em Cuidados Paliativos do Hospital Sírio-Libanês. 

De acordo com o Ministério da Saúde, cuidados paliativos são ações voltadas para o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas que enfrentam doenças graves, assim como de seus familiares. A abordagem busca prevenir e aliviar o sofrimento físico, emocional, social e espiritual, oferecendo suporte integral à saúde1. 

Estudos apontam que a presença de cães e gatos pode trazer benefícios fisiológicos e psicológicos neste contexto. Em apenas 15 minutos de interação, aumentam os níveis de ocitocina - hormônio responsável pelo bem-estar - e diminuem os de cortisol, ligado ao estresse2. Os resultados mostram, ainda, melhora do humor, maior controle da pressão arterial, alívio da dor e impactos positivos na autoestima, comunicação e socialização. 

“É emocionante ver um paciente que não sorria há dias se abrir em gargalhadas com a chegada de um cão terapeuta”, diz Patrícia. Embora seja mais difundida entre crianças com câncer em fase avançada, esse tipo de abordagem também beneficia idosos, pacientes com Alzheimer e até crianças em consultórios odontológicos. 

Entretanto, é importante destacar que nem todos os animais estão aptos a participar de programas de TAA. “Os candidatos passam por uma avaliação rigorosa e devem seguir critérios como apresentar comportamento dócil, treinamento básico, boas condições de saúde - comprovadas por atestado veterinário atualizado, vacinação em dia, vermifugação e higiene adequadas”, diz Patrícia. 

A enfermeira explica ainda que, durante as visitas, são seguidos protocolos rígidos de higiene, manipulação e segurança, como a proteção de leitos com material adequado e a restrição de acesso a áreas de preparo de alimentos e de realização de procedimentos invasivos. 

“Os animais ajudam pela presença e pela habilidade de dar e, principalmente, receber carinho. Eles resgatam a humanidade em momentos em que o paciente mais precisa”, conclui a especialista.

 



Hospital Sírio-Libanês
Saiba mais em nosso site: Link



Referências

1 Ministério da Saúde. Cuidados Paliativos. Acesso em: 11/09/2025. Disponível em: Link

2 TÁVORA, Abílio Augusto. Terapia assistida por animais: revisão de literatura sobre benefícios à saúde humana. Revista Fluminense de Odontologia, v. 28, n. 56, p. 2-9, jul./dez. 2021. Disponível em: Link. Acesso em: 11 set. 2025.


Do Caramelo aos cães de raça: os alimentos que seu pet deve evitar

Especialista alerta os perigos ocultos da comida humana na dieta canina

 

Eles são companheiros fiéis, carismáticos e estão cada vez mais presentes na rotina das famílias brasileiras. Mas, seja o vira-lata caramelo ou o cão de raça mais exigente, todos merecem atenção especial quando o assunto é alimentação. 

A médica-veterinária Karin Botteon, gerente técnica da Boehringer Ingelheim, alerta: “O que é saudável para os humanos pode ser perigoso para os cães”. E para quem assistiu ao filme Caramelo, sabe bem como é fácil se identificar com o tutor que busca agradar o paladar do seu cãozinho: seja com um pedaço de pão, um arroz temperado ou até um petisco improvisado. 

“Cuidar da alimentação dos pets é também um gesto de amor e responsabilidade e, o carinho, está em justamente saber o que oferecer e, principalmente, o que evitar. O arroz do nosso prato, por exemplo, pode conter temperos industrializados, alho ou cebola, ingredientes que representam riscos sérios à saúde dos pets”, afirma Botteon. 

Entre os alimentos que devem ser evitados estão:

  • Cebola, cebolinha e alho: causam desde vômitos e diarreia até anemia. A toxicidade está presente em todas as formas: crua, cozida, desidratada ou em pó. Segundo a revisão feita por Cortinovis e Caloni (2016), o principal mecanismo tóxico dos compostos de enxofre presentes em plantas do gênero Allium (como alho e cebola) é a destruição dos glóbulos vermelhos por oxidação. Esse processo leva ao desenvolvimento de anemia hemolítica, que pode ser grave e, em alguns casos, levar os pets ao óbito. Uvas e seus derivados secos (uvas-passas, sultanas e groselhas): podem causar insuficiência renal aguda, mesmo em pequenas quantidades.
     
  • Abacate: pode ser tóxico para cães, principalmente devido a um composto chamado persina, presente nas folhas, casca, caroço e, em menor quantidade, na polpa da fruta. A ingestão pode causar sintomas como vômito, diarreia e, embora raro, alterações cardíacas
     
  • Café, chás e chocolate: contêm substâncias chamadas metilxantinas, como cafeína, teobromina e teofilina, que podem causar efeitos clínicos graves em cães. Esses efeitos incluem estimulação excessiva do sistema nervoso central, levando à agitação, tremores e convulsões, além de aumento da frequência cardíaca, arritmias, alterações respiratórias e diurese intensa (aumento da produção de urina), o que pode resultar em desidratação e representar riscos para os rins e o sistema cardiovascular. Fique atento: chás e refrigerantes também podem conter essas substâncias.
     
  • Sal em excesso: pode causar diversos problemas de saúde nos pets, como desidratação, vômitos, diarreia e até contribuir para o aumento da pressão arterial. Em casos mais raros, pode provocar tremores, convulsões e até danos nos rins, devido ao desequilíbrio hidroeletrolítico que o sal em excesso pode causar.
     
  • Temperos industrializados: podem representar riscos à saúde dos cães, pois frequentemente contêm ingredientes como alho e cebola, já mencionados anteriormente, além de pimentas e outros condimentos potencialmente tóxicos, como a noz-moscada. Esta última, por exemplo, contém miristicina, uma substância que pode causar tremores, desorientação, convulsões e, em casos graves, até levar à morte.
     
  • Xilitol: um adoçante comum em produtos como gomas de mascar, doces e pastas de dente, é altamente tóxico para cães. Mesmo pequenas quantidades podem causar Hipoglicemia grave (queda de açúcar no sangue), devido à liberação excessiva de insulina e até falência hepática, que pode ser fatal. Por isso, é essencial manter produtos com xilitol fora do alcance dos pets e procurar atendimento veterinário imediato em caso de ingestão

Karin finaliza: “É comum o tutor querer agradar o pet com um pedacinho do próprio prato, mas é preciso lembrar que o organismo dos cães é diferente e ter cuidado pois muitos ingredientes comuns na culinária humana não são seguros para cães e gatos. O ideal é oferecer alimentos específicos para eles, formulados com equilíbrio nutricional e segurança. Além disso, dietas caseiras sem acompanhamento veterinário podem resultar em deficiências nutricionais ou em excessos perigosos para a saúde do animal.”


Boehringer Ingelheim Saúde Animal
Link ingelheim.com/br/saude-animal



Finados

Luto pet ganha espaço nas homenagens

Como rituais e espaços de despedida ajudam famílias a lidar de forma mais saudável com a perda de seus animais de estimação


O Dia de Finados, tradicionalmente voltado à lembrança de entes queridos, começa a despertar novas reflexões entre famílias que convivem com animais de estimação. A ampliação do vínculo entre humanos e pets, agora reconhecidos como parte legítima da estrutura familiar, tem motivado um olhar mais sensível sobre o luto animal e o papel dos rituais de despedida nesse processo.

De acordo com a psicóloga Juliana Sato, especialista em luto pet, ainda não existe no Brasil um movimento estruturado de homenagens voltadas aos animais de estimação no feriado de Finados, mas a discussão sobre o tema é cada vez mais necessária. “Pensar em Finados para além do humano é uma forma de validar o vínculo e dar às famílias um espaço coletivo de reconhecimento. É um gesto de amor e também de reparação, porque o luto por pets ainda é pouco legitimado na sociedade”, afirma.

A especialista explica que o fortalecimento desse vínculo acompanha transformações sociais como famílias menores, rotinas mais solitárias e a busca por afeto genuíno. “Hoje falamos em famílias multiespécie. Os animais participam das rotinas, influenciam decisões e moldam hábitos. Se reconhecemos esse papel em vida, faz sentido criar espaços simbólicos para reconhecer também a partida deles”, complementa.

De acordo com levantamento do Instituto Pet Brasil, o mercado pet brasileiro faturou cerca de R$ 67,4 bilhões em 2023, com crescimento anual de dois dígitos, refletindo a consolidação dos animais de estimação como parte central da vida familiar. Outros estudos indicam que mais de 60% dos tutores consideram seus pets como membros da família, uma percepção que também se traduz na forma como se vive o luto e as despedidas.

Novos espaços de despedida - Em algumas cidades do país, como Campinas (SP), Poços de Caldas (MG) e Apucarana (PR), já existem cemitérios que permitem o sepultamento conjunto com os tutores, além de locais e crematórios exclusivos para animais. O crescimento da procura por serviços funerários para pets reforça esse movimento: em regiões como o Ceará, por exemplo, a demanda por cremações chegou a triplicar nos últimos anos.

Para Juliana, essa prática tem grande significado simbólico. “Quando uma família escolhe sepultar o pet junto a ela, está dizendo: ‘nós pertencemos ao mesmo lugar, em vida e também na memória’. Isso dá continuidade ao vínculo e ajuda no processo de elaboração da perda”, diz.

O luto por animais de estimação, no entanto, ainda é marcado pela falta de reconhecimento social. Segundo Juliana, isso contribui para o chamado “luto não autorizado”, quando a dor é minimizada por quem não compreende a profundidade do vínculo. “Frases como ‘era só um cachorro’ ou ‘compra outro’ invalidam a dor e empurram o luto para o silêncio. Rituais, velórios e cerimônias ajudam justamente a concretizar a despedida, permitindo que o amor se transforme em memória”, explica.

A psicóloga reforça que o suporte emocional adequado é essencial nesse processo. O acompanhamento psicológico ajuda a legitimar o sofrimento e a ressignificar a perda de forma saudável. “Quando a dor é acolhida, o vínculo permanece em forma de lembrança e gratidão. O luto deixa de ser apenas ausência e passa a ser uma continuidade afetiva”, conclui.

 

Juliana Sato - Psicóloga graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, com pós-graduação em Distúrbios Alimentares pela Unifesp, Juliana Sato é certificada pela renomada Association for Pet Loss and Bereavement, entidade pioneira e referência em luto pet nos Estados Unidos. A especialista vem se destacando desde 2023 em consultoria e atendimento em saúde mental de profissionais do segmento pet vet, além de mentorias para empresas e líderes na construção de culturas organizacionais mais humanas, seguras e sustentáveis. Desde 2024, faz parte da diretoria da Ekôa Vet – Associação Brasileira em Prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária. Para ajudar pessoas que buscam equilíbrio emocional e crescimento pessoal, criou o canal VibeZenCast, no qual compartilha conteúdos sobre saúde mental, autocuidado e bem-estar. Juliana também é uma das organizadoras do recém-lançado livro “Luto Pet no Contexto da Medicina Veterinária”, pela Editora Lucto, onde aborda a complexidade do assunto e debate a saúde mental no universo pet. Saiba mais acessando o site julianasatopsicologa.com.br ou o perfil no Instagram @jusatopsicologa.


Como os cães enfrentam mudanças?

Sinais invisíveis de tranquilidade e o papel do tutor na adaptação emocional dos pets


Como os cães lidam com o inesperado? Barulhos intensos, viagens, a presença de outros animais ou até a ausência do tutor podem desencadear reações que variam do medo ao estresse. Compreender esses sinais é o primeiro passo para ajudá-los a enfrentar transformações e promover o bem-estar emocional no dia a dia.

“Essas respostas refletem a forma como os cães percebem o mundo. Dependentes de estímulos olfativos, auditivos e visuais para interpretar o ambiente, eles necessitam de previsibilidade para se sentirem seguros”, explica Marina Tiba, médica-veterinária e gerente de Produtos da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.

Quando essa previsibilidade se rompe – por exemplo, em uma mudança de casa, chegada de novas pessoas ou na ausência prolongada do tutor – o cão perde suas referências de segurança. Isso desencadeia alterações fisiológicas e comportamentais: há aumento na liberação de cortisol (o hormônio do estresse), o sono e o apetite podem ser afetados, e a atenção se volta a possíveis “ameaças” do entorno. Aos olhos do tutor, essas reações se manifestam em agitação, vocalização excessiva, comportamentos destrutivos, perda de apetite ou isolamento.

A intensidade dessas respostas depende de fatores como idade, histórico de socialização, experiências anteriores e até predisposição genética. “Cães mais sensíveis ou pouco habituados a mudanças tendem a reagir de forma mais intensa, e o processo de recuperação pode ser mais lento. A adaptação, portanto, não deve ser encarada apenas como uma transição física, mas também emocional – exigindo paciência, constância e estímulos positivos”, complementa a profissional.


O poder dos feromônios: ciência a favor do bem-estar emocional

Nas últimas décadas, os avanços em comportamento animal permitiram compreender melhor as respostas emocionais dos cães e desenvolver ferramentas que auxiliam o manejo do estresse. Entre elas, destacam-se os feromônios sintéticos do odor materno canino – substâncias capazes de transmitir uma mensagem invisível, mas poderosa, de conforto e tranquilidade.

“Quando expostos a esses feromônios, os cães reconhecem um odor familiar, associado à sensação de segurança vivenciada junto à mãe nos primeiros dias de vida. Essa lembrança olfativa ajuda a reduzir o impacto de situações desafiadoras e favorece uma adaptação mais equilibrada”, completa Marina.

Esses compostos são aliados em diferentes contextos do cotidiano, especialmente em momentos que geram insegurança ou ansiedade: mudanças de ambiente, medos, ruídos intensos, viagens e transporte, visitas ao médico-veterinário, adaptação com outros cães ou pessoas e até períodos de separação do tutor.

Atualmente, os feromônios sintéticos estão disponíveis para cães em diferentes formatos difusores, sprays e coleiras –, permitindo ao tutor escolher a opção mais adequada à rotina e às necessidades do seu cão.


Adaptação na prática: dicas para o dia a dia

Além da feromonioterapia, algumas atitudes simples podem fazer diferença no bem-estar emocional do pet:

  • Mudança de casa: mantenha objetos familiares, como cama e brinquedos, em um ambiente tranquilo. Permita que o cão explore o novo espaço aos poucos, sempre com reforços positivos.
  • Ruídos altos (fogos e tempestades): feche portas e cortinas, escolha um “porto seguro” onde o cão se sinta protegido – preferencialmente um ambiente ao qual ele já tenha sido exposto a sons semelhantes, de forma leve e controlada. Ligue uma música ou som suaves e familiares ao pet e ofereça brinquedos interativos para desviar o foco dos ruídos externos, além de petiscos de alto valor, que contribuam para criar uma associação positiva com o momento.
  • Viagens e consultas veterinárias: leve cobertores ou brinquedos com o cheiro do cão para transmitir segurança. Em trajetos longos, faça pausas para reduzir o estresse.
  • Ambientes com mais de um cão: garanta que cada animal tenha seu próprio espaço e recursos (comedouro, bebedouro, brinquedos) para evitar disputas.
  • Ansiedade de separação: pratique ausências curtas e gradativas, associe sua saída a recompensas e utilize brinquedos recheáveis para entreter o pet enquanto estiver sozinho. Diminua o contato alguns minutos antes de sair e evite fazer festa ao retornar, para que o momento de separação e reencontro seja percebido de forma mais natural e tranquila.

Os cães não falam nossa língua, mas comunicam muito através de seus comportamentos. Criar um ambiente previsível e seguro é um gesto de cuidado – e, em um mundo cheio de estímulos e mudanças, pode ser o que transforma a rotina do pet em uma experiência mais tranquila e equilibrada.

Para garantir que o manejo seja sempre o mais adequado, é recomendado contar com o apoio de profissionais especializados em comportamento animal, que podem orientar o tutor de forma personalizada, associando técnicas comportamentais e as ferramentas disponíveis atualmente para promover o bem-estar emocional do cão.



Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


O coração dos pets pede cuidado

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Doenças cardíacas podem ser silenciosas, mas hábitos saudáveis e suporte nutricional ajudam a proteger o bem-estar

 

O coração bate cerca de 100 mil vezes por dia em um humano. Nos cães e gatos, esse número pode ser ainda maior, dependendo do porte e da idade. Esse ritmo constante auxilia na manutenção da vida e no funcionamento de todo o organismo. Mas, quando a função cardíaca está comprometida, o impacto não se limita ao órgão. Pode comprometer até a vida do animal.

Nos pets, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbidade e podem comprometer diretamente a qualidade e a expectativa de vida. Embora sejam mais comuns em animais idosos, problemas cardíacos também podem atingir adultos jovens e, em muitos casos, evoluem silenciosamente até apresentarem sinais evidentes.

Entre os sintomas que podem indicar alterações estão cansaço fácil, tosse seca persistente, especialmente a noite ou quando o animal está deitado, intolerância ao exercício, dificuldade respiratória, desmaios e até mudanças de comportamento, como apatia e menor disposição para brincar. “Muitas doenças cardíacas se desenvolvem de forma silenciosa, e quando o tutor percebe sinais claros, o quadro já pode estar avançado. Por isso, consultas de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce, explica Janaína Peres, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

O diagnóstico precoce é um dos pilares para garantir mais qualidade de vida, mas a prevenção vai além das consultas periódicas. Manter o peso adequado, oferecer uma alimentação equilibrada e estimular atividades físicas compatíveis com a idade e a condição de saúde do animal são medidas essenciais para reduzir a sobrecarga do coração e preservar sua função ao longo do tempo.

A suplementação também desempenha um papel essencial nesse cenário. Entre os nutrientes estudados com maior evidência científica está o ômega-3, grupo de ácidos graxos essenciais que exerce papel anti-inflamatório e protetor do sistema cardiovascular. Em um estudo com cães portadores da doença de válvula mitral, por exemplo, a suplementação de ômega-3 reduziu significativamente a chance de arritmias e ajudou a manter os animais em estágios menos avançados da doença (Nasciutti et al., PLOS One, v.16, n.7, 2021).

Os benefícios do ômega-3 vão além do coração. Seus principais componentes, o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico), participam de processos fundamentais para o equilíbrio do organismo. O EPA está relacionado à redução da produção de substâncias inflamatórias, contribuindo para menor rigidez dos vasos sanguíneos e melhor controle da pressão arterial. Já o DHA atua diretamente na flexibilidade das membranas celulares, favorecendo a função cerebral e ocular, além de poder auxiliar na condução elétrica do coração

Estudos também indicam que o ômega-3 pode reduzir a liberação de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, associada à progressão de doenças cardíacas (Freeman et al., J Vet Intern Med, v.12, n.6, 1998). Outro ponto relevante é o papel na prevenção da caquexia cardíaca — condição caracterizada pela perda de massa muscular em pacientes com insuficiência cardíaca, que compromete não apenas o prognóstico, mas também a qualidade de vida (Freeman & Rush, J Vet Intern Med, v.21, n.1, 2007). Esses mecanismos ajudam a explicar os resultados observados na prática clínica: animais suplementados apresentam melhor tolerância ao exercício, mais disposição e até melhora do apetite em casos de insuficiência cardíaca.

Outro ponto importante é o uso preventivo. Em animais saudáveis, a suplementação pode ser uma estratégia para preservar a função cardiovascular antes que alterações clínicas sejam detectadas, apoiando também o sistema imunológico e a saúde cognitiva em fases mais avançadas da vida.

O avanço da nutrição veterinária tem possibilitado o desenvolvimento de soluções específicas para apoiar a saúde do coração dos pets, oferecendo aos tutores ferramentas adicionais para o cuidado preventivo. Esse movimento reflete uma mudança de paradigma: se antes a atenção se concentrava em tratar doenças já instaladas, hoje há uma valorização crescente de práticas que ajudam a evitar desequilíbrios e a prolongar a vida com qualidade.

“Pensar em saúde cardiovascular é pensar em prevenção. Cuidar do coração desde cedo significa investir na possibilidade de aumentar a expectativa e a qualidade de vida dos pets.O papel do tutor é estar atento aos sinais, manter a rotina de acompanhamento e conversar com o médico-veterinário sobre as melhores estratégias de cuidado”, conclui Janaína.

 

Avert Saúde Animal
www.avertsaudeanimal.com.br
www.vidamaisromrom.com.br



Referências

Freeman LM, Rush JE, Kehayias JJ, et al. Nutritional alterations and the effect of fish oil supplementation in dogs with heart failure. J Vet Intern Med. 1998;12(6):440–448.

Freeman LM, Rush JE. Nutrition and cardiac cachexia in dogs and cats. J Vet Intern Med. 2007;21(1):3–7.

Nasciutti PR, Moraes AT, Santos TK, et al. Protective effects of omega-3 fatty acids in dogs with myxomatous mitral valve disease stages B2 and C. PLOS One. 2021;16(7):e0254887.

Bem-estar animal avança na suinocultura, mas resistência a antibióticos ainda ameaça saúde pública

A 4ª edição do relatório Porcos em Foco: Monitor da Indústria Suína Brasileira, que foi publicada pela organização internacional Sinergia Animal em 29 de outubro, revela que, embora algumas empresas do setor suinícola brasileiro tenham dado passos importantes em direção ao bem-estar animal, a resistência em adotar sistemas totalmente livres de gaiolas de gestação e o uso indiscriminado de antimicrobianos ainda representam sérios desafios éticos e de saúde pública.

O destaque positivo deste ano é a Ecofrigo, que alcançou a maior pontuação registrada desde a primeira edição do relatório e subiu para a Categoria B no ranking geral. A empresa anunciou uma política abrangente de bem-estar animal, incluindo a adoção do sistema “cobre e solta” em novas unidades, o fim do uso contínuo de celas de gestação nas unidades existentes, o banimento de procedimentos dolorosos em leitões (como castração cirúrgica e corte de caudas e dentes) e a eliminação do uso não terapêutico de antimicrobianos. Com isso, a Ecofrigo se torna a única grande produtora brasileira a utilizar antimicrobianos exclusivamente em animais doentes.

A Aurora Coop, uma das três maiores produtoras de carne suína do Brasil, também subiu de categoria ao anunciar que novas unidades serão construídas exclusivamente com o sistema “cobre e solta”, eliminando o confinamento de porcas em gaiolas de gestação em novas granjas. Essa medida deve representar um impacto significativo para milhares de animais e marca um avanço importante para o setor.

Em contrapartida, a Frimesa é a única, entre as seis maiores produtoras do país, que ainda não assumiu o compromisso público de eliminar totalmente o uso de gaiolas de gestação em novas unidades. Isso significa que a empresa segue construindo novas granjas que mantêm porcas confinadas por até 42 dias em gaiolas de gestação, prática amplamente criticada por especialistas em bem-estar animal e já abandonada por diversas companhias globais. [Confira mais sobre a prática no Media Center da Sinergia Animal]

Além dos compromissos relacionados ao bem-estar dos animais, o relatório chama atenção para outro ponto crítico: o uso indiscriminado de antimicrobianos na suinocultura brasileira. A prática, muitas vezes aplicada de forma preventiva ou para promover crescimento desses animais, contribui para o aumento da resistência antimicrobiana (RAM), um dos maiores riscos à saúde global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A resistência reduz a eficácia de antibióticos essenciais tanto na medicina humana quanto na veterinária, configurando uma grave ameaça dentro da perspectiva de Saúde Única (One Health), que reconhece a interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental.

“Os compromissos da Ecofrigo e da Aurora mostram que é possível avançar de forma responsável. Mas ainda estamos diante de uma indústria que, em grande parte, mantém práticas ultrapassadas e de alto impacto, tanto para os animais quanto para a saúde pública”, afirma Raquel Ribeiro Borges, líder de Relações Corporativas da Sinergia Animal.

O Porcos em Foco 2025 avaliou 16 empresas brasileiras do setor de carne suína, classificando-as em seis categorias, de A (melhor) a F (pior), com base em seus compromissos e políticas de bem-estar animal. Nenhuma empresa atingiu a Categoria A.

Principais destaques do Porcos em Foco 2025

  • Ecofrigo sobe da Categoria F para a B, com uma das políticas de bem-estar mais completas do país. É a única grande empresa da suinocultura brasileira a assumir o compromisso de banir totalmente o corte de caudas de leitões e o uso não terapêutico de antimicrobianos em toda a sua rede de fornecimento.
  • Aurora Coop sobe da Categoria E para a C, com o compromisso de adotar o sistema “cobre e solta” em novas unidades, o que significa que todas as novas granjas serão construídas sem gaiolas de gestação.
  • A Frimesa é a única entre as seis maiores produtoras de carne suína do Brasil que segue construindo granjas que permitem o confinamento de porcas por até 42 dias em gaiolas de gestação.
  • O relatório alerta para o uso indiscriminado de antimicrobianos, associando a prática ao aumento da resistência antimicrobiana e ao risco global à saúde.

Sobre o relatório

O Porcos em Foco 2025 é uma publicação anual da Sinergia Animal que avalia o desempenho das principais empresas brasileiras da suinocultura com base em critérios de bem-estar animal, transparência e responsabilidade corporativa.

 

Sinergia Animal
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