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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Tráfico de mulheres: um desafio aos direitos humanos e à dignidade

 

FreePK

O Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, convida a sociedade a refletir sobre igualdade e justiça e liberdade. Esta data enfatiza a importância de garantir dignidade e liberdades fundamentais a todos, independentemente de raça, gênero ou condição social.

Quando decidi começar a escrever romances, tracei como missão de carreira levar entretenimento e reflexão ao leitor, pois livros são instrumentos eficazes na disseminação da informação. Vivemos em um país com alto índice de todos os tipos de violência, por isso, ao escrever essas histórias, busco despertar o interesse por questões sociais e denunciar violações de direitos humanos, especialmente das mulheres. Com 74 livros publicados, utilizo a literatura para abordar e alertar leitoras sobre temas como violência, tráfico de pessoas e exploração sexual.

O Brasil lidera rankings de tráfico de mulheres na América do Sul, com 110 rotas nacionais e 131 internacionais, segundo a PESTRAF. Muitas vítimas são enganadas por promessas de casamento, emprego ou carreira, caindo em redes criminosas que exploram sua vulnerabilidade. Dados da ONU mostram que 83% das mulheres traficadas sofrem exploração sexual, enquanto 13% são submetidas a trabalho forçado. Entre homens, 82% são explorados em trabalhos forçados e 10% para fins sexuais.

Afinal, a proximidade dos aliciadores com as vítimas é alarmante. Amigos, familiares ou conhecidos possuem poder de persuasão e operam por meio de negócios de fachada, como agências de modelo ou casas de show. Obras como a novela Salve Jorge ajudaram a expor a realidade do tráfico de mulheres, mas na vida real, os finais raramente são felizes.

Como escritora e assistente social, busco alertar e informar sobre esse crime. A prevenção é essencial. Desconfie de propostas fáceis, consulte advogados antes de assinar contratos e mantenha familiares informados sobre deslocamentos. Em viagens, registre contatos de consulados e autoridades locais.

Denuncie qualquer suspeita pelo Disque 100 ou 181, serviços gratuitos e anônimos. O silêncio e a omissão alimentam o ciclo de violência. A informação é a principal arma contra o tráfico de pessoas, um crime que atenta contra a dignidade e os Direitos Humanos. Que nossas ações ajudem a construir um país mais seguro e justo para todos.

 

Cláudia Castro - autora best-seller do livro “Nos braços do meu protetor”, assistente social e especialista em políticas públicas para mulheres com mais de 20 anos de experiência no atendimento a vítimas de violência.

 

Inclusão no mercado financeiro: um desafio urgente para o Brasil


Novembro é marcado pela celebração da Consciência Negra e apesar de o mês estar quase no fim, as questões relacionadas ao tema precisam continuar tendo destaque nos outros meses. Por isso, resolvi trazer uma reflexão sobre a representatividade racial e de gênero no mercado financeiro brasileiro. Analisando dados recentes é possível perceber que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para promover a inclusão efetiva e a equidade de oportunidades no setor.



Assimetrias nos quadros de liderança e no acesso a investimentos


Segundo os dados mais recentes do estudo ‘Mulheres em Ações’ da B3, a diversidade de gênero e raça permanece um desafio nas empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira. Mais de 56% dessas companhias ainda não têm nenhuma mulher em suas diretorias estatutárias, e 37% não possuem mulheres em seus Conselhos de Administração.

Quando olhamos para a representatividade racial, o cenário é ainda mais preocupante: 98,6% das empresas não contam com diretores negros, e 87,7% não têm diretores pardos. E o problema vai além disso, pois a desigualdade racial se reflete também no acesso da população negra ao mercado financeiro como investidora.

De acordo com as informações disponibilizadas no ‘Raio X do Investidor’ de 2023, realizado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), apenas 35,5% da população negra possui investimentos financeiros, em comparação com 42,5% da população branca.

Esse dado revela uma diferença bastante significativa na inclusão financeira e destaca a necessidade de ações que ampliem o acesso de pessoas negras aos mais variados tipos de investimentos, melhorando sua participação nos ganhos e na segurança financeira, o que é direito de todos.



A importância das ações afirmativas para um futuro equitativo


A própria B3, a Bolsa de Valores brasileira, tem promovido iniciativas de transparência e incentivo para que as empresas mapeiem e ampliem a diversidade em seus quadros. Contudo, os números demonstram que o avanço ainda é tímido e, em alguns aspectos, há uma estagnação ou retrocesso.

Em 2024, das 359 empresas avaliadas, 354 declararam não ter nenhum diretor estatutário preto, e 315 não possuem diretores estatutários pardos. No levantamento de 2023, esses números eram ligeiramente menores, com 337 empresas sem pessoas negras na diretoria e 305 sem pessoas pardas.

O fato é que ações afirmativas são essenciais para promover o acesso e o desenvolvimento de carreiras para grupos sub-representados. O objetivo é que, no futuro, tais medidas não sejam mais necessárias, pois a equidade estará consolidada. No entanto, dado o legado de séculos de exclusão, essas ações são indispensáveis para garantir um ponto de partida justo.



Diversidade como diferencial competitivo e inovador


A inclusão de pessoas de grupos sub-representados vai além de uma questão de justiça social, pois contribui diretamente para o desempenho e a inovação nas empresas. Estudos mostram que a diversidade cria uma massa crítica importante para a tomada de decisões estratégicas, o que considero fundamental.

Em um mercado financeiro competitivo, as empresas que contam com diferentes pontos de vista conseguem desenvolver produtos e serviços mais inclusivos e abrangentes. Essa pluralidade permite que as empresas estejam mais preparadas para entender e atender as necessidades de um público cada vez mais diverso.

Neste mês da Consciência Negra, convido o mercado a refletir e a agir sobre as oportunidades de inclusão, destacando que promover a diversidade é essencial para o crescimento sustentável e inovador das empresas. O caminho para a equidade é longo, mas cada passo conta para construirmos um ambiente corporativo onde todos tenham as mesmas oportunidades de desenvolver suas potencialidades e contribuir para o futuro do país.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro. Com uma carreira bem-sucedida, busca contribuir para que as pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos e carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Atendimento virtual com IAs já é realidade e impacta mercado de trabalho

Colaboradores virtuais criados por startup goiana vão além dos tradicionais chatbots, fornecendo respostas complexas, sugestões e até detecção do humor do cliente

 

O mercado de trabalho vem passando por uma transformação em diferentes âmbitos. Enquanto o Brasil discute o futuro da jornada de trabalho humana, a tecnologia está disponibilizando alternativas para otimizar o desempenho das pessoas no mundo do trabalho.

Já existe tecnologia para que as empresas mantenham um atendimento digital ativo sem interrupção, folga ou férias, oferecendo uma experiência aos consumidores modernos, sem tempo e paciência para esperar um retorno de um profissional que esteja de folga.

“A inteligência artificial vai possibilitar que as pessoas trabalhem menos. Certamente, alguns empregos deixarão de existir, aqueles ligados a rotinas repetitivas, mas certamente surgirão outras funções mais analíticas”, avalia Marcus Ferreira, founder da startup goiana Acelérion Hub de Inovação. Um recente estudo do Goldman Sachs projeta que a ascensão da IA poderá afetar diretamente cerca de 300 milhões de empregos ao redor do mundo. 

Ele exemplifica com os colaboradores virtuais criados pela sua startup, focados em venda ou agendamento de reuniões de negócios, que já estão rodando em todo país e que estão diminuindo a necessidade de contratação e treinamento constantes de mão-de-obra.

A startup se consolidou como uma das mais promissoras do Brasil ao desenvolver soluções baseadas em IA para otimizar o atendimento com foco na venda ou no agendamento de reuniões ou visitas de negócios. 


Foco na criatividade

Apesar dos temores quanto ao nível de empregos que podem ser perdidos nos próximos anos, a especialista em IA Loryane Lanne, sócia e CEO da Acelérion, avalia que a tecnologia surge para  fazer com que as pessoas se esgotem menos nos seus trabalhos operacionais repetitivos. “O ser humano foi feito para ser criativo. A IA está aí justamente para fazer o processo repetitivo e deixar com que as pessoas, os trabalhadores, não se esgotem mentalmente, gerando como consequência um burnout ou algum tipo de depressão por ficarem fazendo algo que não é tão prazeroso”, diz.

A especialista destaca que mesmo as IAs precisam de um especialista para conduzi-las, o que se reflete na necessidade de profissionais cada vez mais especializados e preparados para o mercado de trabalho que vem se desenhando. “No caso do atendimento, a IA precisa de um excelente vendedor do lado dela, observando o comportamento humano e melhorando o seu atendimento para que ela também seja excelente na sua função. Esse vendedor vai dominar a sua área cada vez mais e vai passar a não se desgastar tanto com processos e respostas repetitivos, focando no que é realmente importante”, afirma.


Dois funcionários a menos

Renato Soriani Vieira, proprietário da LR Imóveis, em São Paulo, começou a utilizar o Corretora.AI há cerca de dois meses e descreve a ferramenta como uma verdadeira "secretária de vendas". Entre suas funções, ele destaca a qualificação de leads e o agendamento de visitas, o que permitiu à empresa eliminar a necessidade de dois funcionários que antes realizavam essas tarefas.

"Com o Corretora.AI, já conseguimos atender 413 clientes de forma contínua, 24 horas por dia, e estou muito próximo de fechar vendas graças ao agendamento rápido e assertivo", compartilha Renato.

Entusiasta das tecnologias digitais, Renato não hesitou em adotar a IA em sua empresa e vê a inovação como essencial para escalar seu negócio. "Zero processos trabalhistas e mais agilidade nos atendimentos", resume ele.

Segundo Renato, a Corretora.AI permitiu uma melhor distribuição dos recursos humanos, deixando a equipe livre para focar em aspectos mais estratégicos da venda e no relacionamento com o cliente.


Atendimento 24h com humanização e agilidade

Pabline Mello Nogueira, proprietária da SOU Imobiliária, de Florianópolis, também relata grandes avanços desde a implementação da Corretora.AI. Com dois meses de uso, a IA está encarregada do primeiro atendimento aos clientes, filtrando informações e agendando visitas antes de encaminhá-los para o corretor responsável.

"O atendimento é ágil e 24 horas por dia, mas sem parecer um robô. A IA da Acelérion nos trouxe liberdade e uma personalização que antes só era possível com uma equipe completa", comenta Pabline.

Ela também reforça a importância da inovação para a sobrevivência no mercado. "A inovação é 100% essencial para o nosso crescimento. O cliente busca cada vez mais rapidez e eficiência, e a tecnologia nos permite oferecer exatamente isso", diz Pabline.

Além de aumentar a quantidade de agendamentos e centralizar as informações, a ferramenta também padroniza o atendimento, permitindo que a SOU Imobiliária atenda um maior número de clientes sem comprometer a qualidade do serviço.

 

Confira: 6 dicas para desenvolvimento contínuo de habilidades

 

Incorporar tecnologias emergentes, gerenciamento de conflitos e colaboração interdisciplinar podem ser um caminho

 


Um profissional que está em desenvolvimento contínuo, é alguém que frequentemente é disruptivo, que vai além do crescimento incremental, sendo capaz de identificar oportunidades onde outros veem obstáculos e criar soluções que transformam o mercado e a organização. Essas pessoas não apenas acompanham as mudanças, como também as provocam, se atualizando sobre as últimas tendências, mostrando flexibilidade e uma abordagem proativa em seu desenvolvimentoPensando nisso, Benito Berretta, Managing Director da Hyper Island, consultoria global especializada em jornadas de aprendizado e transformação, listou 6 dicas de como se desenvolver de forma constante.


 

Invista em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal

 

O autoconhecimento é essencial para o desenvolvimento profissional e, para isso, é importante conhecer suas próprias forças e fraquezas, e trabalhar continuamente para melhorar as habilidades interpessoais e de liderança. É uma jornada contínua que contribui para o crescimento e a eficácia.


 

Desenvolva a capacidade de resolução de problemas

 

Pratique a resolução de problemas complexos abordando-os de forma analítica e criativa. Use técnicas como brainstorming, design thinking e análise de cenários para encontrar soluções inovadoras para desafios que outros consideram insuperáveis. Além disso, analise o que deu errado em seus projetos e use essas lições para ajustar suas estratégias e tentar novamente.


 

Incorpore tecnologias emergentes

 

Manter-se atualizado com as últimas tecnologias e tendências do mercado é indispensável. Explore áreas como Inteligência Artificial, Blockchain e Internet das Coisas (IoT), e experimente aplicá-las em seu campo de atuação. Essa incorporação pode levar a inovações que redefinem processos e produtos.


 

Fomente a colaboração interdisciplinar
A troca de conhecimento com pessoas de diferentes áreas pode trazer percepções valiosas e soluções inovadoras. Envolva-se em projetos com equipes compostas por profissionais de várias disciplinas, onde a diversidade de pensamentos e experiências pode gerar ideias disruptivas. Interagir com diferentes perspectivas é essencial para questionar o convencional e criar algo realmente novo.


 

Use conflitos como oportunidade de crescimento

 

Os desafios e os conflitos são inevitáveis em qualquer carreira, mas um profissional disruptivo os vê como oportunidades para se desenvolver. Aproveite os momentos de tensão para questionar suposições, gerar ideias e fortalecer suas habilidades de resolução. Toda vez que enfrentar um obstáculo, pergunte-se: "Como posso usar isso para melhorar?", e isso ajudará transformá-lo em trampolim para o seu desenvolvimento profissional.


 

Adote uma mentalidade de aprendizagem contínua

 

O mundo está em constante mudança e, para ser disruptivo, é essencial ter uma mentalidade de aprendizagem contínua. Encare cada experiência como uma oportunidade de aprendizado, seja receptivo ao feedback e use-o para melhorar continuamente suas habilidades e abordagens. A capacidade de adaptar-se rapidamente às novas informações e circunstâncias é um diferencial importante.

 



Hyper Island


Transformações SAP em grande escala: um imperativo para a inovação empresaria

As transformações com SAP em grande escala não são apenas uma mudança de software; representam uma mudança cultural que exige o comprometimento de toda a organização. Planejamento adequado, comunicação eficaz e uma mentalidade aberta ao novo são fundamentais para que as empresas superem os desafios desse cenário e se posicionem como líderes em seus setores. 

Um dos principais obstáculos nesse processo é a resistência à mudança, pois muitas vezes o medo do desconhecido pode paralisar iniciativas que levariam a melhorias significativas. Por isso, um planejamento cuidadoso e uma comunicação clara tornam-se aliados essenciais. É crucial que as empresas adotem um enfoque centrado nas pessoas, onde cada colaborador compreenda o valor que a transformação pode trazer não apenas para a organização, mas também para o seu trabalho e desenvolvimento profissional.

 

A tecnologia, especialmente no contexto do SAP, desempenha um papel vital na modernização de processos e no aperfeiçoamento da eficiência operacional. A implementação de soluções como o SAP S/4HANA permite às organizações integrar e analisar dados em tempo real, facilitando decisões com base em informações mais assertivas. No entanto, apenas adotar novas tecnologias não é garantia de sucesso. As empresas devem estar dispostas a revisar e redesenhar os seus processos existentes, para aproveitar ao máximo os benefícios dessas ferramentas.

 

A colaboração entre departamentos também é fundamental para o sucesso das transformações com SAP em grande escala. Envolver todas as áreas da empresa no processo dessa transformação não apenas promove um ambiente de trabalho mais coeso, mas também ajuda a identificar e a resolver possíveis gargalos que possam dificultar o progresso. Cada departamento traz uma perspectiva única, e sua participação ativa é essencial para criar soluções integradas e eficazes.

 

Além disso, é importante destacar que a formação contínua deve ser um pilar de qualquer estratégia de transformação. Tecnologias e metodologias evoluem rapidamente, e as organizações precisam garantir que os seus colaboradores estejam sempre atualizados. Implementar programas de capacitação e desenvolvimento profissional ajudará os funcionários a se adaptarem aos novos sistemas, além de aumentar seu engajamento e motivação.

 

No SNP Group estamos comprometidos em acompanhar os nossos clientes nessa jornada de transformação, ajudando-os a construir um futuro mais ágil e resiliente.

A transformação digital é essencial para que as empresas sobrevivam e prosperem no ambiente corporativo atual. As transformações com SAP fundamentam essa estrutura de mudanças, oferecendo às organizações a agilidade e a capacidade necessárias para competir em um mundo em constante evolução. 

 

Ezequiel Pardo - Head of Transformation and Data Management, SNP Latam & Spain

 

Split Payment: quais mudanças as empresas terão?

Com a chegada da reforma tributária no Brasil, as empresas enfrentarão mudanças significativas em suas rotinas financeiras e fiscais. Entre as principais inovações está o split payment, uma nova forma de recolhimento de tributos que promete mais eficiência e transparência para o sistema tributário. Porém, como toda mudança, ela traz desafios que exigirão atenção e planejamento.

O split payment, ou “pagamento dividido”, altera a lógica de recolhimento de tributos sobre o consumo. Atualmente, as empresas recebem o valor integral de suas vendas ou serviços e repassam os tributos ao governo em um momento posterior, após o fechamento do período de apuração. Esse modelo oferece maior flexibilidade financeira, permitindo que os valores recebidos sejam utilizados até a data de vencimento dos tributos.

Com a nova forma de recolhimento, essa dinâmica muda, a partir do momento em que o cliente efetua o pagamento. Isso porque, o sistema financeiro que processa a transação faz automaticamente a retenção da parcela correspondente aos tributos (IBS e CBS) e os encaminha diretamente ao governo. Enquanto isso, o fornecedor ou prestador de serviço recebe apenas o valor líquido, já descontados os impostos. Assim, o recolhimento ocorre de forma imediata, sem depender da gestão posterior do contribuinte.

Para contemplar as diferentes realidades de operação, a Câmara e o Senado discutem três modalidades de split payment: automático, o modelo realiza o recolhimento com base na diferença entre o imposto devido e os créditos tributários compensados, ajustando os valores por meio de consultas a sistemas governamentais; simplificado, voltado ao varejo, trabalha com uma alíquota fixa, recalculada ao final do período, para corrigir eventuais excessos ou insuficiências; e o manual, utilizado em transações fora do sistema financeiro, como pagamentos em dinheiro ou cheque, com compensação de créditos em até três dias.

Essa inovação busca reduzir a sonegação fiscal e aumentar a transparência, uma vez que com o imposto sendo recolhido automaticamente, elimina-se o risco de que os valores destacados nas notas fiscais não sejam repassados ao governo, como pode ocorrer no modelo atual. Além disso, o split payment facilita a fiscalização e reduz disputas tributárias, já que os tributos devidos são retidos no momento da transação.

No entanto, a experiência internacional traz alertas importantes sobre os desafios dessa modalidade. Na Itália, onde o modelo foi implementado em 2015 para operações com autoridades públicas e depois expandido para empresas estatais e companhias listadas, houve avanços na arrecadação e no fluxo de caixa do Estado. Contudo, custos administrativos elevados e atrasos significativos no ressarcimento de créditos tributários impactaram tanto empresas quanto a administração pública, ressaltando a importância de planejamento para evitar esses problemas.

Na Polônia, que adotou a modalidade de forma mais ampla em 2018, o sistema melhorou a eficácia da arrecadação, especialmente em setores como eletrônicos e construção. Para mitigar impactos no fluxo de caixa das empresas, o governo polonês estabeleceu prazos reduzidos para reembolso de créditos em 25 dias, mas a complexidade administrativa permaneceu como um ponto de crítica. Esses exemplos mostram que, embora os benefícios sejam reais, o split payment exige cuidados detalhados durante a implementação.

No Brasil, os desafios relacionados ao ressarcimento de créditos tributários merecem destaque. Os prazos de liberação desses créditos impactam diretamente o fluxo de caixa e o planejamento financeiro das empresas. A legislação prevê que os pedidos de ressarcimento sejam analisados em até 180 dias, e, se esse prazo não for cumprido, o ressarcimento deverá ser efetuado automaticamente em até 15 dias subsequentes. Para empresas que dependem desses valores para manter a liquidez, esses períodos podem parecer longos. Em comparação, países como Polônia e França oferecem reembolsos em prazos mais curtos, de 25 e 22 dias, respectivamente. Isso destaca a necessidade de maior agilidade no nosso país, especialmente em setores que operam com margens estreitas.

O processo de transição para a adoção do split payment no Brasil está previsto para 2026, com uma fase inicial de testes para calibrar os sistemas de arrecadação e ajustar regulamentações. Esse cronograma permitirá uma implementação gradual, reduzindo os impactos para contribuintes e possibilitando ajustes antes da adoção definitiva. Nesse período, será essencial acompanhar os desdobramentos técnicos e as discussões legislativas, já que a nova forma de recolhimento faz parte de uma reforma tributária mais ampla que afetará processos financeiros e operacionais.

Outro aspecto crucial será a integração tecnológica. O modelo depende de consultas em tempo real a sistemas governamentais para validar os valores devidos e compensar possíveis excedentes. As empresas precisarão adaptar seus sistemas internos, como ERPs, garantindo que os dados fiscais sejam processados de forma precisa e consistente. Esse alinhamento será fundamental para minimizar inconsistências e evitar impactos negativos no fluxo de caixa.

Em suma, o split payment não é apenas uma mudança isolada, mas uma peça fundamental dentro da reforma tributária. O momento atual é uma oportunidade para as empresas avaliarem o impacto em seus processos financeiros e práticas fiscais, permitindo a adaptação ao novo cenário com mais planejamento e eficiência. Embora a implementação exija tempo e investimentos, o período de transição representa uma chance de aprendizado, garantindo que as organizações estejam preparadas para operar com segurança e aproveitar os benefícios de um sistema tributário mais moderno e transparente. 



Taís Baruchi - CEO e sócia na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/

 

Logística reversa colabora com o presente e o futuro do planeta

As propostas de desenvolvimento sustentável devem considerar diferentes aspectos no reaproveitamento dos resíduos.

 

O mundo vai gerar 3,4 bilhões de toneladas de resíduos por ano até 2050, aumento de 70%, segundo estudo da organização sem fins lucrativos International Solid Waste Association (ISWA). Em 2016, foram produzidas cerca de 2 bilhões de toneladas. O destino e reaproveitamento desses resíduos, dentro da proposta de logística reversa, é um dos grandes desafios globais. 

 

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2021, o volume de materiais reciclados por meio da logística reversa aumentou 10,4% em relação a 2020. Esse crescimento não é uniforme para todos os tipos de materiais. Alguns setores, como o de modens e decodificadores, apresentaram aumento, enquanto outros, como o de pneus, ainda registram índices baixos de reciclagem.

 

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece metas claras para a gestão de resíduos e a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e consumidores. Espera-se que futuras revisões da PNRS incluam requisitos ainda mais específicos, incentivando práticas sustentáveis em todas as etapas do ciclo de vida do produto.

 

“A tecnologia evolui em ritmo acelerado, fazendo com que a crescente geração de resíduos eletrônicos se transforme em uma preocupação ambiental urgente. Entre esses resíduos, destacam-se modems e decodificadores, componentes essenciais na vida de muitas pessoas”, salienta Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

 

Segundo Carlos Tanaka, CEO da PostalGow, a tendência é que a tecnologia e a inteligência artificial (IA) sejam fundamentais no avanço da logística reversa. Ferramentas de big data e machine learning estão sendo integradas para otimizar a gestão de resíduos, prever demandas e melhorar a eficiência das operações de reciclagem, permitindo um maior controle dos materiais recicláveis, reduzindo custos e aumentando a eficácia do processo.

 

A Lei nº 12.305/2010 estabelece diretrizes e responsabilidades para a gestão dos resíduos domiciliares, comerciais, industriais, de serviços de saúde, da construção civil e agrícolas, buscando integrar os setores público e privado na busca por soluções ambientalmente adequadas. Ela é regulamentada por alguns instrumentos, como o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), instituído em 2022, que estabelece metas e prazos para a implementação da política e as responsabilidades dos diferentes atores envolvidos.

 

O descarte inadequado de equipamentos eletrônicos gera uma ameaça ambiental. Materiais tóxicos presentes nesses dispositivos podem contaminar o solo e a água, causando danos irreversíveis à biodiversidade e à saúde humana. “A logística reversa surge como uma alternativa sustentável, impedindo que modems e decodificadores se tornem fontes potenciais de poluição”, finaliza Vininha F. Carvalho.

 

33% dos lares brasileiros comemoram as festas de fim de ano com churrasco

Levantamento da Kantar mostra avanço do consumo de proteína de origem animal no Brasil, com destaque para o preparo de churrasco

 

Recente análise da divisão Worldpanel da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, mostra que o consumo de proteínas de origem animal, principalmente o preparo de churrasco, vem se fortalecendo no Brasil.

De acordo com a Kantar, atualmente, 29 milhões de brasileiros fazem churrasco toda semana e cerca de 33% dos lares escolhem esse modo de preparo para celebrar as festas de fim de ano, número 10% maior do que era em 2021. Entre esse público consumidor periódico de churrasco, a frequência do preparo é de, em média, 1,7 vezes por semana. As carnes bovinas são as mais presentes: 60% dos churrascos no Brasil têm carne bovina, seguida de aves e linguiças.
 

Esse avanço se deve especialmente à estabilização dos preços. De acordo com Raquel Ferreira, diretora comercial da divisão Worldpanel da Kantar, o brasileiro faz hoje, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma missão a mais do que fazia em 2023. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no País. 

O Acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil, com maior importância na Grande SP e Grande RJ. A maior parte das compras de carnes é feita em supermercados (20,7% do volume), com ticket médio de R$50,59, pequeno varejo (30,2%), com ticket médio de R$51,42, varejo tradicional (21,1%) e ticket médio R$43,3. O açougue é responsável por 7,7% do volume consumido nos lares, mas com maior desembolso R$ 66,85. 

As recentes notícias sobre a falta de abastecimento da categoria de carnes bovinas apontam para os grandes riscos na operação de uma grande rede varejista ao enfrentar um possível boicote de frigoríficos no País.

Nos últimos anos, grandes marcas de categorias populares, vistas como essenciais pelos consumidores, tiveram conflitos com varejistas, levando a resultados negativos na experiência de compra dos clientes e cesta de produtos adquiridos nas redes varejistas. “A indústria como um todo precisa estar atenta a essas movimentações e definir rapidamente as melhores estratégias para minimizar os impactos em suas marcas ou categorias durante esses períodos de incerteza”, conclui Ferreira. 

Os dados acima são do Painel de Uso e Consumo da Kantar, que acompanha os hábitos e uso dos brasileiros em bens de consumo massivo – alimentos, bebidas de maneira contínua. O estudo reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.

 

Kantar
www.kantar.com/brazil


Melhor idade: um convite para grandes aventuras

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As pessoas necessitam de um período para reavaliar as escolhas, explorar novos interesses e adquirir experiências inovadoras. O termo sabático, oriundo do hebraico Shabat, está relacionado à tradição judaica de descansar a terra a cada seis anos de cultivo ininterrupto. Na terceira idade, um momento de pausa pode ser especial. Não é uma decisão fácil ou imediata, mas sim fruto de um processo de autoconhecimento e de estar disposto a sair da zona de conforto (ou desconforto), enfrentando medos e desafios. Para que o projeto se torne exitoso, há três palavras fundamentais: antecedência, organização e planejamento.

Compartilho aqui a experiência que tive com meu marido, Paulo, de nosso período de pausa, após eu pedir afastamento do cargo de gestão que exercia há mais de 10 anos. Apesar de gostar imensamente do que fazia, não vinculava o cansaço e o estresse que sentia a esse trabalho. Essa constatação me fez refletir e ver que era hora de “passar o bastão”, não sem antes praticar o desapego. O que fazer? O mundo tinha aberto as portas e o céu seria o limite! Quantas possibilidades! Depois de várias “tempestades de ideias”, decidimos viajar por aproximadamente seis meses para a Europa em 2018, guiados por interesses comuns em história, cultura e arte do velho mundo.

Iniciamos a jornada pela Inglaterra e tivemos a oportunidade de conhecer e interagir com pessoas de várias partes do mundo. Todo o roteiro da foi em função do desejo de conhecermos as grandes obras de arte, como as contidas no British Museum na capital inglesa, no Museu do Prado, em Madri, e no Louvre, de Paris, além de patrimônios históricos e culturais da humanidade em lugares como Portugal e Alemanha. As vivências espirituais foram outro ponto alto do passeio em espaço como a Sacré-Coeur, de Paris, o Self Realization Fellowship, de Dublin, e o templo de Neasden, em Londres.

Ao término de nossa viagem, voltamos com uma bagagem extraordinária de vivências e conhecimentos que gostaríamos de passar para outras pessoas. Descobri o prazer de escrever e publiquei dois livros sobre a experiência e Paulo entrou para o ramo do turismo. Valeu a pena? Muito! Essa decisão precisa ter uma razão e um propósito, um plano de ação muito bem estruturado, com definição do tempo da pausa, destino, custos e preparação para o retorno, garantindo que essa experiência se reverta em crescimento pessoal ou profissional.

Desperte sua criatividade e explore potencialidades que talvez nunca tenha imaginado, permitindo-se um período de pausa transformador!

 

Maria Leopoldina de Castro - 60+, médica e autora de “168 dias viajando pelo mundo: o prazer de viver a arte, cultura e espiritualidade”

Novas regras de imigração no Canadá: Pessoas com inglês ou francês básico podem se beneficiar

O agente e especialista em imigração para o país, Daniel Braun, explica que com as novas leis que já estão em vigor, as pessoas que falam minimamente um desses idiomas podem ter vantagens no processo para tirar a residência permanente

 

O governo canadense anunciou recentemente uma série de medidas para a imigração no país e uma delas diz respeito ao idioma. “Ao finalizar os estudos no Canadá, por exemplo, o candidato precisa fazer um teste de proficiência de idiomas se ele desejar permanecer por lá. Esse requisito tem por objetivo melhorar a qualidade dos graduados internacionais de se integrar no mercado de trabalho canadense e de se qualificar para o processo de residência permanente”, destaca Daniel Braun, especialista e agente de imigração e fundador da Meegra, plataforma que descomplica a imigração para o país.

Segundo Braun não é necessário ser fluente, mas é importante saber se comunicar nos idiomas inglês ou francês mesmo que seja minimamente. “A pessoa que tem até mesmo um nível mais básico de inglês ou francês pode ter a chance de aplicar para a residência permanente, ou seja, ela pode viver no Canadá tendo os mesmos direitos de um cidadão canadense. Isso é uma grande vantagem pra quem hoje já tem o idioma. Mas mesmo quem não tem, nós ajudamos esse candidato com as nossas mentorias, nós ajudamos a pessoa a escolher o idioma ideal de acordo com o seu próprio perfil”.

Para o especialista, as mudanças nas regras são importantes para acabar com a imigração ilegal e qualificar melhor os candidatos. “O Canadá continua comprometido em receber novos imigrantes e essas novas medidas são para garantir que o sistema opere com integridade e eficiência para todos. Quem continua fazendo o processo corretamente e com pessoas especializadas no assunto pode continuar com o sonho de morar e trabalhar em um dos melhores países do mundo”, finaliza Daniel Braun.

Para mais informações sobre o Canadá, acesse o Instagram do especialista em imigração Daniel Braun: https://www.instagram.com/danielmbraun/


Meegra

 

Endividamento familiar cresce 13% nas capitais brasileiras em dois anos, aponta FecomercioSP

 Atualmente, são 12,73 milhões de lares nessa situação; Porto Alegre e Vitória apresentam as maiores taxas, enquanto Belém registra a menor. 

Ainda que o índice de endividamento das capitais brasileiras tenha se mantido intacto nos últimos dois anos, com 78% de lares endividados, o número absoluto de famílias convivendo com contas atrasadas nessas cidades subiu 12,8% no mesmo período — passando de 11,28 milhões de lares nessa situação, em 2022, para 12,73 milhões, agora [tabela 1]. Os dados fazem parte de um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em relatórios do IBGE, da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e da própria Entidade.  


Isso significa que 1,45 milhão das famílias nas capitais brasileiras passaram a ter dívidas ativas nesse intervalo, como fatura do cartão de crédito, boletos do varejo ou financiamentos de carros e imóveis. 

 

[TABELA 1]

Capitais brasileiras com mais e menos famílias endividadas, em números absolutos (2022–2024)

Fonte: IBGE/CNC com cálculos da FecomercioSP

 


De acordo com a FecomercioSP, a principal explicação para esse fenômeno é geográfica, já que houve aumento populacional desses centros urbanos nos últimos anos, crescendo, também, a quantidade de lares. Assim, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.

 

No entanto, os efeitos econômicos desse fato não são tão positivos, na visão da Entidade. Quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.

 

Há, ainda, variações importantes entre as cidades que exigem interpretações localizadas dessa conjuntura. Em São Paulo, onde há o maior número absoluto de famílias endividadas (2,88 milhões, segundo os dados), a explicação está no crescimento populacional. É o mesmo caso no Rio de Janeiro, com 2,02 milhões de famílias nessa situação, ou no Distrito Federal, onde essa quantidade é de 765,8 mil lares. 

 

O sinal de alerta acende quando o aumento do endividamento atinge áreas fora dos grandes centros, como Vitória e Boa Vista, onde o número subiu 13,3%. Nesses locais, é essencial que as autoridades promovam educação financeira e que as famílias controlem melhor o uso de crédito no orçamento.

 

DE PORTO ALEGRE A BELÉM


Se a capital mais austral do Brasil é também a mais proporcionalmente endividada do País, com 91% de famílias nessa situação, Belém — no ponto mais ao Norte — é a que apresenta a menor taxa (69%). No primeiro caso, o dado até aponta uma queda em relação aos anos anteriores — quando chegou a 96% das famílias, no ano passado, por exemplo. A metrópole paraense, por sua vez, viu seu indicador subir 8 pontos porcentuais (p.p.) ao longo de um ano, indicando uma alta significativa do endividamento local.

 

Na verdade, como visto no gráfico 1, as cinco capitais mais endividadas do País, em termos proporcionais, compartilham dados parecidos — além de Porto Alegre e Vitória, com os mesmos 91% de lares endividados, Curitiba, Belo Horizonte e Boa Vista dividem os 90%. A capital capixaba tem a particularidade de ter testemunhado o endividamento crescer com mais intensidade entre 2022 e 2024, saindo de 77% para 91% das famílias. 

 

Do outro lado do espectro [gráfico 2], as menores taxas de endividamento entre as capitais são quase todas, de fato, resultado de expansões importantes no período. Em Goiânia, por exemplo, essa margem subiu 11 p.p. em dois anos, ao passo que em Campo Grande foi de 7 p.p. Apenas em Macapá houve queda (de 75% das famílias endividadas, em 2022, para 68%, agora). 

 

[GRÁFICO 1]

Capitais brasileiras com mais famílias endividadas, em % (2022–2024)

Fonte: IBGE/CNC com cálculos da FecomercioSP

 


[GRÁFICO 2]

Capitais brasileiras com menos famílias endividadas, em % (2022-2024)

Fonte: IBGE/CNC com cálculos da FecomercioSP




 

A FecomercioSP ressalta que esse desequilíbrio entre as capitais também se explica pelas condições macroeconômicas de cada Estado e região, em que indicadores como inflação, juros e renda familiar criam circunstâncias distintas pelo País [tabela 2]. Assim, não é à toa que o crescimento do endividamento em algumas cidades seja compensado pela queda do mesmo índice em outras. 

 

[TABELA 2]

Inadimplência familiar nas capitais brasileiras, em % (2022–2024)

Fonte: IBGE/CNC com cálculos da FecomercioSP

 


DE TERESINA A FLORIANÓPOLIS

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Os dados ainda destacam que, enquanto algumas capitais do País viram uma explosão de endividamento nesses dois anos, outras (poucas) ressecaram o volume de lares nessa situação. No primeiro caso, o número mais relevante é o de Teresina, onde a proporção de casas endividadas subiu 32,6%, entre 2022 e 2024. No município, o número de famílias nessa situação era de 61% há dois anos; agora, é de 86%.

 

O mesmo fenômeno aconteceu em João Pessoa, Porto Velho e Fortaleza, onde as taxas de endividamento subiram, respectivamente, 29,1%, 26% e 25,1%. Na média das capitais brasileiras, a margem de famílias endividadas no intervalo obteve alta de 6,6%.

 

Três capitais (todas no Sul) registraram queda no endividamento. Florianópolis foi o caso mais impactante (-2,1%), com sete em cada dez (72%) dos lares da cidade nessa condição. Curitiba, com -1,9% e Porto Alegre, com 1,2% completam a lista. O caso da capital gaúcha, porém, ilustra como as interpretações devem levar em conta as particularidades locais, já que a cidade retraiu um pouco, mas ainda detém o posto de capital mais endividada, em termos proporcionais, do Brasil. 

 

Levando em conta esses dados, metade (52%) das famílias endividadas nas capitais brasileiras está localizada no Sudeste [gráfico 3]. O Nordeste concentra quase um quarto (19%) dessa fatia, enquanto as outras regiões compartilham o restante do crédito disponível.

 

[GRÁFICO 3]

Participação das regiões do Brasil na composição das dívidas, em % (2024)

Fonte: IBGE/CNC com cálculos da FecomercioSP


 

 

A FecomercioSP reitera que mesmo que esse endividamento represente mais acesso da população ao crédito e aumento do consumo, também traz riscos: se mal gerido, pode levar à inadimplência e à exclusão no mercado. Por isso, é fundamental equilibrar o incentivo ao consumo com medidas que protejam o orçamento das famílias, especialmente as mais vulneráveis.

 

 


FecomercioSP
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BOLETIM DAS RODOVIAS

Tráfego é lento nas rodovias concedidas nesta manhã 

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta segunda-feira (2). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Na rodovia Anchieta (SP-150), sentido capital, há lentidão do km 13 ao km 10 e do km 21 ao km 17. No sentido litoral, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), o tráfego é lento no sentido capital do km 23 ao km 14, sentido litoral o tráfego é normal. 

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, registra lentidão do km 15 ao km 11+360, do km 102 ao km 98, do km 63 ao km 60 e entre o km 24 ao km 21, sentido interior o tráfego é lento do km 57 ao km 61. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido capital, há lentidão do km 18 ao km 13+360, no sentido interior o tráfego é lento entre o km 68 ao km km 68+900. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta congestionamento do km 38 ao km 34 e lentidão entre o km 96 e o km 91+500. Já a Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, registra tráfego lento do km 32 ao 24, do km 15+500 ao km 13+700 na pista marginal e do km 20 ao km 16 na pista expressa. No sentido interior há lentidão do km 20 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão do km 24 ao km 10 no sentido capital, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


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