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terça-feira, 1 de abril de 2025

Câncer Infantil no Brasil: A luta contra o tempo pela vida

Divulgação

Prestes a comemorar 26 anos de impacto no Brasil, Instituto Ronald McDonald reforça a importância do diagnóstico precoce e de políticas públicas voltadas para a oncologia pediátrica


"A cada dia, milhares de crianças no Brasil enfrentam a dura batalha contra o câncer, e o tempo pode ser o fator decisivo entre a vida e a morte”. A afirmação é do Dr. Renato Melaragno, oncologista pediátrico com mais de 40 anos de experiência e membro da Comissão Médica do Instituto Ronald McDonald, reflete uma realidade alarmante: o câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no país. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano, aproximadamente 8.000 novos casos são diagnosticados. Apesar disso, a falta de informação e o diagnóstico tardio ainda são os maiores desafios para a cura — que pode ultrapassar 80% quando a doença é identificada precocemente e tratada em hospitais especializados. 

Especialistas defendem que a oncologia pediátrica deve ser tratada dentro das políticas de saúde infantil e adolescente, garantindo a atenção necessária para essa realidade específica.
 

Câncer Infantojuvenil: Um desafio para a saúde pública

Os tipos de câncer mais comuns na infância são leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas. Como os sintomas podem ser confundidos com doenças comuns, é essencial que médicos e pais estejam sempre atentos. Quando a doença é diagnosticada de forma precoce, as chances de cura podem ultrapassar 80%, como nos países de alta renda. Um dos fatores que contribui para o atraso na detecção da doença é a falta de informação direcionada aos profissionais de saúde. 

"O câncer infantojuvenil deveria ser abordado dentro das políticas de saúde voltadas para a infância e adolescência, em vez de estar inserido na política geral do câncer. Como representa apenas 2% dos casos em adultos, acaba sendo menos valorizado", explica Dr. Melaragno, reforçando que a atenção primária tem um papel essencial na identificação precoce do câncer infantil: "Capacitar profissionais da rede básica de saúde para reconhecer sinais de alerta e encaminhar os casos suspeitos para especialistas pode fazer toda a diferença na sobrevida e qualidade de vida das crianças". 

A desigualdade no acesso à saúde também impacta significativamente o tratamento do câncer infantil no Brasil. "A jornada de uma criança com câncer não pode ser determinada pelo local onde ela nasce. No Norte do Brasil, a taxa média de sobrevivência é de 50%, enquanto no Sul alcança 75%, evidenciando uma disparidade inaceitável. O Instituto se dedica incansavelmente a reduzir essas desigualdades", afirma Bianca Provedel, CEO do Instituto Ronald McDonald.
 

Avanços no diagnóstico e tratamento

Nos últimos anos, houve um avanço significativo no diagnóstico e no tratamento do câncer pediátrico. Hoje, é possível realizar diagnósticos muito precisos com base em alterações genéticas e moleculares, permitindo tratamentos mais adequados e menos agressivos. "As novas terapias chamadas de terapia-alvo tratam essas anormalidades moleculares com menos efeitos colaterais, garantindo mais qualidade de vida às crianças", destaca Dr. Renato. 

Além disso, programas como o Diagnóstico Precoce do Instituto Ronald McDonald têm feito a diferença. "Uma pesquisa com centros apoiados pelo programa mostrou uma redução significativa no tempo de diagnóstico, de 13 para 5 semanas", explica Danielle Basto, gerente da área de operações e impacto social do Instituto. 

A partir de 2025, uma nova fase do programa permitirá um monitoramento ainda mais próximo dos casos suspeitos e confirmados, ampliando a análise do impacto da iniciativa. Com 26 anos de atuação e mais de R$ 422 milhões investidos na oncologia pediátrica, o Instituto Ronald McDonald já impactou mais de 15 milhões de vidas. O Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil capacitou mais de 44 mil profissionais e estudantes da saúde e sensibilizou professores de mais de 300 escolas, contribuindo diretamente para a detecção mais ágil da doença.
 

Acolhimento e suporte às famílias

O impacto do câncer infantojuvenil vai além da criança diagnosticada, afetando toda a família. Muitas mães precisam deixar o trabalho para acompanhar o tratamento dos filhos, e em muitos casos, as famílias precisam viajar longas distâncias para buscar atendimento especializado. Nesse contexto, iniciativas como os Programas Casa Ronald McDonald e Espaço da Família Ronald McDonald desempenham um papel essencial. 

"Nas Casas Ronald McDonald, cerca de 72% das famílias vivem com até 1 salário-mínimo por mês. Nos Espaços da Família, essa média é de 53,7%. Muitas dessas famílias enfrentam grandes desafios, e proporcionar um ambiente acolhedor faz toda a diferença", afirma Danielle Basto. Segundo ela, cerca de 95% das famílias atendidas afirmam ter se sentido acolhidas e mais seguras para seguir com o tratamento. 

Um desses exemplos é Larissa Santos, que veio de Emboguaçu, no Paraná e utiliza o Espaço da Família Ronald McDonald localizado no hospital do ITACI, em São Paulo. “A gente senta, conversa, fala um pouco da família, toma café, tenho acolhimento. O espaço é muito importante para mim e para outras mães”. O espaço, com capacidade para 18 pessoas, oferece sala de estar, copa, espaço para refeições, cadeiras de massagem, computador para uso dos familiares, além de livros e jogos como dominó, dama, tabuleiro e mais. Ao todo, em operação no Brasil, o Instituto Ronald McDonald conta com 9 unidades do Programa Espaço da Família Ronald McDonald em vários estados. 

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Ronald com os atendidos revelou que 84,7% das famílias hospedadas nas sete unidades do Programa Casa Ronald McDonald afirmam que não teriam alternativa de moradia durante o tratamento. "Muitas famílias que atendemos vivem em situação de vulnerabilidade e não teriam condições de custear estadias prolongadas em outra cidade. Nosso compromisso é garantir que nenhuma criança abandone o tratamento por falta de condições", reforça Danielle. 

A inspiração para esse acolhimento vem da Dra. Audrey Evans, oncopediatra americana que foi pioneira na criação das Casas Ronald McDonald na década de 70. "Ela chegou a abrir as portas da própria casa para abrigar famílias que não tinham onde ficar enquanto seus filhos recebiam tratamento", lembra Danielle. "Seu legado continua vivo aqui no Brasil. No último ano, conseguimos atender cerca de 9.500 famílias, proporcionando apoio em um momento tão difícil."
 

O futuro da Oncologia Pediátrica

Embora o câncer infantil tenha hoje altas taxas de cura – ultrapassando 80% dos casos -, garantir acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado ainda é um desafio. Para os especialistas, é essencial que as políticas públicas da oncologia pediátrica sejam elaboradas de forma independente da oncologia geral e com a participação ativa dos oncologistas pediátricos de todo o Brasil, considerando as diferenças regionais. 

"O câncer infantil, que no passado era visto como uma sentença de morte, hoje tem chances de cura cada vez maiores. Mas para isso, precisamos continuar avançando em políticas públicas que valorizem a oncologia pediátrica, capacitar profissionais e garantir que todas as crianças tenham acesso ao tratamento adequado no tempo certo", conclui Dr. Renato. 

Danielle Basto reforça a importância do Instituto Ronald McDonald nessa luta. "Nosso trabalho não se limita apenas ao diagnóstico precoce e acolhimento. Buscamos constantemente inovação para ampliar o impacto positivo na vida das crianças e famílias atendidas. Acreditamos que, ao fortalecer essa rede de suporte e conhecimento, podemos contribuir significativamente para aumentar as taxas de cura e qualidade de vida dos pacientes."
 

Fique atento aos sinais de alerta do câncer infantil:

  • Palidez e cansaço excessivo
  • Febres persistentes
  • Dores ósseas
  • Caroços pelo corpo
  • Manchas roxas sem explicação
  • Alterações no comportamento

A luta contra o câncer infantil exige rapidez, conhecimento e solidariedade. O tempo é um fator determinante — e cada diagnóstico precoce representa uma nova chance de vida.



Instituto Ronald McDonald
www.institutoronald.org.br


13 de abril – Dia do Beijo

O que a ciência revela sobre os efeitos do beijo para o cérebro

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz destaca como esse gesto tão comum é, na verdade, um complexo evento neuroquímico que vai muito além do romantismo.

 

Muito mais do que um gesto de carinho ou paixão, o beijo é um poderoso estímulo neurológico. Em comemoração ao Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, especialistas apontam como esse simples ato ativa uma série de neurotransmissores e hormônios no cérebro, impactando diretamente o bem-estar físico, mental e emocional. 

Quando duas pessoas se beijam na boca, o cérebro responde como se estivesse sendo recompensado. “O beijo aciona o sistema de gratificação do cérebro, liberando dopamina, que está associada a sensação de prazer, motivação e desejo. É o mesmo circuito ativado quando comemos algo que gostamos ou ouvimos uma música favorita”, explica a Dra. Ana Carolina Gomes, neurologista do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

A dopamina não age sozinha já que outros neurotransmissores também participam dessa experiência. A serotonina, conhecida por seu papel na regulação do humor, pode aumentar durante o beijo, ajudando a combater sentimentos negativos. Já as endorfinas, com efeito analgésico natural, promovem sensações de relaxamento e prazer, como se o corpo recebesse uma dose de alívio físico e emocional. 

Um dos hormônios mais importantes envolvidos durante ato é a ocitocina, apelidada de “hormônio do amor”. Produzida durante interações sociais e momentos de intimidade, ela fortalece os laços afetivos, promove empatia e confiança, além de reduzir a ansiedade. “É por isso que o beijo pode funcionar como um verdadeiro antídoto contra o estresse. Ele tem o poder de diminuir a atividade do sistema nervoso simpático, ligado ao estado de alerta, e ativar o parassimpático, que promove relaxamento”, afirma a Dra. Ana Carolina. 

Beijar reduz o estresse ao estimular esse sistema parassimpático. Os níveis de cortisol, o principal hormônio do estresse, caem significativamente, o que ajuda a aliviar a tensão e a sensação de alerta constante. Em paralelo, o aumento da ocitocina e das endorfinas reforça o sentimento de segurança e bem-estar. 

Os benefícios não param por aí. Embora ainda não tenhamos evidências diretas de que o beijo melhore a memória, os efeitos indiretos são promissores. Isso porque o estresse crônico e o excesso de cortisol afetam negativamente a função cognitiva. Ao reduzir esses níveis, o beijo pode ajudar a proteger o cérebro. Além disso, a dopamina liberada durante o ato desempenha papel essencial na formação de novas conexões neurais, favorecendo o aprendizado e a retenção de memórias. 

Outro hormônio que pode entrar em cena durante o beijo é a testosterona, que tende a aumentar e está relacionada ao desejo sexual. Embora mais conhecido por seu papel nos homens, esse hormônio também é importante para o desejo sexual em mulheres e para a intensificação da conexão entre os parceiros. 

“Existe uma sincronia bioquímica muito rica na ação do beijar, ele é um gatilho para processos neurológicos e hormonais que nos aproximam emocionalmente e promovem uma sensação geral de bem-estar. É um gesto simples, mas com um impacto profundo no corpo e na mente”, destaca neurologista.

Neste Dia do Beijo, vale lembrar que, além do romantismo, existe um verdadeiro fenômeno bioquímico em ação e se beijar faz tão bem ao corpo e para a mente, também é hora de valorizar ainda mais esse gesto com afeto, consentimento e com toda a química que ele merece.




Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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O que ninguém te conta sobre diabetes: 7 mitos em que você sempre acreditou

Alimentação, álcool e até a possibilidade de engravidar com diabetes ainda geram dúvidas; endocrinologista esclarece as principais questões

 

No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas vivem com diabetes, uma condição crônica que afeta aproximadamente 9% da população adulta, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. O mais comum é o tipo 2, fortemente ligado ao sobrepeso e à falta de atividade física, representando 90% dos casos. No entanto, muitos mitos ainda cercam a doença, dificultando a prevenção e o tratamento adequado. 

A seguir, a endocrinologista Denise Franco, cofundadora da edtech G7med, tira as principais dúvidas que surgem sobre a condição.

 

1. Comer doce causa diabetes

Mito. Embora comer muito doce não cause diabetes diretamente, pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Isso acontece porque o consumo de açúcar pode levar ao ganho de peso e à obesidade, fatores que contribuem para o diabetes tipo 2. “Além disso, quando comemos muito açúcar e carboidratos refinados, o corpo pode ter dificuldade em usar a insulina de forma correta, fazendo com que o nível de açúcar no sangue aumente. Mas é importante lembrar que, para desenvolver diabetes, também há a influência de outros fatores, como a genética e o sedentarismo”, explica a endocrinologista.

 

2. Se seus parentes próximos têm diabetes, você também terá

Mito. A genética influencia a predisposição à obesidade, mas não a determina. Estudos mostram que fatores ambientais e escolhas de estilo de vida têm um impacto significativo, e mudanças comportamentais podem reduzir o risco, mesmo em indivíduos geneticamente predispostos.

 

3. Se você tem diabetes, você vai perder a visão

Mito. Porém, se não for tratado corretamente, pode afetar a saúde ocular. “Uma das complicações é a retinopatia diabética, que acontece quando os vasos sanguíneos da retina, parte do olho responsável pela visão, são danificados pelo excesso de açúcar no sangue”, ressalta Denise. A médica explica que essa condição ocorre somente em casos graves e quando a pessoa não cuida bem da doença por muito tempo.

 

4. Pessoas com diabetes não podem ingerir álcool de jeito nenhum

Mito. O consumo moderado de álcool pode ser permitido para algumas pessoas com diabetes, mas deve ser feito com cautela e sob orientação médica, pois o álcool pode interferir nos níveis de glicemia.

 

5. Diabetes é causado apenas pelo consumo excessivo de açúcar

Mito. O diabetes não é causado apenas pelo consumo de açúcar. Fatores como predisposição genética, obesidade, sedentarismo e dieta inadequada desempenham papéis importantes no desenvolvimento da doença.

 

6. Produtos "diet" ou "light" podem ser consumidos à vontade por diabéticos

Mito. Produtos "diet" ou "light" não podem ser consumidos sem cuidado por diabéticos. "Diet" indica ausência de algum nutriente, mas nem sempre é sem açúcar; já "light" tem redução de pelo menos 25% em algum componente, mas isso não significa que não terá açúcar. Por isso, é importante verificar os rótulos e consultar profissionais de saúde antes de incluir esses produtos na dieta.

 

7. Quem tem diabetes não pode engravidar

Mito. Pessoas com diabetes podem engravidar, mas é importante controlar os níveis de glicose antes e durante a gestação para evitar possíveis complicações, tanto para a mãe, quanto para o bebê. A ingestão de ácido fólico também é recomendada para prevenir defeitos do tubo neural. 




Dra. Denise Franco - Médica Endocrinologista com Especialização em Medicina do Esporte pela UNIFESP; Pesquisadora do CPCLIN/DASA; Membro do Depto. de Saúde Digital, Telemedicina e Inovação da SBD; Diretora da ADJ Brasil; Diretora do Instituto CPD; Educadora em Diabetes pela IDF; Cofundadora do G7med.



G7med
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Suplemento alimentar é criado para tratar pessoas com transtorno do espectro autista

Composto atua no intestino do paciente e reduz problemas de agressividade, hiperatividade, cognição e linguagem


A Volcanic, multinacional especia
lizada em fitoterápicos, lança o primeiro produto no mercado de suplementos totalmente voltado para crianças e adultos com transtorno do espectro autista (TEA) feito com uma substância que existe na uva e em outras frutas. O produto, um suplemento chamado NeuroBalance ASD, foi lançado esta semana no mundo inteiro e é o primeiro a ser usado para tratar pacientes com TEA. Em pesquisas feitas em animais, ele mostrou melhoras no comportamento e reduziu sintomas como excesso de agressividade, problemas de cognição, de linguagem e hiperatividade. Os estudos também mostraram que o suplemento não apresenta nenhum efeito colateral. 

O suplemento é feito com uma concentração alta de antocianinas de sementes de uva e agem inicialmente no intestino. Além disso, o produto conta como principal ativo a palmitoiletanolamida (PEA), que ajuda a regular a agressividade e a irritabilidade e é um neuroprotetor que também possui ação analgésica e anti-inflamatória. E ainda conta com o trans-resveratrol, vitamina D e coenzima Q10, ingredientes essenciais para suporte neurológico. O suplemento não possui gosto, o que é algo essencial quando falamos sobre alimentação de pessoas com TEA. 

Médica pediatra e pesquisadora, Camila Milagres possui um extenso histórico de pesquisas na área do autismo e suplementação, inclusive ministrando cursos para pais e cuidadores desses pacientes. Ela é a co-responsável pela elaboração do suplemento alimentar lançado pela Volcanic, multinacional especializada em fitoterápicos. Elaborado a partir de estudos científicos feitos em camundongos, o produto busca ajudar nas disfunções secundárias que afetam pessoas no espectro autista. 

Pesquisa publicada na Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) aponta que 53,4% de crianças e adolescentes com o distúrbio têm seletividade alimentar. A disfunção pode apresentar consequências pouco evidentes para esta população, mas ainda assim muito graves, como a deficiência de nutrientes essenciais, anemia e fragilidade óssea. 

Um estudo complementar sobre a suplementação de nutrientes em crianças com TEA, publicado no Brazilian Journal of Health Review, mostra níveis baixos de vitaminas e minerais, no entanto indicam melhora de disfunções secundárias do autismo quando o auxílio suplementar adequado é adotado. 

O resultado das pesquisas vai ao encontro do que a Dra. Camila Milagres, referência no tratamento do autismo, destaca sobre “prestar atenção aos cuidados essenciais para que essas pessoas tenham benefícios que estejam presentes no seu dia a dia”.


Dia Mundial da Saúde: a importância dos check-ups e exames preventivos para cada idade

Descubra quais exames realizar em cada fase da vida para manter a saúde em dia

 

A prevenção é o melhor caminho para uma vida longa e saudável. Manter os exames em dia e adotar hábitos saudáveis pode fazer toda a diferença para a qualidade de vida no futuro. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) revelou que 72% dos pacientes com doenças crônicas só descobrem sua condição após o surgimento de sintomas. No entanto, pelo menos 158 doenças comuns podem ser identificadas por meio de exames laboratoriais. No Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril em homenagem à fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948, reforçamos a importância da prevenção por meio de check-ups regulares. 

A realização periódica de exames laboratoriais é essencial para a detecção precoce de doenças e para a promoção da saúde ao longo da vida. "Os exames preventivos permitem o diagnóstico precoce de doenças crônicas, possibilitando um tratamento mais eficaz e aumentando as chances de cura. Cuidar da saúde deve ser um compromisso em todas as fases da vida", explica o diretor de Ensino da SBPC/ML, Leonardo Vasconcellos. 

Os exames básicos incluem glicemia e hemoglobina glicada, que avaliam os níveis de açúcar no sangue; perfil lipídico, que mede colesterol e triglicerídeos; e função renal, analisando ureia e creatinina. Para as mulheres, o exame de detecção de HPV é essencial na prevenção do câncer de colo do útero. Outros exames importantes incluem a detecção de HIV e hepatites. Para os homens adultos, é recomendada a avaliação do Antígeno Prostático Específico (PSA), para rastreamento de câncer de próstata. "Queremos incentivar as pessoas a realizarem check-ups preventivos e procurarem um médico mesmo na ausência de sintomas, pois muitas doenças são silenciosas e só se manifestam em estágios avançados. Quem se previne, pode evitar complicações graves", ressalta Vasconcellos. 

A Patologia Clínica desempenha um papel fundamental na saúde pública, fornecendo informações cruciais para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Estima-se que 70% das decisões médicas sejam baseadas em exames laboratoriais. "Com os avanços na tecnologia e nos testes diagnósticos, a integração entre médicos e patologistas tem se tornado ainda mais essencial para a precisão nos tratamentos", explica o especialista.

Muitas pessoas evitam exames por medo de descobrir um problema de saúde, mas o diagnóstico precoce é fundamental para garantir tratamentos mais eficazes e evitar complicações futuras. "A saúde é o nosso bem mais precioso, e devemos cuidar do nosso corpo com atenção", finaliza Vasconcellos.
 

Exames Preventivos por Faixa Etária
 

Recém-nascidos

 

-Teste do Pezinho, essencial para detectar doenças como hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria, prevenindo sequelas graves.
 

-Exames específicos podem ser necessários para recém-nascidos cujas mães foram expostas a agentes infecciosos ou que possuam histórico familiar de doenças genéticas.

 

Infância (crianças até 12 anos)
 

- Hemograma completo, perfil lipídico, glicemia e insulina.
 

- Exames de urina e fezes.
 

- Sorologia para hepatites A, B e C, conforme recomendação do pediatra.
 


Adolescência (13 a 18 anos)
 

- Exames de rastreamento para anemias e infecções.
 

- Para meninas, exames relacionados à saúde menstrual e reprodutiva.
 

- Orientação sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), uso de substâncias e hábitos saudáveis.
 


Jovens adultos (19 a 29 anos)


- Exames de triagem para doenças como diabetes, doenças cardíacas e câncer.
 

- Testes para DSTs, incluindo HIV e sífilis.



Adultos (30 a 49 anos)
 

- Check-ups regulares, incluindo perfil lipídico, glicemia e avaliação da função renal.
 

- Rastreamento de câncer (mamografia para mulheres acima de 40 anos e PSA para homens).
 

- Avaliação cardiovascular periódica.



SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial

 

Dia Mundial da Saúde 07 de Abril – Descubra cinco inovações que transformaram a vida dos pacientes

No Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, a tecnologia se consolida como uma grande aliada na evolução dos tratamentos médicos, tornando-os mais acessíveis, precisos e eficazes. Da inteligência artificial no diagnóstico precoce a terapias personalizadas, as inovações estão transformando a forma como pacientes recebem cuidados e ampliando as possibilidades de tratamento para diversas condições.

Confira cinco inovações que transformaram a vida dos pacientes.

Bomba de insulina 

O tratamento da diabetes tipo 1 avançou com o uso das bombas de insulina. Esses dispositivos automatizam a aplicação do hormônio, eliminando a necessidade do uso diário de seringas. Nos últimos anos, a bomba seguiu evoluindo. Um avanço significativo é que, anteriormente, mesmo com a bomba automatizada, o paciente precisava realizar o teste de ponta de dedo várias vezes ao dia para atualizar o dispositivo. Hoje a tecnologia já permite que esse teste seja feito a cada sete dias, proporcionando mais segurança e qualidade de vida ao paciente.

 

Marca-passo 

No Brasil, cerca de 350 mil pessoas utilizam marca-passos e aproximadamente 25 mil dispositivos são implantados anualmente, segundo dados do ministério da Saúde. Há três anos, o Brasil inaugurou uma nova tecnologia que trouxe ainda mais avanços no tratamento para pacientes cardiopatas que precisam de marca-passo com o Micra, o menor marca-passo do mundo, desenvolvido pela americana Medtronic, líder em tecnologia na saúde. O dispositivo de apenas 20mm de comprimento, similar a uma cápsula de vitamina, pesa menos de 2g e não possui os cabos-eletrodos. Isso permite que o implante seja minimamente invasivo, tornando o procedimento mais seguro, com menor risco de infecção principalmente naqueles com restrições ou alto risco para a cirurgia tradicional. 

 

Teranóstico 

Atualmente, é possível identificar e tratar tumores de forma direcionada, por meio do Teranóstico, um procedimento da medicina nuclear que une o diagnóstico preciso e o tratamento em uma mesma tecnologia, para diferentes tipos de câncer, inclusive o câncer de próstata em estágio avançado. O teranóstico permite combinar diagnóstico preciso e terapia direcionada, utilizando radiofármacos, como o Lutécio-177, que se ligam a proteínas específicas nas células cancerígenas, promovendo a destruição do tumor com a mínima exposição de tecidos saudáveis¹. "Essa abordagem integrada oferece uma jornada completa ao paciente, garantindo precisão diagnóstica e intervenções terapêuticas personalizadas em uma mesma tecnologia", explica Fábio Keller, Gerente da área de Imagem Molecular e Theranóstico da Siemens Healthineers para América Latina.

 

Robôs cirúrgicos 

Dois grandes robôs cirúrgicos desembarcaram recentemente no Brasil, o Hugo e o Mazor. O robô Hugo é direcionado para cirurgias ginecológicas e urológicas. Se destaca pela alta precisão e avanço tecnológico, com tecnologia 3D e Inteligência Artificial, que traz insights de cirurgias realizadas no mundo todo, para aumentar ainda mais a segurança e assertividade no procedimento com o paciente. Já o Mazor é específico para cirurgias na coluna e conta com até 98% de precisão na colocação de implantes, sem a ocorrência de desvios.

 

Camas hospitalares inteligentes  

A inovação no cuidado hospitalar vai além de novos medicamentos e equipamentos diagnósticos – ela também está presente na infraestrutura, como nas camas hospitalares inteligentes. Hoje elas são projetadas para otimizar a segurança e o conforto do paciente no leito, além de facilitar o trabalho das equipes de saúde. De acordo com a Baxter, empresa referência em inovação tecnologia médica, os equipamentos hoje contam com recursos como ajuste automático de posição para prevenir lesões por pressão, sensores para monitoramento contínuo do paciente e integração com sistemas hospitalares, essas camas contribuem para uma recuperação mais eficiente e redução de riscos de queda.


Autismo: 6 informações que você precisa saber

Foto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe
Hospital pediátrico reforça a importância do conhecimento na conscientização do transtorno do espectro autista

 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que uma em cada 100 crianças tem transtorno do espectro autista (TEA) e que em todo o mundo são mais 70 milhões de pessoas com TEA. Só no Brasil, são mais de dois milhões. 

A condição gera uma série de traços e sua intensidade muda entre cada paciente – o que requer maior compreensão de pais, familiares, amigos e sociedade. Por isso, neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado em 2 de abril, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, destaca seis informações essenciais sobre o TEA e reforça a importância do conhecimento como aliado na conscientização.

 

1) Meninos nem sempre são maioria entre diagnósticos

Estudos indicam que a proporção de diagnósticos para meninos é quatro vezes maior do que para meninas. No entanto, uma revisão das pesquisas pode apontar sub-representação nos números por diversos aspectos sociais. Meninas podem apresentar comportamentos diferentes em comparação com meninos – levando ao mascaramento dos primeiros sinais. 

A interação social e a comunicação, influenciadas por questões hormonais, às vezes são estereotipadas e merecem observação atenta de pais e familiares. Nem todo comportamento é apenas “coisa de menina” e, em conjunto com outros traços, deve ser avaliado por especialistas.

 

2) O autismo não é uma doença

O transtorno do espectro autista se caracteriza por uma série de condições que prejudicam áreas do desenvolvimento neurológico e a capacidade de interação social, comunicação e comportamento. Seus primeiros sinais podem aparecer na primeira infância, causando dificuldades no contato visual, na percepção do ambiente e na aproximação de pessoas. 

Meninos e meninas também podem apresentar padrões repetitivos de comportamento, como bater as mãos ou repetir palavras. Mas é importante lembrar que nem toda criança desenvolve os mesmos traços com a mesma intensidade. Por isso, a avaliação para diagnóstico segue a classificação internacional de doenças da OMS e exames multidisciplinares.

 

3) Cada diagnóstico envolve níveis diferentes do espectro

Foi só em 2013 que o termo “espectro” foi adotado para referir-se ao transtorno autista. No âmbito científico, o substantivo significa uma representação de amplitudes e intensidades diversas. Algumas pessoas com TEA podem realizar todas as atividades do dia a dia, outras nem sempre. Para conduzir o tratamento e recomendar as terapias mais adequadas, o transtorno é classificado a partir de três níveis, que são: 

• Nível 1 de suporte: exige apoio dos familiares e profissionais. Em geral, as pessoas apresentam sintomas leves, como dificuldades em situações sociais e na linguagem, comportamentos repetitivos e restritivos, ou comportamentos em excesso, por exemplo, cumprimentar ou falar com pessoas desconhecidas na rua.

• Nível 2 de suporte: exige apoio substancial. Pessoas que apresentam sintomas intermediários, normalmente, podem ter dificuldade em interações sociais, comportamentos restritivos e repetitivos, podem não fazer contato visual ou não expressar emoções, e manter conversas curtas.

• Nível 3 de suporte: exige muita necessidade de apoio substancial. Pessoas com sintomas severos, como dificuldade na comunicação e situações sociais, uso de poucas palavras e muitos comportamentos restritivos e repetitivos. Raramente iniciam alguma conversa e reagem somente a abordagens muito diretas.

 

4) O TEA não tem cura

Como o transtorno não é uma doença, também não tem cura. Mas uma vez realizado o diagnóstico, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental. O desenvolvimento adequado deve ser estimulado a partir de terapias, que envolvem quatro profissionais principais: médico, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. 

Por ter diferentes níveis, cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado. Em alguns quadros, o uso de medicamentos é indicado para ajudar na manutenção do comportamento e na ocorrência de complicações de saúde e doenças relacionadas. Ao longo do tratamento, familiares, amigos e sociedade têm papel importante na compreensão de que há dias mais ou menos estáveis, mas com apoio em todos os momentos.

 

5) O transtorno do espectro autista nem sempre é hereditário

A causa do TEA não é única e vem de uma complexa interação entre fatores genéticos e condições ambientais. Alguns aspectos podem influenciar o aparecimento do espectro, como o uso de substâncias durante a gravidez ou nascimento prematuro. O uso excessivo de tela na primeira infância pode ser um fator de risco para crianças com predisposição genética. Também há risco aumentado em determinadas condições– como a síndrome do X frágil e esclerose tuberosa.

 

6)Paciência e afeto são essenciais

Ao socializar com crianças e adolescentes com TEA, é preciso compreender que não se trata apenas de birra ou pais que não educam. Busque saber com a família as peculiaridades que geram conforto e desconforto, como ruídos, luzes e objetos. Meninos e meninas com o transtorno podem comunicar-se de maneiras diferentes – o que não anula a manifestação de suas vontades.

 

*Com informações do neuropediatra Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe.


No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, Defensor Público alerta sobre a urgência da inclusão social e educacional

Em um mundo ainda marcado por preconceitos, a inclusão de crianças autistas em escolas regulares permanece um desafio.

 

Neste Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 02 de abril, o Defensor Público Federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, destaca a necessidade de políticas públicas efetivas para garantir a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data, instituída pela ONU, visa promover a conscientização sobre o autismo e lutar pelos direitos das pessoas com TEA. 

"É fundamental investir em políticas públicas de Estado que transcendam as mudanças de governo", afirma o Defensor Público, que complementa: "Apesar dos avanços na legislação, como a inclusão da atenção aos autistas na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (PNSPD), é preciso que as leis e iniciativas governamentais saiam do papel e se traduzam em proteção e inclusão reais".

 

Desafios na inclusão escolar 

O diagnóstico precoce do autismo é fundamental para garantir o acesso a intervenções adequadas. Especialistas recomendam que pais, pediatras e escolas estejam atentos aos sinais de alerta. O tratamento do autismo é multidisciplinar e envolve neurologistas, psiquiatras infantis, pediatras, psicólogos e fonoaudiólogos. 

Um dos principais desafios enfrentados pelas famílias de crianças autistas ainda é a inclusão escolar. Muitas escolas alegam falta de vagas ou de profissionais qualificados para atender às necessidades desses alunos. A boa notícia é que esse panorama vem mudando. Em 2023, o Censo Escolar registrou 636.202 matrículas de estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no Brasil. Esse número representa um aumento de 48% em relação a 2022, quando foram 429.521 matrículas. 

"É muito bom saber que cada vez mais crianças e adolescentes com TEA têm acesso à educação. No entanto, muito ainda precisa ser feito, especialmente em regiões mais carentes ou distantes dos grandes centros urbanos. A falta de conhecimento sobre o autismo é um dos principais obstáculos para a inclusão. Cada indivíduo é único, e a inclusão exige uma análise cuidadosa de cada caso. O autismo não tenha cura, mas há muita coisa que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias. A informação e a conscientização são ferramentas poderosas para combater o preconceito e promover maior inclusão", afirma André Naves.

 

Sobre o Autismo 

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. O termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições, como o autismo clássico, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação. 

Pesquisas científicas demonstram que o autismo tem uma forte base genética, com uma herdabilidade estimada de mais de 90%. Mas essa não é a única causa do transtorno. Pode haver interação de fatores genéticos e ambientais. Crianças prematuras também possuem maiores chances de apresentarem sintomas de TEA. Nos últimos 20 anos, houve grande evolução no diagnóstico devido aos avanços das técnicas de sequenciamento. Mas no Brasil, ainda há precariedade na adoção de políticas públicas que permitam o acompanhamento e o tratamento de todos os brasileiros nessas condições. 

Segundo o dr. José Salomão Schwartzman, professor doutor e médico neuropediatra, “o que se chama de autismo nada mais é do que um tipo de comportamento que se caracteriza, em maior ou menor grau, por três aspectos fundamentais: são crianças que parecem não tomar consciência da presença do outro como pessoa; apresentam muita dificuldade de comunicação – não é que não falem, mas não conseguem estabelecer um canal de comunicação eficiente –; e, além disso, têm um padrão de comportamento muito restrito e repetitivo.

 

Dados e estatísticas

  • De acordo com o IBGE, são cerca de 2 milhões de brasileiros com TEA, o que corresponde a 1% da população. No entanto, este número pode ser maior.
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 70 milhões de pessoas com TEA no mundo.
  • A prevalência estimada por organismos internacionais é de 1 caso de TEA para cada 44 nascimentos.

No Brasil, o autismo foi incluído no Censo Demográfico de 2020 por determinação da Lei n. 13.861, de 18 de julho de 2019.  


Você já ouviu falar em Infertilidade conjugal?

Em 30% dos casos, homens são responsáveis pela dificuldade de um casal engravidar

 

Quando se trata de infertilidade há, ainda, na sociedade, uma visão ultrapassada de associar à mulher a responsabilidade de não engravidar. No entanto, estudos indicam que essa “participação" na dificuldade de ter filhos é igualmente compartilhada pelos dois gêneros: em 30% dos casos, os homens é que são inférteis, mesmo percentual atribuído a elas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).  Em 20%, são ambos, e nos 20% restantes, a origem é desconhecida, sendo considerada como Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA).  

Quando ocorre a ausência de gestação após 12 meses de relação sexual sem contraceptivo, pode ser diagnosticada a “infertilidade conjugal”. Nesses casos, a informação é o melhor caminho para desmistificar o assunto, ainda carregado de estigmas e preconceitos. 

Tanto homens quanto mulheres podem ser afetados por questões que impactam a fertilidade. “As causas da infertilidade de um casal podem estar associadas ao homem, à mulher ou até a ambos, sendo essencial uma abordagem integrada para o diagnóstico correto e o melhor tratamento”, afirma o Dr. Guilherme Geber, especialista em Reprodução Humana, da Clínica Origen BH. 

O médico destaca que a infertilidade conjugal é uma combinação de fatores dos dois e, por isso, deve ser compartilhada entre eles. "Não é uma questão da mulher ou do homem. Fazendo a avaliação conjunta dos parceiros temos a possibilidade de fazer um diagnóstico correto e tratamento mais adequado”, pontua Dr. Guilherme.

Entre os fatores femininos, os mais comuns incluem distúrbios ovulatórios, principalmente relacionados à síndrome dos ovários policísticos (SOP), obstrução das tubas uterinas, endometriose ou baixa reserva ovariana. Já a infertilidade masculina está relacionada a alterações seminais, como baixa contagem de espermatozoides, problemas de motilidade ou morfologia e fragmentação do DNA espermático.  Entre as causas dessas alterações estão disfunções hormonais, condições genéticas e metabólicas, varicocele, obstruções no trato reprodutivo, entre outras. 

Mesmo que um dos parceiros já tenha a suspeita de infertilidade, é importante que o casal seja investigado por completo, começando pela avaliação do histórico clínico e reprodutivo e pelo levantamento dos sintomas. "Essa visão permite intervenções terapêuticas mais personalizadas para ajudar o casal a alcançar a gravidez”, finaliza o especialista.



Clínica Origen BH de Medicina Reprodutiva


SUS inclui ressonância magnética para detectar câncer de mama

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), exame complementar beneficia, especialmente, brasileiras com risco aumentado para a doença e pacientes com câncer de mama herdado 

 

A ressonância magnética de mamas passa a ser incluída no SUS (Sistema Único de Saúde). A partir da Portaria SAES/MS nº 2.632, publicada no Diário Oficial da União no início deste mês, o exame é oferecido agora como recurso complementar para rastreamento do câncer de mama. Entre as maiores beneficiadas estão pacientes submetidas à biópsia e que apresentam lesão com risco aumentado para a doença, bem como mulheres submetidas à radioterapia de tórax entre 10 e 30 anos de idade. A este grupo se juntam pessoas com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, com mais chances de desenvolver cânceres de mama e ovário. “Para entender a importância do acesso à ressonância magnética no SUS como recurso para detecção precoce da doença, temos uma estatística importante: 20% das brasileiras diagnosticadas têm câncer de mama herdado, originado de mutação genética”, afirma a mastologista Rosemar Rahal, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

De acordo com Rosemar Rahal, a ressonância magnética, com eficiência comprovada em estudos científicos, é um recurso complementar essencial para o diagnóstico de câncer de mama, especialmente em pacientes de alto risco. A SBM elenca vários fatores para a condição aumentada da doença. A mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 figura entre os principais. “Os casos associados a causas hereditárias, ou seja, caracterizados por uma predisposição familiar e que podem passar de geração para geração, representam hoje 20% do total de casos de câncer de mama diagnosticado no Brasil”, destaca a mastologista.

Disponível no SUS a partir deste mês, a ressonância magnética é uma técnica de imagem avançada que permite a visualização detalhada das estruturas das mamas e axilas. O exame foi utilizado pela primeira vez em 1986, revelando-se promissor na investigação do câncer mamário.

“Atualmente, a literatura médica considera como principais indicações de uso, além do rastreamento para mulheres com alto risco de câncer, a avaliação diagnóstica no esclarecimento de alterações mamárias em que mamografia e ultrassom são inconclusivos, na avaliação de extensão tumoral (especialmente no carcinoma lobular invasivo), suspeita de recorrência, detecção de carcinoma oculto e avaliação de implantes mamários com suspeita de complicações”, ressalta a mastologista Annamaria Massahud Rodrigues dos Santos, secretária-adjunta da SBM.

Segundo Rosemar, como método complementar à mamografia, a comprovação de diagnósticos a partir da ressonância magnética permite, nos casos de mutação, medidas profiláticas, como as cirurgias de mastectomia. “Hoje, além das cirurgias profiláticas, existem medicamentos específicos para as mulheres com câncer de mama e portadores desta predisposição genética”, afirma.

Para Rosemar Rahal, a disponibilização de exames complementares na rede pública de saúde, como a ressonância magnética, que contribuem para o rastreamento e a detecção precoce do câncer de mama indica importante impacto na sobrevida das mulheres brasileiras. “Estamos diante de mais um avanço no enfrentamento da doença no País”, conclui a representante da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

 

Semana da Saúde reforça importância da prevenção e cuidado integral com bem-estar físico e emocional

Especialista destaca a relevância de bons hábitos e exames periódicos para a manutenção da saúde em todas as fases da vida


Entre os dias 2 e 7 de abril, é celebrada no Brasil a Semana da Saúde, uma iniciativa voltada à conscientização da população sobre a importância do bem-estar físico, mental e social. A data chama a atenção para a prevenção como melhor caminho para uma vida mais saudável, produtiva e equilibrada. 

Alimentação saudável, prática regular de atividades físicas, manter uma boa qualidade de sono, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e não fumar são atitudes básicas que fazem toda a diferença na saúde ao longo do tempo. Segundo especialistas, essas ações ajudam a prevenir doenças crônicas, melhoram a disposição no dia a dia e contribuem para o equilíbrio emocional. 

Mas além dos hábitos saudáveis, é fundamental adotar cuidados específicos em cada fase da vida. Confira abaixo algumas orientações organizadas por faixa etária ou condição, com comentários do Dr. Marcelo Jerez, diretor do Centro Médico Alphaview e do One Day Hospital, ambos localizados em Alphaville.

 

1. Check-ups regulares: o primeiro passo para prevenir doenças

Os exames de rotina são essenciais para detectar precocemente problemas de saúde, mesmo quando não há sintomas. Entre os principais estão hemograma completo, exames de colesterol, glicemia, aferição da pressão arterial, função hepática e renal, além de exames de imagem como mamografia, ultrassonografia e colonoscopia, dependendo da idade e histórico familiar. 

“A prevenção ainda é o caminho mais seguro e eficaz para uma vida longa e com qualidade. O check-up deve ser feito com regularidade e sempre orientado por um médico. Detectar uma doença em estágio inicial faz toda a diferença no sucesso do tratamento”, garante o dr. Marcelo Jerez.

 

2. Saúde da criança: atenção e cuidado desde os primeiros anos

Manter o calendário de vacinação atualizado, oferecer uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, incentivar brincadeiras ao ar livre e acompanhar o desenvolvimento físico e emocional da criança são pilares essenciais. Consultas regulares com o pediatra também ajudam a garantir o crescimento saudável. 

“Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento pleno da criança. Nessa fase, o cuidado precisa ser integral, envolvendo a saúde física, emocional e social. Bons hábitos aprendidos na infância tendem a se manter por toda a vida.”

 

3. Saúde da mulher: prevenção, equilíbrio hormonal e bem-estar emocional

Além dos exames de rotina, as mulheres devem dar atenção especial à saúde ginecológica e hormonal, realizar o Papanicolau anualmente, a mamografia a partir dos 40 anos ou conforme orientação médica, além de controlar o estresse e cuidar da saúde mental. Alimentação balanceada, prática de atividades físicas e sono regulado também são aliados. 

Para o dr. Jerez, “cuidar da saúde da mulher é olhar para o corpo como um todo. A prevenção vai além dos exames ginecológicos: envolve também o acompanhamento hormonal, emocional e metabólico. Mulheres que se cuidam vivem mais e melhor.”

 

4. Saúde do homem: quebrar o tabu é o primeiro passo

O cuidado com a saúde masculina ainda enfrenta barreiras culturais. Muitos homens só procuram o médico diante de sintomas mais avançados. Exames como PSA, avaliação da próstata, glicemia e colesterol devem ser feitos com frequência, especialmente após os 40 anos. O estímulo à atividade física e o combate ao estresse também são fundamentais. 

“Ainda existe resistência por parte de muitos homens em procurar ajuda médica. Quebrar esse tabu é urgente. A prevenção e o diagnóstico precoce de doenças como o câncer de próstata ou diabetes são fundamentais para preservar a saúde masculina”, garante o diretor do One Day Hospital.

 

5. Saúde na terceira idade: qualidade de vida e autonomia

Na fase da maturidade, os cuidados devem se intensificar. Além dos exames de rotina, é importante acompanhar questões como a saúde cardiovascular, mobilidade, osteoporose, audição e memória. Manter vínculos sociais, praticar exercícios leves, ter uma alimentação balanceada e cuidar da saúde emocional também são pilares importantes. 

“A longevidade com qualidade é possível, desde que o idoso tenha acompanhamento médico regular, esteja ativo e mantenha o convívio social. A prevenção continua sendo essencial em todas as fases da vida, especialmente na terceira idade”, conclui o dr. Marcelo Jerez.

 

A Semana da Saúde é, acima de tudo, um convite à reflexão: como estamos cuidando de nós mesmos e das pessoas que amamos? Pequenas mudanças na rotina e o acompanhamento médico periódico são atitudes que podem transformar vidas.

 

One Day Hospital


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