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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Estações da CPTM recebem ações do Outubro Rosa na próxima semana

Ações ocorrem nas Linhas 7-Rubi, 11-Coral e 12-Safira


A semana de 14 a 18 de outubro será marcada por diversas ações do Outubro Rosa em estações da CPTM, sempre com o objetivo de orientar sobre prevenção e tratamento do câncer de mama.

Na segunda-feira (14/10), a Estação Itaim Paulista receberá a primeira ação. Das 08h às 11h20 e das 13h às 16h30 uma equipe da Escola Técnica Sequencial oferecerá serviços de aferição de pressão, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura, sempre com as orientações sobre a doença.

Na quarta-feira (16/10) a ação chega à Estação Palmeiras-Barra Funda, em que a equipe da mesma escola técnica oferecerá os mesmos serviços das 08h às 12h. Na mesma data, a Estação Corinthians-Itaquera receberá a equipe do Instituto Gama das 11h às 13h.

Além das orientações sobre o câncer de mama, serão distribuídos exames de Mamografia, com agendamento na clínica parceira, para as primeiras 20 mulheres que comparecerem à estação. Ação similar também acontecerá na Estação São Miguel Paulista na sexta-feira (18/10), das 11h às 13h e beneficiando duas dezenas de mulheres interessadas em realizar o exame.

Por fim, também no dia 18/10, a Estação Suzano terá, das 10h às 15h, uma ação do Hiromi Instituto que, além de promover a conscientização sobre a doença, pretende empoderar as mulheres que passarem pelo evento fazendo cabelo e maquiagem.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.

A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.


Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.



Serviço
Outubro Rosa – mês de conscientização sobre o câncer de mama


Data: 14/10/2024
Local: Estação Itaim Paulista – Linha 12-Safira
Horário: Das 08h às 11h20 e das 13h às 16h30


Data: 16/10/2024
Local: Estação Palmeiras-Barra Funda – Linha 7-Rubi
Horário: Das 08h às 12h


Data: 16/10/2024
Local: Estação Corinthians-Itaquera – Linha 11-Coral
Horário: Das 11h às 13h


Data: 18/10/2024
Local: Estação São Miguel Paulista
Horário: Das 11h às 13h


Data: 18/10/2024
Local: Estação Suzano – Linha 11-Coral
Horário: Das 10h às 15h


Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: A importância de hábitos saudáveis para combater a doença crônica

No Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, celebrado em 11 de outubro, a atenção se volta para a crescente prevalência dessa doença crônica e a urgência de promover hábitos saudáveis. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade está relacionada a diversas complicações, como diabetes e hipertensão, além de contribuir para milhões de mortes anuais. A nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, ressalta que a prevenção é a melhor estratégia para enfrentar essa epidemia global. 

 

No dia 11 de outubro, celebra-se o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, uma data que destaca a crescente prevalência dessa doença crônica em todo o mundo e reforça a necessidade de promover hábitos saudáveis. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é responsável por inúmeras complicações à saúde, como diabetes e hipertensão, e contribui para milhões de mortes anuais. Para a nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, a prevenção é o caminho mais eficaz para lidar com essa epidemia.

“A obesidade é uma doença multifatorial, que vai além da alimentação inadequada e do sedentarismo. Questões emocionais, econômicas e até o ambiente em que a pessoa vive desempenham um papel importante no desenvolvimento da obesidade. Por isso, é fundamental tratá-la com a mesma seriedade que qualquer outra doença crônica”, explica Fernanda. Ela também salienta a importância da classificação da obesidade como doença crônica, o que amplia o olhar sobre a questão, tratando não apenas os sintomas, mas as causas, com a seriedade necessária.

Ela destaca que pequenos ajustes na rotina podem fazer uma grande diferença na prevenção do ganho de peso e no cuidado com a saúde. Para Fernanda, é essencial que se desenvolvam estratégias junto aos governos municipais, estaduais e federais para ajudar um número maior de pessoas a combater essa condição. “O que falta não é a informação, mas a sistematização e a implementação de ações efetivas para prevenir e tratar a obesidade”, complementa.


Entendendo as Causas da Obesidade

Fernanda reforça que a obesidade não deve ser vista apenas como resultado do excesso de comida. “Muitas vezes, o que está por trás do ganho de peso é uma questão emocional não resolvida. O alimento se torna uma forma de escape e conforto. Por isso, engorda-se primeiro pela mente e, em seguida, pelo corpo. É necessário olhar para a causa emocional da compulsão alimentar.”

Além disso, é importante entender que as pessoas não ganham peso apenas porque “comem demais”. “A obesidade tem causas complexas que incluem fatores emocionais, sociais e econômicos. O ambiente em que a pessoa vive, o local de trabalho e até o acesso a alimentos saudáveis influenciam diretamente no comportamento alimentar”, afirma a nutricionista.


Ações Preventivas para Combater a Obesidade

Para combater a obesidade, a nutricionista sugere priorizar alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e grãos integrais, e evitar produtos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras. “Uma dieta rica em fibras e nutrientes ajuda a controlar o apetite e a evitar picos de glicemia que levam ao acúmulo de gordura”, afirma. Além disso, hidratação e sono de qualidade também são fundamentais para o equilíbrio do corpo e o controle de peso.

A educação alimentar desde a infância também é um ponto essencial. “Crianças que aprendem a fazer escolhas saudáveis desde cedo têm menos chances de desenvolver doenças relacionadas ao excesso de peso na vida adulta”, destaca Fernanda. Ela sugere que as famílias adotem uma abordagem coletiva, envolvendo todos em práticas saudáveis.

A prevenção da obesidade vai além da estética — trata-se de garantir qualidade de vida e evitar complicações graves à saúde. 



Bio Mundo


Saúde das trompas: entenda a hidrossalpinge, obstrução que pode causar infertilidade

Especialista do CEUB explica que doença pode ter relação com infecções,
endometriose ou outras inflamações no sistema reprodutivo

Pouco mencionadas nas discussões sobre a saúde da mulher, as trompas de Falópio - ou tubas uterinas – são uma parte essencial do sistema reprodutor feminino que podem ser afetadas por problemas silenciosos, como a hidrossalpinge. Muitas mulheres descobrem essa condição, que geralmente não apresenta sintomas, durante exames de rotina ou em investigações sobre infertilidade. O ginecologista especialista em Reprodução Assistida e professor adjunto do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Bruno Ramalho, explica como essa condição pode impactar a saúde feminina.
 

Segundo o especialista, a hidrossalpinge ocorre quando a tuba uterina se dilata e fica cheia de líquido. Diversos fatores podem causar danos e bloqueios na extremidade da tuba, resultando no acúmulo de líquido em seu interior. "Cirurgias pélvicas anteriores, infecções, endometriose ou outras fontes de inflamação são exemplos de situações que podem levar ao desenvolvimento da hidrossalpinge", explica o professor. Embora costume ser um mal silencioso, Ramalho explica que dor pélvica e corrimento vaginal podem estar associados ao quadro, sendo que, nos casos de endometriose, a dor tende a ser relacionada mais à inflamação do que à dilatação propriamente dita.
 

Diante das suspeitas após o exame ginecológico, o docente do CEUB explica que o diagnóstico se dá por meio do exame de histerossalpingografia, pela ressonância magnética da pelve ou pela ultrassonografia transvaginal, essa nos casos mais volumosos. "Uma tuba comprometida já pode ser suficiente para provocar infertilidade, independentemente de sua dilatação", ressalta.
 

Tratamento e gravidez

Além do risco aumentado de gravidez ectópica, que ocorre na própria tuba comprometida, hidrossalpinges volumosas podem dificultar a gravidez, até mesmo em mulheres que necessitam realizar o tratamento de fertilização in vitro. Por isso, segundo Bruno, o tratamento envolve, em muitos casos, a retirada da trompa afetada, uma vez que sua função já está comprometida. “Em outros casos, excepcionalmente, é possível realizar uma salpingostomia, que consiste na abertura cirúrgica da tuba – abordagem pode ter resultados limitados, com o risco alto de a condição retornar”.
 

O especialista do CEUB frisa que se a hidrossalpinge afetar apenas uma tuba, a outra pode estar funcional e permitir uma gestação espontânea. Nos casos mais graves, em que ambas as trompas estão dilatadas, as técnicas de reprodução assistida podem ser uma solução, pois dispensam a função das trompas. “Em situações de hidrossalpinge visível por ultrassonografia, geralmente se recomenda a remoção cirúrgica das trompas antes da transferência de embriões para o útero”, finaliza Ramalho.
 

Outubro Rosa: taxa de cura chega a 95% com diagnóstico precoce do câncer de mama, tipo que segue como o mais incidente entre as brasileiras

O câncer de mama ainda é o mais incidente entre as mulheres em todas as regiões no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de novos casos no Brasil, em 2024, é de 73.610. Números do DataSUS mostraram uma alta mortalidade pela doença no ano passado: foram mais de 20 mil óbitos em decorrência de tumores mamários. E o fator mais importante que contribui diretamente para a redução da mortalidade pela doença são os avanços no rastreamento, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 95%, como aponta a dra. Fernanda Philadelpho, radiologista especializada em exames de mama da CDPI.

“O objetivo do rastreamento é alcançar mulheres que ainda não possuem sinais ou sintomas sugestivos de câncer. Assim, conseguimos identificar, por meio de exames de imagem, alterações indicativas da doença o mais cedo possível e encaminhar as pacientes com resultados fora do esperado para uma investigação por biópsia", explica.

O diagnóstico depende de várias etapas, e é iniciado pelo exame mais preconizado, a mamografia, a partir dos 40 anos para mulheres sem fatores de risco. “Atualmente, tivemos mudanças nos paradigmas de rastreamento do câncer de mama que deixaram de analisar somente a idade das mulheres”, reforça Fernanda.

De acordo com a radiologista, o risco elevado para o câncer não leva em consideração apenas a história familiar e a faixa etária. “Outros dados – como estudos genéticos; se a paciente teve tumores passados, principalmente de mama ou ovário; mulheres que já fizeram radioterapia torácica quando jovem para tratamento de linfoma; e pacientes de origem judia asquenaze – podem levar a um risco aumentado para o desenvolvimento da doença. Assim, o rastreio pode variar conforme a idade de início e os exames de imagem utilizados”, detalha a médica.

Uma vez identificada alguma imagem suspeita, como nódulos ou calcificações, o próximo passo é realizar uma biópsia, inicialmente guiada por ultrassom. O material é, então, encaminhado para um laboratório de patologia para que o especialista analise as células, realize testes e descreva as características do achado, confirmando ou excluindo o diagnóstico de uma neoplasia da mama.

“O tratamento do câncer de mama tem evoluído significativamente, com inovações que aumentam as chances de cura e melhoram a qualidade de vida das pacientes, sobretudo quando diagnosticado precocemente. Exames de imagem, como a ressonância magnética das mamas associada à biópsia, têm sido muito utilizados no planejamento cirúrgico para procedimentos mais eficazes e com menos efeitos adversos”, reforça Philadelpho.


Obesidade: peso das consequências da doença vão muito além de números na balança

Condição afeta funcionamento do organismo e pode ser principal causa de doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo câncer


O diagnóstico da obesidade, uma doença associada ao excesso de peso, ainda é frequentemente baseado no Índice de Massa Corporal (IMC) de um paciente. No entanto, um estudo realizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (AESO) sugeriu recentemente uma atualização nos indicadores, considerando o IMC um marcador insuficiente para um diagnóstico preciso. A proposta indica que a gordura abdominal pode desencadear problemas de saúde, mesmo em pessoas que ainda não apresentam manifestações clínicas da doença, e deve ser considerada um fator de risco também em indivíduos com IMC mais baixo.

Essa mudança de conceitos visa reduzir o índice de subtratamento da doença, incluindo na classificação de obesidade pessoas com IMC de 25 a 30 que apresentem complicações clínicas, funcionais ou psicológicas associadas ao sobrepeso. A obesidade é uma condição que afeta o funcionamento dos sistemas do corpo; portanto, o diagnóstico preciso pode viabilizar o tratamento adequado e reduzir as chances de desenvolvimento de várias outras doenças.


Fator de risco para outras doenças 

Entre as condições mais comuns em pessoas obesas estão as chamadas doenças cardiometabólicas, como hipertensão e diabetes. O médico endocrinologista Fabiano Lago explica que o excesso de gordura corporal causa resistência à insulina, um fator crucial no desenvolvimento dessas condições. "Uma das condições diretamente ligadas ao excesso de peso é o diabetes tipo 2, que representa a maioria dos casos da doença e está associado à resistência insulínica. O excesso de peso é um dos principais responsáveis por essa resistência, que sobrecarrega o pâncreas, aumentando o risco de desenvolver diabetes. Além disso, a obesidade também pode elevar os níveis de gordura no sangue, como o LDL colesterol, e está associada a uma maior incidência de hipertensão arterial", afirma o médico, que atua no Spa Estância do Lago.

Outra condição de saúde associada à obesidade é o câncer. Pessoas com obesidade estão em um grupo de maior risco para diversos tipos de câncer, como o de mama, cólon, endométrio e fígado. O excesso de gordura corporal pode alterar os níveis hormonais, criando um ambiente propício para o aumento de células cancerígenas. Além disso, a inflamação crônica causada pela obesidade pode contribuir para mutações celulares e crescimento de tumores, aumentando tanto a incidência quanto a gravidade dos cânceres em pacientes obesos.

O excesso de peso também afeta a mobilidade, pois pessoas obesas enfrentam uma pressão maior nas articulações. “Essa condição sobrecarrega as articulações, acelerando o desgaste da cartilagem. Esse tipo de desgaste normalmente causa dor e pode levar à perda de mobilidade, além de estimular o desenvolvimento precoce de artroses, principalmente nos joelhos e quadris”, complementa o endocrinologista. 


Impacto psicológico

A obesidade afeta não só o corpo, mas também a mente. Pessoas obesas tendem a enfrentar, na maioria das vezes, problemas como baixa autoestima, isolamento e vergonha, devido à discriminação que acompanha a condição. “Alguns problemas de ordem psicológica, considerando que vivemos em uma época dominada pelas redes sociais, onde a aparência é muito importante, podem afetar negativamente pessoas com obesidade, em especial aquelas que enfrentam um grau severo da doença”, explica Fabiano. 

Além disso, o impacto psicológico causado pela obesidade pode se tornar um obstáculo na adoção de hábitos saudáveis, dificultando a perda de peso. O sentimento de fracasso que acompanha cada tentativa frustrada de emagrecimento pode, por exemplo, desencadear casos de compulsão alimentar, criando um ciclo vicioso que prejudica ainda mais a saúde mental. 


Tratamento multidisciplinar

Para que o tratamento da obesidade seja mais eficiente, uma abordagem multidisciplinar, que envolve a colaboração de profissionais de diversas áreas da saúde, é fundamental para abordar as complexidades e especificidades de cada caso. “Quando a pessoa conta com um grupo de suporte, a chance de êxito no processo de perda de peso e na sua manutenção é muito maior. Por isso, espaços como spas, que contam com uma equipe multidisciplinar, são tão valiosos, pois oferecem suporte em diversas áreas afetadas pela obesidade”, reforça o médico.

Médicos, psicólogos, educadores físicos, nutricionistas e, quando necessário, cirurgiões, trabalham juntos na criação de um plano de tratamento personalizado, que prioriza a reeducação alimentar, a atividade física e o suporte emocional e clínico para enfrentar os desafios e as condições associadas ao excesso de peso e ao processo de emagrecimento. “Nesses casos, os pacientes, mesmo após o tratamento, mantêm os bons hábitos em casa. É um intensivo de autocuidado que faz com que a nova rotina seja encarada com mais vontade de cuidar da saúde”, finaliza.

 

Dores do crescimento: até que ponto é normal?

Desconforto atinge crianças entre 3 e 12 anos; condição é comum, porém mães e pais precisam ficar atentos aos sintomas 


As dores do crescimento, que costumam afetar crianças entre 3 e 12 anos de idade, têm causas e origens ainda não descobertas e debatidas entre especialistas da área. Estudos indicam que entre 25% e 40% das crianças na fase considerada “primeiro estirão” relatam desconforto em algum momento, mais comuns à noite, na região das coxas e panturrilhas. 

As dores do crescimento podem ser consideradas uma parte normal da infância, mesmo que por vezes desconfortáveis. Por isso, as visitas regulares ao pediatra são essenciais para garantir que quaisquer queixas de dor sejam avaliadas adequadamente.

De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan, dores do crescimento são comuns nessa faixa etária e não há muito com o que se preocupar. Entretanto, mães e pais precisam ficar atentos quando as queixas se tornarem recorrentes, e apresentarem outros sintomas. “Se além das dores aparecer também febre, algum edema, perda de apetite e manchas na pele, por exemplo, é importante consultar um especialista para descartar possíveis doenças pré-existentes”.


Outros fatores

Algumas teorias para explicar essas dores são atividade física (impactos que podem causar microlesões em músculos e articulações), fatores psicológicos (estresse emocional e ansiedade), fatores genéticos e sedentarismo. Como efeito, as dores podem chegar a interferir na qualidade do sono e impacto em atividades físicas corriqueiras.

O diagnóstico é dado após a exclusão de outras condições que podem causar dor, como artrite, infecções ou lesões, com o médico especialista analisando o histórico médico da criança e o padrão das dores, com exames físicos específicos para descartar outras possíveis causas.

O tratamento é geralmente sintomático, já que a condição não requer intervenção médica específica. São recomendados, sob supervisão médica, o uso de analgésicos comuns (paracetamol, ibuprofeno), compressas quentes, massagem e atividade física para manter a criança ativa, bem como apoio emocional. 



Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o doutor Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


Pesquisas revelam que mais de 5,6 milhões de idosos podem desenvolver demência até 2050

Especialista aponta como cuidados no dia a dia desse público são essenciais para prevenir o desenvolvimento da condição


Recentemente, Ministério da Saúde divulgou o Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re)conhecimento e projeções futuras. Segundo o documento, 8,5% das pessoas com 60 anos ou mais, o que equivale a 2,71 milhões de indivíduos, convivem atualmente com essa condição. As projeções indicam que até 2050, o número pode subir para 5,6 milhões de pessoas.

A análise regional do estudo revelou que a demência é mais prevalente entre mulheres, representando 9,1% dos casos, enquanto entre os homens o percentual é de 7,7%. O relatório também chama atenção para os riscos, o subdiagnóstico e o estigma que ainda cercam essa condição, dificultando a implementação de medidas preventivas e o acesso ao tratamento adequado.

Jéssica Ramalho, Diretora de Operações da Acuidar, reforça a importância dos cuidados diários na prevenção da prevenção não somente da demência, como de diversas condições neurológicas que podem afetar o grupo. “Acompanhar de perto o comportamento e as necessidades dos idosos é essencial. Pequenas mudanças na rotina e na forma de cuidar podem ajudar a prevenir não apenas a demência, mas também outras condições associadas ao envelhecimento”, explica.

 

Como identificar mudanças no comportamento dos idosos?

A identificação precoce de alterações no comportamento é um fator essencial para prevenir o agravamento de doenças neurodegenerativas. É necessário observar sinais como perda de memória frequente, dificuldades em realizar tarefas cotidianas e mudanças de humor sem motivo aparente. Além disso, a falta de interesse por atividades que antes eram rotineiras pode ser um alerta.

“Os cuidadores e familiares precisam estar atentos e buscar orientação profissional assim que essas mudanças se manifestem”, afirma Jéssica. Para a especialista, o diagnóstico precoce possibilita a adoção de medidas que podem retardar o avanço da demência e garantir uma melhor qualidade de vida ao idoso.

 

Métodos de tratamento

Os cuidados para evitar o desenvolvimento de demência e outras condições incluem, além do acompanhamento médico, a adoção de práticas que estimulem a saúde física e mental dos idosos. “A prática de exercícios físicos regulares, por exemplo, contribui para a manutenção das funções cognitivas, enquanto atividades que envolvam raciocínio, como leitura e jogos de memória, ajudam a manter o cérebro ativo”, afirma. 

A especialista pontua que a alimentação balanceada é outro fator importante, devendo ser rica em nutrientes que auxiliem na proteção das células cerebrais. O consumo de frutas, verduras e peixes ricos em ômega-3 é recomendado para reduzir o risco de demência e doenças cardiovasculares.

Por fim, o suporte emocional e social tem grande impacto no bem-estar do idoso. Manter a interação com familiares e amigos, participar de grupos sociais e realizar atividades em conjunto promovem o estímulo cognitivo e ajudam a combater o isolamento, que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demência.

 

a Acuidar
https://www.acuidarbr.com.br/


Dia Mundial do Ovo: Consumir 40 por dia, no ‘estilo Gracyanne’ faz bem? Médico desvenda riscos e benefícios

Freepik
Ele já foi considerado o vilão do colesterol, depois se tornou o melhor amigo da dieta. Nutrólogo especialista em alta performance, Dr. Rodrigo Schröder afirma que o ovo está entre a lista de alimentos mais saudáveis, mas que a forma de consumo pode atrapalhar

 

Do café da manhã ao ingrediente principal de diversas receitas, o ovo pode ser considerado até mesmo um item cultural na geladeira do brasileiro. No entanto, já foi protagonista de uma grande polêmica nutricional, sendo considerado o maior inimigo do colesterol por anos. Popularizado principalmente pelo universo fitness, o posto de vilão ficou para trás e o ovo ganhou até um dia para chamar de seu, celebrado em 11 de outubro.

 

Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva e referência em comunicação sobre saúde, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes, explica porquê o ovo pode ser considerado um dos alimentos mais saudáveis do mundo e justifica que o título de inimigo da saúde só é válido de acordo com o modo de preparo.

 

“Historicamente, o ovo foi considerado um vilão devido ao seu alto teor de colesterol. No entanto, o impacto do colesterol do ovo no corpo humano é mínimo. Pesquisas mostram que o que altera é a forma de preparo. Se for frito, por exemplo, altera, mas não pelo ovo e sim pela fritura”, explica o médico.

 

O ovo pode ser aliado à saúde do cérebro e até dos olhos. Isso se deve a quantidades consideráveis de nutrientes presentes no alimento, sendo uma excelente fonte de proteína, vitaminas A, D, E, K, diversas do complexo B e minerais como ferro, selênio e zinco. Rodrigo explica os efeitos da composição:

 

“Os benefícios incluem o suporte ao desenvolvimento cerebral e à saúde ocular devido à presença de colina e luteína. As proteínas auxiliam na construção e reparação dos tecidos, enquanto as vitaminas e minerais têm papeis cruciais em várias funções do corpo, incluindo a imunidade e a coagulação sanguínea”.

 

Famosos do universo fitness como Gracyanne Barbosa, já revelaram que consomem quantidades exorbitantes, chegando a 40 ovos por dia. E apesar dos inúmeros benefícios, o excesso esconde um risco. “Não existe um limite superior para o consumo de ovos. No entanto, qualquer alimento que se consuma excessivamente pode trazer intolerância alimentar, sendo o ovo ou outro alimento”, explica o médico.

 

Inclusive, o potencial alergênico do ovo, principalmente em crianças, é considerado bem alto, entretanto, facilmente identificado. “Os sintomas podem incluir urticária, problemas respiratórios, dores de estômago e em casos graves, anafilaxia. A intolerância ao ovo pode resultar em sintomas digestivos como gases e inchaço”.

 

Engana-se quem pensa que o alimento tornou-se popular entre o público fitness apenas pela concentração de proteína. Segundo Schröder, os benefícios para os atletas vão além. “Vitaminas do complexo B que ajudam no metabolismo energético e ácidos graxos essenciais que podem ajudar na recuperação muscular. É quase um poli vitamínico só faltando a vitamina C.”

 

O médico também destaca a facilidade e versatilidade do preparo como um ponto alto, lembrando apenas de deixar a fritura - real inimiga do colesterol - como última opção.

 

Entre todas as polêmicas acerca dos ovos, também surgiram burburinhos sobre o uso de antibióticos e hormônios na criação de galinhas, o que tornaria o consumo de ovo perigoso. Rodrigo, no entanto, esclarece que em muitos países, incluindo o Brasil, o uso de hormônios na avicultura é proibido, enquanto antibióticos são regulamentados estritamente para evitar resíduos nos ovos.

 

“Consumidores preocupados podem optar por ovos de galinhas criadas sem antibióticos ou buscar selos de certificação que garantam práticas de produção adequadas”, aconselha.

 



Dr. Rodrigo Schröder - formado em Medicina, com residência em Ortopedia e Traumatologia. Entretanto, foi em sua pós graduação de Nutrologia Esportiva e Medicina do Esporte e no mestrado em Nutrição e Dietética que ele se encontrou e hoje é um dos maiores profissionais do país em Medicina e Performance Esportiva. Na agenda de consultas, celebridades do entretenimento como Vera Fischer, Anderson Leonardo, Bárbara Coelho, Rodriguinho e outros; e do esporte, como Bárbara Seixas, Lara Nobre, Diego Alves e mais.
https://www.instagram.com/rodrigoschroder/


QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DAS DORES NO JOELHO? ESPECIALISTA EXPLICA

Aproximadamente 69% dos brasileiros sofrem com dores nas articulações do joelho, descobrir a causa pode ajudar no tratamento efetivo

 

Quem nunca sentiu aquela dorzinha chata no joelho? Pois é, essas dores podem ser um verdadeiro obstáculo para uma vida ativa e saudável. As dores no joelho são um problema de saúde comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e elas podem ser causadas por diversos motivos. 

Segundo Raquel Silvério, Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, “É fundamental compreender as causas subjacentes das dores no joelho, a fim de abordar adequadamente esses problemas e buscar tratamento. A prevenção e a gestão adequada dessas causas podem ajudar a minimizar a incidência de dores no joelho e melhorar a qualidade de vida”, comenta. 

O joelho é uma das articulações mais complexas e sobrecarregadas do corpo humano, suportando o peso corporal e permitindo uma variedade de movimentos essenciais. No entanto, essa complexidade também torna o joelho suscetível a uma série de lesões e condições dolorosas. As dores no joelho podem afetar pessoas de todas as idades e níveis de atividade física, causando desconforto e limitando a qualidade de vida. Neste texto, discutiremos as causas mais comuns de dores no joelho e opções de tratamento disponíveis. 

Sendo assim, confira quais são as cinco causas mais comuns de dores no joelho:

  • Lesões Esportivas: Atividades esportivas e exercícios intensos podem resultar em lesões nos ligamentos, tendões e cartilagem do joelho. Torções, impactos diretos e movimentos bruscos podem levar a danos que desencadeiam dores significativas.
  • Desgaste da Cartilagem: A osteoartrite, um processo degenerativo que afeta a cartilagem protetora das articulações, é uma causa comum de dores no joelho. Com o tempo, a cartilagem pode se desgastar, levando a fricção e desconforto durante o movimento.
  • Sobrecarga e Excesso de Peso: O excesso de peso coloca uma pressão adicional sobre as articulações dos joelhos, podendo resultar em dor e inflamação. A sobrecarga crônica devido a um estilo de vida sedentário também pode contribuir para o problema.
  • Condições Médicas Pré-existentes: Algumas condições médicas, como a artrite reumatóide, podem causar inflamação nas articulações, incluindo os joelhos. Essas inflamações frequentemente resultam em dores e limitações na mobilidade.
  • Má Postura e Alinhamento: Uma postura inadequada e um alinhamento desfavorável das pernas e quadris podem causar desequilíbrios musculares, colocando pressão irregular nos joelhos. Com o tempo, isso pode levar a dores e desconforto 

Por fim, a fisioterapeuta Raquel complementa que para reduzir o risco de dores no joelho, é importante praticar hábitos saudáveis, como manter um peso adequado, realizar exercícios de fortalecimento muscular, usar calçados adequados para atividades esportivas e adotar técnicas de treinamento adequadas. 

“Além disso, em caso de dores persistentes no joelho, é fundamental procurar a orientação de um profissional de saúde, como um médico ortopedista, para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado. Lembrando sempre que a prevenção e o cuidado adequado são fundamentais para manter a saúde e a funcionalidade dessa importante articulação do corpo humano", finaliza a fisioterapeuta.


 
Raquel Silvério - Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.


Câncer de mama: estudo mostra que resultado de teste pode guiar tratamento de pacientes com alteração genética

Pesquisa canadense com mulheres recentemente diagnosticadas com a doença revela que uma a cada 20 pacientes apresenta uma mutação acionável, com indicação de intervenções especializadas

 

A maioria dos casos de câncer de mama no Brasil está relacionada a fatores esporádicos, sem ligação com histórico familiar. A análise vem do Projeto AMAZONA, estudo que se propôs a entender o perfil epidemiológico de mulheres brasileiras. De acordo com a publicação, cerca de 85% dos diagnósticos são atribuídos ao estilo de vida, como tabagismo, sedentarismo, ingestão de alimentos ultraprocessados e consumo excessivo de bebida alcoólica, entre outros hábitos. No entanto, 15% das pacientes desenvolvem a neoplasia devido a vulnerabilidades genéticas. Identificar essas alterações precocemente pode ser determinante para a prevenção do desenvolvimento de tumores. 

De acordo com a pesquisa nacional, pacientes com menos de 40 anos apresentam características clínico-patológicas desfavoráveis no momento do diagnóstico do câncer de mama, incluindo subtipos mais agressivos e estágio avançado quando comparados a pessoas com idade superior. Isso sugere uma investigação ampla, para entender o perfil genético das brasileiras. No país, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 2025 serão registrados 73.610 novos casos da doença ao ano. No Rio de Janeiro a estimativa é de 10.290 ocorrências. 

Pesquisa realizada por três hospitais canadenses e divulgada neste ano pela revista Jama, da Associação Médica Americana, feita com mulheres recentemente diagnosticadas com câncer de mama, mostra que uma a cada 20 pacientes apresenta uma mutação acionável, ou seja, com indicação para algum rastreio ou procedimento. E, para um terço dessas pessoas, o achado vai guiar o tipo de tratamento a ser seguido. 

Segundo a oncogeneticista da Oncoclínicas Rio de Janeiro, Marcela Bulcão, o resultado do estudo canadense reforça a necessidade de incentivar a testagem universal entre as brasileiras, um tema que já vem sendo discutido no país, para a garantia de diagnósticos precoces e que levem a cuidados individualizados. 

“Caso a mulher tenha uma mutação acionável, é possível oferecer um novo tipo de cirurgia, mudar a adjuvância (terapia para destruir células cancerígenas ainda presentes no organismo, mesmo após um procedimento), sugerir o rastreio de outros órgãos, orientar a família. E, se o achado puder guiar o tratamento, significa que ela poderá ter um cuidado mais específico, relacionado ao tipo de câncer dela”, explica a médica. 

No Brasil, o rol de critérios da Agência Nacional de Saúde (ANS) para indicação de testagem genética ainda é muito limitante, segundo Marcela. Ter histórico familiar, por exemplo, não torna a paciente elegível ao exame. Outros fatores devem ser levados em consideração, como diagnóstico antes dos 45 anos; mulheres com tumor triplo negativo; que tenham um ou mais casos na família de câncer de ovário, próstata ou pâncreas e, ainda, pertencentes à população descendente de judeus ashkenazi. 

“Atualmente, é possível fazer um rastreio mais adequado, temos acesso a testes precisos. E isso é fundamental para o diagnóstico precoce, pois a população está vivendo mais e aumentou-se a incidência de câncer”, ressalta a especialista. 

A oncologista clínica da Oncoclínicas Rio de Janeiro, Sabrina Cristofaro comenta que a conduta referente ao câncer de mama no país está cada vez mais caminhando para a medicina de precisão, e o sequenciamento genético é fundamental nessa jornada. “Antigamente não havia um painel ampliado, era feito somente o sequenciamento básico. O teste amplo agora faz parte do cotidiano do oncologista. E nós, assim como os mastologistas, também podemos pedir o exame. A solicitação não é mais restrita ao geneticista”, comenta a médica. 

Sabrina ressalta que ainda há muitas perguntas a serem respondidas em relação à testagem genética para o câncer de mama. Em alguns resultados, por exemplo, não fica claro se a alteração apresentada é patogênica, ou seja, se há risco de desenvolvimento de tumores. No entanto, ter essas respostas permite aos especialistas oferecer cuidados mais assertivos. 

“É fundamental dar essa orientação às pacientes e, assim, direcionar o tratamento cada vez mais de forma individualizada”, acrescenta a oncologista.

 

Grandes mulheres contam com um forte aliado: o diagnóstico precoce 

Para apoiar na conscientização sobre o câncer de mama, ao longo do mês de Outubro, estará no ar a campanha “É sempre hora de se cuidar” da Oncoclínicas&Co. A ação promove conteúdos informativos e estimula a realização de exames e consultas sempre em dia. Com ativações em redes sociais, ambientes físicos e anúncios nas grandes mídias, a iniciativa tem por objetivo incentivar o diagnóstico e tratamento precoce, aumentando assim as chances de cura.

Para outras informações, acesse: Link

  

Oncoclínicas&Co


54% dos brasileiros acreditam que Saúde Mental é o maior problema de saúde do país, revela Ipsos


Índice aumentou pelo quinto ano consecutivo; câncer, abuso de drogas, estresse e obesidade também estão entre os problemas de saúde mais citados pelos brasileiros

 

Dados do novo relatório global Health Service Report 2024, revelam percepções e desafios relacionados aos sistemas de saúde no mundo. A pesquisa, elaborada pela Ipsos, empresa especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, avaliou também o cenário brasileiro quanto às doenças que a população acredita que sejam os principais problemas de saúde no país. 54% das pessoas no Brasil acreditam que a saúde mental seja, hoje, o principal problema de saúde enfrentado pelos brasileiros. O estudo completo traz ainda as principais preocupações sobre a qualidade dos serviços de saúde, acesso a tratamentos, desafios de saúde pública e como a pandemia da Covid-19 deixou impactos no setor. 

A pesquisa foi conduzida entre 26 de julho e 06 de agosto de 2024 com a participação de 23.667 adultos entre 18 e 74 anos de 31 países. Para países como Brasil, Chile, Colômbia e outros, a amostra representou uma parcela mais urbana e conectada da população. A margem de erro foi calculada com base no intervalo de credibilidade da Ipsos, com uma precisão de +/-3,5 pontos percentuais para amostras de 1.000 e +/-5,0 pontos percentuais para amostras de 500. 

A Saúde Mental continua sendo a maior preocupação de saúde no mundo. Em média, 45% das pessoas entrevistadas nas nações pesquisadas consideram este tema como o maior problema de saúde em seus países. Esse número era de 27% em 2018. A crescente conscientização e preocupação com o bem-estar mental tem reforçado e impactado nesses resultados. 

O câncer e a obesidade continuam a ser uma das principais preocupações, especialmente entre as gerações mais velhas, enquanto a obesidade também figura como o problema mais preocupante de diversos países. Menos da metade dos entrevistados acreditam que seu país oferece os mesmos cuidados para todos (41%), revelando uma percepção de desigualdade no acesso a serviços de saúde. 

A pesquisa também revelou uma queda na qualidade percebida do sistema de saúde no mundo todo. Apenas 44% das pessoas classificaram a qualidade dos serviços como “boa”, uma queda significativa frente aos 53% de 2021, durante a pandemia de Covid-19. Em média, 64% dos entrevistados acreditam que seus sistemas de saúde estejam sobrecarregados.


Cenário brasileiro

Os brasileiros que participaram da pesquisa indicaram a Saúde Mental como principal problema de saúde enfrentado no país. Nos últimos anos, o índice de preocupação com Saúde Mental aumentou. Em 2018, apenas 18% citavam a saúde mental como o principal problema. O salto aconteceu durante a pandemia, quando o tema foi o mais citado por 40% dos entrevistados em 2021, 49% em 2022 e 52% no ano passado, atingindo um novo pico agora em 2023. No Brasil, o problema da saúde mental é também mais citado pelas mulheres, quando comparado às respostas dos homens (14 p.p a mais). 

Além disso, os brasileiros também notam o crescimento do estresse como um problema enfrentado. Em 2022, 27% relataram que esse era um dos principais problemas na saúde do país. Esse número cresceu para 29% em 2023 e para 31% em 2024. 

Por outro lado, o câncer, o abuso de drogas e a obesidade diminuíram seus índices de percepções como principais problemas de saúde enfrentados pelos brasileiros, embora ainda estejam entre os cinco principais com 34%, 32% e 18%, respectivamente. 

“O debate sobre saúde mental nas empresas, na mídia e no dia a dia do brasileiro é um fator determinante para, hoje, ele ser reconhecido como o principal problema de saúde do país. Isso se deve muito, também, às campanhas que ganham força para as pessoas terem mais qualidade de vida e buscam mais formas de melhorar seu próprio bem-estar”, comenta Amanda Sousa, gerente de pesquisas de Healthcare na Ipsos no Brasil. 

Quanto à qualidade dos serviços de saúde no Brasil, os entrevistados brasileiros são ainda mais críticos que a média global. Apenas 31% consideram “boa” a qualidade dos serviços de saúde no país – mesmo índice do ano passado. O número deixa o Brasil como o 6º país que pior avalia a qualidade dos serviços locais. 

Já entre os principais desafios da saúde no país, 75% dos entrevistados citam que as filas de espera para marcar consultas são muito demoradas. Para 82% dos brasileiros, o acesso a serviços de saúde de qualidade é muito caro para a maioria das pessoas no país. O número deixa o Brasil como a segunda nação que mais concorda com esta afirmação, atrás apenas da Hungria (86%).

A pesquisa completa está disponível no site da Ipsos.



Mito ou Verdade: bebês podem ter rinite?

Especialista do maior hospital de otorrinolaringologia da América Latina (IPO) explica sobre a doença 

 

Bebês podem ter rinite? Esta pergunta faz parte do repertório de famílias que vivenciam bebês que espirram muito ou desenvolvem quadros que, num primeiro momento, aparentam ser alérgicos. E sim, bebês podem ter rinite. Por, exemplo a rinite alergica é uma doença genética que pode ser transmitida pelos pais. Quando os dois pais são alérgicos, as chances são de 50%. A doença costuma ser mais comum após os dois anos de idade e atinge cerca de 50% das crianças em idade escolar. 

Existem várias causas para a rinite em bebês, entre elas resfriados, exposição a cheiros fortes, poeira e doença do refluxo gastro esofágico que pode direcionar o conteúdo do leite que esta no estômago ate a região nasal . “A partir dos cinco anos, é possível fazer exames para averiguar cada situação. Antes disso, o sistema imunológico não está formado completamente e não é possível afirmar”, conta o médico Paulo Mendes Junior, otorrinolaringologista do IPO, maior referência do segmento na América Latina. 

Um sintoma comum em bebês que confunde com o diagnostico de rinite e sinusite é o refluxo gastroesofágico, quando o ar do estômago sobe até a garganta e dá a sensação de congestionado similar a rinite, principalmente após a amamentação. "Oriento as mamães a sempre darem de mamar com a criança o mais inclinado mais vertical para cima no colo, e colocar para deitar somente uma hora depois”, afirma o especialista. 

Entre as medidas para controle da rinite, está fazer a limpeza nasal com soro fisiológico três vezes ao dia. “Se o bebê estiver com muita secreção, lavar com mais frequência e até usar bombinha de aspiração para retirar a secreção que fica muitas vezes parado no pequeno nariz e assim dificuldando a respiração, sono e amamentação”, diz Paulo Mendes Junior. Lavar o nariz favorece a respiração e evita o contato com vírus e bactérias no ar e, inclusive, que venha a se transformar em sinusite, ou até mesmo uma adenoidite, que é uma inflamação na adenoide.

Para o tratamento, além das lavagens nasais, existem remédios que devem ser recomendados apenas após uma consulta, como sprays nasais ou antialérgicos, de acordo com o peso e idade da criança ou bebê. “É importante destacar que a rinite precisa ser tratada em qualquer fase da vida, pois ela gera diversos incômodos. Quanto antes ela for analisada, principalmente na fase inicial da vida, maiores serão a chances de um controle assertivo do problema e a partir dos 5 anos com os testes de alergia já realizados, tem a possibilidade de indicar uma imunoterapia ou seja uma vacina de rinite em gotas que pinga em casa 3 vezes na semana para controlar e muito os sintomas e complicações da rinite e evitando tantos corticoides e antialergicos”, completa o especialista.


5 cuidados para proteger os olhos das crianças nas brincadeiras ao ar livre e durante o jogo de videogame

 A oftalmopediatra do H.Olhos Márcia Ferrari explica que essas atividades auxiliam no desenvolvimento da visão, mas devem ter supervisão 


Brincar é essencial para o desenvolvimento das crianças, estimula a imaginação, a criatividade e a socialização. A criança que brinca se conecta com o mundo, vivencia experiências e aprende a interagir com os outros. E os benefícios ocorrem tanto em atividades ao ar livre, quanto ao jogar videogame ou assistir um desenho. 

A oftalmopediatra Márcia Ferrari, do H.Olhos, Hospital de Olhos da Rede Vision One, explica que "a estimulação visual depende da entrada, nos olhos, de cor, luz, forma e movimento, ou seja, tudo o que tem em um jogo de videogame ou um desenho animado”. 

Já nas brincadeiras ao ar livre a criança desenvolve a visão para longe e realiza atividades como correr, pular e escalar que fortalecem os músculos, melhoram a progressão motora e ajudam a desenvolver equilíbrio e resistência. Mas é importante que os pais fiquem atentos para garantir a segurança dos pequenos enquanto brincam. 

A médica recomenda 5 cuidados para proteger a visão durante os jogos e brincadeiras, principalmente se a criança usa óculos: 

- manter a criança a uma distância segura da TV e do aparelho de videogame;

- limitar o uso de dispositivos eletrônicos a uma hora por dia, entre os 6 e 10 anos, e de duas a três horas para os adolescentes;

- evitar o acesso ao videogame ou a TV no período da noite, pois a luz artificial pode interferir no ciclo de sono da criança;

- nas brincadeiras ao ar livre, prender os óculos para que fiquem bem fixados ao rosto e evitar armações de metal.

- em dias ensolarados, colocar um chapéu ou boné na criança para proteger os olhos da luminosidade intensa do sol. 

De acordo com a oftalmopediatra Márcia Ferrari, "embora os óculos escuros sejam uma opção para proteção da visão dos raios solares, eles só são indicados para crianças que possuem albinismo ou apresentam fotofobia, que é a sensibilidade excessiva à luz".

Para as crianças que realizam atividades esportivas com frequência e precisam utilizar óculos, a médica lembra que hoje existem armações com baixo risco de quebra, que possuem um acolchoamento por dentro para aumentar a proteção. O importante é garantir supervisão e os cuidados adequados para os pequenos poderem desenvolver suas habilidades com segurança.


Os olhos do bebê não param de lacrimejar? Saiba o que pode ser

A obstrução congênita é uma das principais causas do excesso de lágrimas, especialmente nos recém-nascidos. Especialista ensina a identificar e o que fazer em tais casos 

 

É muito comum em recém-nascidos: os olhinhos curiosos, vivos e que demoram a abrir totalmente podem ficar lacrimejando, de modo que parece que o bebê está sempre chorando. Embora bebês, de fato, chorem muito, a produção de lágrimas em excesso precisa ser investigada. Por trás do lacrimejamento podem estar problemas mais graves, como glaucoma, doença que responde por 20% dos casos de cegueira em crianças, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “No entanto, uma das principais causas do lacrimejamento em crianças é a obstrução congênita, uma condição na qual, por defeito na formação da via lacrimal ou estreitamento no sistema de ductos, essa lágrima não é escoada e fica acumulada”, explica a oftalmologista e especialista em Plástica Ocular e Vias Lacrimais do Hospital CEMA, Rita de Cássia Lima Obeid. 

As lágrimas têm um efeito protetivo sobre os olhos: além da lubrificação, elas auxiliam no combate aos agentes externos, que podem ser nocivos. Para manter os olhos lubrificados, a lágrima que está na superfície ocular é drenada por um sistema de ductos e pequenos canais, que se inicia no canto medial da pálpebra e termina na cavidade nasal. “Qualquer obstrução nesse sistema de drenagem faz com que ocorra o extravasamento da lágrima. Essa dificuldade de escoamento é o que os especialistas chamam de epifora”, detalha a médica. 

Além da obstrução congênita, o lacrimejamento excessivo em crianças pode ser causado por um aumento da quantidade de lágrima produzida, por processos irritativos, como corpos estranhos, quadros infecciosos, como conjuntivites, ou alérgicos, anomalias anatômicas da pálpebra e glaucoma congênito. “Observa-se excesso e acúmulo de lágrima em bebês, geralmente, após 15 a 20 dias de nascido. São olhos que apresentam conjuntivites de repetição e contínuo acúmulo de lágrimas no canto interno dos olhos. As pálpebras podem ficar vermelhas e inchadas, com crostas nas bordas”, esclarece a especialista em Vias Lacrimais. 

Embora a obstrução congênita possa se resolver espontaneamente, é importante que os pais busquem ajuda médica, pois por trás do lacrimejamento excessivo podem estar outros problemas. “Ao perceberem essas alterações, é importante procurar um especialista em vias lacrimais para que ele verifique o que está ocorrendo. Um diagnóstico assertivo é importante para um tratamento precoce e eficiente”, afirma a oftalmologista. Na maioria dos casos, esse lacrimejamento vai ser tratado de acordo com a causa. Mas pode ser necessário, em algumas situações, uma intervenção cirúrgica.


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