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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Investimento em ferrovia deve retirar mais de 5 mil carretas por dia da Rodovia Fernão Dias

A construção do Ramal Ferroviário Serra Azul, um trecho ferroviário curto (shortline) que conectará a Região Metropolitana de Belo Horizonte à MRS Logística S.A no Rio de Janeiro, é um avanço para o escoamento mineral no Brasil.

Liderado pela Cedro Participações, holding brasileira com atuação diversificada em mineração, agronegócio, logística, entre outros setores, o projeto visa, além de ampliar a capacidade logística nacional, contribuir para a descarbonização do transporte de cargas e retirar mais de 5 mil carretas diariamente da movimentada Rodovia Fernão Dias.

Com investimento estimado em R$ 1,5 bilhão, as obras do Ramal Ferroviário Serra Azul têm início previsto para 2027, com operação planejada para 2030. A nova ferrovia deve aliviar o tráfego da Rodovia Fernão Dias, uma das mais movimentadas do país, que recebe cerca de 250 mil veículos por dia, conforme dados da Arteris, concessionária da via.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou mais de 7 mil acidentes no trecho nos últimos três anos, incluindo 440 com vítimas fatais, evidenciando a necessidade de alternativas para o transporte rodoviário.

Além da redução do fluxo de carretas, o projeto traz benefícios para a infraestrutura viária, ao diminuir o desgaste do pavimento e melhorar a fluidez do trânsito. Do ponto de vista ambiental, a iniciativa contribui para a redução das emissões de CO₂, ruído e acidentes.

Segundo estimativas do Sistema de Estimativas Emissões de Gases (SEEG), o modal ferroviário pode emitir até 88% menos gases de efeito estufa por tonelada transportada em comparação ao modal rodoviário. Esse dado reforça a importância do Ramal Ferroviário Serra Azul na correção do principal gargalo logístico brasileiro: a forte dependência das rodovias, que ainda respondem por cerca de 65% do transporte de cargas no país, conforme a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Com 26,5 quilômetros de extensão, a shortline estará integrada à rede da MRS Logística S.A, uma das principais ferrovias em operação no Sudeste. Isso permitirá encurtar o percurso do escoamento da produção de minério de ferro, aumentando a competitividade do minério brasileiro no mercado internacional, graças à redução dos custos logísticos e maior eficiência nos embarques.

Lucas Kallas, fundador e presidente do Conselho da Cedro Participações, destaca que o Ramal Ferroviário Serra Azul representa “uma mudança de paradigma para toda a cadeia logística que conecta Minas Gerais ao litoral fluminense”. Segundo ele, “a retirada de milhares de carretas por dia da Rodovia Fernão Dias será um marco para a mobilidade, para o meio ambiente e para a logística nacional”. 



jornalismo@logweb.com.br
https://logweb.com.br/investimento-ferrovia-escoamento-mineral-rodovia-fernao-dias/


Planos de Saúde, Judicialização e o Castigo de Sísifo

Conforme dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o número de novas ações judiciais contra os planos de saúde, de janeiro a maio de 2025, chegou a 126,1 mil casos ­­— o que representa um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por sua vez, divulgou dados recentes demonstrando que 62,4% das despesas judiciais suportadas pelos planos de saúde decorrem do não cumprimento de procedimentos já previstos em contrato. Isso evidencia o descumprimento sistemático das obrigações assumidas. 

Por outro lado, a ANS também destacou que os planos de saúde dobraram o lucro no primeiro trimestre de 2025, atingindo R$ 7,1 bilhões — alta de 114% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Tal fato revela a força dos players do setor e a robustez incontestável de seus resultados operacionais. 

Vivemos um momento preocupante, marcado pelo descumprimento reiterado de decisões judiciais por parte dos planos de saúde, que preferem assumir o risco de penalizações — por vezes irrisórias — e, o que é pior, tratam eventuais multas como meras despesas operacionais. Em grande parte dos casos, as sanções aplicadas são menores que o custo de cumprimento das obrigações contratuais. 

Nesse cenário de incertezas, há um posicionamento do Poder Judiciário que deve ser visto com bons olhos: as cortes têm decidido que beneficiários de planos de saúde não precisam reembolsar as operadoras por tratamentos garantidos por decisões liminares, mesmo que estas sejam posteriormente revogadas. 

Em decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (ARE 1319935), o Acórdão destaca que a natureza essencial e imprescindível do tratamento, comprovada por laudo médico, assegura o direito à vida. Além disso, o recebimento, de boa-fé, dos produtos e serviços de saúde, afasta a obrigação de restituir os respectivos valores. 

A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, no REsp 2162984, também decidiu que o plano de saúde não tem direito ao ressarcimento, uma vez que deve prevalecer a boa-fé e a confiança legítima do beneficiário na cobertura dos medicamentos prescritos para o tratamento. 

A título ilustrativo, pode-se considerar que estas decisões seguem a mesma lógica do princípio da irrepetibilidade dos alimentos, no direito de família: os valores pagos como pensão alimentícia não podem ser devolvidos ao pagador, mesmo que haja revisão ou extinção da obrigação alimentar. Tal regra evita que o alimentado seja prejudicado por mudanças supervenientes em decisões judiciais. 

Albert Camus, na célebre obra “O Mito de Sísifo”, compara o castigo imposto ao personagem mitológico — carregar eternamente uma pedra até o topo da colina, apenas para vê-la rolar de volta — à condição humana na vida moderna. Trata-se de uma representação da luta diária diante das responsabilidades repetitivas, das metas inalcançáveis e do sentimento de vazio existencial. 

De modo semelhante, muitos consumidores se sentem condenados a um suplício quando precisam recorrer à Justiça para garantir tratamentos de saúde e, mesmo após uma decisão favorável, vivem sob uma ameaça constante de revogação. 

Infelizmente, essas decisões favoráveis ao consumidor ainda não possuem efeito vinculante, o que significa que os tribunais não estão obrigados a segui-las. Na prática, portanto, o risco de o consumidor ser surpreendido por uma cobrança permanece latente. O que se espera é que o Judiciário avance para consolidar um entendimento definitivo — que não apenas garanta segurança jurídica, mas também impeça que os mais vulneráveis continuem carregando a pedra de Sísifo.

 


Fonte: Stéfano Ribeiro Ferri - fundador do Stéfano Ferri Advocacia, especialista em direito do consumidor e saúde, assessor da 6ª Turma do Tribunal de Ética da OAB/SP e membro da Comissão de Direito Civil da OAB – Campinas

 

Libras: 5 razões para aprender a linguagem de sinais


A Linguagem Brasileira de Sinais é uma forma prática de promover inclusão social e acessibilidade

 

O último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil possui mais 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. A barreira na conversação impede a autonomia dos surdos para realizar as mais banais atividades do dia a dia, como ser atendido em um estabelecimento comercial ou pedir uma informação. Para grande parte dessa comunidade, a forma mais eficaz de se expressar e interagir é a Linguagem Brasileira de Sinais. 

Ressaltando a relevância social de difundir o aprendizado de Libras, a professora Isabela Jordão, surda oralizada especialista em ensino de Libras e inglês, responsável pelo curso gratuito de Libras da Kultivi, uma das principais plataformas de ensino online do país, preparou uma lista com 5 razões para estudar a linguagem. Confira:

 

1. Comunicar-se com mais pessoas: a troca de informações entre os indivíduos é a base dos relacionamentos sociais e proporcionar uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes faz com que todos tenham oportunidades menos desiguais de desenvolvimento e acesso a informação. “Aprender Libras torna o indivíduo apto para se comunicar de uma maneira mais inclusiva, acessível e em qualquer lugar, já que uma grande parcela da população surda tem dificuldades em se comunicar e dependem da Libras para se expressar. Além de acabar com o audismo, ou seja, possibilitar que pessoas que tenham menor ou nenhuma capacidade auditiva sejam compreendidas sem a necessidade da fala”, comenta Isabela Jordão.

 

2. Novas oportunidades de emprego: a graduação em Letras-Libras permite a atuação como TILS – tradutor intérprete ou professor de Libras. É um trabalho bastante requisitado e que exige estudo e dedicação como qualquer outro idioma, já que há variações regionais, gírias e sinais novos. “Uma das atuações do intérprete de Libras é em instituições de educação, pois esses locais têm a obrigatoriedade, prevista em lei, de ser um espaço de inclusão e acessibilidade”, afirma a professora.

 

3. Destaque profissional: nos últimos anos, o mercado de trabalho tem dado cada vez mais prioridade a profissionais que tenham algo a acrescentar ao ambiente corporativo, ou seja, profissionais que possuam habilidades interpessoais, além da formação acadêmica e conhecimentos técnicos. “O conhecimento em Libras pode dar destaque ao currículo profissional, pois além de ampliar os conhecimentos culturais, garante uma comunicação eficiente com colegas surdos. Isso ganha ainda mais destaque nas áreas de atendimento, recursos humanos, educação, saúde, assistência social e jurídica”, explica a especialista.

 

4. Diferencial competitivo: qualquer empreendedor, prestador de serviços ou comerciante que possua a habilidade de se comunicar de forma assertiva com o público surdo será prioridade para essa parcela da população. “Saber Libras é também saber se comunicar com pessoas surdas no dia a dia, tornando os ambientes comuns mais inclusivos. Se você possui uma loja ou restaurante, por exemplo, e você se comunica com surdos enquanto seus concorrentes não, você será a única opção acessível para esse público”, argumenta Isabela Jordão.

 

5. Ampliar as formas de comunicação no dia a dia: além de todas as razões pessoais, profissionais e de inclusão social, aprender Libras possibilita habilidades bem interessantes e até engraçadas na rotina. Por exemplo, é possível conversar em Libras no cinema ou qualquer outro local que exija silêncio. “É possível se comunicar sem gritar, caso esteja em algum lugar com muito barulho. Além de poder sinalizar embaixo da água e sinalizar se sua boca estiver ocupada”, completa a professora.

 

Como aprender Libras gratuitamente 

A Kultivi (www.kultivi.com.br), uma das principais plataformas de ensino online do país, oferece um curso de Libras completamente online e sem custo. Voltado a surdos e ouvintes, o curso conta com um conteúdo exclusivo desenvolvido em parceria com especialistas na linguagem.

Ministrado pela professora Isabela Jordão, surda oralizada e especialista em ensino de Libras e inglês, o curso conta com 60 aulas disponíveis em vídeo que abordam todas as particularidades da linguagem nacional de sinais, incluindo, definição, alfabeto, vocabulário específico para cada situação, sinais gramaticais e verbos, expressões faciais e diferenças de região para região além de nomenclaturas adequadas para se referir a comunidade surda e dicas de convivência com pessoas surdas. O conteúdo também inclui certificado de conclusão e material de acompanhamento no formato de e-book.


Samsung Ocean abre agenda de agosto com aulas gratuitas de Programação, IA, Criação de Jogos, Sistema Android e mais

 Com certificado de participação, programa de capacitação tecnológica da Samsung oferece atividades nos formatos remoto e presencial para alavancar o ensino tecnológico de qualidade no Brasil


O Samsung Ocean, programa de capacitação tecnológica da Samsung, está com as inscrições abertas para a agenda mensal de atividades gratuitas em agosto. Composta por um cronograma de aulas e cursos realizados nos formatos remoto e presencial em Manaus, a iniciativa visa contribuir com a capacitação tecnológica da qualidade para pessoas de todo o Brasil. O Samsung Ocean emite certificados de participação aos alunos que concluem as atividades nas quais se inscreveram, e oferece em agosto aulas introdutórias de Inteligência Artificial e Programação, Criação de Jogos, Sistema Android e Fabricação Digital. Saiba mais abaixo.

 

Destaques da agenda do Samsung Ocean em agosto 

O cronograma de atividades remotas do Samsung Ocean começa com a Trilha de Metaverso, que oferece aulas sobre a Criação de Jogos 3D com Unity nos dias 4, 5 e 6. Já no dia 7, a Trilha de Digital Health oferece uma aula introdutória sobre Inteligência Artificial aplicada à Saúde Digital. Ainda sobre Inteligência Artificial, no dia 8 de agosto acontece um Laboratório de Engenharia de Prompt, e uma aula de Visualização de Dados em R. E os interessados em Blockchain podem participar da aula marcada para o dia 11, sobre Ferramentas de Suporte à Programação para Blockchain. 

O Samsung Ocean abre a agenda de atividades presenciais com aulas de Programação para Iniciantes, abordando a programação do zero com Scratch nos dias 4, 5 e 6. Já os interessados em aprender sobre Android, podem se inscrever nas aulas introdutórias dos dias 5 e 7. Também no dia 7 acontece um Laboratório de Prototipação com Arduíno, da Trilha de Internet das Coisas, enquanto a Trilha de Empreendedorismo realiza a Startup Game Experience. E nos dias 11, 13 e 15 acontecem três aulas de Eletrônica/Microcontroladores para Fabricação Digital. 

A programação do Samsung Ocean traz em agosto uma agenda recheada de atividades, com conteúdos diversos sobre tecnologia e inovação. É uma iniciativa que oferece conhecimento tecnológico gratuito e de qualidade para os interessados em se desenvolver em áreas como Inteligência Artificial, Metaverso, Sistema Android, Programação, Fabricação Digital, Digital Health e muito mais”, afirma Eduardo Conejo, diretor de Inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung.

 

Confira a grade mensal completa do Samsung Ocean:

 

04/08

- Metaverso: Criação de Jogos 3D com Unity (Parte 1)

- Programação para iniciantes: aprendendo a programar do zero com Scratch (Parte 1)*

 

05/08

- Metaverso: Criação de Jogos 3D com Unity (Parte 2)

- Android: Introdução (Parte 1)*

- Programação para iniciantes: aprendendo a programar do zero com Scratch (Parte 2)*

 

06/08

- Metaverso: Criação de Jogos 3D com Unity (Parte 3)

- Programação para iniciantes: aprendendo a programar do zero com Scratch (Parte 3)*

 

07/08

- Digital Health: Introdução à IA para Digital Health

- Internet das Coisas: Laboratório de prototipação com Arduino – Básico*

- Empreendedorismo: Startup Game Experience*

- Android: Introdução (Parte 2)*

- Metaverso: Criação de Jogos 3D com Unity (Parte 4)

 

08/08

- Inteligência Artificial: Laboratório de Engenharia de Prompt

- Inteligência Artificial: Visualização de Dados em R

 

11/08

- Blockchain: Ferramentas de Suporte à Programação para Blockchain

- Inteligência Artificial: Modelos de Regressão do Zero em R (Parte 1)

- Fabricação Digital: Eletrônica/Microcontroladores para Fabricação Digital (Parte 1)*

- Fabricação Digital: Processos de Fabricação e Introdução ao software de modelagem 3D (Parte 1)*

 

12/08

- Inteligência Artificial: Fundamentos de Deep Learning – Conceitos e Implementações em Python (Parte 1)

- Inteligência Artificial: Modelos de Regressão do Zero em R (Parte 2)

- Android: Push Notification com Firebase*

 

13/08

- Desenvolvimento Ágil: Introdução à Modelagem de Sistemas – Modelando Caso de Uso

- Inteligência Artificial: Modelos de Regressão do Zero em R (Parte 3)

- Empreendedorismo: Introdução ao Lean Startup e Design Thinking*

- Inteligência Artificial: Análise e Visualização de Dados com Python (Parte 1)*

- Fabricação Digital: Eletrônica/Microcontroladores para Fabricação Digital (Parte 2)*

- Fabricação Digital: Processos de Fabricação e Introdução ao software de modelagem 3D (Parte 2)*

 

14/08

- Internet das Coisas: Laboratório de prototipação com Arduino – Sensores

- Inteligência Artificial: Fundamentos de Deep Learning – Conceitos e Implementações em Python (Parte 2)

- Android: Jetpack e Arquitetura*

- Blockchain: Desenvolvimento de dApps e Contratos inteligentes para Blockchain Ethereum*

- Empreendedorismo: Formação de times minimamente viáveis (TMV) em Tecnologia*

- Empreendedorismo: Lean Canvas - Estruturando Modelos de Negócios Inovadores*

 

15/08

- Desenvolvimento Ágil: Introdução à Modelagem de Sistemas – Modelando Diagramas de Classes

- Inteligência Artificial: Ciência de Dados – Laboratório com Pandas e Python

- Wearables: Watch Face Studio – Construção de Watch Faces com Wear OS 5*

- Inteligência Artificial: Análise e Visualização de Dados com Python (Parte 2)*

- Fabricação Digital: Eletrônica/Microcontroladores para Fabricação Digital (Parte 3)*

- Fabricação Digital: Processos de Fabricação e Introdução ao software de modelagem 3D (Parte 3)*

 

19/08

- Innovation Week 2025*

 

20/08

- Innovation Week 2025*

 

21/08

- Innovation Week 2025*

 

25/08

- Inteligência Artificial: Ciência de Dados – Processamento de linguagem natural e mineração de opinião em Python

- Blockchain: Desenvolvimento de uma Rede Blockchain e Criação de uma Criptomoeda*

- Inteligência Artificial: Python para Inteligência Artificial (Parte 1)*

- Metaverso: Laboratório de Realidade Misturada – XR (Parte 1)*

 

26/08

- UX: Prototipação no-code de soluções digitais (Parte 1)

- Internet das Coisas: Laboratório de IoT com Redes LoraWAN*

- Fabricação Digital: Manufatura Aditiva – Impressão e Escaneamento 3D (Parte 1)*

- Metaverso: Laboratório de Realidade Misturada – XR (Parte 2)*

 

27/08

- Digital Health: A Influência do Blockchain na Digital Health*

- Inteligência Artificial: Python para Inteligência Artificial (Parte 2)*

- Metaverso: Laboratório de Realidade Misturada – XR (Parte 3)*

 

28/08

- UX: Prototipação no-code de soluções digitais (Parte 2)

- Desenvolvimento Ágil: Introdução*

- Android: Novas tendências e boas práticas*

- Internet das Coisas: Projetos e Programação com Arduino*

- Programação: Consultando bases SQL com Python (Parte 1)*

- Fabricação Digital: Manufatura Aditiva – Impressão e Escaneamento 3D (Parte 2)*

 

29/08

- Blockchain: Blockchain Não é Apenas Criptomoeda

- Wearables: Android Studio – Sensores para smartwatches com Wear OS 5*

- Programação: Consultando bases SQL com Python (Parte 2)*

- Inteligência Artificial: Python para Inteligência Artificial (Parte 3)*

- Fabricação Digital: Manufatura Aditiva – Impressão e Escaneamento 3D (Parte 3)*

 

* Atividades realizadas presencialmente no campus de Manaus.

 


Samsung Newsroom
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Comportamentos digitais da Geração Z viram porta de entrada para cibercriminosos

 Da ansiedade por ofertas relâmpago à busca por looks nostálgicos, jovens são alvo fácil para golpes digitais. Kaspersky detalha os comportamentos perigosos dos nativos digitais e dá dicas para se protegerem

 

A Geração Z cresceu conectada, moldando tendências digitais e interagindo naturalmente com redes sociais, compras online e novas tecnologias. Porém, seus hábitos online estão sendo utilizados como iscas por cibercriminosos para aplicar golpes digitais e para disseminação de malware. Entre os hábitos mais explorados estão: “o medo de perder algo” (FOMO, do inglês "fear of missing out"), o consumo nostálgico de cultura dos anos 2000 e o uso intenso de aplicativos de saúde mental. Para ajudar os jovens e chamar atenção sobre esses riscos e incentivar uma navegação mais segura, a Kaspersky lança o jogo interativo “Case 404” e reúne dicas práticas para ajudar os jovens a navegarem com mais segurança. Confira abaixo.

 

Compartilhamento excessivo e aumento da pegada digital

Para a Geração Z, compartilhar momentos da vida online se tornou parte do seu dia a dia. As plataformas de redes sociais estão repletas de selfies com marcação geográfica, atualizações diárias e dados pessoais. No entanto, este compartilhamento constante cria uma pegada digital que pode ser usada pelos cibercriminosos para explorar o roubo de identidade ou ataques de engenharia social.

Pesquisa da Kaspersky mostra que 58% dos brasileiros estão preocupados em terem seus dados pessoais vazados e, mesmo assim, ocorre um compartilhamento excessivo de informações no ambiente digital. Isso pode revelar inadvertidamente muitos detalhes sensíveis, como por exemplo as casas dos usuários no fundo das fotografias ou as suas rotinas, tornando hábitos previsíveis. Mesmo conteúdos aparentemente inofensivos, como uma fotografia de um amigo ou do animal de estimação, podem fornecer pistas para perguntas de recuperação de senhas.


1. Fear of Missing Out (FOMO)

O FOMO refere-se à ansiedade ou desconforto que uma pessoa sente diante da possibilidade de não fazer parte de uma tendência seguida por outros usuários nas redes sociais. O FOMO é um poderoso motor para a Geração Z, alimentado pelas atualizações das redes sociais sobre o lançamento de novos produtos, shows e eventos.

Ver os colegas participarem de eventos, adquirirem novos produtos ou atingirem metas pode levar à sentimentos de exclusão. Quer se trate do lançamento de um novo iPhone, da turnê "The Eras Tour" da Taylor Swift ou de um grande evento esportivo, o FOMO pode levar os usuários a clicarem em links não verificados que prometem acesso antecipado a algum evento ou ofertas exclusivas.
 



Exemplo de uma página de phishing com oferta falsa do novo iPhone 16 Pro Max
 

Os cibercriminosos exploram esta urgência através de esquemas de phishing e clickbait, conduzindo os usuários a sites maliciosos que roubam as credenciais de login e distribuem malware. Ingressos falsos para eventos, esquemas de pré-venda de produtos e informações privilegiadas “divulgadas” são apenas algumas das táticas utilizadas para manipular os usuários através deste medo.


2. Nostalgia da moda Y2K e da cultura do início dos anos 2000

Para a Geração Z, que nasceu por volta ou depois dessa época, a moda Y2K representa uma mistura de nostalgia de um tempo mais simples, pré-digital, e um desejo de reinventar esses estilos com um toque moderno. O fascínio da Geração Z pela cultura do início dos anos 2000, desde a estética Y2K aos jogos de infância, reavivou o interesse por títulos retro como o The Sims 2, Barbie Fashion Designer e Bratz Rock Angelz.

Embora estes jogos evoquem nostalgia, a procura de downloads não oficiais conduz frequentemente os usuários a sites que propagam malware. Os cibercriminosos visam este nicho de interesse, incorporando software malicioso em arquivos de jogos falsificados. O que parece ser uma “viagem ao passado” pode resultar em dispositivos comprometidos ou dados roubados.
 

3. Lojas de Fast Fashion

A Geração Z adora roupas expressivas. Quer se destacar, em vez de se enquadrar, tendo assim um estilo em constante mudança - o que estava na moda há um mês pode já não estar mais nas tendências.

Os seus hábitos de perseguição de tendências são apoiados por varejistas de Fast Fashion que oferecem formas acessíveis de mudar. Por exemplo, a grande gigante chinesa da Fast Fashion, a Shein, é adorada pela Geração Z e acrescenta 6 mil novos produtos ao seu site/app por dia.



Esquema de phishing utilizando uma marca de fast shop como isca
 

Para a Geração Z, as lojas de Fast Fashion são mais do que apenas uma preferência de compra, são um estilo de vida. Marcas como a Shein, a ASOS e a Fashion Nova oferecem preços acessíveis e gratificação instantânea, o que as torna essenciais para esta geração. No entanto, o fascínio por estas marcas tem um lado ruim. Sites de compras falsos, códigos promocionais falsos e anúncios de phishing capitalizam a sua popularidade, utilizando imitações convincentes para levar os usuários a inserirem seus dados sensíveis. Quanto maior for o envolvimento nas compras online, maior é o risco de encontrar sites falsos e esquemas de phishing criados para roubar informações pessoais e financeiras.


4. iDisorder

A geração Z enfrenta um fenômeno chamado iDisorder, uma condição em que a capacidade do cérebro para processar informação se altera devido à exposição excessiva à tecnologia. Esta obsessão pela tecnologia pode resultar em perturbações psicológicas, físicas e sociais, incluindo depressão e ansiedade. Este fato é comprovado pela investigação pública: um em cada três jovens, entre 18 e 24 anos, apresenta atualmente sintomas que indicam que já teve problemas de saúde mental deste tipo.
 

É por esta razão que as pessoas recorrem cada vez mais a ferramentas digitais, como plataformas de teleterapia e rastreadores de saúde mental, para aliviar o estresse. No entanto, estas plataformas armazenam informações pessoais altamente sensíveis, incluindo estados emocionais, notas de terapia e rotinas dos usuários. Se forem violadas, estes dados podem ser explorados para chantagem ou phishing.
 

“As tendências podem evoluir rapidamente, mas as ciberameaças permanecem constantes. Quer seja aproveitando a paixão da Geração Z pelas compras online, explorando a urgência criada pelo FOMO ou visando a crescente utilização de aplicativos de saúde mental, os cibercriminosos são rápidos para transformar comportamentos populares em oportunidades de phishing, golpes e violações de dados”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.


Ele dá algumas dicas para os jovens se protegeram: “Comece assumindo o controle: verifique os links e os sites antes de inserir qualquer dado, utilize senhas fortes e únicas e ative a autenticação de dois fatores para uma camada extra de segurança. Tenha atenção para o que compartilha online e, mais importante, lembre-se de que estar informado é a sua melhor defesa. A cibersegurança não é apenas uma questão de responder a ameaças, é uma questão de se capacitar para navegar no mundo digital com confiança e segurança”, conclui Assolini.
 

Para manter a segurança no mundo digital, recomendamos que a Geração Z faça o seguinte:

  • Conheça o novo jogo online interativo da Kaspersky - “Case 404” - especificamente criado para ajudar a Geração Z a aprender as melhores estratégias de segurança em um mundo online cada vez mais vulnerável.
  • Pense antes de publicar: não compartilhe fotografias que revelem a sua casa, a sua rotina ou os seus detalhes pessoais que possam ser utilizados na recuperação de senhas.
  • Não caia em ofertas urgentes e verifique descontos, pré-vendas ou links de ingressos apenas através de sites oficiais. Quando fizer compras online e evite ofertas que pareçam “boas demais para serem verdade.
  • Verifique sempre cuidadosamente os URLs dos sites antes de introduzir informações pessoais. Os cibercriminosos tendem a imitar os nomes de marcas ou utilizarem domínios falsos.
  • Os aplicativos de saúde mental armazenam dados sensíveis, por isso é importante escolher serviços com políticas de privacidade fortes e não compartilhar informações pessoais.
  • Utilize uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Premium, para detectar anexos maliciosos que possam comprometer os seus dados.
  • Garanta navegação e mensagens seguras com o Kaspersky VPN, protegendo o seu endereço IP e evitando vazamento de dados.

 

Kaspersky
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Políticas equivocadas já comprometem as próximas gerações


O mais recente estudo Atlas da Mobilidade Social, elaborado com base nos dados do IBGE, Receita Federal e Cadastro único, cujo resultado foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo (edição de 6/6/25, página A13), traz dados muito preocupantes porque revela que o futuro das crianças brasileiras está sendo comprometido em razão de políticas públicas equivocadas. 

De acordo com o estudo, apenas 1,8% das crianças pertencentes às famílias incluídas entre as 50% mais pobres do país têm chance de obter ascensão social e, quando adultas, se colocarem entre os 10% mais ricos, ainda que, no Brasil, estar nesse patamar signifique ter renda de R$ 8.034,00/mês, pouco mais de 5 salários-mínimos. 

A perspectiva não é muito melhor quando se fala em ascensão social capaz de, no futuro, nossas crianças serem incluídas entre os 25% de brasileiros mais ricos – aqueles com renda média mensal de R$ 10.600,00, o equivalente, no máximo, a 7,5 salários-mínimos. O estudo mostra que menos de 10% dessas crianças pobres conseguirão chegar lá. 

Dado ainda mais grave aponta que dois terços (66,6%) dessas crianças provavelmente permanecerão entre os 50% mais pobres, na fase adulta. O comprometimento do futuro está anunciado. 

Pior ainda é a situação das crianças habitantes das regiões Norte e Nordeste. Elas têm, respectivamente, 78,3% e 76,4% de chance de, quando adultos, permanecerem no mesmo patamar social da infância, percentual muito maior do que as crianças nascidas na região Sul, cuja probabilidade cai para 41,4%.

O quadro futuro será o resultado das políticas públicas dos últimos governos, de pouco ou nenhum progresso no processo distributivo de renda, com reflexo direto no desenvolvimento e na qualidade de vida das crianças pertencentes às famílias dos 50% mais pobres do país. 

As consequências na educação também se prenunciam devastadoras. O novo estudo do Atlas da Mobilidade Social denuncia que somente metade das crianças das famílias mais pobres conseguirá concluir o ensino médio. Obter um diploma de faculdade será ainda mais difícil: apenas 1,9% dessas crianças – ou 2 em cada 100 – concluirão o ensino superior, diz o estudo. É muito pouco. E tem algo muito errado. 

No Brasil, 66% dos jovens não atingem o nível básico para atender o mercado de trabalho. Ou seja, dois terços de nossos jovens não têm a mínima chance de obter sucesso na vida, especialmente em um mundo altamente tecnológico e ainda mais desafiador diante do avanço da Inteligência Artificial. Para efeito de comparação, no Chile esse número é de 44% e, entre os jovens europeus, de 20%. 

Enfim, nossos atrasos de hoje são o retrato dos seguidos erros nas políticas públicas implementadas, grande parte delas calcada em favores e de caráter demagógico e eleitoreiro. 

O Brasil precisa rever, urgentemente, suas políticas econômicas e sociais, pois alguns dos grandes problemas do país vêm sendo ignorados e pouco divulgados, como a insegurança alimentar, trabalho infantil, falta de acesso à educação, evasão escolar, precariedade na saúde e baixos índices de saneamento básico (quase inexistente em uma nação que ostenta a posição de 10ª economia do mundo). Tudo impactando negativamente a vida das crianças pertencentes às famílias mais pobres. 

A educação precisa ser prioridade de fato e não elemento de propaganda ou de política eleitoreira, nas quais os números são superlativos, mas desmentidos em avaliações sérias como o do Pisa, o estudo comparativo internacional que avalia o desempenho dos estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências. É igualmente premente que o saneamento básico seja universalizado para garantir mais saúde e melhor condição de vida, e necessário melhorar a alimentação das crianças, com mais proteínas, sobretudo na faixa de 0 a 4 anos de idade, etapa da conformação cerebral. 

Além disso, a eficácia dos maiores projetos sociais – para os quais são destinados bilhões de reais por ano – deve passar a ser medida não pelo número de novos beneficiários, mas pelo número dos que galgaram a ascensão social e passaram a não depender mais dessa transferência de renda governamental. 

Melhorar a distribuição de renda é outro caminho fundamental para mudar a realidade brasileira. As diferenças são gritantes. Segundo dados da PNAC Contínua, pesquisa do IBGE, na faixa dos mais ricos 0,5% estão no topo, com renda média mensal de R$ 140.000,00. Apenas 1% ganha R$ 28.659,00 por mês e 5,0% têm renda mensal de R$ 10.313,00. Os que ganham R$ 8.034,00 por mês somam 10,0%. Entre os mais pobres, 50% têm renda mensal de R$ 713,00; 20% recebem R$ 601,00 e 10,0% ganham apenas R$ 516,00 por mês. 

Considerando-se a metodologia do Banco Mundial, 27,4% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza. Outros números confirmam essa triste realidade nacional: 70% dos brasileiros têm renda média bruta de até R$ 3.036,00/mês e 90% da população nacional vivem com renda média bruta mensal de até R$ 3.650,00, o correspondente a menos de três salários-mínimos. 

Aumentar a renda dos brasileiros deveria ser prioridade. Entretanto, o governo federal, nos últimos 2,5 anos, vem preferindo aumentar os gastos com publicidade/propaganda e patrocínios, via estatais federais (mesmo com algumas delas registrando prejuízos) e com a Lei Rouanet para artistas, cantores e intelectuais (sobretudo os mais renomados e influenciadores), além de expandir e com mais generosidade os penduricalhos e privilégios de categorias que podem ser classificadas como os novos donatários do poder. 

E como se não bastasse, desde o início de 2025 vem tirando dinheiro dos pobres e, consequentemente, diminuindo os alimentos nas mesas dos trabalhadores. Vem fazendo isso graças à alteração da lei do reajuste anual do salário-mínimo, atingindo diretamente 27,0 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, 4,7 milhões de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BCP) e ainda quase 35 milhões de trabalhadores do setor privado que têm rendimentos mensais de 1 salário-mínimo. 

Não para por aí. Ao decidir pela não correção do valor médio do maior programa social do país, o Bolsa Família, o governo está tirando quase R$ 40,00 por mês de cada beneficiário do programa que assiste 21 milhões de pessoas ou famílias. 

Outra marca negativa do governo federal, consequência da inflação alta e fora da meta e já ultrapassando a 5% ao ano, juros Selic de 14,75% ao ano – o recorde em mais de 15 ou 20 anos –, e baixos salários, tem sido a explosão silenciosa (porque pouco noticiada) do nível de inadimplência nos principais programas sociais do governo. Um exemplo é o Minha Casa, Minha Vida – faixa 1, no qual mais de 45% dos contratos registram atraso de um ano. Já no FIES, de financiamento estudantil, a inadimplência já ultrapassou 60%. 

O quadro vem se tornando ainda pior com uma nova categoria de endividados, formada por aposentados, servidores públicos e trabalhadores do setor privado. Tudo por conta do Crédito Consignado, empréstimo bancário com taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado, mas ainda assim exorbitantes e suficientes para provocar desarranjos nos orçamentos domésticos dos tomadores de empréstimo. Vendido como bondade, transforma-se em tormento para milhões de famílias. 

Não se esclarece que a taxa para aposentados, de ordem de 1,6% ao mês, significa quase 21% ao ano, muito superior ao reajuste anual aplicado às aposentadorias. Pior ainda acontece com o servidor público, com taxa de 1,90% ao ano (25,34% ao ano) e mais grave com os celetistas (setor privado), graças à taxa de 3,9% ao mês (ou 59,25% ao ano). Esse tipo de incentivo nada tem de saudável, pois apenas propiciará ganhos adicionais para as empresas do setor financeiro, uma vez que os riscos de inadimplência ficam muito próximo do zero, dada a garantia ser o próprio salário ou a aposentadoria. 

Parece evidente que a preocupação verdadeira não é melhorar a vida do cidadão, mas pavimentar o caminho para as eleições de 2026 quando, sem dúvida, as benesses do governo ganharão ainda mais impulso, provavelmente com a correção do Bolsa Família, expansão do auxílio-gás, programas de refis para garantir perdão de juros e multas para inadimplentes, e outros benefícios. 

Então, na prática o governo primeiro tira dos pobres para depois devolver, parte, como se fosse uma benesse ou generosidade, a mais perfeita representação da célebre citação do escritor americano, ativista político libertário e consultor de investimentos Harry Browne: “O Governo é bom em uma coisa. Ele sabe como quebrar as suas pernas apenas para depois lhe dar uma muleta e dizer: “veja, se não fosse pelo governo, você não seria capaz de andar!". 

Enquanto isso, há pouca esperança para as próximas gerações porque o futuro está comprometido em razão de políticas que já se mostram desastrosas e merecem revisão urgente.

  

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br



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