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terça-feira, 2 de setembro de 2025

O fim da era da decoreba: por que o Brasil precisa reinventar sua educação

Heavenly International School
Divulgação Victor Brasil
Com metodologias ativas, foco no desenvolvimento integral e liderança de especialistas, escolas já mostram que é possível unir rigor acadêmico, formação humana e inovação pedagógica

 

Durante décadas, a educação básica no Brasil se apoiou em um modelo pedagógico centrado em provas, memorização e notas: escuta-anota-reproduz. Alunos foram treinados a decorar fórmulas e informações, muitas vezes sem compreender sua aplicação prática. O resultado é um sistema que valoriza resultados imediatos, habilidades desnecessárias para o futuro que pouco contribuem para o desenvolvimento de cidadãos críticos e criativos. 

Os efeitos são visíveis. Um mapeamento realizado em 2022 pela Secretaria de Educação de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna mostrou que cerca de 70% dos alunos do 5º e 9º anos do fundamental e da 3ª série do ensino médio relataram sintomas de depressão e ansiedade após o retorno às aulas presenciais. No Distrito Federal, uma pesquisa da Universidade de Brasília (2022) identificou que pressões acadêmicas, avaliações constantes, vestibulares, bullying e falhas de suporte escolar estão entre os fatores que mais afetam a saúde mental dos jovens do ensino médio. 

A falha não está apenas na saúde emocional, mas também na preparação para o século XXI. Em um cenário em que a inteligência artificial organiza e disponibiliza informações em segundos, insistir em decorar dados soltos é desperdiçar o potencial das novas gerações. Estudos internacionais já comprovaram que a memorização mecânica não garante retenção a longo prazo nem estimula pensamento crítico, criatividade e capacidade de resolver problemas (Ahmed, 2017; Verywell Mind, 2023).

Felizmente, alternativas já estão em prática. As metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), a sala invertida e a gamificação, colocam o estudante como protagonista do processo. Uma análise de 225 estudos publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que esses métodos reduzem taxas de reprovação de 32% para 21% e aumentam significativamente a retenção do conteúdo. No Brasil, pesquisas apontam que escolas que adotaram metodologias ativas registraram 35% de aumento no engajamento dos alunos (Silva & Rocha, 2021). 

A educação também precisa avançar na formação humana. Empatia, resiliência, colaboração e comunicação eficaz não são “complementos”, mas competências centrais para qualquer profissional do futuro. Como já defendia David Ausubel, só existe aprendizagem significativa quando o aluno consegue relacionar o que aprende com sua própria vida.

Na Heavenly International School (H•I•S), em Brasília, essa revolução pedagógica já acontece. Sob a liderança dos Diretores de Inteligência Educacional, Michelle Jordão, e Marcello Lasneaux, a escola vem consolidando um modelo que une rigor acadêmico, cumprimento integral do calendário e formação humana. 

“O mundo atual exige que os estudantes saibam aplicar o conhecimento em situações reais, pensar criticamente e colaborar em equipe. Nosso compromisso é unir excelência acadêmica e excelência atitudinal”, afirma Michelle.

Lasneaux complementa: “Mais importante do que decorar é experimentar, questionar e relacionar o que se aprende com a vida. Só assim formamos alunos preparados para inovar e capazes de viver plenamente o século XXI.”

Para assegurar a melhor preparação, a escola disponibiliza não apenas os materiais pedagógicos oficiais, mas também recursos complementares, como listas de aprofundamento, provas de anos anteriores, simulados e atividades de acompanhamento. Essa estratégia garante que cada estudante avance com segurança, de acordo com suas metas acadêmicas.


Resultados concretos que confirmam a proposta

O impacto desse modelo já aparece nos resultados. Em parceria com a Evolucional, a H•I•S realizou uma análise dos microdados de desempenho dos alunos entre 2023 e 2024, que revelou avanços expressivos, tanto no desenvolvimento acadêmico quanto na escolha personalizada de cursos e universidades. 

No último ENEM, dos 31 alunos participantes, 18 tinham como objetivo universidades federais e 16 foram aprovados em instituições como UnB, UFSC, UFRN e UERJ. Já no PAS/UnB, dos 22 participantes, 14 conquistaram vagas em cursos como Direito, Engenharia Civil, Psicologia e Engenharia de Produção. Entre os 11 que tinham a UnB como primeira opção, 8 foram aprovados, índice que confirma a efetividade do trabalho pedagógico. 

De olho no futuro, a escola ampliará a oferta de disciplinas eletivas de aprofundamento, permitindo que os alunos fortaleçam conhecimentos específicos conforme seus interesses e projetos de vida, potencializando ainda mais os resultados acadêmicos.
 

Um futuro a ser reinventado

Em carta publicada no Financial Times, o educador Afnan Wasif resumiu o dilema: em tempos de inteligência artificial, a memorização perde valor frente à análise, à originalidade e à capacidade de pensar diferente. O futuro não pede estudantes que repetem, mas que inovam. 

O Brasil tem a chance de liderar uma revolução educacional: equilibrar conteúdos sólidos com o desenvolvimento de competências socioemocionais e o uso inteligente da tecnologia. Experiências como a da Heavenly International School mostram que isso já é possível. Não se trata apenas de mudar a forma de ensinar. Trata-se de mudar o futuro.


Experiência FGV: evento oferece vivência universitária para estudantes do Ensino Médio

 Atividade gratuita apresenta cursos de graduação, infraestrutura e oportunidades de carreira nas unidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília


Estudantes do Ensino Médio, pais e professores terão a oportunidade de conhecer de perto a rotina acadêmica e os diferenciais de uma das mais renomadas instituições de ensino do país no Experiência FGV, evento gratuito que acontece em setembro no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

A programação inclui palestras com professores sobre cursos, áreas de atuação e perspectivas de carreira; interação com alunos e docentes para troca de experiências; e visitas guiadas à infraestrutura das unidades.
 

As datas são:
6/9 (9h às 15h) no Rio de Janeiro;
9/9 (10h às 14h) em São Paulo;
11/9 (9h às 12h ou 14h15 às 17h15) em Brasília.

Acesse aqui e saiba mais!


MASP abre até meia-noite com horários gratuitos na última semana de Monet

A ecologia de Monet recebeu 440 mil visitantes desde a abertura, superando Tarsila Popular, em 2019, e Monet, em 1997


Fila de visitantes na entrada da exposição A ecologia de Monet.
 Foto: Mariana


O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand terá dias de funcionamento até meia-noite e mais horários com entrada gratuita na última semana da exposição A ecologia de Monet. O público pode conferir a mostra do impressionista francês até sábado (6.9). O funcionamento ampliado será na terça-feira (2.9), 10h às 24h, entrada até as 23h, com ingresso gratuitos durante todo o dia; na quinta (4.9), na sexta (5.9) e no sábado (6.9), 10h às 24h, entrada até as 23h, com ingressos gratuitos das 18h às 23h. É necessário reservar os ingressos com antecedência no site masp.org.br. 

A exposição atingiu um marco histórico de público recebendo 440 mil visitantes desde a abertura, em maio, até domingo (31.8). O recorde supera as exposições Tarsila Popular que recebeu 402 mil visitantes em 2019, e Monet O mestre do impressionismo que foi vista por 401 mil pessoas em 1997.

 

A ECOLOGIA DE MONET

Com mais de 30 pinturas de Claude Monet (Paris, França, 1840-Giverny, França, 1926), a maioria inédita no hemisfério sul, a exposição apresenta uma leitura contemporânea sobre a relação do impressionista francês com a natureza, as transformações ambientais, a modernização da paisagem e as tensões entre ser humano e natureza. A ecologia de Monet apresenta obras que perpassam grande parte da carreira do artista — das décadas de 1870 até 1920 —, revelando diferentes momentos de sua relação com a paisagem e com o meio ambiente. 

Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP, e com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP, a exposição aborda diferentes aspectos da relação de Monet com a ecologia em cinco núcleos: Os barcos de Monet; O Sena como Ecossistema; Neblina e Fumaça; O Pintor como Caçador; Giverny: Natureza Controlada. 

“É inegável que o artista teve um olhar atento para as transformações ambientais de seu tempo, documentando desde a industrialização crescente até fenômenos naturais, como enchentes e degelos. No entanto, a relação de Monet com a ecologia da época era outra, muito diferente das dimensões atuais do termo, tanto no campo das ciências do clima como no da história da arte. Ainda assim, é possível traçar leituras contemporâneas sobre o seu trabalho, especialmente se considerarmos a força e o impacto que sua obra segue exercendo na sociedade”, afirma Fernando Oliva. 

A ecologia de Monet integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da ecologia. A programação do ano também inclui mostras de Hulda Guzmán, Mulheres Atingidas por Barragens, Frans Krajcberg, Clarissa Tossin, Abel Rodríguez, Minerva Cuevas e a grande coletiva Histórias da ecologia. Acesse o press kit completo aqui.
 

ACESSIBILIDADE

Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil — com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral.

 

REALIZAÇÃO

A ecologia de Monet é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem patrocínio exclusivo do Nubank.

 

SERVIÇO

A Ecologia de Monet

Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP, com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP

16.5 —6.9.25

1° andar, Edifício Lina Bo Bardi

 

MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP 01310-200

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terças grátis, das 10h às 24h (entrada até as 23h); quarta 10h às 18h (entrada até as 17h); quinta, sexta e sábado, 10h às 24h, entrada até as 23h, com ingressos gratuitos das 18h às 23h.

Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos

Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O que estará em jogo no julgamento de Bolsonaro pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, no próximo dia 2 de setembro, o julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus pela suposta conspiração para reverter o resultado das eleições de 2022.  

O caso é de enorme relevância institucional. A Procuradoria-Geral da República aponta que o grupo teria formado um núcleo central de articulação para manter o ex-presidente no poder, mesmo após a derrota nas urnas, em linha direta com os atos de 8 de janeiro de 2023. Entre os crimes imputados estão conspiração contra o Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Em caso de condenação, as penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. 

As sessões, já agendadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12, serão conduzidas pela Primeira Turma, sob a presidência do ministro Cristiano Zanin. 

O rito processual prevê relatório inicial, sustentações orais da acusação e das defesas e, em seguida, os votos. A expectativa é de que o ministro Alexandre de Moraes apresente o histórico e as provas reunidas antes da votação, que será decidida por maioria simples entre os cinco integrantes da Turma. 

Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico e reforço policial determinado pelo STF para reduzir riscos de fuga. A defesa insiste em que não há qualquer intenção de evasão. 

Independentemente do desfecho, a decisão terá impacto profundo no país e no exterior. Se condenado, o ex-presidente poderá recorrer dentro da própria Corte, inclusive ao Plenário. Se absolvido, a PGR também poderá questionar pontos do julgamento. De todo modo, a repercussão internacional já está dada: veículos estrangeiros estimam a pena potencial e destacam as consequências diplomáticas e políticas para o Brasil. 

Mas há um aspecto que não pode ser esquecido: o julgamento só será justo se observar, em sua essência, os pilares do sistema acusatório e do devido processo legal. Isso significa que réus só podem ser condenados se as acusações estiverem solidamente provadas nos autos – e não a partir de indícios, inferências ou convicções políticas. Além disso, é indispensável que os juízes ajam com imparcialidade não apenas subjetiva, mas também objetiva, resistindo a vieses cognitivos como a dissonância e o efeito primazia, que inevitavelmente pressionam julgamentos dessa magnitude. 

A pergunta que paira, portanto, é direta: o Supremo conseguirá oferecer à sociedade – e à história – um julgamento imune a paixões ideológicas?  

Oxalá, os deuses da Justiça iluminem os ministros da Primeira Turma, e que a verdade dos autos prevaleça sobre qualquer narrativa externa.

 

Marcelo Aith - advogado criminalista. Doutorando Estado de Derecho y Gobernanza Global pela Universidad de Salamanca - ESP. Mestre em Direito Penal pela PUC-SP. Latin Legum Magister (LL.M) em Direito Penal Econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP. Especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidad de Salamanca.

 

Dia do Profissional de Educação Física reforça importância do ofício na promoção da saúde

Oficializada há 27 anos, a data ressalta a atuação essencial desses profissionais dentro e fora das academias

 

No Brasil, o Dia do Profissional de Educação Física é comemorado em 1º de setembro, em alusão à lei sancionada em 1998 que regulamentou a profissão e estabeleceu a exigência de formação superior e registro em conselho para o exercício da atividade. Mais do que marcar a conquista legal da categoria, a data se tornou uma oportunidade de reconhecer a relevância dos profissionais no cuidado com a saúde e na orientação segura da prática de exercícios.

O crescimento das academias no país reforça ainda mais esse papel. Segundo dados do Conselho Federal de Educação Física (Confef), o Brasil está entre os maiores mercados do setor fitness no mundo. Nesse cenário, a presença do profissional se torna essencial para lidar com diferentes perfis de alunos —de iniciantes que buscam qualidade de vida até atletas que precisam de treinos de alto rendimento.

O crescimento das academias no país reforça ainda mais esse papel. Segundo dados do Conselho Federal de Educação Física (Confef), o Brasil está entre os maiores mercados do setor fitness no mundo. Nesse cenário, a presença do profissional se torna essencial para lidar com diferentes perfis de alunos — de iniciantes que buscam qualidade de vida até atletas que precisam de treinos de alto rendimento.

Além da atuação nas academias, o educador físico também tem presença marcante em escolas, clubes, empresas e até em iniciativas de saúde pública, ajudando a combater o sedentarismo e prevenir doenças crônicas. Cada vez mais, o trabalho desses profissionais é visto como parte de uma estratégia de bem-estar coletivo, e não apenas como apoio para objetivos estéticos.

Outro ponto importante é a evolução constante das metodologias de treino. Se antes predominava a ideia de repetições fixas e cargas pré-estabelecidas, hoje os programas consideram fatores como individualidade biológica, biomecânica e até aspectos emocionais que influenciam a adesão do aluno. Esse cenário exige atualização contínua dos profissionais da área, que precisam estar em sintonia com a ciência do movimento humano.

Para o treinador da Smart Fit, Lucas Florêncio, a atuação do profissional de Educação Física no acompanhamento especializado faz diferença direta no desempenho. Sem orientação, é comum que iniciantes usem cargas inadequadas, ignorem o planejamento de treinos e executem movimentos de forma incorreta. O profissional também deve estar atento às necessidades e limitações individuais dos alunos.

“Com acompanhamento, o aluno consegue um plano estruturado, progressivo e ajustado à sua realidade. Na prática, isso ajuda a chegar aos resultados de forma mais rápida e sustentável, reduzindo frustrações e aumentando a motivação”, explica o profissional.

Florêncio lembra que a falta de supervisão pode levar a problemas de saúde. “É comum observar alunos que iniciam sem orientação, repetindo padrões incorretos por semanas, até que dores ou lesões apareçam. Um pequeno ajuste na postura, que o profissional identifica em segundos, pode evitar futuros tratamentos fisioterápicos”, alerta.

Para garantir que seus times estejam sempre atualizados, a Smart Fit investe em capacitação contínua. Além de treinamentos internos, a rede oferece bolsas de estudo para graduação, pós-graduação reconhecida pelo MEC e até MBA em gestão fitness. “Criamos um ecossistema de desenvolvimento profissional. Isso reforça o compromisso da rede em oferecer profissionais capacitados e em constante evolução”, ressalta.

Neste 1º de setembro, o treinador destaca a relevância da data. “O profissional de Educação Física é o elo entre a ciência do movimento humano e a rotina do aluno. Valorizar este especialista é valorizar a própria saúde e evolução”, diz.

Ele também deixa cinco recomendações práticas para quem treina musculação:

  •       Respeite a técnica: Priorize a execução correta antes de pensar em carga.
  •            Organize a rotina: Siga um plano progressivo, evitando improvisos diários.
  •            Cuide da mobilidade: Alongamentos e ativações reduzem o risco de lesão.
  •            Valorize descanso e recuperação: O músculo cresce fora da sala de treino.
  •            Peça feedback constante ao profissional de educação física: Pequenas correções fazem grande diferença a longo prazo. 

 

Grupo Smart Fit



Dengue e chikungunya já custaram mais de R$ 1,2 bilhão ao sistema de saúde brasileiro


 

Freepik/IA

Análise da Planisa, com base em estudo publicado na The Lancet, mostra estimativa do impacto financeiro das hospitalizações dessas doenças, entre 2015 e 2024

  

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti continuam pressionando o sistema de saúde brasileiro.

A pesquisa “Hospitalização, mortalidade e anos de vida perdidos entre casos de chikungunya e dengue no Brasil: um estudo de coorte nacional, 2015-2024”, publicada na revista científica The Lancet Regional Health, objetivou, segundo o próprio documento, oferecer “estimativas precisas dos fatores de risco para complicações” das doenças, “que podem orientar decisões clínicas e de saúde pública”. 

A análise envolveu 1.125.209 casos de chikungunya, dos quais 21.336 (1,9%) necessitaram de hospitalizações; e 13.741.408 ocorrências de dengue, sendo que 455.899 (3,3%) resultaram em internações. 

Com base na média de custo de internações nos hospitais brasileiros, a Planisa, consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares, estima que essas hospitalizações custaram, no período (2015-2024), R$1,2 bilhão, sendo R$ 1,15 bilhão referente à dengue e R$ 56,6 milhões à chikungunya. 

A Planisa também fez um levantamento compreendendo o período de julho de 2024 a junho de 2025, 1.699 internações em hospitais de 12 estados brasileiros e média de permanência de 2,8 dias, o qual mostra que a média do custo da internação, por dengue, é de R$ 2.531. Já com relação à chikungunya, a análise de 28 hospitalizações, em quatro estados e com média de permanência de 3,4 dias, evidencia um custo médio de internação de R$ 2.531. 

Para o diretor de Serviços da Planisa e especialista em custos hospitalares, Marcelo Carnielo, as internações representam apenas parte do cenário. “Quando analisamos os dados em profundidade, percebemos que o custo por paciente é apenas a ponta do iceberg. Os gastos com suporte médico, exames, leitos de UTI e equipes especializadas ampliam ainda mais o peso para os hospitais e operadoras de saúde”, salienta. 

Carnielo lembra que, além dos custos com as hospitalizações, existe, ainda, o impacto indireto. “Perda de produtividade, afastamentos do trabalho, sequelas e até mortes que comprometem a economia e o bem-estar da população”, fala. 

O especialista pontua que o custo da não prevenção é sempre maior. “Um plano robusto de controle do Aedes aegypti, com ações contínuas, e não apenas sazonais, é fundamental para reduzir o impacto clínico e econômico das arboviroses”. 

Até junho, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o Brasil 1,2 milhão de casos confirmados de dengue e 82.666 de chikungunya. 

 

Planisa

 

Cuidado com o cotovelo: pequenos traumas podem afetar os nervos

 Freepik
Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC) alerta sobre os riscos de bater a articulação

 

Nosso corpo é composto por uma complexa rede de nervos que levam os estímulos elétricos para a movimentação da musculatura. Entre eles, o nervo ulnar, localizado próximo à superfície da pele no cotovelo, é especialmente vulnerável a pequenos traumas do dia a dia. 

“O nervo ulnar, com frequência, é vítima de pequenos traumas durante atividades rotineiras, causando uma sensação de choque que irradia do cotovelo até a face medial da mão, atingindo o quarto e o quinto dedos”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Marcelo Campos. 

Embora muitas vezes esses impactos sejam leves e os sintomas passageiros, traumas mais intensos ou ferimentos profundos podem causar lesões mais graves, exigindo, em alguns casos, intervenção cirúrgica. “É fundamental ficar atento: alterações de sensibilidade na mão, dor ou diminuição de força podem indicar uma síndrome compressiva do nervo, e a avaliação médica precoce é essencial”, alerta o especialista. 

Além disso, o presidente da SBCOC ressalta que nem sempre é necessário um trauma para o surgimento do problema. “Formigamento ou dormência sem motivo aparente pode ser sinal de síndrome compressiva de nervos, que pode afetar o nervo ulnar, radial ou mediano, prejudicando a função da mão”. 

A prevenção é simples, mas eficaz: evitar impactos repetitivos, proteger a região do cotovelo e buscar atendimento médico imediato ao surgirem sintomas. “Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menores são as chances de precisar de cirurgia”, explica o ortopedista. 

O especialista alerta ainda para o risco de sequelas permanentes. “Toda vez que falamos de síndromes compressivas nervosas, é preciso lembrar que o atraso no tratamento pode levar a danos definitivos no membro afetado”, fala. “Cuidar do cotovelo é mais do que evitar dor momentânea: é proteger a função dos nervos, prevenindo complicações que podem afetar a rotina e a qualidade de vida”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo - SBCOC

 

Cuidados preventivos e vacinação ajudam no combate a complicações de doenças respiratórias em crianças no inverno

 

Cuidados simples e vacinação ajudam a prevenir complicações
 de doenças respiratórias em crianças no inverno

Infectologista pediátrico alerta para sinais de risco e reforça importância da imunização contra gripe, Covid e vírus sincicial respiratório 

 

Com a chegada do inverno no Rio Grande do Sul, as doenças respiratórias tornam-se uma preocupação recorrente, afetando especialmente o público infantil. Diante desse cenário, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a necessidade de os pais estarem atentos aos sinais de alerta e adotarem medidas preventivas para proteger as crianças contra infecções como gripes, resfriados e bronquiolites. O aumento das aglomerações em ambientes fechados durante a estação mais fria favorece a maior circulação de vírus e bactérias.

O infectologista pediátrico, Dr. Fabrizio Motta — médico associado à SPRS e supervisor médico do Controle de Infecção e Infectologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre — explica que resfriados, gripes e bronquiolites são as infecções mais comuns nesse período.

"As principais doenças respiratórias em crianças são as síndromes gripais, rinosinusites virais e resfriados comuns, que podem evoluir para infecções das vias aéreas inferiores, como a bronquiolite em lactentes, causando falta de ar e, muitas vezes, necessidade de hospitalização. Em crianças maiores, a falta de ar está geralmente associada a piora das doenças de base, como a asma. Os sinais de alerta para os pais incluem respiração ofegante, batimento das asas do nariz, tiragem (afundamento do tórax), febre persistente, prostração, sonolência e recusa de líquidos. Nesses casos, é fundamental buscar atendimento médico imediato”, destaca o especialista.

A prevenção, segundo o médico, envolve cuidados já conhecidos, mas nem sempre mantidos no dia a dia.

"É importante evitar aglomerações, não visitar pessoas doentes e manter os ambientes bem ventilados, com janelas abertas sempre que possível — medidas que aprendemos na pandemia, mas muitas vezes deixamos de lado. A vacinação também é essencial: a vacina da gripe protege contra o vírus influenza e, indiretamente, contra algumas complicações bacterianas; a vacina da Covid-19 continua sendo fundamental; e, atualmente, gestantes podem receber a vacina contra o vírus sincicial respiratório, que ajuda a proteger os bebês da bronquiolite e reduz o risco de hospitalização nos primeiros meses de vida”, afirma. 

Além disso, o especialista ressalta que hábitos simples no dia a dia das famílias podem fazer grande diferença na proteção das crianças. 

“Higienizar as mãos, especialmente nas escolas; evitar brinquedos de pano, priorizando os que podem ser higienizados ; e manter distância de pessoas doentes, inclusive familiares. Se a criança estiver doente, o ideal é não ter contato com amigos ou parentes. Vacinas em dia para toda a família contra gripe e Covid-19 ajudam a reduzir a circulação dos vírus. Além disso, é essencial garantir boa alimentação, hidratação e controle de doenças como asma e rinite durante o inverno, para evitar complicações”, completa o Dr. Fabrizio.

 

Rafael Sodré


Vozes do Advocacy e Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde de Fortaleza e Maracanaú

O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 45 bilhões de dólares em 2025, sendo o terceiro país no mundo no ranking dos gastos com a condição, segundo o Atlas 2025 da Federação Internacional do Diabetes. Dados da Pesquisa Vigitel, no conjunto das 27 cidades, a frequência do diagnóstico médico de diabetes foi de 10,2%, sendo maior entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%), entre mulheres, Fortaleza é a capital nacional do diagnóstico de diabetes (13,6%).

A Pesquisa Radar Nacional sobre Tratamento de Diabetes no Brasil, feito pelo Vozes do Advocacy no ano passado, a partir de uma amostragem de 1.843 pessoas, mostrou que 30% dos brasileiros com diabetes apresentam descontrole glicêmico, e 42% nem sequer recordam o último resultado ou não sabem do que se trata o exame. Os dados refletem em consequências para a saúde: 12% dos participantes relatam retinopatia diabética, que pode levar à cegueira; 32% têm neuropatia; 25%, doenças cardiovasculares; 10% relatam nefropatia e lesões nos pés, complicações graves, que poderiam ser prevenidas com acompanhamento regular e tratamento adequado.

Pensando em melhorar a adesão ao tratamento e assim prevenir as complicações do diabetes, o Vozes do Advocacy com a Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos, em parceria com as Secretarias de Saúde de Fortaleza e de Maracanaú, farão o projeto Educar para Salvar, que consiste em uma atualização dos conhecimentos sobre diabetes dos profissionais de saúde do SUS, nos dias 4 e 12 de setembro.

No dia 4, das 8h30 às 16h30, a capacitação será voltada para os agentes comunitários de saúde do Maracanaú e ocorrerá na Faculdade Mauricio de Nassau. No dia 12, das 8h às 12h, será direcionada para profissionais de saúde de Fortaleza, no Espaço Multiuso da Secretaria de Saúde de Fortaleza.

“Nós sabemos que o diabetes é uma condição que requer acesso aos insumos e aos medicamentos, tratamento multidisciplinar com profissionais devidamente capacitados e educação em diabetes para as pessoas, que convivem com a condição. Por isso, sabemos que por meio da educação, melhoraremos a adesão ao tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações, hospitalizações e internações”, explica Natasha Rocha de Alencar, Presidente da Associação Cearense de Diabéticos de Hipertensos.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio das empresas: Amgen, AstraZeneca, Bayer, Roche e GSK.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.


Sobre o Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas condições no país.


Wegovy® (semaglutida 2,4mg), da Novo Nordisk, reduz em 57% o risco de infarto, AVC ou morte em comparação com tirzepatida, em estudo de vida real em pacientes com obesidade e doença cardiovascular

  • Em comparação com a tirzepatida, Wegovy® demonstrou uma redução significativa de 57% no risco de eventos cardiovasculares graves (infarto, AVC ou morte por qualquer causa) em pessoas com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular (DCV) que mantiveram a adesão ao tratamento¹.
  • A análise de todos os pacientes tratados, independentemente de pausas no tratamento, também mostrou uma redução significativa de 29% no risco de eventos cardiovasculares para os usuários de Wegovy® em comparação com os usuários de tirzepatida¹.
  • O estudo STEER, com dados de vida real, reforça a crescente evidência que sugere que os benefícios cardiovasculares observados com Wegovy® são específicos da molécula semaglutida, não sendo extensíveis a outras terapias¹ baseadas em GLP-1 ou GIP/GLP-1.


Bagsværd, Dinamarca – A Novo Nordisk apresentou hoje, durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) 2025, em Madrid, dados do estudo de vida real STEER. A análise, baseada na experiência real de pacientes, investigou o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) com Wegovy® (semaglutida 2,4 mg) em comparação com tirzepatida, em pessoas com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular (DCV) estabelecida, sem diabetes¹. 

Os resultados mostram que, entre os pacientes que seguiram o tratamento continuamente, Wegovy® demonstrou uma redução de risco de 57% para infarto, AVC e morte (cardiovascular ou por qualquer causa) em comparação com a tirzepatida. Foram registrados apenas 15 eventos cardiovasculares (0,1%) no grupo de Wegovy®, contra 39 eventos (0,4%) no grupo de tirzepatida. 

Considerando todos os pacientes que iniciaram o tratamento, independentemente de interrupções, Wegovy® manteve uma redução de risco significativa, de 29% para os mesmos desfechos em comparação com a tirzepatida. 

“Nosso estudo histórico, SELECT, mostrou que Wegovy® está associado a uma redução significativa de 20% no risco de eventos cardiovasculares, resultado reforçado por reduções ainda maiores em estudos de vida real como SCORE e STEER. Os resultados são claros – o STEER demonstra que Wegovy® reduz o risco de infarto, AVC ou morte em 57% em comparação com a tirzepatida”, ressalta Ludovic Helfgott, vice-presidente executivo e líder de Estratégia de Produto & Portfólio da Novo Nordisk. “Esses dados confirmam que a semaglutida se destaca como o único medicamento baseado em GLP-1 disponível com benefícios cardiovasculares comprovados para pessoas que vivem com obesidade e doença cardiovascular, sem diabetes.” 

"Esses dados são um marco e reforçam o que os estudos clínicos já apontavam: o tratamento da obesidade com semaglutida vai muito além da perda de peso. Comprovar essa superioridade na redução de eventos cardiovasculares graves em um cenário de vida real, com pacientes que encontramos em nossos consultórios, nos dá uma confiança ainda maior. O estudo STEER não apenas demonstra um benefício clínico robusto, mas também reforça que a proteção cardiovascular é uma característica intrínseca da molécula de semaglutida. Isso redefine o tratamento da obesidade como uma estratégia fundamental para salvar vidas e prevenir as complicações mais temidas associadas à doença”, afirma Marília Fonseca, endocrinologista e diretora da área médica da Novo Nordisk no Brasil.
 

Sobre obesidade e doença cardiovascular

Todos os anos, quase 21 milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças cardiovasculares (DCV), principal causa de incapacidade e morte no mundo². A obesidade está diretamente associada a complicações (morbidade), mortalidade e hospitalizações por doenças cardiovasculares3,4. Apesar de a mortalidade por DCV ter diminuído nas últimas duas décadas, as mortes cardiovasculares associadas à obesidade aumentaram significativamente. Atualmente, duas em cada três mortes relacionadas à obesidade estão ligadas a doenças cardiovasculares5,6. 

No Brasil, o cenário é alarmante. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, quase um terço da população adulta convive com a doença7, que é um fator de risco direto para as enfermidades que mais matam no país.
 

Sobre o estudo de vida real STEER

Estudos de vida real, que reúnem evidências a partir da experiência real de pacientes, complementam os ensaios clínicos randomizados, considerados o padrão-ouro para avaliar a segurança e eficácia de um tratamento8. O STEER foi um estudo retrospectivo e observacional de vida real que avaliou a eficácia de Wegovy® (semaglutida 2,4 mg) em comparação com tirzepatida na prevenção de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) em adultos dos EUA com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular (DCV) estabelecida, sem histórico de diabetes. O desfecho primário avaliou o MACE revisado de 5 pontos (infarto, AVC, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização coronária e morte por qualquer causa) e o MACE revisado de 3 pontos (infarto, AVC e morte por qualquer causa). Também foram analisados os desfechos MACE não revisados (3 e 5 pontos), que incluíam morte cardiovascular em vez de morte por qualquer causa¹. 

O estudo incluiu participantes do banco de dados norte-americano Komodo Research (de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2025), com 45 anos ou mais, que iniciaram tratamento com Wegovy® ou tirzepatida a partir de 13 de maio de 2022. Cada grupo contou com 10.625 participantes. Para assegurar a comparação direta entre os grupos, os pesquisadores utilizaram a metodologia de propensity score matching para equilibrar as características dos usuários de Wegovy® e de tirzepatida, garantindo que os grupos fossem semelhantes no início do estudo¹. 

A análise principal incluiu todos os participantes que iniciaram tratamento, independentemente de eventuais interrupções na terapia, enquanto uma análise de sensibilidade avaliou apenas os desfechos em pessoas que não tiveram interrupções superiores a 30 dias consecutivos¹.
 

Sobre o estudo SELECT e o estudo de vida real SCORE

SELECT foi um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e de grupos paralelos, desenhado para avaliar a eficácia de Wegovy® (semaglutida 2,4 mg) em comparação com placebo, como adjuvante ao tratamento padrão, na prevenção de MACE em pessoas com sobrepeso ou obesidade e DCV estabelecida, sem histórico prévio de diabetes. Os participantes tinham idade ≥45 anos e índice de massa corporal (IMC) ≥27 kg/m2.9. 

O objetivo primário do SELECT foi demonstrar a superioridade de Wegovy® em relação ao placebo na redução da incidência de MACE de 3 pontos, composto por morte cardiovascular, infarto não fatal (infarto do miocárdio) ou AVC não fatal9. 

SCORE foi um estudo de vida real conduzido nos EUA que analisou os desfechos de MACE entre usuários e não usuários de Wegovy® (semaglutida 2,4 mg) em prática clínica, que atendiam a critérios de inclusão semelhantes aos do SELECT e tinham idade ≥45 anos, com sobrepeso ou obesidade e DCV estabelecida sem diabetes10.
 

Sobre Wegovy®

A semaglutida 2,4 mg é um agonista do receptor de GLP-1 de administração subcutânea semanal, comercializado sob o nome de Wegovy®. No Brasil11, Wegovy® é indicado como complemento a uma dieta com redução calórica e aumento da atividade física para controle de peso em adultos com IMC ≥30 kg/m² (obesidade) ou em adultos com IMC ≥27 kg/m² (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao excesso de peso. Wegovy® também é indicado para pacientes pediátricos a partir de 12 anos de idade com IMC inicial no percentil 95 ou superior para a idade e gênero (obesidade) e peso corporal acima de 60 kg. O medicamento foi aprovado pela Anvisa em janeiro de 2023. 

Na União Europeia, Wegovy® é indicado como adjuvante a uma dieta hipocalórica e aumento da atividade física para o manejo de peso em adultos com IMC ≥30 kg/m² (obesidade) ou adultos com IMC ≥27 kg/m² (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso. Também é indicado para pacientes pediátricos a partir de 12 anos de idade, com IMC inicial no percentil 95 ou superior para idade e sexo (obesidade) e peso corporal acima de 60 kg. A bula europeia também inclui dados sobre redução do risco de MACE, melhora nos sintomas e na função física de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp), além de redução da dor associada à osteoartrite de joelho12. 

Nos Estados Unidos, Wegovy® é indicado, em combinação com dieta hipocalórica e aumento da atividade física, para reduzir o risco de MACE em adultos com DCV estabelecida e obesidade ou sobrepeso, bem como para reduzir o excesso de peso corporal e manter a perda de peso a longo prazo em pacientes pediátricos a partir de 12 anos com obesidade e em adultos com obesidade ou sobrepeso na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso13. Também é indicado para o tratamento de esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH) 14.



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Referências

  1. Wilson L, Zhao Z, Divino V, et al. Semaglutide is associated with lower risk of cardiovascular events compared with tirzepatide in patients with overweight or obesity and ASCVD and without diabetes in routine clinical practice. Oral presentation at the European Society of Cardiology Congress 2025; 29 August–01 September 2025; IFEMA Madrid, Madrid, Spain.
  2. World Heart Federation. World Heart Report 2023: Confronting the World’s Number One Killer. Available at: Link. Last accessed: July 2025.
  3. Haidar A and Horwich T. Obesity, Cardiorespiratory Fitness, and Cardiovascular Disease. Curr Cardiol Rep. 2023;25:1565–1571.
  4. Zizza C, Herring AH, Stevens J, et al. Length of Hospital Stays Among Obese Individuals. Am J Public Health. 2004;94:1587–1591.
  5. Raisi-Estabragh Z, Kobo O, Mieres JH, et al. Racial Disparities in Obesity-Related Cardiovascular Mortality in the United States: Temporal Trends From 1999 to 2020. J Am Heart Assoc. 2023;12: e028409.
  6. Collaborators GBDO, Afshin A, Forouzanfar MH, et al. Health Effects of Overweight and Obesity in 195 Countries over 25 Years. N Engl J Med. 2017;377:13–27.
  7. World Obesity Atlas 2025, World Obesity Federation.
  8. Blonde L, Khunti K, Harris SB, et al. Interpretation and Impact of Real-World Clinical Data for the Practicing Clinician. Adv Ther. 2018;35:1763–1774.
  9. Lincoff AM, Brown-Frandsen K, Colhoun HM, et al. Semaglutide and Cardiovascular Outcomes in Obesity without Diabetes. N Engl J Med. 2023;389:2221–2232.
  10. Zhao Z, Song J, Faurby M, et al. Lower Risk of MACE and All-Cause Death in Patients Initiated on Semaglutide 2.4 mg in Routine Clinical Care: Results from the SCORE Study (Semaglutide Effects on Cardiovascular Outcomes in People with Overweight or Obesity in the Real World). Moderated poster presentation at the American College of Cardiology Scientific Session & Expo 2025; 29–31 March 2025; McCormick Place Convention Center, Chicago, US. Presentation 947-13.
  11. Wegovy® Prescribing information. Available at: Link Last accessed: August 2025.
  12. Wegovy® Summary of Product Characteristics. Available at: Link. Last accessed: August 2025.
  13. Wegovy® Prescribing information. Available at: Link. Last accessed: August 2025.
  14. FDA Approves Treatment for Serious Liver Disease Known as ‘MASH’ | FDA
     

 

Queimadas: como afetam nossa saúde e três dicas para minimizar efeitos

 

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Apesar da beleza das cores intensas no céu, o fenômeno pode indicar altos níveis de poluição e riscos à saúde

 

 Nesta época do ano, olhar para o horizonte e ver o pôr do sol em tons alaranjados e avermelhados é bastante comum. O espetáculo da natureza, porém, muitas vezes, é sinal de um problema sério: a poluição causada pela fumaça das queimadas. As partículas de fuligem e cinzas retratam a luz solar, criando o efeito visual no céu, mas também revelando a má qualidade do ar que respiramos. 

Em um período marcado pela estiagem e pelas altas temperaturas, os focos de incêndio aumentam de forma preocupante em Campinas e região. O resultado é a liberação de grandes quantidades de poluentes, como monóxido e dióxido de carbono, além de substâncias tóxicas que se acumulam na atmosfera e afetam diretamente a saúde da população. 

Segundo o pneumologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), João Carlos de Jesus, a inalação dessas partículas pode trazer sérias consequências. “Uma parte é filtrada pelo nariz e pela garganta, mas a outra alcança os pulmões, acumulando-se nos brônquios e tecidos pulmonares. Isso favorece o desenvolvimento de doenças como bronquite e enfisema, além de aumentar o risco de câncer de pulmão. A inflamação também pode comprometer o sistema cardiovascular, elevando a pressão arterial e ampliando as chances de infarto e AVC”, explica o especialista. 

O médico destaca ainda que crianças e idosos estão entre os mais vulneráveis. “Nos pequenos, a baixa umidade e a fragilidade das vias respiratórias facilitam infecções. Já nos mais velhos, a desidratação agrava o ressecamento das mucosas, reduzindo a proteção natural contra agentes nocivos”, completa. 

Para reduzir os impactos da poluição, o pneumologista recomenda três medidas simples e eficazes: “Mantenha a hidratação adequada; evite atividades físicas em locais de grande circulação de veículos, priorizando parques e áreas verdes; e utilize umidificadores de ar para melhorar a qualidade do ambiente interno”, conclui. 

 

Vera Cruz Hospital


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