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sábado, 9 de novembro de 2024

Novembro traz revoluções astrológicas: Mercúrio retrógrado e eclipses prometem reviravoltas

Sara Koimbra 
Divulgação
Eventos cósmicos intensificam decisões e transformações pessoais, alerta especialista

 

O mês de novembro será marcado por grandes movimentações astrológicas, com fenômenos que, segundo especialistas, podem impactar diretamente o comportamento e as emoções das pessoas. Entre os principais eventos previstos estão a retrogradação de Mercúrio e um eclipse lunar, que prometem influenciar decisões importantes e trazer reviravoltas em diversas áreas da vida.

A astróloga Sara Koimbra pontua que no dia 4 de novembro, Vênus formou uma conjunção com o Nodo Sul em Libra, o que pode trazer à tona questões relacionadas a antigos relacionamentos ou valores pessoais. “Esse encontro nos faz revisitar o passado e entender o que ainda precisa ser resolvido em nossos relacionamentos. Pode ser o momento de colocar um ponto final em velhas histórias", afirma.

Em 17 de novembro, ocorre um eclipse lunar parcial no signo de Touro, que representa estabilidade e segurança. Segundo Koimbra, eclipses são conhecidos por acelerar mudanças e trazer à tona questões ocultas. "Este eclipse pode mexer com as estruturas que as pessoas acham inabaláveis, especialmente em questões financeiras e emocionais. As mudanças podem parecer abruptas, mas são necessárias para evolução", comenta. Para os signos fixos, como Touro, Leão, Escorpião e Aquário, esse evento é ainda mais significativo.

Mas é em 25 de novembro que Mercúrio entra em movimento retrógrado em Sagitário, o que pode afetar a comunicação e gerar mal-entendidos. "Esse é um período essencial para revisar compromissos e evitar grandes contratos ou decisões precipitadas. Mercúrio retrógrado tende a confundir, e os sagitarianos sentirão ainda mais esse efeito, já que o planeta estará em seu signo", afirma a astróloga.

Além dessas movimentações, Marte continua transitando por Escorpião até o dia 24 de novembro, intensificando as emoções e os impulsos. "Com Marte em Escorpião, há uma energia de confrontação e transformação interna muito forte. É um momento em que muitas pessoas podem sentir a necessidade de cortar laços com o passado ou se libertar de situações que as aprisionam", destaca a astróloga.

As movimentações astrológicas de novembro prometem um período intenso, com momentos decisivos para muitos, e com energias cósmicas propensas a reviravoltas e mudanças significativas, especialmente no que diz respeito à vida pessoal e profissional.

Sara aconselha que, durante novembro, as pessoas busquem momentos de introspecção e planejamento. Segundo a especialista, é importante aproveitar essas movimentações para reorganizar a vida e refletir sobre as transformações necessárias. "O cosmos está pedindo para nos adaptarmos e termos mais flexibilidade. Mesmo que os eclipses e a retrogradação de Mercúrio tragam desafios, também são oportunidades de crescimento e cura", finaliza. 

 

Sara Koimbra @sarakoimbra - Atua há mais de 10 anos como astróloga, magista, numeróloga, cartomante, bruxa e ocultista. Conta com mais de 30 mil atendimentos de tarô e mais de 15 mil interpretações de mapas astrais. Se especializou em ocultismo, tarô e astrologia, faz rituais coletivos e individuais, e já soma mais de 14 mil pessoas atendidas com magias para saúde, dinheiro, amor, limpeza energética e pedidos específicos. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas. Nasceu em família evangélica, foi abandonada pelos pais aos 4 meses e criada pelos avós. Aos 12 anos previu a morte dos irmãos em um acidente de carro e passou a negar seus dons, mas o destino de ajudar as pessoas falou mais alto. Hoje ela faz sucesso até entre famosos e tem uma equipe de atendimento, além de ensinar tarô intuitivo.



Você conhece o signo da Hello Kitty? Saiba o que os astros dizem sobre os personagens da Sanrio

Reprodução: Sanrio

Com uma diversidade de perfis e personalidades, cada personagem tem uma história cativante que também é pautada pelo alinhamento dos astros


A Hello Kitty celebra 50 anos de história em novembro, um marco que impacta tanto o público infantil quanto o adulto. Criada em 1974 pela Sanrio, ela se tornou um ícone mundial, conquistando gerações e ultrapassando fronteiras culturais. Muito mais do que uma personagem, a Hello Kitty faz parte do rol da Sanrio, um universo que conta com diversos personagens, cada qual trazendo valores importantes como amizade, empatia e muitas aventuras.


O mundo da Sanrio conta personagens cativantes como My Melody, Keroppi, Badtz-Maru e muitos outros, cada um com personalidades e histórias que enriquecem a experiência de todos os fãs. Que tal descobrir o signo de cada um e entender como suas personalidades se conectam com as características astrológicas? Veja abaixo!


Hello Kitty (1° de novembro) - Escorpião

Os escorpianos são leais, determinados e têm uma profundidade emocional, características que Hello Kitty compartilha. Apesar de sua aparência meiga, ela possui um ar de mistério e uma forte conexão com seus amigos, refletindo a intensidade e a lealdade típicas de Escorpião.

 

Kuromi (31 de outubro) – Escorpião

Escorpianos também são intensos, misteriosos e têm uma personalidade forte, características que se alinham perfeitamente com o espírito travesso e ousado da Kuromi. Ela é apaixonada e determinada em tudo o que faz, refletindo a energia profunda e focada. Sua natureza enigmática e sua mistura de travessura tem um charme magnético e complexo.

 

Chococat (10 de maio) - Touro

Os taurinos são conhecidos por serem práticos, leais e apreciadores de conforto, algo que Chococat reflete. Com seu jeito curioso e atento, ele demonstra a típica determinação de Touro, além de ser muito fiel aos seus amigos. O amor de Chococat por explorar novas ideias e se manter informado também conecta com o lado estável e confiável do signo.

 

My Melody (18 de janeiro) - Capricórnio

Capricornianos são responsáveis, pacientes e valorizam a amizade, que a My Melody reflete com sua natureza gentil e prestativa. Ela sempre ajuda seus amigos com calma e dedicação, representando o lado trabalhador e confiável de Capricórnio. Sua paciência e seriedade também combinam com o espírito focado e protetor.

 

Pompompurin (16 de abril) - Áries

Pompompurin é alegre, extrovertido, adora brincar e explorar o mundo ao seu redor, como o espírito aventureiro e dinâmico de Áries. Sua natureza amistosa e entusiasmada é típica e conhecida por ser corajoso e espontâneo.

 

Badtz-Maru (1º de abril) - Áries

Os arianos também são conhecidos por sua personalidade ousada, independente e cheia de atitude, o que combina perfeitamente com o espírito rebelde e confiante de Badtz-Maru. Ele gosta de fazer as coisas do seu jeito, sempre mostrando sua natureza competitiva e enérgica.


Keroppi (10 de julho) - Câncer

Os cancerianos são conhecidos por serem sensíveis, protetores e muito ligados à família e aos amigos, e o Keroppi é super carinhoso e solidário. Ele valoriza profundamente suas amizades e sempre está pronto para ajudar os outros. Sua conexão com o lar e a comunidade também representa a natureza acolhedora e protetora do signo.

 

Cinnamoroll (6 de março) - Peixes

Piscianos são conhecidos por serem sonhadores, gentis e empáticos, Cinnamoroll reflete bem isso com sua natureza doce e amigável. Ele é muito carinhoso com seus amigos e tem um espírito livre e imaginativo, sempre flutuando pelo céu. Sua capacidade de se conectar emocionalmente com os outros e sua delicadeza capturam o espírito compassivo e sonhador do signo.

 

Pochacco (29 de fevereiro) – Peixes

Piscianos também são conhecidos por serem curiosos e sempre dispostos a ajudar os outros. Pochacco adora explorar o mundo ao seu redor, sempre com um espírito de aventura, mas sem perder sua natureza doce e empática. Sua lealdade aos amigos e sua disposição para se divertir, praticar esportes e sonhar combinam com o lado compassivo e imaginativo de Peixes.

 


Sanrio® - marca life style global mais conhecida pela personagem Hello Kitty®, que foi criada em 1974, e detentora de muitas outras marcas de personagens amadas, como My Melody™, Kuromi™, LittleTwinStars™, Cinnamoroll™, Pompompurin™, Gudetama™, Aggretsuko™, Chococat™, Badtz-Maru™ e Keroppi™.
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Mulheres são quem mais procura por psicólogos e psicanalistas, aponta levantamento

Relatório do GetNinjas mostra que mais de 70% das buscas por profissionais focados em saúde mental são feitas por mulheres

 

A procura por psicólogos e psicanalistas por mulheres em outubro é significativamente maior do que por homens, de acordo com dados do GetNinjas, maior marketplace de serviços da América Latina. Um levantamento da plataforma revela que 74,92% do público que buscou por psicólogos eram mulheres, enquanto 76,65% das solicitações por psicanalistas também vieram de pessoas do gênero feminino. 


A predominância feminina na demanda por profissionais de saúde mental tem se mantido alta desde 2022. Naquele ano, 73% das buscas por psicanalistas foram realizadas por mulheres, crescendo 5% até atingir 78% em outubro de 2023. Já na procura por psicólogos, o cenário foi de estabilidade com uma leve queda: de 75,6% em 2022 para 74,7% em 2023.

 

Esse comportamento pode refletir a maior conscientização das mulheres sobre a importância do autocuidado e da saúde mental, áreas que ganham relevância frente às pressões sociais e profissionais enfrentadas. "O cuidado com a saúde vai além de exames médicos regulares. O autocuidado, incluindo a terapia, momentos de descanso, hobbies e priorização do bem-estar, é essencial para lidar com as demandas da vida moderna e alcançar equilíbrio emocional", afirma Marina Bueno, psicóloga clínica cadastrada no GetNinjas.

 

Outro movimento é a mudança de paradigma relacionada à saúde mental, que é agora vista como um pilar central do bem-estar geral, e não apenas como um recurso utilizado em momentos de crise. “Mulheres, especialmente, parecem estar adotando essa abordagem de forma mais proativa, talvez em resposta ao aumento de discussões públicas sobre a importância da saúde mental e à crescente aceitação social da terapia como prática normalizada”, comenta a psicóloga.


Mães solo enfrentam sobrecarga de criar e sustentar famílias, aponta psicóloga

Crédito: Drazen Zigic
Mais de 10 milhões de mulheres no país assumem sozinhas a criação e o sustento de suas famílias; Psicóloga perinatal explica como sobrecarga mental afeta saúde das mães solo 


Mais da metade dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, segundo dados do Censo 2022 do IBGE. Entre essas famílias, mais de 10 milhões de mulheres no Brasil são mães solo, e assumem sozinhas a responsabilidade de prover e cuidar dos filhos. Para essas mulheres, a rotina une múltiplas jornadas que levam ao esgotamento físico e mental.

Micaelly Gomes, 26 anos, é uma dessas mulheres. Mãe de duas crianças, ela trabalha em três empregos para manter o sustento da família. Sua rotina começa cedo e termina tarde: sai de um trabalho e já parte para o próximo, e quando chega em casa, sua jornada continua com as demandas dos filhos. “Eu faço comida, vejo se fizeram a lição, coloco para dormir. Às vezes, me sinto tão exausta que penso: será que vou aguentar?”

Recentemente, uma situação na escola de sua filha a fez refletir sobre o impacto da sua ausência. “A professora me disse que minha filha comentou que ‘a mãe nunca está em casa porque sempre está trabalhando’. Uma vez, ela chegou a dizer que eu não a amava, porque nunca consigo ficar com eles. Isso me quebrou, porque eu corro para dar o melhor, mas deixo faltar o principal: o tempo com eles". Micaelly também ressalta que o esgotamento físico e psicológico tem sido constante. “É muito difícil ser mãe solo, tenho que ser o pilar da casa, mas estou cansada”, desabafa.

Outra mãe solo, de 49 anos, cuida sozinha de três filhas adolescentes e descreve a pressão emocional, mas preferiu não se identificar. Após uma separação difícil, ela trabalha em dois empregos para sustentar a casa e diz sentir que as demandas de trabalho e cuidado com as filhas frequentemente superam suas forças. “Eu nunca consigo proporcionar momentos simples para elas, como um passeio em família. A falta de tempo e de recursos pesa demais". Além disso, a saúde mental dela e das filhas foi impactada pela ausência de apoio e pela rotina de sobrecarga: “Eu e minha filha mais velha fomos diagnosticadas com depressão, e isso só piora sem uma rede de apoio", conta. 


A carga invisível e a culpa constante 

Para a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, o cenário das mães solo no Brasil revela a sobrecarga invisível, que pode provocar ciclo de culpa. “Essas mulheres estão tentando equilibrar sozinhas o sustento e o cuidado dos filhos, e a falta de uma rede de apoio agrava ainda mais esse peso emocional. A culpa é frequente, pois elas se cobram intensamente por não conseguirem dar conta de tudo”. Ainda segundo a psicóloga, muitas mães sentem que, mesmo se esforçando ao máximo, estão falhando, o que leva a um desgaste mental profundo. 

A culpa materna, como aponta Schiavo, se intensifica pela pressão social, autocrítica e pela percepção de que deveriam ser capazes de estar presentes e disponíveis o tempo todo para os filhos, mesmo diante de uma rotina exaustiva. “Elas se cobram para oferecer o melhor para os filhos, mas, em muitos casos, acabam se privando de qualquer momento para si mesmas. Esse acúmulo de responsabilidades, sem pausas e sem apoio, pode levar ao esgotamento emocional e físico”, observa.

Além da pressão financeira, as mães solo assumem integralmente o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos — tarefas sem remuneração e frequentemente invisíveis. Para Rafaela Schiavo, a ausência de políticas públicas de apoio acentua essa vulnerabilidade. "O cuidado com os filhos é essencial, mas quando esse trabalho recai integralmente sobre as mães, sem suporte, o impacto sobre a saúde mental delas se torna inevitável”.  


Dicas para enfrentar a sobrecarga

Para ajudar mães solo a lidar com os desafios da sobrecarga, a psicóloga Rafaela Schiavo oferece algumas recomendações:

  • Construa uma rede de apoio: Mesmo sem um parceiro, buscar o suporte de familiares, amigos ou vizinhos de confiança pode aliviar parte da pressão;
  • Separe momentos para autocuidado: Mesmo breves, esses momentos ajudam a preservar a saúde mental. O autocuidado pode incluir pequenas pausas no dia, algo que devolva energia;
  • Converse com outras mães: Trocar experiências com outras mães solo pode ajudar a aliviar o peso emocional e fortalecer a sensação de pertencimento;
  • Busque apoio psicológico perinatal: Quando o estresse se torna difícil de manejar, o acompanhamento profissional é fundamental para auxiliar a manter o equilíbrio.

5 Sinais de um relacionamento tóxico e como lidar com ele

Envato
Medo do desconhecido, dependência emocional e financeira, além de baixa autoestima são algumas das características que prendem pessoas a esse tipo de relação

 

A questão dos relacionamentos tóxicos é complexa e atinge pessoas de diferentes idades, classes sociais e formações. Segundo Paulo Dorta, terapeuta e autor do livro “Rota para Sintonia Interior”, a maioria das pessoas não percebe imediatamente que está em uma relação prejudicial, mas existem sinais claros que podem indicar um relacionamento tóxico. Abaixo, ele aponta cinco sinais para identificá-los e maneiras de enfrentá-los.


1- Desequilíbrio de papéis e tarefas domésticas
De acordo com Dorta, as pessoas tendem a entrar em relacionamentos amoroso levando relacionamentos pessoais, familiares e até religiosos que perpetuam a ideia de que uma mulher, em particular em um modelo de relacionamento heteronormativo, deve servir o parceiro. Esse papel imposto de forma inconsciente faz com que a divisão de responsabilidades e tarefas domésticas se torne desigual, especialmente quando o parceiro possui uma atenção mais tradicional. Esse desequilíbrio pode causar frustração e ressentimento, transformando o relacionamento em algo tóxico. 

O terapeuta alerta que é fundamental conversar abertamente sobre divisão de tarefas para estabelecer uma parceria equilibrada.


2 - Medo do desconhecido
Muitos permanecem em relacionamentos tóxicos por medo de enfrentar o que vem após o término. Enfrentar o julgamento de familiares, amigos e até da própria sociedade é um desafio, especialmente para quem ainda está vinculado a opiniões religiosas ou normas sociais. 

O medo de ficar só também é um grande impeditivo. Paulo Dorta orienta que o autoconhecimento e a reflexão sobre os medos pessoais são passos importantes para se libertar de uma relação prejudicial.


3 - Esperança de mudança no parceiro
Dorta observa que a esperança de que o parceiro mude é uma das principais razões pelas quais as pessoas permanecem em relações tóxicas. Muitas pessoas acreditam que pequenos gestos indicam uma transformação futura que, segundo o terapeuta, raramente acontece. 

O especialista aconselha que em vez de esperar mudanças no outro, foque em fortalecer sua própria autoestima e autonomia emocional.


4 - Dependência emocional e financeira
A dependência pode ser emocional, financeira ou até energética, e impede que muitas pessoas saiam de uma relação prejudicial. Isso é especialmente comum em situações em que uma pessoa sente que precisa de parceiro para validação ou sustentação, ou que não conseguiria se sustentar sozinha. 

Dorta fala que ao desenvolver sua independência e buscar suporte emocional fora do relacionamento, uma pessoa se sente mais fortalecida para enfrentar uma possível separação.


5 - Baixa autoestima
Relacionamentos tóxicos são fortemente alimentados pela baixa autoestima. Pessoas que não se valorizam ou que têm uma autoimagem negativa podem se sujeitar a condições ambientais acreditando que não merecem coisa melhor. 

O terapeuta recomenda buscar ajuda para trabalhar a autoestima e fortalecer a própria identidade, essencial para tomar decisões que priorizem o próprio bem-estar.


Dados alarmantes
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de uma em cada três mulheres já sofreram algum tipo de violência dentro de casa, o que muitas vezes é um sinal de uma relação abusiva e tóxica. Identificar esses sinais e buscar apoio emocional, seja através de terapias ou grupos de apoio, pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável e equilibrada.


2ª Semana de Estudos
Para aqueles que buscam não apenas identificar e lidar com relacionamentos tóxicos, mas também transformar suas vidas e atingir novos níveis de bem-estar, a 2ª Semana de Estudos em Sintonia: Terapias Integrativas e Desenvolvimento Humano chega com o tema de Prosperidade entre os dias 25 e 29 de novembro. Este evento oferece uma oportunidade única para aprender técnicas de terapias integrativas que podem desbloquear o potencial de uma vida próspera e equilibrada. Com acesso digital, os participantes podem explorar o conteúdo no seu próprio ritmo, com a conveniência de acessar tudo pelo celular.



Serviço:

Livro “Rota para Sintonia Interior”:  https://paulodorta.com/livro-rota-para-a-sintonia-interior-por-paulo-dorta/ 

Evento: 2ª Semana de Estudos em Sintonia: Terapias Integrativas e Desenvolvimento Humano
Data: 25 a 29 de novembro
Valor do evento: R$ 50,00
Inscrições:
https://www.paulodorta.com/ii-semana-de-estudos-em-sintonia-terapias-integrativas-e-desenvolvimento-humano-prosperidade


Saúde mental: um convite à mudança

Será que somos capazes de olhar para a nossa essência? Capazes de enxugar nossas necessidades em vez de continuar agregando mais e mais demandas? Sentimos a obrigação de explicar tudo a partir do mundo externo, pela perspectiva de sempre se manifestar para que o outro nos veja ou nos entenda. E, com certeza, esse peso fica maior quando não sabemos lidar com as situações e os desafios diários.

Será que conseguiremos em algum momento perceber que precisamos estar alinhados com nós mesmos antes de manifestar algo? Estamos entregues a uma roda viva sem ao menos querermos olhar para uma direção saudável do ser humano. Mas, para isso, é preciso considerar valores minimamente essenciais para a convivência, como o respeito.

Na prática, essa ação serve para todos os ambientes e relações. No trabalho, por exemplo, se você deseja fazer algo novo, um projeto diferente, e outras pessoas não aceitam, será necessário ter empatia e discernimento para encarar a situação. Esse foco no respeito ajudará a entender que, muitas vezes, a mudança que você está propondo poderá ferir as necessidades daqueles que não estão na mesma página que você.

Assim também acontece no âmbito espiritual: as pessoas não enxergam pelas mesmas perspectivas, nem passam pelos mesmos aprendizados. Por isso, é importante sempre levar em conta não apenas a própria complexidade, mas também os sentimentos e vivências dos outros ao redor.

Em meio a tudo isso, o que não podemos fazer é se revoltar ou não aceitar que outras pessoas não compactuem com o que você acha que é certo. Isso só vai trazer mal-estar e prejudicar a saúde mental. Se é algo que incomoda profundamente, significa que existe uma ferida interna a ser trabalhada. Por isso é importante entender e aprender a aceitar como cada ser humano está em um lugar diferente no espectro espiritual.

Nesta perspectiva, sempre que se sentir frustrado, faça perguntas a si mesmo tentando se colocar no lugar daquela pessoa. Busque entendê-la com amor, em um processo parecido com a compreensão de uma mãe que quer acolher as necessidades de um filho, mas também preza pelo crescimento e evolução dele. É aqui entra outro valor importante para inserir no seu dia a dia: paciência.

Se todos conseguissem andar nesta mesma direção, muitos conflitos poderiam ser evitados no mundo. Pergunte-se: em qual lugar você quer ficar, o das violências ou o da compreensão mútua? Se escolheu a segunda opção, então comece você dando um exemplo para ensinar as pessoas a serem melhores em todos os âmbitos.

 

Gilson Molinari - psicoterapeuta pós-graduado em psicologia transpessoal, dedicado a estudar terapias alternativas, como ayurveda e medicina tradicional chinesa. Também é escritor e assina a obra “Expressão Vital”, sobre espiritualidade.

 

Como seguir em frente, mesmo nos dias mais difíceis

Quando estamos motivados e tudo está indo bem, é fácil manter o ritmo e seguir em frente. Mas e nos dias em que as coisas não saem como planejamos? No Dia 39 dos Últimos 100 Dias, vamos falar sobre como manter o momentum mesmo quando contratempos aparecem — porque esses dias difíceis são, na verdade, os que mais nos moldam. 

Primeiro de tudo, bora entender como o cérebro reage aos contratempos. Imagine que você está totalmente focado, determinado a avançar em direção a uma meta, e aí... algo inesperado acontece. Talvez um projeto desande, ou algo pessoal interfira nos seus planos. O impacto no cérebro é real: quando lidamos com desafios, a liberação de dopamina — o neurotransmissor responsável pela motivação — diminui. Em vez de se sentir energizado, você pode se sentir desmotivado e exausto. 

Saber disso é o primeiro passo para manter o embalo. Em "Rápido e Devagar", Daniel Kahneman nos lembra que nossa mente é capaz de superar reações automáticas e se adaptar, mas para isso, precisamos estar conscientes desse processo. É um lembrete de que mesmo as grandes metas são construídas um dia (e um passo) de cada vez. 

Os contratempos só têm o poder que você dá a eles. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ensina que podemos reenquadrar um obstáculo para vê-lo como uma oportunidade de aprendizado, e não como um fracasso. Essa mudança de perspectiva nos ajuda a seguir em frente com mais leveza, percebendo o valor em cada situação. 

Carol Dweck, em "Mindset", descreve como adotar uma mentalidade de crescimento transforma nossa forma de lidar com desafios. Afinal, cada contratempo é uma chance de desenvolver novas habilidades, aprimorar a resiliência e fortalecer a mentalidade para seguir em frente. Resumindo: o fundo do poço é também um lugar excelente para você crescer. 

Quando você começa a se mexer para sair da areia movediça dos contratempos, a verdade é que muitas vezes vai ser um longo processo para sair do buraco. E tá tudo bem. Sabe aquele pequeno progresso? Aquela tarefa que você completou, mesmo em meio aos contratempos? Celebre isso. Estudos mostram que as pequenas vitórias ajudam a liberar dopamina, alimentando sua motivação e lembrando você de que está avançando, mesmo que lentamente. 

A professora Teresa Amabile, da Harvard Business School, defende o “princípio do progresso” — ou seja, o poder de valorizar cada passo, cada pequena vitória ao longo do caminho. Isso não apenas mantém o momentum, mas fortalece a sua confiança para seguir em frente. 

A autocompaixão, sobre a qual já falamos em outros emails, também é uma das práticas mais poderosas para lidar com contratempos. Em vez de criticar cada falha, trate a si mesmo com a mesma gentileza que teria com um amigo. Kristin Neff, em "Autocompaixão", fala sobre como a prática de aceitar as próprias falhas com compreensão cria uma base emocional forte e resistente, capaz de enfrentar as adversidades sem desmoronar. 

Nos momentos difíceis, a autocompaixão se torna um suporte, lembrando você de que contratempos fazem parte do caminho de qualquer pessoa que busca algo significativo. 

Para manter o momentum, é essencial ser flexível. Ter um plano B ou até um plano C permite que você se adapte sem perder de vista o objetivo final. Contratempos podem ser inevitáveis, mas com planos alternativos, você cria uma base que permite mudar o curso sem parar totalmente. A adaptação é a chave para o sucesso em tempos de incerteza. Não se trata de desistir dos planos, mas de encontrar uma nova rota até o mesmo destino. 

Enquanto não mudamos de rota, momentos de dificuldade podem nos levar a pensar demais, causando ansiedade e, em última análise, aumentando a sensação de incapacidade. Práticas de mindfulness trazem o foco para o presente, ajudando a lidar com o que está ao nosso alcance e reduzindo a necessidade de controle sobre o que não podemos mudar. 

Mindfulness é uma ferramenta para acompanhar a onda em vez de lutar contra ela, permitindo que você avance com uma atitude de aceitação e calma. 

Falamos de várias ferramentas que você pode usar sozinho, mas nos dias difíceis, ter uma rede de apoio pode fazer toda a diferença. Amigos, mentores e colegas oferecem não só motivação, mas também uma perspectiva diferente e valiosa para ver além dos contratempos. O apoio autêntico fortalece nossa capacidade de enfrentar os desafios com mais leveza e menos isolamento. 

Não hesite em compartilhar suas lutas e suas vitórias com as pessoas certas. Elas podem ser o impulso que você precisa para continuar. 

Para terminar, em vez de enxergar os contratempos como falhas, encare-os como feedback — um sinal de ajuste no caminho. Essa abordagem ajuda a manter o foco e transforma obstáculos em oportunidades de aprimoramento. Ryan Holiday, em "O Obstáculo é o Caminho", explora como cada desafio é, na verdade, uma ferramenta para nos aprimorar. 

Quando você enxerga o contratempo como uma mensagem, a derrota se transforma em informação, e o progresso continua. Como eu já escrevi em um dos meus livros e vivo ensinando nos eventos: ame o perrengue.

  

Desafio do Dia 

Hoje, reserve um momento para listar as pequenas vitórias que você conquistou, mesmo em meio aos contratempos. Celebre cada uma delas e, se necessário, ajuste seus planos. Lembre-se de que o segredo para manter o momentum está em saber adaptar e em seguir, mesmo que em passos curtos.


 Com amor

 Paula Abreu


Preocupação com saúde mental deve ser maior com proximidade de fim de ano

Estamos chegando próximos ao fim do ano e uma preocupação constante no período é o aumento observado no número de pessoas que enfrentam crises de ansiedade, depressão e burnout. Essa tendência se estende não apenas aos que já são diagnosticados com esses transtornos, mas também àqueles que até então eram mentalmente saudáveis. 

Esses casos podem ser críticos nesse período do meio do ano, pois, muitos tiram férias, viajam e tem também muitas pessoas que percebem que já se passou metade do ano e muitas das metas estabelecidas não foram atingidas, ou já desistiram dessas, aumentando o quadro de doenças mentais. 

O Dr. Vicente Beraldi Freitas, médico e consultor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho, esclarece: "Conforme avançamos no ano, um período em que muitos refletem sobre suas realizações e estabelecem novas metas, é natural que surjam sentimentos conflitantes. Enquanto alguns encontram felicidade e satisfação, outros podem sentir-se insatisfeitos, tanto pessoal quanto profissionalmente, o que pode desencadear problemas de saúde mental." 

Diversos fatores contribuem para esses casos de depressão, ansiedade e burnout no meio do ano, incluindo rupturas pessoais, dificuldades financeiras, perda de entes queridos e frustrações no trabalho, entre outros. 

Por outro lado, a exposição constante das conquistas e felicidade nas redes sociais cria uma ilusão de um mundo perfeito e inatingível para aqueles que já enfrentam dificuldades emocionais, tornando-se um terreno fértil para o agravamento desses problemas. 

É essencial que as pessoas estejam atentas a esses sinais e ajam rapidamente para evitar que esses casos se aprofundem. Buscar tratamento adequado é crucial, e as empresas, por sua vez, devem estar preparadas para oferecer suporte. 

O Dr. Vicente Beraldi Freitas observa que, principalmente entre os jovens, tem havido um aumento alarmante de casos relacionados à ansiedade, que afetam diretamente suas vidas, relacionamentos e desempenho profissional. "Houve casos em que as pessoas não conseguiram continuar trabalhando e pediram demissão como resultado. Embora haja medidas para mitigar essa situação, os desafios estão se tornando cada vez mais complexos." 

Esses transtornos mentais, incluindo ansiedade, depressão e burnout, são caracterizados por uma preocupação excessiva e constante com eventos negativos que podem ocorrer. 

As crises de ansiedade frequentemente fazem com que as pessoas se desconectem do presente, resultando em sintomas físicos como falta de ar, sudorese e arritmia cardíaca. O Dr. Vicente Beraldi Freitas destaca a complexidade dessas situações. 

"A ansiedade pode ser desencadeada por fatores internos e externos, e a pandemia, com todas as incertezas e desafios que trouxe, serviu como um gatilho para muitas pessoas, exacerbando também os casos de depressão." 

O especialista observa que algumas pessoas são mais propensas a esses problemas e têm dificuldade em lidar com eles. "Normalmente, pessoas mais flexíveis tendem a se adaptar melhor e sofrem menos de ansiedade", analisa. 

No entanto, mesmo antes dos eventos recentes, como a pandemia e as brigas políticas, já se observava um aumento nas taxas de ansiedade, especialmente entre as gerações mais jovens. Isso pode ser atribuído em parte ao estilo de vida moderno, no qual o uso constante de smartphones e computadores leva a uma desconexão das experiências do mundo real. 

"Os jovens estão cada vez mais mergulhados no mundo virtual, e a sociedade muitas vezes perpetua a ideia de que o sucesso pessoal e profissional é facilmente alcançável. Essa discrepância entre a realidade e as expectativas pode levar à ansiedade", adverte o Dr. Vicente Beraldi Freitas. 

Para combater esses problemas, é fundamental que as pessoas reconheçam os sintomas, tanto em si mesmas quanto nos outros, e levem o assunto a sério, em vez de considerá-lo como frescura. O tratamento imediato é essencial, pois o tempo desempenha um papel fundamental na resolução desses problemas. 

No contexto empresarial, a prevenção pode envolver a promoção do bem-estar por meio de iniciativas de medicina do trabalho. As empresas podem criar grupos de apoio e treinamento para ajudar os funcionários a lidar com situações e pessoas difíceis. Além disso, a capacitação das equipes de recursos humanos para lidar com essas questões é crucial. 

Um exemplo de combate a esses problemas é a empresa Confirp Contabilidade. De acordo com Rose Damélio, gerente de Recursos Humanos, a empresa adota uma série de ações. "Nossa equipe de RH busca se aproximar cada vez mais dos colaboradores, fornecendo suporte desde o momento da contratação. Se identificarmos algo que possa indicar um problema, iniciamos ações mais aprofundadas", detalha. 

Embora a complexidade dessas questões seja inegável, as empresas têm um papel importante a desempenhar ao se aproximarem dos colaboradores que enfrentam desafios emocionais, resultando em maior produtividade, redução da rotatividade e um ambiente profissional mais saudável.


A doença da abundância


Pertencente ao final da chamada geração "baby boomer" (1946-1964), vivi em um tempo de poucas ou quase nenhuma opção. Os que, como eu, nasceram a partir de 1960, enfrentaram um período desafiador. Durante a infância e parte da juventude, a energia elétrica era escassa e muitos cresceram sem televisão, geladeira ou telefone. O transporte era extremamente limitado e viagens de 100 km podiam levar dias. A escola pública seguia um modelo meritocrático e excludente: quem não aprendia era retirado e enviado ao trabalho. Em pouco mais de 40 anos, porém, testemunhamos uma transformação radical — hoje, vivemos em uma era de abundância.

Temos abundância de alimentos, apesar de ainda haja fome no mundo. Há uma abundância de opções de lazer, de meios de transporte e de formação profissional, especialmente nas grandes e médias cidades, mesmo diante de críticas. O que dizer dos tratamentos médicos? Sofremos muito menos dor física, cirurgias são realizadas sem grande sofrimento, e já não há necessidade de extrair dentes com tanta frequência. Conseguimos até praticamente zerar a mortalidade infantil e materna, felizmente.

A educação também se transformou. Podemos mudar de curso de graduação, abandonar uma formação e começar outra, e temos vagas nas escolas para praticamente todos. Acesso à informação e ao conhecimento é algo que nunca faltou.

Apesar de tudo isso, nossa sociedade está adoecida. A abundância não trouxe qualidade às relações interpessoais, nem à educação dos jovens. Sofremos com a deterioração da formação profissional, a falta de esforço, a impaciência, a ansiedade, a insônia e a intolerância. Nunca consumimos tantos medicamentos, seja para dormir, seja para ficar acordado ou se manter concentrado. Vivemos com medo e desconfiança. Costumo dizer que, atualmente, não confiamos nem em nossa própria mãe.

Além disso, a abundância de crédito nos levou a outro tipo de escravidão moderna. A facilidade com que acessamos crédito cria uma ilusão de liberdade financeira, enquanto muitos se afundam em dívidas que limitam, ao invés de expandir, sua liberdade real.

Suspeito que essa abundância seja a causa de tantas doenças psicológicas e emocionais. O acesso instantâneo à informação nos deixa inseguros quanto ao futuro. A enorme variedade de alimentos e bebidas nos torna cada vez mais exigentes e insatisfeitos. A vasta gama de profissões à disposição nos faz desistir diante das primeiras dificuldades, acreditando que não vale a pena se esforçar tanto.

Mas existe ainda outro tipo de escravidão, mais sutil: somos escravos de nossas próprias escolhas. Hoje, não somos mais escravos de alguém, de uma religião ou de uma causa específica, mas sim de nossas decisões e da abundância de opções à nossa volta. As inúmeras possibilidades, que deveriam nos libertar, acabam nos aprisionando em dúvidas, incertezas e expectativas inalcançáveis. A liberdade, paradoxalmente, se transforma em um fardo.

O excesso de zelo com nossos filhos cria uma geração mais exigente e egocêntrica. A "lei do menor esforço" faz com que busquemos sempre o caminho mais fácil. E a tecnologia, em vez de nos ajudar a reduzir o trabalho, nos prende ao celular, que se tornou uma ferramenta que demanda nossa atenção 24 horas por dia, sete dias por semana. Como sair desse ciclo? A minha resposta é simples: #aceitaquedoimenos.

 

Ademar Pereira - educador e presidente do Instituto Destino Brasil, e ex-presidente do Sinepe/PR.


Qual o momento ideal para o pedido de casamento?

Psicóloga explica o que realmente importa na tão sonhada decisão na vida de muitos casais

 

Recentemente, uma influenciadora digital gerou grande repercussão ao compartilhar nas redes sociais que havia estabelecido um “prazo” para o namorado fazer o pedido de casamento. Após seis anos de relacionamento, ela se preparou para o aguardado momento indo ao salão de beleza – pela quinta vez – mas, no final, se decepcionou quando o pedido não aconteceu. A história, que ultrapassou 4,5 milhões de visualizações, provocou debates entre seus seguidores sobre expectativas e o “momento certo” para esse passo tão esperado. Afinal, será que existe um momento ideal para o pedido?

Segundo a psicóloga Laís Melquíades, sexóloga e especialista em relacionamentos, não há uma regra universal para essa decisão. “A gente tende a achar que existe um momento perfeito, em que tudo vai estar impecavelmente alinhado para fazermos as escolhas certas. Mas essa espera só deixa as decisões menos leves e prazerosas, e na maioria das vezes, traz uma série de frustrações que poderiam ser evitadas”, comenta.

Para Laís, mais do que o tempo de relacionamento ou a estabilidade financeira, a decisão pelo casamento envolve fatores como comunicação e alinhamento de valores. “Conhecer bem o parceiro é ótimo, mas isso não elimina os desafios da vida a dois! No fim das contas, o que realmente conta não é o tempo de namoro, mas sim a qualidade do vínculo e a disposição para enfrentarem os obstáculos juntos”, observa.

Outro ponto relevante é a situação financeira. Embora muitos casais busquem estabilidade antes do casamento, Laís alerta sobre o risco de transformar essa busca em uma espera interminável. “O desejo por segurança é natural e importante, afinal nenhuma relação se sustenta de luz e água, mas é preciso definir limites realistas para que o planejamento financeiro não se torne uma barreira. Um casamento também é uma parceria para enfrentar momentos de incerteza juntos”.

O caso da influenciadora destaca como as redes sociais podem influenciar as expectativas dos casais. A exposição online e a comparação constante com outros relacionamentos acabam gerando uma pressão que pode dificultar decisões pessoais."As redes sociais criam a impressão de que os relacionamentos são sempre perfeitos, mas essa comparação constante pode ser uma armadilha. Casais que se influenciam por esses padrões podem acabar fazendo escolhas que não refletem a verdadeira realidade deles." alerta Laís.

Para aqueles que se sentem influenciados pelas redes, a psicóloga recomenda uma pausa para conversar sobre desejos e expectativas, distantes das pressões externas. “Cada casal tem o seu próprio ritmo, e é essencial respeitar isso.”

A psicóloga também reforça o papel da intuição na hora de perceber o momento certo para um compromisso mais sério."Muitas vezes, precisamos nos guiar por aquele sentimento lá no fundo. Mas é importante saber diferenciar uma intuição que faz sentido de uma pressão externa ou do medo de perder o parceiro."

Por fim, Laís ressalta que quanto mais alguém se sente bem consigo mesmo, mais isso reflete positivamente no relacionamento. “Quando nos amamos e estamos bem com quem somos, nossas decisões se tornam mais assertivas, especialmente quando envolvem outras pessoas. Afinal, quem ama e genuinamente, se ama em primeiro lugar.” No final das contas, um relacionamento sólido se constroi com escolhas conscientes e com o compromisso de enfrentar desafios juntos, sem a necessidade de um cenário idealizado.

 


Laís Melquíades - Laís Melquíades é psicóloga cognitivo comportamental. Terapeuta individual e de casal especialista em sexualidade e relacionamento. Palestrante e apresentadora do quadro “meu amigo perguntou”, onde aborda temas de sexualidade de forma leve e divertida, respondendo as dúvidas do público da rádio.


O farol na escuridão

O menino Carl Gustav, que um dia se tornaria o psiquiatra suíço Carl Jung, era uma criança quieta e solitária, que passava muito tempo brincando, e pensando, sem interagir com ninguém. Gostava de sentar numa pedra no quintal de sua casa, e, algumas vezes pensava com seus botões se ele era um menino encima de uma pedra, ou se ele era a pedra em que aquele menino estava sentado. Como se pudesse olhar a si mesmo de fora, como um personagem que aquela pedra via há muitos séculos passando em seu caminho. A pedra era mais antiga e representava essas coisas atemporais que temos debaixo do nariz e não damos muita importância.

Desde essa infância solitária que o pequeno Carl Gustav sentia em si duas personalidades ou, eu diria, dois centros de Consciência: a de um menino rude, desajeitado e desadaptado socialmente que frequentava a escola sem grande destaque, ou um de um ser mais antigo e sábio, conectado ao Tempo e à Eternidade. Ele batizou essa primeira personalidade de seu número 1. A outra personalidade era seu número 2.

Com o passar dos anos, o menino foi virando um jovem ainda pouco social, mas com melhor desempenho acadêmico. O seu número 1 se interessava por Ciências Naturais e Biologia. O seu número 2 apreciava a Filosofia e as grandes ideias. O seu pai era um pastor protestante pobre, frequentemente deprimido, que morreu quando ele iniciava a faculdade de Medicina. Foi com grande sacrifício e privação que o jovem Jung conseguiu concluir a faculdade. O seu número 1 queria fazer alguma especialidade clínica ou cirúrgica que iriam dar mais conforto econômico para ele e sua família restante. Mas ao perceber que a Psiquiatria daria um espaço para o número 2, conciliando a Ciência Médica com a Filosofia e seus estudos de fenômenos espíritas, muito em voga na transição do século XIX para o XX, então ele não teve dúvidas, para estranheza de professores e família. Ele iria ingressar naquela especialidade jovem e imprecisa, com pacientes crônicos e poucos recursos terapêuticos para ajudá-los. Caso o leitor não saiba, eu sou psiquiatra também, de orientação junguiana e trago em mim um sentimento muito profundo de gratidão não só por Carl Jung, mas pelos psiquiatras e estudiosos da época. Um deles, Karl Jaspers, chegou a viver dentro de um hospital psiquiátrico e descrevia, descrevia, tudo o que via para tentar entender a complexidade do sofrimento e as dificuldades de achar caminhos de tratamento para aquelas pessoas. Ainda hoje eu ouço alguém falando que “não vou ao psiquiatra porque não sou louco”. Isso se deve provavelmente a esse cenário histórico onde pouco ou nada se podia fazer pelos pacientes, que viviam institucionalizados em manicômios, um modelo que começou a ser questionado e transformado há menos de cinquenta anos.

Os pesquisadores, no tempo de Jung, descreviam com muito pormenor as funções mentais e as alterações que viam diante de seus olhos. Jung logo se interessou pelo trabalho de um neurologista vienense chamado Sigmund Freud, e deve ter sido um dos primeiros psiquiatras a aplicar na clínica as ideias de Freud, de quem se tornou grande amigo e discípulo e, alguns anos depois, dissidente e desafeto. Mas esse não é o assunto desse artigo. Jung passou a primeira metade se sua vida atendendo às demandas de sua personalidade número 1: casou com uma moça muito rica que também viraria uma analista Junguiana, Emma Jung. Teve cinco filhos e tornou-se um psiquiatra e psicoterapeuta mundialmente conhecido. Com o rompimento com Freud, passou por um período de grande isolamento e angústia, até que mergulhou dentro de si mesmo para dar à luz a seu sistema e compreensão da alma humana, a Psicologia Analítica. Pode-se dizer que ele mergulhou no seu número 2, que foi tomando uma dimensão cada vez mais profunda e importante na sua vida.

Hoje a Neurociência ajudaria muito Jung a entender o que se passava em sua mente: o número 1 é um tipo de processamento muito ligado ao lado esquerdo do nosso Cérebro: ele é organizado, objetivo e lógico, com decisões racionais e sequenciais. É uma parte do Cérebro extremamente comprometida com a nossa sobrevivência e passagem dos nossos genes adiante, de preferência em boas condições competitivas. Essa é a má notícia, gente: essa parte do Cérebro está se lixando para a nossa Felicidade: ele quer segurança e domínio de território, o resto não é prioridade.

O número 2, por sua vez, é o lado direito do Cérebro, esse sim mais afetivo, intuitivo e com capacidade de relaxamento e atenção amorosa. Esse Cérebro está mais conectado à sabedoria e à visão ampla do mundo e do tempo. As pessoas que desenvolvem, a muito custo, esse lado do Cérebro, costumam ser aquelas que conseguem enxergar o futuro no meio do barulho e da fúria de nossos medos e rancores.

Jung, na medida em que envelhecia, foi deixando para trás sua personalidade heróica e algo desagradável socialmente, seu número 1, para virar o sábio de Kusnatch, o mestre de muitas e talentosas gerações de terapeutas e curadores. O número 2 realizado.

Numa famosa entrevista do já idoso professor Jung à BBC, o repórter perguntou se ele acreditava em Deus: Jung respondeu na lata – Eu não acredito, eu sei! O “Eu Sei” é uma tradução para o “I Know”, que do Inglês pode ser entendido como Eu Sei, mas também “Eu conheço”; “Eu experimentei”. A sua personalidade número 1 foi cedendo espaço para o número 2, que experimentou a eternidade, e descobriu que ele era, na verdade, a Pedra e o menino sentado nela. Ele não precisava acreditar em Deus: ele O tinha experenciado.

Nos dias de hoje, onde o número 1 engoliu o número 2 da maioria das pessoas, temos a sensação de risco, de ameaça a nossa sobrevivência, de necessidade de acumular dinheiro e segurança, enquanto o mundo desmorona lá fora. Os terapeutas, os curadores e as pessoas de bem continuam tentando fazer a união entre esses dois lados do Cérebro, na direção de um futuro de Atenção Amorosa e Entendimento. Sei que isso, hoje, parece muito distante. Mas está aqui, dentro de todos, a semente que temos que cuidar e proteger. As pessoas que conseguiram e conseguem essa síntese do número 1 e 2 que nos habitam, servem de farol nesse mar revolto que atravessamos. Hoje em dia, mais do que nunca.

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”



Como dispositivos de IA auxiliam pessoas com TDAH na gestão de tarefas

Para neuropsicólogo Aslan Alves, mecanismos podem ser úteis no dia a dia, mas não substituem tratamentos convencionais

 

O uso da tecnologia como um mecanismo auxiliar no tratamento de algumas doenças e transtornos já é realidade e pode trazer benefícios e qualidade de vida ao paciente. O uso da inteligência artificial no apoio a pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo, pode ser interessante na criação de rotinas, mas não substitui a necessidade de um tratamento convencional. 

O tema foi debatido em um evento organizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com a Amazon, em São Paulo. Durante o evento, foi apresentado como o dispositivo virtual Alexa vem sendo usado na criação de rotinas, gerenciamento do tempo e no combate à procrastinação por pessoas com TDAH. 

O neuropsicólogo Aslan Alves esteve no encontro e pontuou que a tecnologia não substitui estratégias comportamentais e habilidades desenvolvidas fora de casa, onde a IA nem sempre está disponível. “É importante que as pessoas criem métodos que sejam funcionais também em ambientes sem a presença da Alexa. A inteligência artificial ajuda a organizar a vida em casa, mas manter o equilíbrio é essencial para preservar a autonomia e o desenvolvimento da memória”, afirma.

O uso da IA pode reduzir a sobrecarga cognitiva e melhorar a qualidade de vida de quem tem TDAH. Entretanto, o neuropsicólogo acredita que o ideal é utilizar a tecnologia sem se tornar dependente dela, para que as habilidades de memória e organização continuem sendo praticadas. “A tecnologia serve como um suporte, mas incentivar a independência e a habilidade de lidar com as tarefas sem ela é importante para garantir o desenvolvimento contínuo e a autonomia do indivíduo”, disse Aslan Alves.

Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade no Brasil. A prevalência de TDAH é estimada em 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, 5,2% nos indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% nos indivíduos maiores de 44 anos.

 

Aslan Alves - CPR 05/54575 - Psicólogo com pós-graduação em Neuropsicologia, especialista no atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Com mais de cinco anos de experiência, atualmente dedica-se ao atendimento com abordagem da TCC (Terapia Cognitiva Comportamental) e à realização de avaliações neuropsicológicas detalhadas para crianças e adultos, com desenvolvimento de protocolos personalizados para avaliação psicológica e neuropsicológica. Atuou como coordenador do setor de Neuropsicologia em clínica de saúde mental e trabalhou na linha de frente contra a COVID-19, oferecendo suporte vital aos setores clínicos, CTI e emergência durante a crise sanitária.


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