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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Bateria de carros elétricos pode ter mais de 300kg de minerais

A chegada dos veículos elétricos (EVs) e híbridos no mercado destacou a importância dos minerais críticos e estratégicos para a fabricação das baterias. Um modelo EV pode conter até 300 kg de minerais como lítio, cobalto, níquel, manganês, grafite, alumínio, cobre e ferro, uma quantidade significativamente maior do que os cerca de 50 kg de minerais utilizados em carros convencionais. Essa diferença reflete a evolução tecnológica e as demandas energéticas dos veículos movidos a combustíveis limpos. 

Um exemplo notável da destinação desses minerais diz respeito ao uso do cobre, que pode variar de 60 kg a 70 kg em um carro elétrico, um aumento considerável em comparação aos 10 kg usados em veículos convencionais. O lítio, embora presente em menor quantidade (cerca de 8 kg em uma bateria de 300 kg), é essencial devido à sua leveza e alta capacidade energética. 

Dentro dessa temática, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) desenvolveu, em parceria com a Toshiba e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, uma tecnologia promissora que introduz óxido de nióbio nas baterias de lítio. Com isso, é possível ter um carregamento ultrarrápido dessas baterias, além de maior segurança, estabilidade, vida útil (que pode ser três vezes maior) e uma condutividade térmica maior que diminui o aquecimento. 

Veja o papel dos demais minerais mencionados no funcionamento das baterias:

  • Lítio: Fundamental para a fabricação de baterias de íon de lítio.
  • Cobalto: Utilizado em combinação com o lítio para aumentar a estabilidade e a eficiência das baterias.
  • Níquel: Importante para melhorar a densidade energética das baterias.
  • Grafite: Usado como material anódico nas baterias, crucial para o armazenamento de energia.
  • Manganês: Contribui para a estabilidade das baterias.
  • Alumínio: Utilizado na estrutura do veículo e em componentes eletrônicos.
  • Cobre: Essencial para a fiação elétrica e sistemas eletrônicos dos veículos.
  • Aço e Ferro: Usados na estrutura do veículo, garantindo resistência e durabilidade.


Atuação pelo desenvolvimento sustentável  

Instalada no Congresso Nacional em 2023, a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) tem entre as suas missões trabalhar para melhorar o ambiente de negócios da mineração brasileira. Nesse sentido, recentemente, o colegiado apresentou o Projeto de Lei 2780/2024, que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE). A proposta visa garantir que o Brasil realize o aproveitamento de seus minerais críticos e estratégicos de forma sustentável, visando a segurança alimentar, a segurança nacional, o desenvolvimento da indústria nacional e a transição energética global. 

O Brasil se encontra em uma posição de destaque em relação aos minerais críticos e estratégicos, pois possui reservas de todos os minerais necessários para as tecnologias de produção de energias limpas, por exemplos estes que são utilizados para produção de baterias:

  • Grafite: O Brasil é um dos principais detentores de reservas de grafita no mundo, com aproximadamente 26% do total conhecido, e foi o 4º produtor mundial em 2022.
  • Alumínio: O país possui a terceira maior reserva do mundo de bauxita e é um dos principais produtores mundiais, com reservas concentradas principalmente no Pará e Minas Gerais.
  • Lítio: A produção de lítio no Brasil responde atualmente por 2% do que é produzido no mundo, com estimativas de aumento para 5% nos próximos 10 anos.
  • Cobalto: O país tem reservas de cerca de 70 mil toneladas, com os principais depósitos localizados em Minas Gerais e Goiás.
  • Níquel: O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de níquel, com reservas significativas em Goiás, Minas Gerais e Pará.
  • Cobre: O país representa cerca de 2% das reservas mundiais, com produção nos estados do Pará, Goiás, Bahia e Alagoas.
  • Manganês: O Brasil está entre os maiores produtores mundiais e detentores de reservas de manganês há mais de 100 anos, com principais reservas em Minas Gerais, Pará e Amapá.

Além disso, outros minerais como terras raras e nióbio também podem ser utilizados em componentes eletrônicos e motores elétricos, destacando a complexidade e a diversidade dos materiais necessários para a fabricação de veículos elétricos.


Uma nova camada de proteção: seguros cibernéticos começam a ganhar tração no Brasil

 

Os avanços tecnológicos e a busca cada vez maior por soluções que envolvam a transformação digital de empresas e negócios tornam o seguro cibernético uma ferramenta essencial para proteger sua empresa dos riscos muito presentes no mundo virtual. Não por acaso, a procura por esse tipo de cobertura cresceu 880% nos últimos cinco anos no Brasil.

 

Segundo um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), essa modalidade de seguro arrecadou R$ 20,7 milhões em 2019, porém alcançou a marca de R$ 203,3 milhões no ano passado. Há múltiplos componentes para compreender o forte aumento da demanda, a começar pelo fato de que quase seis em cada dez companhias do país já foi alvo de ataques em 2023, segundo o Índice Global de Proteção de Dados (GDPI).

 

Para as seguradoras, esse tipo de apólice visa amparar perdas financeiras dos seus clientes decorrentes de ataques virtuais, erros ou negligências, e que resultem em vazamento de dados e outros danos relacionados à segurança da informação. Em geral, a cobertura pretende cobrir custos para restauração de dados ou sistemas, custos legais na esfera judicial, além de eventuais perdas de receitas nos negócios e possíveis danos à reputação.

 

Todavia, um dos grandes desafios dentro do ambiente digital é a precificação de um seguro cibernético. Trata-se de um processo complexo que leva em consideração diversos fatores, visando oferecer uma cobertura adequada e um valor justo para o segurado. Alguns dos aspectos centrais envolvem o tamanho da empresa (quanto maior, mais volumes de dados e mais operações robustas), o setor de atuação (financeiro e de saúde são os preferidos dos cibercriminosos), e o volume de dados e informações sob tutela da organização.

 

Mas não são os únicos. Uma apólice de cobertura digital irá considerar ainda um eventual histórico de incidentes no ambiente virtual, o arcabouço de segurança da empresa (que pode até mesmo gerar descontos na contratação), a localização geográfica da companhia e as várias coberturas adicionais que podem ser adicionadas ao contrato final, cobrindo aspectos adicionais.

 

Diante disso, o cálculo do prêmio pode ser desafiador, quando não imensurável. Um exemplo disso envolve, por exemplo, uma eventual tentativa de um influenciador digital buscar um seguro cibernético. Se cobrir a perda de dados e contas em redes sociais, hipoteticamente, pode ser mensurado, o mesmo é improvável para possíveis danos causados por opiniões e atitudes fora do escopo do contrato protagonizadas por esse mesmo influenciador. É um risco que a maioria das seguradoras não toparia hoje.

 

Entretanto, voltando a aspectos mais comuns ao mundo corporativo, o processo de cotação de um seguro cibernético não foge muito ao que já conhecemos, com análise de riscos, definição de coberturas, cálculo do prêmio e a emissão da apólice ao final do processo. O que cabe reforçar aqui é que estamos falando de uma modalidade que não se deve ver como padronizada, já que cada apólice é personalizada segundo as necessidades de cada empresa.

 

Da adição da Inteligência Artificial (IA) aos processos de desenvolvimento de software, passando pela modernização e migração de legados de grandes conglomerados para o ambiente em nuvem, a contratação de um seguro cibernético se coloca como potencial “camada extra” na proteção corporativa. Há nele a proteção financeira, a assistência no gerenciamento de eventuais crises, o compromisso com os regulatórios, e a segurança de estar coberto por eventuais ações criminosas.

 

Nunca é demais reforçar que o seguro cibernético não substitui as medidas de segurança. Ele é um complemento que oferece uma proteção adicional em caso de incidentes, seja um caso de ransomware, phishing, DDoS, malware ou outro tipo de ataque por vulnerabilidades diversas. Boas práticas dos funcionários e ferramentas devidamente atualizadas devem ser vistas como protagonistas neste processo de eficiência no cuidado com os dados na esfera virtual.

 

Uma ação preditiva e estratégica de uma companhia na atualidade terá o seguro cibernético como uma variável importante. Tão relevante quanto compreender isso é comparar as diferentes opções disponíveis e escolher uma cobertura que atenda às necessidades específicas da sua organização.





Antonio Darcio Valerio Filho - Business Vice President da GFT Technologies no Brasil



O que torna uma franquia lucrativa? Especialista explica como escolher uma marca e evitar decisões equivocadas

Jenni Almeida, fundadora da Invest4U, aborda os aspectos que fazem uma franquia ser confiável e segura no longo prazo


No Brasil, o mercado de franquias cresceu 19% no primeiro trimestre deste ano, alcançando 60,5 bilhões de reais em faturamento, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Esse crescimento, impulsionado por setores como o de serviços, reflete a atratividade da franquia como um modelo de negócio resiliente e promissor.

No entanto, o processo de escolha da franquia ideal exige atenção a alguns critérios importantes para não cair em armadilhas, como segurança, previsibilidade e flexibilidade do modelo de negócio. De acordo com a ABF, foram abertas 4,3% a mais operações no início de 2024, mas 1,9% delas foram encerradas, o que reforça a relevância de uma análise aprofundada.

Para Jenni Almeida, fundadora e CEO da Invest4U, o fator mais importante ao escolher uma franquia é a transparência. “Um bom indicador de seriedade é a solidez financeira e a estabilidade ao longo dos anos. Avaliar esse histórico e a experiência dos franqueados é essencial para garantir o investimento em um negócio confiável e rentável”, explica.


Sinais de uma franquia séria e lucrativa

Um aspecto essencial para identificar se uma franquia é realmente lucrativa é analisar sua margem de lucro. De acordo com a ABF, franquias nos setores de serviços financeiros, educação e alimentação saudável têm demonstrado as maiores margens nos últimos anos. Além disso, franquias com baixa complexidade operacional e custo fixo reduzido, como as que permitem operação remota, costumam garantir retornos mais rápidos.

Porém, o sucesso de uma franquia vai muito além da lucratividade. Muitas vezes, os empreendedores acabam entrando em franquias que prometem grandes retornos, mas carecem de estrutura adequada. “Antes de investir, é interessante observar o suporte oferecido pela franqueadora, como treinamentos, acompanhamento contínuo e inovação nos produtos e serviços, para que o franqueado tenha sempre o apoio necessário para prosperar”, sugere Jenni.

Algumas dicas para evitar escolhas equivocadas incluem verificar se a franquia tem processos padronizados, se possui suporte jurídico para a implementação e operação, e analisar a Circular de Oferta de Franquia (COF), documento obrigatório que deve detalhar os aspectos legais e operacionais da rede. A ausência de informações claras nesse documento pode indicar problemas de transparência. “O franqueado deve ter clareza sobre todas as taxas envolvidas e a previsão de retorno do investimento, para evitar surpresas e problemas financeiros. Um dos principais alertas no setor é não se deixar levar por promessas de lucros rápidos e acima da média do mercado”, ressalta a especialista.


Flexibilidade e personalização 

Um exemplo de franquia que oferece um modelo de negócio adaptável às necessidades específicas de cada franqueado e de cada cliente final é a Invest4U, liderada por Jenni Almeida, que também é educadora e planejadora financeira certificada. “Os franqueados, que incluem profissionais de diversas áreas, têm a flexibilidade de moldar os serviços de acordo com cada perfil”, destaca Jenni.

Além disso, as operações podem ser realizadas remotamente, o que reduz custos fixos e oferece maior flexibilidade, tornando a conciliação de outras atividades com a franquia uma opção viável. “Esse é um dos nossos principais diferenciais, permitir que o franqueado trabalhe de forma eficiente e alinhada com as expectativas de crescimento do mercado, sempre com suporte contínuo, que inclui o acesso a uma rede de especialistas que auxiliam em decisões estratégicas”, detalha a especialista.

Para Jenni, o sucesso de uma franquia depende de um modelo que combine flexibilidade, treinamentos, suporte e personalização, características que estão no centro da operação da Invest4U. “Nosso propósito é transformar a vida financeira das pessoas, e isso só é possível com um atendimento próximo e personalizado. Cada cliente tem uma história, e nosso trabalho é oferecer a melhor solução financeira para apoiá-la em sua jornada”, conclui.

 



Jenni Almeida - Fundadora e CEO da Invest4U, Jenni Almeida é estrategista financeira, consultora de investimentos CVM, educadora financeira e planejadora financeira certificada CFP®. Com uma carreira de sucesso que começou aos 18 anos em um grande banco internacional, Jenni se destacou por seu compromisso em transformar a vida financeira de famílias e empresas. Em 2018, fundou a Invest4U, com o propósito de oferecer planejamento financeiro personalizado, fundamentado em valores cristãos. Jenni é reconhecida por sua dedicação em proteger e multiplicar o patrimônio dos clientes, tendo sido destacada em 2024 como a principal líder em proteção familiar e blindagem financeira empresarial no Brasil.
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Invest4U
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11 de outubro - Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física

Defensor Público diz que é preciso ampliar a acessibilidade e a igualdade de oportunidades às pessoas com deficiência

 

Neste 11 de outubro comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física. A data é uma oportunidade para sensibilizar a sociedade sobre a importância de garantir igualdade de oportunidades e condições adequadas para essa numerosa parcela da população. De acordo com o IBGE, o Brasil tem mais de 15 milhões de indivíduos com deficiência física. Portanto, é um momento para fortalecer o compromisso com políticas públicas que assegurem a plena participação dessas pessoas na sociedade. 

Apesar dos avanços na legislação, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), muitas barreiras continuam dificultando a vida das pessoas com deficiência física. No dia a dia, essa legião de brasileiros ainda enfrenta uma série de desafios, profundos e estruturais.

 

“É fundamental promovermos a sensibilização, a conscientização e o rompimento da barreira do preconceito, do desdém, do olhar enviesado às pessoas com deficiência. Precisamos, todos, lutar para que essas pessoas sejam percebidas, não como coitados, mas sim, como pessoas capazes, que merecem todo o nosso respeito”, afirma o Defensor Público Federal André Naves, que é especialista em Direitos Humanos e Inclusão.

Dentre as principais barreiras para que pessoas com deficiência física possam exercer a plena cidadania, destacamos:


Acessibilidade limitada: a falta de infraestrutura adequada nas cidades, como calçadas, rampas e transportes públicos adaptados, ainda é uma triste realidade na maioria das cidades, principalmente em municípios ou bairros mais carentes. Estes são os maiores obstáculos à mobilidade das pessoas com deficiência física, comprometendo o seu direito de ir e vir de maneira independente.
 

Transporte: Pessoas com deficiência têm direito à gratuidade em diversos meios de transporte, como ônibus, trens e metrôs. Essa garantia está prevista na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015). Contudo, a implementação da lei varia de acordo com a cidade ou o estado, já que existem regras específicas em cada localidade. Por isso, na prática, muitos não usufruem desse direito. 

Burocracia na compra de veículo isento de impostos: comprar um carro com isenção de impostos pode ser complicado para pessoas com deficiência física por causa da burocracia. O processo envolve várias etapas, como a apresentação de documentos médicos, laudos e formulários específicos. Isso pode ser confuso e demorado e, por isso, muitos desistem. 

Desigualdade no mercado de trabalho: embora existam leis que garantam a inclusão de PcDs no mercado de trabalho, como a Lei de Cotas, muitas empresas ainda resistem em cumprir as normativas ou empregam essas pessoas em funções subvalorizadas, limitando seu potencial de crescimento profissional. 

Educação inclusiva deficiente: a inclusão educacional é um direito garantido, mas ainda faltam profissionais capacitados e adaptações nas escolas, o que dificulta o acesso à uma educação de qualidade. 

Preconceito e estigmatização: pessoas com deficiência física frequentemente enfrentam discriminação e preconceito, o que pode afetar sua autoestima e restringir uma participação mais ativa na sociedade.

“O grande desafio atual é tornar realidade os direitos previstos pela legislação e avançar para assegurar novos direitos. Isso pressupõe não apenas a implementação eficiente de políticas públicas bem como um compromisso cultural de toda a sociedade com a prática contínua da inclusão”, lembra André Naves, que complementa: “Precisamos avançar para que, cada vez mais, as cidades, as escolas, os hospitais e postos de saúde, e o mercado de trabalho, estejam adaptados para acolher e valorizar as pessoas com deficiência, garantindo-lhes autonomia e dignidade”, finaliza.

 

Nos deixem viver: Crescem todos os tipos de violência contra as mulheres


Em 2023, 258.941 mulheres sofreram violência doméstica. 38.507 sofreram violência psicológica. 1.467 mulheres tiveram suas vidas acabadas, vítimas do feminicídio, a maioria em sua residência por uma pessoa de sua confiança: o seu parceiro íntimo. Violências que afetam mulheres de todas as classes sociais, etnias e faixas etárias.

 

O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, 10 de outubro, impulsiona a reflexão dos números da violência contra a mulher e o que se tem feito para combater o problema.

 

“A violência contra a mulher não é natural. Por isso, devemos exigir a adoção de medidas que combatam e superem este tipo de violência. As relações de poder estabelecidas devem ser coisas do passado. A violência contra as mulheres traz consequências graves para as vítimas e à sociedade”, afirma a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais.

 

O combate à violência contra as mulheres sempre foi uma prioridade na luta da CONTAG, principalmente para as mulheres do campo, da floresta e das águas, quem têm enfrentado de forma ainda mais cruel processos permanentes de violência vivenciados em diversas dimensões.

 

Elas têm carregado em seus corpos o peso das opressões históricas operadas pelo patriarcado, pelo capitalismo, pelo racismo e pelo colonialismo. As mulheres do campo, da floresta e das águas enfrentam diversas formas de violência para garantir o direito de existir e pertencer aos seus territórios.

 

“O isolamento geográfico, a distância, a falta de acesso aos meios de comunicação e informações, a precariedade de infraestrutura e de serviços públicos, a falta de equipamento público para lidar com a violência, tudo isso contribui para a invisibilidade da violência contra as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares. Outro aspecto que contribui para tal invisibilidade é a ausência de dados numéricos sobre a violência doméstica em territórios rurais. As mulheres do campo, da floresta e das águas, praticamente, não estão incluídas nas estatísticas”, explica Mazé.

 

TIPOS DE VIOLÊNCIA

Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha:


Física - Qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.


Psicológica - Qualquer conduta que: cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.


Sexual - Qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.


Patrimonial - Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.


Moral - Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Mas, para além dessas violências reconhecidas pela lei, há outras formas de violência que atingem as mulheres, como a lesbofobia, baseada na orientação sexual de mulheres lésbicas; transfobia, contra pessoas trans; capacitismo, contra mulheres com deficiência; obstétrica, agressões físicas ou verbais durante o parto ou gestação; e política, para impedir a participação de mulheres em espaços de poder.

 

DENUNCIE

As denúncias de violência contra à mulher podem ser feitas em delegacias, órgãos especializados e discando 190. Também através da central de atendimento à mulher, o Ligue 180, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, em qualquer lugar do Brasil.

 

Vizinhos, amigos, parentes ou desconhecidos também podem utilizar o canal ou ir a uma delegacia para denunciar uma agressão que tenham presenciado.

“Através da Marcha das Margaridas e de outras tantas ações seguiremos na luta até que todas sejamos livres”, finaliza a secretária.

 

Não à violência contra a mulher! Nenhuma a menos!

 



Malu Souza - Comunicação CONTAG, com dados do Anuário Brasileiro  de Segurança Pública


Gestão do processo de recrutamento influencia a taxa de turnover nas empresas

De acordo com Alisson Souza, CEO e fundador da abler, é essencial que as empresas estabeleçam critérios sólidos para uma seleção de talentos mais assertiva

 

O turnover, ou rotatividade de funcionários, é um dos maiores desafios enfrentados por empresas de diversos setores. A perda constante de talentos não apenas gera custos elevados com novas contratações, mas também afeta a produtividade e o clima organizacional. Uma das principais causas para o aumento desse índice está na gestão inadequada dos processos de recrutamento e seleção.

Segundo um levantamento realizado pela Gallup, 51% dos empregados que deixaram seus empregos em 2023 acreditam que seus gestores poderiam ter feito algo para evitar sua saída, mostrando que a gestão ineficaz é um fator importante na rotatividade.


A relação entre o recrutamento mal estruturado e o turnover

De acordo com Alisson Souza, CEO e fundador da abler, startup que tem o propósito de gerar empregabilidade em Consultorias de RH e PMEs, quando os processos de recrutamento e seleção são conduzidos de maneira inadequada, a chance de contratar profissionais desalinhados com a cultura e as necessidades da empresa aumenta. “Sem critérios bem definidos e uma análise aprofundada das competências e características comportamentais dos candidatos, as empresas correm o risco de contratar pessoas que, apesar de tecnicamente qualificadas, não se adaptam ao ambiente de trabalho ou às expectativas do cargo”, afirma.

Esse desalinhamento é um dos principais fatores que impulsionam a rotatividade. “Profissionais que não se sentem integrados à equipe ou que enfrentam dificuldades de adaptação tendem a buscar outras oportunidades no mercado, levando a um ciclo de demissões e novas contratações”, pontua.


Estabelecendo critérios sólidos na seleção

Para reduzir o turnover, é essencial que as empresas estabeleçam critérios sólidos para a seleção de talentos. “Isso inclui não apenas avaliar as competências técnicas, mas também entender o perfil comportamental dos candidatos. Definir com clareza as habilidades necessárias e o perfil que melhor se encaixa na cultura organizacional, aumentam as chances de encontrar profissionais que se adaptem à empresa a longo prazo”, relata.

Outro ponto fundamental é garantir que o processo de recrutamento seja transparente e envolva todas as áreas responsáveis pela contratação. “A integração de gestores diretos ao processo seletivo, por exemplo, pode garantir uma visão mais completa sobre o perfil ideal para a vaga e evitar contratações equivocadas”, aconselha o especialista.


O papel da tecnologia na assertividade das contratações

Além de critérios bem definidos, a tecnologia tem se mostrado uma aliada indispensável para garantir uma seleção mais assertiva. Ferramentas como os sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) automatizam diversas etapas do processo, como triagem de currículos e envio de testes técnicos e comportamentais. “Isso permite que o RH concentre seus esforços nas etapas mais estratégicas da seleção, como entrevistas e a análise final dos candidatos”, declara.

Além disso, essas ferramentas possibilitam uma seleção mais precisa dos perfis, cruzando informações com base nos critérios estabelecidos previamente. “Dessa maneira, é possível aumentar a assertividade das contratações e reduzir as chances de turnover, garantindo que os candidatos selecionados estejam realmente alinhados com o que a empresa precisa”, ressalta.


Redução do turnover como vantagem competitiva

O CEO da abler acredita que reduzir o turnover não é apenas uma questão de economia de recursos, mas também uma vantagem competitiva. “Empresas que conseguem manter seus talentos por mais tempo fortalecem suas equipes, promovem um ambiente de trabalho mais estável e produtivo, e melhoram sua imagem no mercado. Otimizar os processos de recrutamento e seleção possibilita a criação de uma equipe coesa e motivada, alinhada aos objetivos da organização e preparada para contribuir para o crescimento a longo prazo”, finaliza.

 


Alisson Souza - Trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, onde foi Gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. Pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University, é apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S. No final de 2017 co-fundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas. Neste negócio já auxiliou mais de 300 clientes a fechar 110 mil vagas na média, em 15 dias.


Dia do Professor

 

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Como a IA pode ajudar no ensino da Geração Z

Plataforma Professor Ferretto utiliza recursos de IA para personalizar ensino de acordo com as necessidades e o ritmo de cada estudante, e aprimorar o processo de aprendizado dos jovens hiperconectados

 

A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta indispensável em diversas áreas, e a educação não é exceção. Segundo estudo recente do Instituto Semesp - entidade que representa mantenedoras de ensino superior -, 74,8% dos entrevistados concordam com o uso da tecnologia e inteligência artificial no ensino. A Plataforma Professor Ferretto, canal de ensino 100% online, com foco na preparação para o Enem e vestibulares, já utiliza IA nos conteúdos que disponibiliza, auxiliando no aprendizado, principalmente, da GenZ, que costuma utilizar esta ferramenta como uma aliada nos estudos. 

A Geração Z apresenta algumas características que fazem com que o uso da tecnologia seja natural para eles: cresceram em um ambiente digital e estão acostumados a processar grandes volumes de informação rapidamente. Esse perfil, embora seja vantajoso em muitos aspectos, também traz desafios para o ensino tradicional, que muitas vezes não acompanha a necessidade de dinamismo e personalização que esses jovens demandam. É nesse ponto que a IA se insere, oferecendo soluções capazes de revolucionar o processo de aprendizagem. 

Segundo Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Ferretto, a IA tem o poder de personalizar o ensino de acordo com as necessidades e o ritmo de cada estudante, promovendo um aprendizado mais eficaz. "Com a IA, é possível identificar lacunas de conhecimento e adaptar o conteúdo conforme o desempenho individual dos alunos. Isso torna o processo de aprendizagem mais dinâmico e focado, permitindo que o aluno avance de forma mais autônoma e eficaz", resume o docente. 

Além disso, a IA permite que os professores otimizem o tempo em sala de aula, focando em atividades que exijam maior interação e criatividade, enquanto tarefas mais repetitivas, como correção de exercícios, podem ser automatizadas. "A IA não substitui o papel do professor, mas sim potencializa suas capacidades, permitindo que ele tenha mais tempo para planejar aulas que realmente façam a diferença no desenvolvimento crítico dos estudantes", comenta Arthaud.
 

Simulados inteligentes e feedbacks em tempo real

Ferramentas baseadas em IA, como simulados adaptativos e feedbacks personalizados em tempo real, também são recursos que vêm ganhando espaço no ambiente educacional. “Essas tecnologias tornam o processo de estudo mais dinâmico e interativo, engajando os alunos e aumentando sua motivação para aprender. Na Plataforma Ferretto, esse tipo de recurso já é uma realidade desde 2022, quando começaram a ser aplicados simulados inteligentes que ajustam o nível das questões conforme o progresso dos alunos”, conta o professor de Química. 

Entretanto, é importante observar que o uso da IA no ensino requer uma implementação cuidadosa e equilibrada. Embora ofereça inúmeros benefícios, como a democratização do acesso à educação por meio de plataformas digitais e materiais de apoio acessíveis, o professor ressalta que a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar, e não como um substituto para a interação humana que é essencial no processo educacional. 

"A IA está transformando o cenário educacional ao permitir um ensino mais personalizado, dinâmico e acessível. No entanto, é fundamental que essa tecnologia seja usada com sabedoria, garantindo que o papel do professor continue sendo o de referência e guia do aprendizado, capaz de proporcionar o desenvolvimento integral dos alunos", conclui Arthaud.
 

 Plataforma Professor Ferretto

 

Febraban alerta para novo golpe sobre falsa investigação nas agências bancárias

Golpistas estão ligando para clientes dizendo que sua agência ou gerente está sob investigação e pedindo a transferência de recursos para contas suspeitas


Vídeo com Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, comentando sobre o golpe e dando dicas de como evitá-lo, disponível para download neste link

 

Criminosos estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como o da falsa central telefônica. As estratégias são novas, mas as táticas, velhas: usam técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor das quadrilhas. 

A Febraban alerta que, desta vez, os golpistas estão ligando para clientes e dizendo que sua agência bancária e/ou seu gerente está sob investigação. E chegam até a mandar um boletim de ocorrência falso para dar credibilidade ao golpe. A partir daí, dizem que para a proteção do cliente, ele deve transferir seus recursos para favorecidos indicados por eles enquanto durar a investigação criminal. 

“Esta abordagem é golpe. Os bancos, entidades ou autoridades policiais nunca pedem que clientes façam transações bancárias. Se receber este tipo de contato, encerre-o na hora. Se tiver dúvidas sobre sua agência, esclareça qualquer informação fora do normal nos canais oficiais do banco”, alerta José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban. 

Ele também ressalta que os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, pagamentos ou estornos de transações nestes contatos. 

A Febraban também informa que os criminosos estão usando o nome da entidade neste golpe e esclarece que a Federação é uma associação civil sem fins lucrativos, que reúne instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário.
 

 Medidas contra os golpes

A Febraban e seus bancos associados têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização e esclarecimento com a população por meio de ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais. Nas redes da Febraban, a comunicação antifraudes prossegue de forma ininterrupta por meio do site Antifraudes Febraban. 

Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 4 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI, para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas. 

A Febraban também tem uma parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e envia uma relação de telefones usados no golpe da falsa central telefônica, que são repassados para as empresas de telecomunicações para bloqueio. 

Adicionalmente, os bancos também atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais. 

A Febraban também assinou recentemente um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública que possibilitará o intercâmbio de conhecimentos, tecnologias, metodologias, capacitação de pessoas e colaboração mútua para o desenvolvimento de projetos e atividades de interesse comum. Assim, o Ministério e os bancos irão trocar informações para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos. 

O ACT prevê a formação de grupo de trabalho com entidades e empresas de vários setores, além do bancário, para debater o tema e construir uma política pública de prevenção e combate a fraudes, golpes e crimes financeiros, chamada de Estratégia Nacional de Segurança Financeira. Este cenário se estende para diversos segmentos – governo, financeiro, telecomunicações, varejo, marketplaces, redes sociais, entre outros. 

No caso de o cliente ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar imediatamente seu banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas, como bloqueio do app e senha de acesso, e fazer um boletim de ocorrência.

 

Os 3 maiores desafios para as empresas da América Latina nos 3 próximos anos

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No Brasil, as mudanças na demanda com os novos hábitos dos clientes, os riscos específicos do setor e a preocupação com o cenário econômico aparecem em destaque em levantamento da EY

 

Além de se preocupar em se estruturar internamente, as empresas também têm de se preocupar com as influências externas. Uma nova pesquisa da consultoria EY mostra quais são os maiores desafios fora das corporações para as empresas latino-americanas.

No recorte brasileiro, em primeiro lugar dois temas ficaram empatados: um é Mudanças na Demanda & Novos Hábitos de Clientes e Consumidores (32% dos entrevistados), empatado com Riscos Específicos do Setor (32%).

Logo atrás, na terceira posição, vem a preocupação com o Cenário Econômico Local (31%). Abaixo dos 30% estão Concorrência (29%), seja local ou global, e Reformas Tributárias (28%).

Mas a tendência é que o temor em relação a suas consequências aumente. “Ela ainda não ganhou a devida atenção dos executivos por considerarem que sua vigência começa a partir de 2026”, afirmou Victor Guelman, sócio-líder de Market e Business Development da EY Brasil. “No entanto, a preparação das empresas deve começar agora, devido ao impacto que vai além da área administrativa.”

No recorte América Latina, o Cenário Econômico Local e a Incerteza Política são os principais desafios (32% para ambos). Depois vêm Riscos Setoriais (28%), Mudanças na Demanda & Novos Hábitos de Clientes e Consumidores (26%) e a Entrada de Novos Concorrentes (25%).

A pesquisa Desafios e Tendências das Empresas em Latam 2024 ouviu 1.379 executivos e CEOs de dez países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Segundo Guelman, vivemos um momento de incerteza devido à eleição presidencial norte-americana, que ocorre em menos de um mês (5 de novembro). “A eleição dos EUA, os conflitos geopolíticos recentes e os juros combinados com a inflação alta criam um cenário de investimento e capital restrito.”


INTERNOS

Outro momento da pesquisa levantou também os desafios internos das empresas. No Brasil, prevaleceram Melhorias (Operacionais-Produtividade-Custos), com 35%. Na sequência, Aumento da Fatia de Mercado (29%). Na terceira posição, três campos temáticos estão empatados, todos com 21%: Novos Produtos & Serviços, Transformação Digital e Transformação de Negócios.

Na América Latina, o principal obstáculo é o Aumento da Fatia de Mercado (29%), seguido das Melhorias (Operacionais-Produtividade-Custos), com 26%, Transformação do Negócio (25%), Transformação Digital (23%) e Gestão Financeira (18%).

Guelman ressalta que as empresas estão formando ecossistemas com setores que a princípio estão distantes do seu negócio principal para agregar e alavancar a marca. “Por isso, as empresas não vão poupar esforços e investimentos em tecnologias avançadas para os próximos anos.”

No Brasil, o cenário já é visível. Em relação às tendências globais mais importantes nos próximos três anos, os empresários locais destacam Inovação (88%) como a principal prioridade. Depois vêm Cibersegurança & Proteção de Dados (84%) e Produtividade Impulsionada pela Tecnologia (82%).

Em termos de ferramentas e soluções tecnológicas, para os empresários brasileiros inteligência artificial (88%) e cloud (84%) seguem sendo as tecnologias disruptivas para os próximos três anos.

Embora as lideranças brasileiras estejam focadas em melhorar o que já está sendo feito dentro de casa, Guelman diz que a pesquisa evidencia dois pontos importantes: a falta de maturidade digital e, consequentemente, a preocupação dos executivos em suprir essas demandas nos próximos anos para não ficar para trás.

No âmbito da América Latina, Cibersegurança & Proteção de Dados fica em primeiro (78%), seguida do foco na Inovação (78%), Produtividade Impulsionada pela Tecnologia (78%). Por último ficam os Dados como um ativo transversal a toda a organização (73%) e Adaptação às Novas Regulamentações (68%).

Na América Latina, as soluções de tecnologia mais citadas são análise (75%), big data (74%), cloud (74%), inteligência artificial (72%) e conectividade 5G (68%).

No recorte final da pesquisa, a EY perguntou às empresas qual frase reflete seu momento atual. Dos executivos brasileiros, cerca de 49% dizem que estão acelerando (crescendo e aproveitando novas oportunidades) e 23% estão reagindo à contingência (ou seja, adaptando-se ao novo cenário e reinventando o negócio).

Outros 18% estão avançando na nova realidade (implementando estratégias ou modelos de negócios no novo normal), enquanto 9% estão sobrevivendo (focando na continuidade dos negócios) e 2% estão esperando (que a incerteza política se dissipe antes de agir).

Na América Latina, tanto os que estão acelerando ou avançando na nova realidade somaram 32%. Depois vêm reagindo à contingência (21%), sobrevivendo (10%) e esperando (5%). 



Victor Marques - DC News
Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/os-3-maiores-desafios-para-as-empresas-da-america-latina-nos-3-proximos-anos

 

Planejamento para garantir escalabilidade, agilidade e flexibilidade em vendas sazonais


Nos períodos sazonais, como o Dia das Crianças, Black Friday e Natal, o tráfego de e-commerces e serviços digitais aumenta de forma exponencial, e as empresas precisam se preparar para lidar com picos de demanda sem comprometer a experiência do usuário. Com a aproximação da Black Friday 2024, por exemplo, os consumidores brasileiros já estão se preparando para aproveitar as ofertas da maior data do comércio eletrônico.

 

Após um desempenho abaixo do esperado em 2023, quando apenas 54% dos consumidores realmente realizaram compras, a expectativa para este ano é mais otimista. Segundo pesquisa realizada pelo Google em parceria com a Offerwise, 62% dos consumidores afirmaram que pretendem participar da Black Friday deste ano.

A migração de aplicações para ambientes que ofereçam escalabilidade, agilidade e flexibilidade se tornou uma estratégia essencial para garantir que os sistemas suportem essa pressão adicional. Nesse contexto, o planejamento da capacidade futura se destaca como um dos principais fatores para o sucesso.

 

Um importante passo para a eficiência na migração é a previsão da demanda baseada em dados históricos e análises preditivas. Isso possibilita dimensionar corretamente os recursos necessários para suportar os picos sazonais. No entanto, não basta prever. É preciso ainda contar com uma infraestrutura flexível e escalável, que permita ajustar rapidamente a capacidade conforme o necessário. Soluções em nuvem, por exemplo, são ideais nesse cenário, já que oferecem escalabilidade automática, ajustando os recursos de processamento e armazenamento de acordo com o uso, sem que as empresas paguem por capacidade ociosa.

 

A escalabilidade eficiente também depende de uma arquitetura flexível, que permita escalar os componentes da aplicação de forma independente. Arquiteturas modulares, especialmente as baseadas em microsserviços, possibilitam que cada serviço ou funcionalidade da aplicação cresça conforme a demanda, sem sobrecarregar a infraestrutura como um todo. Durante picos sazonais, como no Natal, diferentes partes da aplicação — processamento de pedidos, gateways de pagamento, entre outras — podem demandar diferentes níveis de recursos, e a modularidade garante que esses componentes possam ser dimensionados individualmente.

 

O monitoramento contínuo da performance da infraestrutura é essencial durante a migração e operação de aplicações, principalmente em momentos de pico. A automação do provisionamento de recursos também se destaca como uma prática eficiente, permitindo que a infraestrutura responda automaticamente a flutuações inesperadas na demanda. Ferramentas de automação ajustam dinamicamente a alocação de recursos conforme a necessidade, otimizando a performance e controlando os custos.

 

A análise preditiva é outra aliada no planejamento de capacidade futura. O uso de big data e inteligência artificial (IA) proporciona a análise de dados históricos e a identificação de padrões de uso, prevendo com maior precisão os volumes de acessos e transações durante os períodos sazonais. Isso permite que a infraestrutura seja dimensionada de forma adequada para suportar os picos de demanda, evitando problemas como indisponibilidade de serviços ou degradação de performance.

 

Além disso, a análise de dados em tempo real permite ajustes instantâneos na capacidade, maximizando o desempenho e a eficiência da operação, ao mesmo tempo em que otimiza os custos de infraestrutura.

 

O comportamento do consumidor durante os períodos sazonais pode mudar de maneira imprevisível, e as empresas precisam ser ágeis para responder rapidamente a essas alterações. A utilização de metodologias ágeis, combinadas com uma infraestrutura em nuvem escalável, é uma maneira eficaz de garantir que a empresa tenha flexibilidade suficiente para realizar ajustes necessários, como a adição de novas funcionalidades ou a correção de problemas críticos, sem comprometer a experiência do usuário.

 

Práticas como DevOps também contribuem para manter o ciclo de desenvolvimento e implantação ágil e contínuo, essencial para atender às demandas dinâmicas dos picos sazonais.

 

Por fim, o planejamento da capacidade futura para migração de aplicações que exigem escalabilidade, agilidade e flexibilidade em períodos sazonais é um desafio que exige preparação e estratégia. Com uma abordagem bem definida, baseada em previsão de demanda, arquiteturas modulares, monitoramento automatizado e análise preditiva, as empresas podem enfrentar os desafios sazonais de forma eficiente, sem comprometer a qualidade do serviço ou a experiência do usuário.

 

A correta combinação dessas práticas não apenas garante a estabilidade das operações como também permite que as empresas otimizem seus recursos e estejam prontas para aproveitar as oportunidades dos períodos de pico com tranquilidade e eficiência.

 

Adriana Costa - Diretora Executiva de Contas da TQI

 

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