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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Inteligência Artificial não vai roubar o seu emprego – se você abraçar a mudança


O futuro do trabalho já está entre nós. Com a crescente influência da Inteligência Artificial (IA) e a automação em diversos setores, o mercado de trabalho está passando por uma grande transformação. Cada vez mais as empresas estão buscando profissionais com um conjunto de habilidades que vão além das técnicas e que os tornem mais adaptados a um mundo cada vez mais digital e complexo.

Nesta realidade acompanhada pelos mais avançados meios tecnológicos, não existe mais a separação entre o lado humano e o digital. Ou seja, as ferramentas e softwares ganham status de integrantes de equipes, não somente meros meios para o alcance de objetivos e metas. A tendência, pelo que acompanhamos, é termos cada vez mais uma metamorfose de funções e responsabilidades, além do surgimento de times compostos por humanos e por IA, desafiando assim as estruturas organizacionais e as formas de trabalho tradicionais.

Tal cenário faz com que existam muitos debates em torno dos possíveis desafios econômicos da tecnologia para companhias e trabalhadores. Há quem diga que a importância econômica do trabalho humano perderá relevância com os avanços da IA, que tomará para si um número maior de tarefas nos próximos anos. Dentro desta lógica, muitos aspectos socioeconômicos serão colocados, como a desvalorização de habilidades, a distribuição de renda e a criação de novas estruturas econômicas.

Eu não me coloco neste campo um tanto quanto pessimista. Ainda estamos distantes de uma IA plenamente capaz de executar importantes funções, seja no mercado de trabalho ou na vida em geral. Ela ainda produz muitos conteúdos equivocados, mesmo com modelos de linguagem cada vez mais robustos. O que a faz poderosa é a sua associação justamente com a mente humana, capaz de fazer a curadoria e referendar os resultados produzidos por essa e demais tecnologias. Sem o aspecto humano, podemos acabar com uma porção de ferramentas de uso limitado ou pouco útil.

Aos que, como eu, reconhecem que o futuro do trabalho já chegou, vale reforçar o que vem por aí. A IA ou a tecnologia não tomará empregos de ninguém, devemos tirar esse tipo de lógica do caminho. Contudo, essa nova realidade em torno do mercado exige um novo conjunto de habilidades, não importa a sua área de atuação. Por isso, ao desenvolver essas habilidades, você estará melhor preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o mundo laboral oferece.

Há números para ajudar a ilustrar o que quero dizer. Um em cada dez profissionais contratados neste ano possui um cargo que não existia há 24 anos atrás, de acordo com uma pesquisa do LinkedIn, que menciona funções hoje comuns como Gerente de Sustentabilidade, Engenheiro de IA, Cientista de Dados, Gerente de Mídia Social e Gerente de Sucesso do Cliente, mas que não eram as mais conhecidas, disputadas (ou até existentes) em 2000.

As principais empresas do mundo compreendem isso. Uma série de CEOs ouvidos em uma pesquisa da IBM afirmaram que as pessoas fazem e seguirão fazendo toda a diferença em seus negócios, porém pelo menos 35% da força de trabalho terá de passar por processos de reciclagem e requalificação nos próximos três anos – um acréscimo considerável em relação aos 6% registrados há três anos. Ou seja, não é só apenas sobre ganho de produtividade e redução de custos que estamos falando aqui quando pensamos em IA.

Outra prova de que o futuro do trabalho – ou aqui talvez também possa ser o trabalho do futuro – é uma iminência estratégica é a falta de profissionais qualificados em alguns campos da economia e dos negócios. Por conta disso, tão importante quanto investir na capacitação de quem já está na sua organização é conseguir se tornar um “imã de talentos”, e para isso iniciativas como a confiança nas lideranças, as oportunidades de trabalho remoto e híbrido, as remunerações e ações em favor de carreiras e diversidade aparecem como relevantes.

Alguns estudos apontam casos de sucesso aos que, no ambiente corporativo, se mostram dispostos a ser flexíveis, resilientes e capazes de se transformar. Segundo um relatório, quase 30% das companhias listadas são bem-sucedidas ao adotar modelos de trabalho focados em inovação, com tecnologias de ponta e força laboral flexível e distribuída. Essas empresas têm 30% menos despesas operacionais, graças à automação e processos melhorados, com ganhos financeiros positivos para 57% delas.

Como toda a mudança, ela pode ser muitas vezes incerta e causar uma série de temores. A mesma pesquisa do LinkedIn diz que 49% dos trabalhadores temem ficar para trás, com 64% afirmando estarem sobrecarregados com a velocidade das mudanças no trabalho (no Brasil este o dado sobe para 87%). Contudo, o contingente de profissionais em busca de cursos e qualificações adicionais também está em alta – 79% dos brasileiros destacam essa procura em suas áreas.

A IA está transformando a passos largos a maneira com que interagimos com a tecnologia e com problemas complexos. Tão importantes quanto os dilemas relativos à sua regulamentação e governança também está o significado do trabalho humano, peça que seguirá como pedra fundamental nesta equação que incorpora a potência digital e os valores humanos básicos. Desta forma, as habilidades seguirão em alta, desde que exista disposição em se reinventar.




Alessandro Buonopane - CEO Brasil da GFT Technologies

De malas prontas? Zapay ajuda a consultar documentos e débitos veiculares antes de viajar

Com o fim de ano chegando, empresa do grupo Sem Parar ajuda a garantir que motorista e veículo estejam regularizados e prontinhos para pegar a estrada  

 

As festas de fim de ano estão logo ali e, para quem está se preparando para pegar a estrada, é importante lembrar de checar todas as pendências de seu veículo antes de partir, desde a revisão até os impostos. A Zapay, fintech especializada em facilitar a vida dos proprietários de veículos, separou algumas dicas para evitar qualquer inconveniência ao longo da viagem, seja com sua CNH ou com seu carro, moto ou caminhão.


Cuidados com o veículo 

Para chegar ao destino das férias com tranquilidade, é importante que os documentos estejam em dia, principalmente o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), que garante que o IPVA está pago e o carro livre de multas.

O não pagamento do IPVA resulta na impossibilidade de renovação do licenciamento, principal processo de validação dos documentos do carro, e consequentemente na obtenção do CRLV. Um carro sem licenciamento regularizado pode ser apreendido a qualquer momento.

Para evitar que um problema leve ao outro, basta acessar o app da Zapay (Android e Apple Store), que oferece um serviço completo de consulta e pagamento de seus débitos veiculares de onde quiser e com rapidez. Além disso, a plataforma ainda permite parcelar em até 12x, no cartão de crédito, débitos veiculares como IPVA, licenciamento e multas de trânsito.

É também fundamental realizar a revisão do carro antes de fazer longos deslocamentos. Itens essenciais como óleo, pneus e bateria precisam estar em dia para garantir uma viagem segura e sem perrengues.


Dicas para o motorista 

A segurança da viagem também depende dos cuidados do motorista. Além de verificar as condições do carro e seus documentos, é importante checar se a CNH também está em dia. Para facilitar essa busca, a Zapay, em parceria com o Sem Parar, ecossistema de mobilidade, desenvolveu o serviço de Alerta de Multa, que notifica os motoristas sobre autuações e ajuda a regularizar a situação antes mesmo de viajar, evitando surpresas nas estradas.

 

Os alertas permitem que o motorista consiga recorrer das infrações em tempo hábil e usufruir dos descontos para pagamentos antecipados. Tudo isso com agilidade e sem burocracia. No aplicativo também é possível armazenar sua CNH digital, evitando perdas e acesso rápido aos documentos do veículo.

 

Manutenção do veículo 

A Minha Revisão, serviço disponível no SuperApp Sem Parar, transforma a maneira como os motoristas cuidam da manutenção de seus veículos. Com foco em conveniência e praticidade, o recurso permite que os usuários agendem revisões em poucos minutos, de forma simples e descomplicada. Conectando motoristas a uma ampla rede de oficinas parceiras, o serviço oferece eficiência e economia de tempo. Dessa forma, o Sem Parar vai além das soluções de mobilidade, ampliando seu impacto ao zelar pela segurança e bem-estar dos motoristas.

 

ESG norteia os negócios em meio a transformações globais

 

AndersonPiza

Práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança vêm mudando formas de trabalho, relacionamento com o mercado e se consolidando como tendência mundial 

 

Ondas de calor que tornam cada vez mais frequentes as emissões de alerta pelos serviços de meteorologia, eventos climáticos extremos de graves consequências, conflito Ucrânia e Rússia e ofensivas no Oriente Médio, transformações no cenário geopolítico. Estes e tantos outros episódios que têm pautado os noticiários são realidade na vida cotidiana da população mundial, com reflexos também nos negócios, nas estratégias das empresas e na dinâmica do trabalho. Como tendência, há uma recomendação ostensiva para que as práticas ESG sejam aplicadas para consolidar nos próximos anos, em um contexto global, ações de sustentabilidade ambiental, social e de governança.

As práticas ESG estabelecidas em empresas globais têm servido como referência para organizações brasileiras que estão em fase de implementação do conceito. “Hoje, 80% das corporações globais entendem que sustentabilidade é prioridade estratégica, e 75% buscam profissionais com habilidades ESG para ocupar cargos de liderança”, observa Aline Oliveira, diretora da IntelliGente Consult, empresa de consultoria e mentoria especializada em estratégias, programas e projetos empresariais. “Como tema transversal nas corporações, à medida que gera conectividade entre as equipes profissionais e interrelação nas metas, ESG tem ampliado negócios e oportunidades, desde portfólios, produtos sustentáveis, novos mercados de atuação e interessado cada vez mais às empresas nacionais.”

Na visão de Fernanda Toledo, CEO da IntelliGente Consult, a ABNT PR 2030 é um primeiro passo importante para as organizações brasileiras que querem se adequar ao propósito ESG. “E há uma nova ISO, a IWA 48:2024, que trata especificamente sobre ESG”, destaca. Entre outros pontos, a ISO considera índices que garantam a participação feminina na alta administração e funcionários representativos de diversos grupos sociais.

Segundo as executivas, a principal transformação imediata para as organizações nacionais, e que requer providências ainda em 2025, é a adaptação dos indicadores ESG da empresa para indicadores financeiros e, desta forma, conectar às metas ESG com os indicadores as normas IFRS S1 e IFRS S2, que definem “requisitos gerais para divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade”. As regras foram desenvolvidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) e fazem parte da estrutura do International Financial Reporting Standards (IFRS).

“A norma S1 foi criada para fornecer um framework globalmente consistente e comparável para a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade”, explica Aline Oliveira. A norma S2 associa referências financeiras e mudanças climáticas. A partir de 2026, as empresas de capital aberto deverão, obrigatoriamente, incorporar as normas IFRS.

Na Cadeia de Fornecimento, o escopo 3 (fornecedores), segundo Fernanda Toledo, será fundamental para a demonstração de resultados do IFRS S2. “Há um processo importante que diz respeito à pegada de carbono. Assim, é recomendável que as empresas incluam também avaliação de escopo 3 nesse processo, que será cada vez mais exigido. As empresas que já atentam para isso são organizações de capital aberto, listadas na Bolsa, e estão sujeitas às exigências do mercado financeiro.”

No que se refere a Recursos Humanos, as executivas observam mudanças no modelo de trabalho, que passa por transformações e se configura como tendência importante para ESG em 2025.

Segundo elas, é fundamental destacar a presença da Geração Z nas organizações. “Esta geração nascida entre 1997 e 2010 tem uma visão diferente sobre o modelo de negócio, vinculam o trabalho ao propósito, entendem que a empresa deve olhar mais para a saúde física e mental dos funcionários e priorizam a qualidade de vida. Como pontos relevantes, valorizam a flexibilidade de horários, do modelo de trabalho e o uso da inteligência artificial”, ressalta Aline Oliveira.

Para além de 2025, na visão de Fernanda Toledo, as empresas precisam estar preparadas diante do “envelhecimento” da Geração Z e para o fato de o grupo, de forma predominante, assumir a opção de não ter filhos. “Em algum momento, essa ‘pirâmide’ vai se inverter. Por isso, é essencial que as organizações passem a trabalhar modelos diferentes daqui para frente, que contemplem também colaboradores mais velhos. Precisamos de profissionais mais velhos para trazer tranquilidade, planejamento e conhecimento do negócio.”

Em que o propósito ESG afeta as pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs)? Organizações maiores e mais estruturadas têm uma curva de dois a três anos para que as estratégias ESG comecem a se reverter em lucro e benefícios. “Em geral, as PMEs não têm fluxo de caixa para investir em algo que dará retorno no médio prazo”, observa Aline Oliveira.

Mas para as especialistas, as PMEs já dão os primeiros passos, diante da relevância ESG, integrando, gradualmente, as iniciativas do propósito como estratégia competitiva para se diferenciarem. Por outro lado, organizações que precisam adequar sua cadeia também estão buscando empresas menores que querem se adaptar.

Além de firmar parcerias, buscar acesso a incentivos governamentais e privados, de forma mais simplificada as PMEs começam a fazer relatórios transparentes sobre suas práticas, demonstrando em suas ações conceitos ESG que têm impacto interno e externo nas comunidades em que atuam. “Há, por exemplo, quem já faça gestão de resíduo e eficiência energética, com reaproveitamento de materiais, e utilização de economia verde”, diz Fernanda Toledo. “Mas o ideal é que intensifiquem suas iniciativas para que possam se estruturar daqui para frente”, reforça.

Embora as práticas ESG não sejam obrigatórias em termos de regulamentação, as executivas argumentam que no contexto global há a tendência para que as empresas se adaptem às ações de sustentabilidade ambiental, social e de governança. “Na verdade, estamos internacionalizando algumas normas ESG. Tivemos recentemente o encontro do G20, destacando a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, com países assumindo compromissos diante de metas de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Neste cenário, as empresas devem, necessariamente, estar adequadas e adaptadas”, afirma Aline Oliveira.

Até 2030, indicam estudos, cerca de 75% das empresas globais deverão implementar, formalmente, práticas ESG impulsionadas por regulamentações, demandas de mercado e consumidores e pressão de stakeholders. “Então, estamos diante de um caminho sem volta”, pondera Fernanda Toledo. “É urgente que as empresas se adaptem de forma organizada, dando um passo de cada vez e contando com um especialista para orientá-las em todas as etapas do processo”, conclui a executiva da IntelliGente Consult.

 

Com dólar a R$ 6, como fica a economia do Brasil?

O dólar alcançar R$6,00 reflete uma combinação de fatores internos e externos. No cenário internacional, a moeda americana se fortalece diante de perspectivas de taxas de juros mais altas e prolongadas nos Estados Unidos, associada às ameaças de medidas de imposição de novas tarifas comerciais pela futura administração de Donald Trump. Isso atrai investidores que buscam proteção para ativos em dólar, elevando sua demanda global.

Entretanto, o Real, entre as moedas emergentes, apresenta a pior performance, superando até o peso argentino. Isso não se explica apenas por fatores externos. Internamente, o Brasil enfrenta meses de atrasos na apresentação de um plano fiscal crível e executável, agravando a percepção de risco.

Desde a aprovação do novo arcabouço fiscal, substituto do teto de gastos, a dívida pública segue em trajetória ascendente, gerando desconfiança nos investidores. Temos que reforçar que existe uma percepção de que o governo atual não tem convicção em cortes de gastos como forma de dar saúde a economia e sim ao contrário, isso traz rejeição aos investidores.



Isenção de impostos: uma boa ideia no momento errado

A recente isenção de imposto de renda para quem ganha até R$5 mil é uma medida importante, considerando que a tabela do imposto está defasada pela inflação há anos. Isso alivia o bolso de muitos brasileiros. O problema não é a ideia em si, mas o momento em que foi implementada.

Essa renúncia fiscal ocorreu sem alternativas críveis para compensar a perda de arrecadação. A tentativa de tributar os mais ricos pode até parecer justa, mas é amplamente reconhecido que, no Brasil, esse tipo de tributação pode ser facilmente contornado por meio de mecanismos jurídicos e contábeis. Isso torna improvável que a arrecadação esperada se concretize, agravando ainda mais o quadro fiscal.



A dívida pública brasileira em números

A dívida bruta do governo federal atingiu 78,6% do PIB em outubro de 2024, um salto em relação aos 71,7% registrados em dezembro de 2022. Isso equivale a cerca de R$9 trilhões. O governo também pagou impressionantes R$869 bilhões em juros da dívida nos últimos 12 meses até outubro.

Além disso, o déficit primário - diferença entre receitas e despesas, sem considerar os juros da dívida - já acumula R$223 bilhões até outubro. O déficit nominal, que inclui os juros, alcança R$1,1 trilhão. Esses números mostram que o Brasil não apenas gasta mais do que arrecada, mas também enfrenta custos altos para financiar sua dívida.


Não se trata de ataque especulativo

É importante deixar claro: não estamos enfrentando um ataque especulativo. A questão é simples e objetiva. Se o governo, como entidade tomadora de empréstimos, não demonstra capacidade de honrar suas dívidas, os investidores passam a exigir juros maiores para assumir o risco.

Hoje, os títulos do Tesouro oferecem IPCA+ 7% ao ano, que é uma taxa elevada e que atrai investidores, mas que também acelera o crescimento da dívida pública. Isso cria uma bola de neve perigosa, com um ciclo de endividamento que se torna cada vez mais difícil de sustentar.



Por que o Brasil não pode se comparar a países desenvolvidos?

Embora países como Estados Unidos, França e Japão tenham dívidas públicas muito maiores em relação ao PIB, a estrutura de nossa dívida é diferente. Nosso perfil de vencimento é mais curto, o que nos obriga a renegociar parcelas significativas em intervalos menores. Isso aumenta a vulnerabilidade em momentos de instabilidade econômica ou política.

Nosso parâmetro deve ser outros países emergentes, que enfrentam desafios semelhantes, mas com bases fiscais mais sólidas. Comparar o Brasil com economias desenvolvidas, que possuem moedas fortes e confiança irrestrita dos mercados, é ignorar nossas limitações estruturais.



O impacto da alta do dólar no dia a dia

A desvalorização do real traz consequências diretas para a população. Produtos importados, como combustíveis, alimentos (trigo, por exemplo) e componentes eletrônicos, ficam mais caros, pressionando a inflação. Setores como turismo internacional e comércio varejista também sentem os efeitos.

Por outro lado, exportadores de commodities brasileiras se beneficiam, já que seus produtos ganham competitividade no mercado global. No entanto, para a maior parte da população, o impacto do dólar alto é sentido no aumento do custo de vida, com uma perda ainda maior do poder de compra.



O que precisa ser feito?

A solução para estabilizar o dólar e a economia passa por medidas fiscais sólidas e responsáveis. O governo precisa apresentar um plano confiável de redução de gastos e controle da dívida pública. Reformas estruturais, como a administrativa, são essenciais para reduzir despesas permanentes.

Além disso, é fundamental fortalecer a confiança dos investidores, mostrando comprometimento com a estabilidade econômica. Sem essas ações, continuaremos presos a um ciclo de juros altos, inflação elevada e moeda desvalorizada. Precisamos aguardar qual será a reação do congresso que sempre ajusta esse tipo de pacote.
 




João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro. Com uma carreira bem-sucedida, busca contribuir para que as pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos e carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.



Split Payment: quais mudanças as empresas terão?

 

Com a chegada da reforma tributária no Brasil, as empresas enfrentarão mudanças significativas em suas rotinas financeiras e fiscais. Entre as principais inovações está o split payment, uma nova forma de recolhimento de tributos que promete mais eficiência e transparência para o sistema tributário. Porém, como toda mudança, ela traz desafios que exigirão atenção e planejamento.

O split payment, ou “pagamento dividido”, altera a lógica de recolhimento de tributos sobre o consumo. Atualmente, as empresas recebem o valor integral de suas vendas ou serviços e repassam os tributos ao governo em um momento posterior, após o fechamento do período de apuração. Esse modelo oferece maior flexibilidade financeira, permitindo que os valores recebidos sejam utilizados até a data de vencimento dos tributos.

Com a nova forma de recolhimento, essa dinâmica muda, a partir do momento em que o cliente efetua o pagamento. Isso porque, o sistema financeiro que processa a transação faz automaticamente a retenção da parcela correspondente aos tributos (IBS e CBS) e os encaminha diretamente ao governo. Enquanto isso, o fornecedor ou prestador de serviço recebe apenas o valor líquido, já descontados os impostos. Assim, o recolhimento ocorre de forma imediata, sem depender da gestão posterior do contribuinte.

Para contemplar as diferentes realidades de operação, a Câmara e o Senado discutem três modalidades de split payment: automático, o modelo realiza o recolhimento com base na diferença entre o imposto devido e os créditos tributários compensados, ajustando os valores por meio de consultas a sistemas governamentais; simplificado, voltado ao varejo, trabalha com uma alíquota fixa, recalculada ao final do período, para corrigir eventuais excessos ou insuficiências; e o manual, utilizado em transações fora do sistema financeiro, como pagamentos em dinheiro ou cheque, com compensação de créditos em até três dias.

Essa inovação busca reduzir a sonegação fiscal e aumentar a transparência, uma vez que com o imposto sendo recolhido automaticamente, elimina-se o risco de que os valores destacados nas notas fiscais não sejam repassados ao governo, como pode ocorrer no modelo atual. Além disso, o split payment facilita a fiscalização e reduz disputas tributárias, já que os tributos devidos são retidos no momento da transação.

No entanto, a experiência internacional traz alertas importantes sobre os desafios dessa modalidade. Na Itália, onde o modelo foi implementado em 2015 para operações com autoridades públicas e depois expandido para empresas estatais e companhias listadas, houve avanços na arrecadação e no fluxo de caixa do Estado. Contudo, custos administrativos elevados e atrasos significativos no ressarcimento de créditos tributários impactaram tanto empresas quanto a administração pública, ressaltando a importância de planejamento para evitar esses problemas.

Na Polônia, que adotou a modalidade de forma mais ampla em 2018, o sistema melhorou a eficácia da arrecadação, especialmente em setores como eletrônicos e construção. Para mitigar impactos no fluxo de caixa das empresas, o governo polonês estabeleceu prazos reduzidos para reembolso de créditos em 25 dias, mas a complexidade administrativa permaneceu como um ponto de crítica. Esses exemplos mostram que, embora os benefícios sejam reais, o split payment exige cuidados detalhados durante a implementação.

No Brasil, os desafios relacionados ao ressarcimento de créditos tributários merecem destaque. Os prazos de liberação desses créditos impactam diretamente o fluxo de caixa e o planejamento financeiro das empresas. A legislação prevê que os pedidos de ressarcimento sejam analisados em até 180 dias, e, se esse prazo não for cumprido, o ressarcimento deverá ser efetuado automaticamente em até 15 dias subsequentes. Para empresas que dependem desses valores para manter a liquidez, esses períodos podem parecer longos. Em comparação, países como Polônia e França oferecem reembolsos em prazos mais curtos, de 25 e 22 dias, respectivamente. Isso destaca a necessidade de maior agilidade no nosso país, especialmente em setores que operam com margens estreitas.

O processo de transição para a adoção do split payment no Brasil está previsto para 2026, com uma fase inicial de testes para calibrar os sistemas de arrecadação e ajustar regulamentações. Esse cronograma permitirá uma implementação gradual, reduzindo os impactos para contribuintes e possibilitando ajustes antes da adoção definitiva. Nesse período, será essencial acompanhar os desdobramentos técnicos e as discussões legislativas, já que a nova forma de recolhimento faz parte de uma reforma tributária mais ampla que afetará processos financeiros e operacionais.

Outro aspecto crucial será a integração tecnológica. O modelo depende de consultas em tempo real a sistemas governamentais para validar os valores devidos e compensar possíveis excedentes. As empresas precisarão adaptar seus sistemas internos, como ERPs, garantindo que os dados fiscais sejam processados de forma precisa e consistente. Esse alinhamento será fundamental para minimizar inconsistências e evitar impactos negativos no fluxo de caixa.

Em suma, o split payment não é apenas uma mudança isolada, mas uma peça fundamental dentro da reforma tributária. O momento atual é uma oportunidade para as empresas avaliarem o impacto em seus processos financeiros e práticas fiscais, permitindo a adaptação ao novo cenário com mais planejamento e eficiência. Embora a implementação exija tempo e investimentos, o período de transição representa uma chance de aprendizado, garantindo que as organizações estejam preparadas para operar com segurança e aproveitar os benefícios de um sistema tributário mais moderno e transparente. 

 


Taís Baruchi - CEO e sócia na ECOVIS® BSP.

BSPhttps://ecovisbsp.com.br/

 

Custo de vida tem maior impacto para as classes baixas com alta na energia elétrica, aponta FecomercioSP

Aumento nas carnes também pressiona orçamento, mas queda nos transportes alivia parte do impacto


O Índice de Custo de Vida por Classe Social (CVCS), divulgado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontou alta de 0,62% em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice registra avanço de 4,56%. As classes de menor renda (D e E) foram as mais impactadas, com variações de 0,69% e 0,73%, respectivamente, enquanto para a classe A houve expansão de 0,53% [tabela 1].

[TABELA 1]

CUSTO DE VIDA POR CLASSE SOCIAL (CVCS) GERAL

Outubro de 2024

Fonte: FecomercioSP


Dentre os fatores que mais contribuíram para a elevação, destaca-se o aumento de 6% na energia elétrica, causado pela mudança na bandeira tarifária para o patamar vermelho 2. O impacto para a habitação foi relevante, com variação de 1,55%, correspondendo a mais de 90% da alta geral no mês, ao lado de alimentação e bebidas.

De acordo com a FecomercioSP, essa aceleração do CVCS era esperada em decorrência do aumento da tarifa da energia elétrica — porém o regresso, em novembro, para a bandeira amarela, acabou favorecendo o cenário das famílias. A inflação segue controlada, com altas concentradas em itens específicos e sem avanço generalizado.

No setor de alimentos, as carnes lideraram as pressões inflacionárias, com alta média de 7,5%. Cortes como acém (11,4%), músculo (10%) e costela (9,4%) apresentaram as maiores elevações, reflexo do período de entressafra. Em contrapartida, outros itens essenciais, como feijão (-0,4%), cebola (-12,9%) e pão francês (-0,3%), registraram queda, amenizando parcialmente o impacto.

Já na saúde, o aumento foi de 0,56%, puxado por reajustes em convênios (0,5%) e produtos de higiene pessoal (0,81%). Por outro lado, os transportes apresentaram deflação de 0,30%, com quedas expressivas nas passagens aéreas (-14,7%) e no etanol (-0,4%), beneficiando especialmente lares de menor renda.

[TABELA 2]

CUSTO DE VIDA POR CLASSE SOCIAL (CVCS) POR CLASSES

Outubro de 2024

Fonte: FecomercioSP


No acumulado de 12 meses, as classes D e E lidaram com os maiores avanços no custo de vida, com 4,57% e 4,56%, respectivamente. Já a classe A testemunhou variação de 4,43%, refletindo menor exposição às oscilações nos preços de habitação e alimentação.

O Índice de Preços no Varejo (IPV), por sua vez, apontou alta de 0,68% em outubro, acumulando 3,84% nos últimos 12 meses. O grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pelo avanço, com alta mensal de 1,96%. Por isso, as classes mais baixas sentiram o encarecimento dos preços dos produtos de forma mais intensa.

No segmento dos serviços, o Índice de Preços de Serviços (IPS) avançou 0,57%, acumulando 5,33% em um ano, com destaque para habitação (1,79%). Essa contribuição potencializou o avanço no acumulado anual (5,95%).

Nota metodológica CVCS

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.

 

FecomercioSP
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NESTE VERÃO, BRASIL É COM Z! SAIBA O QUE ATRAI TURISTAS ESTRANGEIROS PARA O PAÍS DURANTE AS FÉRIAS E ONDE ELES DESEJAM ESTAR

Florianópolis, Santa Catarina



De acordo com o KAYAK, Rio de Janeiro e São Paulo são os favoritos na busca por voos, enquanto Florianópolis e Búzios se destacam para hospedagens

 

Dono de uma energia acolhedora, rico em cultura, gastronomia e belezas naturais, o Brasil é um destino que não economiza motivos para estar na lista de desejos de visitantes estrangeiros, que cruzam oceanos e fronteiras, em busca do que o país tem de melhor. Não é à toa que, entre janeiro e setembro de 2024, o número de turistas vindos de outros países aumentou 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Ministério do Turismo*.


Mas onde eles desejam ir no verão que se aproxima das terras brasileiras? O KAYAK, principal buscador de viagens do mundo, mostra em seu relatório Check-in para Sua Viagem: Verão 2025* os destinos com mais buscas para voos e hospedagens, que vão do Nordeste ao Sul do país, e os preços médios observados durante o período de análise, para viagens entre dezembro e janeiro.

Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis e Salvador estão no top 5 tanto para voos, como para hospedagens. As diferenças aparecem quando Fortaleza, capital do Ceará, preenche o 5º lugar no ranking de busca por voos, e Búzios, no Rio de Janeiro, ocupa a 4ª posição no ranking de hospedagens.


Confira a posição de cada cidade nos rankings de buscas para voos e hoteis, e preços médios para cada destino:
 

 

Ranking

 

Destinos mais buscados para voos

Preços médios de voos partindo da América do Sul no KAYAK

Preços médios de voos partindo de fora do continente no KAYAK

1

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

R$2.295

R$6.482

2

São Paulo, São Paulo

R$2.285

R$6.136

3

Florianópolis, Santa Catarina

R$2.172

R$7.214

4

Salvador, Bahia

R$3.033

R$6.345

5

Fortaleza, Ceará

R$3.380

R$6.535

 

Ranking

Destinos mais buscados para hotéis

Preços médios da diária no KAYAK

1

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

R$1.170

2

Florianópolis, Santa Catarina

R$918

3

São Paulo, São Paulo

R$653

4

Búzios, Rio de Janeiro

R$1.049

5

Salvador, Bahia

R$594

 

Da inconfundível culinária baiana, a uma caipirinha na praia de Ipanema: O KAYAK listou alguns motivos que tornam a visita a cada um destes destinos, inesquecível: 

  • O réveillon de Copacabana é considerado um dos maiores do mundo e esse já é um motivo e tanto para estar no Rio de Janeiro. Mas curtir dias de sol nas praias de Ipanema, Leblon ou Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, degustando de uma brasileiríssima caipirinha, também é um atrativo para visitantes estrangeiros. Se distanciando da capital carioca, o estrangeiro parece interessado também nas belezas naturais que Búzios oferece, cidade do Rio de Janeiro com praias de águas cristalinas e areias finas que atendem tanto aos surfistas, como famílias;

 

  • A região Sul não fica para trás nos atrativos de verão. Florianópolis tem 42 praias, com opções para turistas que desejam algo mais tranquilo, como a praia do Campeche, ou badalação, como Jurerê Internacional. Além disso, a beleza de Florianópolis se revela entre outras formações naturais, como dunas, lagoas, muito verde e montanhas, que proporcionam o cenário ideal para os amantes de esportes radicais;

 

  • Não é difícil encontrar Salvador entre as primeiras escolhas de turistas estrangeiros quando o objetivo é conhecer o Brasil e, desta vez, o Check-in para Sua Viagem: Verão 2025* não aponta algo diferente. Afinal, a capital da Bahia está repleta de história para contar e exibe praias de tirar o fôlego. As noites animadas e culinária típica são auto convidativas e difíceis de serem recusadas; 
  • Enquanto isso, São Paulo pode ser o ponto de partida para os visitantes que desejam desbravar, durante as férias, diferentes cenários que a maior metrópole do país oferece, se dividindo entre a agitação da capital, a tranquilidade das cidades do interior, e as belezas das praias e ilhas dos litorais norte e sul, ideais para dias de verão; 
  • Fortaleza é a outra cidade do Nordeste brasileiro que parece estar brilhando os olhos de estrangeiros. Com 13 opções de praias de águas quentes e uma extensa faixa de areia, a capital cearense surpreende com uma farta gastronomia típica, peças de artesanato e sete áreas de conservação ambiental, que atraem os turistas mais aventureiros apaixonados por desbravar destinos repletos de natureza.

“O turismo internacional, especialmente em alta temporada, é essencial para o Brasil por contribuir para o crescimento econômico, gerar empregos temporários e reconhecimento de patrimônios naturais e culturais, e promover a imagem do país como opção turística. É neste momento em que mostramos para o restante do mundo nossa diversidade cultural e gastronômica, natureza rica, e uma infinidade de experiências espetaculares que eles só encontram aqui”, analisa Gustavo Vedovato, Country Manager do KAYAK no Brasil.


Metodologia 

O relatório "Check-in para sua Viagem: Verão 2025" é baseado na análise de buscas feitas no site KAYAK.com.br e marcas associadas entre 01/03/2024 e 31/08/2024 para viagens entre 01/12/2024 e 31/01/2025, definido como período de verão, e de 20/12/2024 e 05/01/2025, definido como período de final de ano. Os dados ano a ano são baseados na comparação dos dados das mesmas buscas e períodos de viagem do ano anterior.


A seção “Visitantes internacionais” é baseada nos voos mais buscados para destinos brasileiros, partindo do exterior. Separadamente, são consideradas as buscas de voos e hotéis realizadas no KAYAK e marcas associadas, excluindo KAYAK.com.br e domínios brasileiros associados. Os destinos são ordenados de acordo com o volume de buscas e a média de preços é exibida para cada um. A média de preços para os voos é calculada separadamente para viagens que partem da América do Sul ou fora do continente.

Todos os preços de voos mencionados são preços médios ponderados para voos de ida e volta em classe econômica para este verão. Os preços dos hotéis apresentados são médias ponderadas das tarifas por noite. 

Confira a metodologia completa aqui.
 


KAYAK
KAYAK.com.br



Fonte:
Embratur - Brasil atrai 4,9 milhões de turistas internacionais em 9 meses

 

Por que comer bem é um desafio maior para os mais pobres?

Pesquisa da FGV mostra como a busca por saciedade pode dificultar a alimentação saudável entre indivíduos de baixa renda

 

Consumidores de baixa renda tendem a adotar hábitos alimentares menos saudáveis do que os mais ricos, um problema frequentemente atribuído ao acesso limitado a alimentos saudáveis e aos seus preços elevados. No entanto, estudos da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-EBAPE), indicam que, além desses fatores, a busca por saciedade pode se apresentar como uma importante barreira para a alimentação saudável entre os mais vulneráveis. A pesquisa, recentemente publicada no Journal of Marketing, foi realizada pelo pesquisador FGV EBAPE, Yan Vieites, em parceria com Larissa Elmor, também da FGV, Bernardo Andretti e Eduardo Andrade, ambos da Imperial College London. 

O artigo é resultado de uma pesquisa com dados de oito estudos, conduzidos entre 2019 e 2024. Durante esses cinco anos, foram entrevistadas 2.902 pessoas em duas áreas-chave do Rio de Janeiro: Complexo de Favelas da Maré e Leblon. No artigo, os pesquisadores mostram que consumidores de baixa renda, mais vulneráveis à insegurança alimentar, buscam alimentos que proporcionem saciedade, enquanto consumidores mais ricos, que vivem em contextos de abundância alimentar, priorizam mais a saúde. O valor dado à saciedade pelos consumidores de baixa renda se sobrepõe à importância da saúde, mas não ao sabor, que é um critério importante para todos, independentemente de classe social. Essa prioridade por alimentos que trazem maior saciedade torna os itens saudáveis menos desejáveis, já que estes geralmente são percebidos como menos saciantes, particularmente por aqueles com menos recursos. 

Como resultado, consumidores de baixa renda podem achar alimentos saudáveis menos atrativos, mesmo quando acessíveis e econômicos, caso não sejam percebidos como satisfatórios, o que desafia políticas focadas apenas na oferta desses alimentos. Esses achados sugerem que formuladores de políticas podem melhorar dietas incorporando a saciedade nas diretrizes alimentares e promovendo alimentos saudáveis que saciem mais. “Considerar tanto a acessibilidade quanto a atratividade dos alimentos saudáveis, principalmente em relação à saciedade, é essencial para reduzir a desigualdade nutricional e promover hábitos mais saudáveis entre populações de baixa renda”, resume o pesquisador Yan Vieites. 

A pesquisa, em inglês, pode ser baixada gratuitamente no site do Journal of Marketing.


BOLETIM DAS RODOVIAS

 Bandeirantes tem operação comboio nesta manhã

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta quinta-feira (5). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Na rodovia Anchieta (SP-150), sentido capital, há lentidão do km 13 ao km 10 e do km 19 ao km 17. No sentido litoral, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), o tráfego é lento no sentido capital do km 17 ao km 14, sentido litoral o tráfego é normal. 

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, registra congestionamento do km 14 ao km 11+360, do km 106 ao km 104 e do km 64 ao km 60 e entre o km 24 ao km 21, sentido interior o tráfego segue congestionado do km 44 ao km 61. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido capital, há congestionamento do km 60 ao km 55, no sentido interior o tráfego e está congestionado entre o km 44 ao km 47 e do km 54 ao km 55, a rodovia foi aberta ao tráfego após interdição para atendimento de acidente e opera por meio da "Operação Comboio".

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Já a Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, registra congestionamento do km 35 ao 24, do km 15+500 ao km 13+700 e lentidão do km 18 ao km 16. No sentido interior há congestionamento do km 20 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta congestionamento do km 26 ao km 17 no sentido capital, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

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