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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Dia Mundial da Visão: Acesso a óculos elevaria em até R$ 296,5 mil a renda de crianças brasileiras com baixa visão ao longo da vida, mostra estudo inédito

 

  • Quase 800 mil crianças brasileiras vivem com problemas oftalmológicos não corrigidos; pesquisa estima que uma criança com visão deficiente aprende aproximadamente metade do que uma criança com visão boa ou corrigida;
  • No total, as crianças brasileiras poderiam ganhar o equivalente a quase 300 mil anos de escolaridade se problemas simples de visão fossem corrigidos;
  • Os ganhos potenciais que essas crianças trariam à economia brasileira somam R$ 21,9 bilhões anuais — o terceiro maior entre todos os países.

A cada dia letivo, 800 mil crianças brasileiras vão para a escola com problemas de visão não corrigidos. Crianças com erros de refração – como miopia ou hipermetropia ou astigmatismo – não conseguem enxergar lousas e livros, e uma pesquisa inédita estimou pela primeira vez as perdas de aprendizagem associadas a esses problemas. 

O estudo, lançado pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) e a Fundação Seva, por ocasião do Dia Mundial da Visão, celebrado neste 10 de outubro, mostra que uma criança com visão deficiente aprende aproximadamente metade do que uma criança com visão boa ou corrigida. 

Essa perda de aprendizagem afeta diretamente os ganhos do indivíduo ao longo da vida e, consequentemente, a economia brasileira. Por exemplo: se uma criança de cinco anos recebe os óculos no início da vida escolar, e continua usando-os até os 18 anos, ela terá ao longo da vida uma renda, em média, 78,1% maior do que se nunca tivesse corrigido a visão – em valores nominais, os ganhos seriam de até R$ 296.500. 

A nova pesquisa mostra que, se todas as crianças com problemas de visão tivessem acesso a óculos, o Brasil ganharia quase 300 mil anos de escolaridade a cada ano, o que representaria um aumento futuro de quase R$ 21,9 bilhões para a economia do país. O valor é o terceiro maior entre todos os países. 

“Com essa primeira estimativa global das reais perdas de aprendizado associadas à má visão, vemos o quanto nossas crianças poderiam ser beneficiadas ao receber óculos quando necessário. No Brasil, que consistentemente ocupa as últimas posições em indicadores de educação em comparação aos outros países, é importante garantir que a má visão não esteja impedindo nenhuma criança de aprender e prosperar”, diz Caio Abujamra, Presidente do Instituto Suel Abujamra. 

Dhavi Pietro da Silva, de 12 anos, natural de Campina Grande, na Paraíba, vivenciou a melhora no aprendizado ao ter a visão corrigida. Ele tem astigmatismo, mas não tinha os recursos financeiros necessários para adquirir os óculos de que necessitava. No ano passado, ele aproveitou a oportunidade para escrever uma carta ao Papai Noel pedindo um exame de vista e óculos de grau. 

"Estudar sem os óculos era muito ruim. Primeiro, me sentava no fundo da sala e precisei me mudar para as primeiras fileiras para enxergar a lousa. Mas, mesmo assim, eu enxergava embaçado, a visão escurecia, tudo era muito difícil”, relata Dhavi. 

A história de Dhavi chamou a atenção de uma ótica da região, que doou óculos para ele e sua mãe. “Com meus novos óculos, tudo mudou completamente. Posso ver de longe e de perto; fez uma grande diferença nos meus estudos. Estou indo bem na escola e agora só tiro notas boas", compartilha. 

Na maioria das vezes, os erros de refração na visão não são corrigidos simplesmente porque não foram identificados – muitos alunos não têm acesso fácil a exames oftalmológicos ou não estão cientes da importância de fazer um exame de visão todo ano. 

“A intervenção precoce e a saúde ocular regular são essenciais para desbloquear oportunidades educacionais e potencial econômico futuro. A saúde ocular em jovens não é opcional – é fundamental para tudo”, afirma Peter Holland, CEO da IAPB. 

O Instituto Suel Abujamra, a Renovatio/GoodVision Brasil e o Instituto VerTer uniram forças para criar a aliança “Juntos pela Visão”, comprometida em fornecer cuidados oftalmológicos para populações socialmente vulneráveis ​​em todo o Brasil. Por meio dessa parceria, as três organizações combinam seus recursos e esforços para estender seu alcance a nível nacional, garantindo que o maior número possível de pessoas receba esse suporte. 

A iniciativa oferece exames de visão gratuitos por oftalmologistas em escolas públicas, identificando crianças que precisam de óculos e oferecendo-os sem nenhum custo. Além disso, crianças diagnosticadas com problemas oculares são encaminhadas ao sistema público de saúde para tratamento especializado. 

A IAPB, aliança abrangente para o setor global de saúde ocular, ressalta a importância de ampliar o acesso a exames de visão e óculos. 

Como parte da campanha de 2024 por ocasião do Dia Mundial da Visão, a agência organizou ainda uma competição entre crianças de todo o mundo, intitulada “Óculos do Futuro”. O concurso propõe que elas usem sua criatividade para imaginar como serão os óculos das próximas décadas, contribuindo, assim, para a conscientização a respeito da necessidade de exames de vista regulares.
 

Os seguintes porta-vozes estão disponíveis para entrevistas:

  • Peter Holland, Diretor-Executivo da IAPB;
  • Dhavi Pietro da Silva, o menino de 12 anos da Paraíba que escreveu uma carta para o Papai Noel pedindo um exame de vista e óculos de grau;
  • Caio Abujamra, Presidente do Instituto Suel Abujamra.
     

Mais informações

O relatório completo da pesquisa, incluindo metodologia detalhada, pode ser encontrado aqui.

Acesse aqui mais informações sobre a competição "Óculos do Futuro".

Acesse aqui mais informações sobre o Dia Mundial da Visão 2024.

Acesse aqui mais informações sobre a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB).

Acesse aqui mais informações sobre a campanha Ame Seus Olhos.
 


Agência Internacional de Prevenção à Cegueira - IAPB

 

Dia Mundial da Saúde Mental: conheça a relação entre alimentação e ansiedad

O Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, é uma data destinada a conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar da saúde mental e buscar formas de prevenir e tratar transtornos como a ansiedade.  

Um aspecto essencial na gestão da saúde mental que tem ganhado destaque é a relação entre alimentação e transtornos como a ansiedade. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas em 2017, 9,3% dos brasileiros enfrentam a ansiedade. No mundo, 264 milhões de indivíduos sofrem com esse problema, número 15% maior do que o registrado em 2005.  

Apesar dos índices apresentados serem alarmantes, não são irremediáveis. Para auxiliar com a melhora de todos os sintomas da ansiedade como inquietação, batimentos cardíacos acelerados, insônia, aperto no peito e nervosismo, entre outros, existem diversos recursos, e um importantíssimo é a alimentação. 

Alguns alimentos podem levar à ansiedade; outros podem melhorá-la. A deficiência de alguns micronutrientes e aminoácidos prejudica a produção de neurotransmissores que podem causar modificações no nosso humor e sono. Além disso, ter uma rotina alimentar adequada também favorece a melhora da ansiedade.  

A nutricionista Priscila Reis, do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém, especialista em nutrição clínica e terapeuta nutricional comportamental, explica que não pular o café da manhã é uma dica importante, pois é o momento para estimular áreas do cérebro relacionadas ao prazer, atenção e bem-estar. Uma outra dica é realizar lanches intermediários, evitando longos períodos em jejum. Também não devemos esquecer que o ambiente onde são feitas as refeições, devem ser, de preferência, espaços serenos, preferencialmente sem televisão e celular. 

A ansiedade também pode ser resultado de toxinas acumuladas no corpo e estresse. Nesse caso, recomenda-se alimentação desintoxicante (alimentos in natura, eliminar leite, carne vermelha, café, chá preto, álcool, aumentar o consumo de frutas e hortaliças). 

Alguns dos alimentos que auxiliam na melhora dos sintomas da ansiedade, segundo Priscila, são:  

·         Oleaginosas: como castanhas, nozes e amêndoas são boas fontes de magnésio. Ajudam a bloquear um receptor chamado NMDA, responsável por causar ansiedade e estresse. 

·         Alface: rica em duas substâncias que agem como calmantes no nosso cérebro: a lactucina e o folato. 

·         Abacate: é uma das principais fontes de vitaminas do complexo B. A carência dessas vitaminas pode prejudicar as células cerebrais e, assim, provocar a ansiedade. 

·         Arroz integral: o arroz é fonte de aminoácidos essenciais, que reduzem as mensagens no cérebro associadas com a ansiedade, depressão e estresse, promovendo bem-estar. Por ser fonte natural de melatonina, conhecida como o hormônio do sono, é boa opção para quem sofre de insônia, já que é um sintoma típico de ansiedade. 

·         Cereais integrais: alimentos como quinoa e outros cereais são fontes de carboidratos complexos. A glicose contida nesses cereais é liberada de forma lenta no organismo. Além de promover a saciedade, esse processo fornece energia constante para o cérebro e o corpo. 

·         Frutas cítricas: frutas como kiwi, limão e laranja são ricas em vitamina C que diminui a secreção do hormônio cortisol, que é liberado em resposta ao estresse e à ansiedade. Por isso, o consumo desses alimentos ajuda no bom funcionamento do sistema nervoso. 

·         Banana: é a fruta que mais concentra potássio, que fortalece o sistema nervoso e também controla os transtornos de ansiedade e estresse. 

·         Aveia: o alimento estimula a produção de hormônios que atuam como antidepressivos no corpo. Também é fonte de vitaminas do complexo B, magnésio e fibras. 

 

Entretanto, também existem alguns alimentos que pioram a ansiedade, que são: 

·         Cafeína: pessoas ansiosas devem evitar café, guaraná, chá preto, chá verde e outros estimulantes que possuem esse elemento em sua composição. 

·         Bebidas alcoólicas: o álcool pode atrapalhar a absorção de nutrientes importantes para a liberação de neurotransmissores, que controlam o humor. Além disso, o estado eufórico decorrente da ingestão tem efeito rebote: a ressaca piora os sintomas da ansiedade. 

·         Gordura saturada: presente em alimentos de origem animal, especialmente nas carnes, a gordura saturada pode provocar reações inflamatórias no organismo e prejudicar o sistema nervoso. Além disso, atua na liberação do cortisol, hormônio ligado ao estresse. 

·         Carboidratos simples (refinados): alimentos ricos em farinha branca e açúcar atuam estimulando a compulsão alimentar, já que geram satisfação muito rápida e picos de insulina. Em casos de ansiedade, o processo estimula o desejo por comer mais fontes de carboidratos em menos tempo. 

·         Alimentos industrializados: são produtos ricos em aditivos químicos que liberam cortisol e estimulam processos inflamatórios. 

Um conjunto de hábitos saudáveis, nos proporciona uma maior qualidade de vida. Tais hábitos vão desde mastigar bem, para facilitar a digestão, até a elaboração de pratos coloridos com verduras, legumes, carnes magras e cereais integrais.

 

Verônica Dias, nutricionista integrativa e farmacêutica do Instituto Nutrindo ideais (@nutrindoideais)/Niterói, indica as seguintes receitas saudáveis para auxiliar na regulação da ansiedade bem como, prevenir. Confira:

 

Mingau de aveia

 

Ingredientes:

 

2 col. de sopa de aveia em flocos

1 col. de sopa de farelo de aveia

1 banana-prata média

100ml de leite de coco

200ml de leite de aveia 

1 col. de sobremesa de mel de abelhas

 

Modo de preparo:

 

1. Deixar de molho a aveia no leite de coco e no leite de aveia por 30 min. 

2. Adicionar a banana (que pode ser amassada) e levar ao fogo até engrossar. 

3. Se preferir, sirva a banana no final picada com um fio de mel (opcional) 

 


Sanduíche Mediterrâneo

 

Ingredientes:

 

2 fatias de pão integral

Azeite aromatizado com ervas e manjericão

Tomate cereja picado

½ abacate ou avocado 

1 colher de sobremesa de limão espremido 

1 fatia de queijo feta (ou cottage)

Folhas de rúcula ou espinafre 

Sal marinho batido com orégano, tomilho e manjericão

 

Modo de preparo:

 

1. Torrar levemente as duas fatias de pão.

2. Acrescentar o azeite aromatizado.

3. Amassar o abacate com limão (ou pode fazer fatias do abacate)

Acrescentar o queijo e folhas de rúcula (ou espinafre)

4. Completar com tomate cereja e temperar com o sal rosa temperado (muito pouco!). 

 


Suco Funcional Calmante

 

Ingredientes:

 

1 xícara de água de coco (hidratante e rica em eletrólitos)

1 maçã verde (ajuda a estabilizar o açúcar no sangue)

1/2 pepino (hidratante e calmante)

1 folha de couve (rica em magnésio, que ajuda no relaxamento)

Suco de 1 limão (antioxidante e refrescante)

1 colher de chá de gengibre ralado (ajuda a combater inflamações e melhora o humor)

4 folhas de hortelã (refrescante e relaxante)

Gelo a gosto

 

Modo de preparo:

 

1. Coloque todos os ingredientes no liquidificador.

2. Bata bem até obter uma mistura homogênea.

3. Coe, se necessário, e sirva gelado.

 

Todas essas receitas contém nutrientes que ajudam a regular o sistema nervoso e a promover a sensação de bem-estar, sendo ótimo para incluir na rotina para aliviar a ansiedade.

 



FONTES:


Priscila Reis, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém, especialista em nutrição clínica e terapeuta nutricional comportamental. CRN 1741.

Verônica Dias, nutricionista integrativa e farmacêutica do Instituto Nutrindo ideais (@nutrindoideais)/Niterói.

Nutricionista e farmacêutica, pós graduada em Terapias Integrativas, especializada em modulação intestinal, psiquiatria nutricional, fitoterapia. Pós graduanda em Nutrição esportiva. CRN4: 24100766. CRF RJ: 29507.



REFERÊNCIAS:

Como a alimentação pode combater a ansiedade? Nutrição Prática e Saudável, 2017. Disponível em:

https://www.google.com/amp/www.nutricaopraticaesaudavel.com.br/bem-estar/como-a-alimentacao-pode-combater-a-ansiedade/amp/.


Veja como a alimentação pode agravar ou diminuir a ansiedade. Natue Life, 2015. Disponível em:

https://www.natue.com.br/natuelife/veja-como-a-alimentacao-pode-agravar-ou-diminuir-a-ansiedade.html.


Ansiedade: como combatê-la através da alimentação. Só Nutrição. Disponível em:

https://www.sonutricao.com.br/conteudo/artigos/ansiedade/.


Coalizão Vozes do Advocacy e Instituto ADIFI promovem I Fórum de Nefropatia em Foz do Iguaçu

 


Na terceira semana de outubro, em Foz do Iguaçu, especialistas se reúnem para debater temas cruciais, como o diagnóstico precoce da nefropatia, a prevenção das doenças renais, abordagens integradas de tratamento e o impacto das políticas públicas na saúde renal.

 

Nos dias 17 e 18 de outubro, o Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, em parceria com o Instituto ADIFI, promove o I Fórum de Nefropatia Diabética, no Parquetec de Itaipu, em Foz do Iguaçu. O evento, com início às 9h, reunirá especialistas renomados e figuras públicas para discutir o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), o cenário atual das doenças renais e a importância da linha de cuidado. 

O Fórum é voltado especialmente para representantes de organizações de diabetes e profissionais de saúde de Foz do Iguaçu e região. O encontro visa promover um diálogo profundo e qualificado sobre os desafios e avanços no tratamento da nefropatia diabética, com destaque para as perspectivas de cuidados renais no Brasil. 

Segundo Terezinha Pinezi, presidente do Instituto ADIFI, “o objetivo desse encontro é discutir as lacunas na assistência às pessoas com doenças crônicas e às pessoas com diabetes envolvendo tanto a Atenção Primária à Saúde quanto a atenção especializada, no que diz respeito à carência de medicamentos, exames e consultas especializadas; inexistência de contrarreferência e nefrologista para o acompanhamento dos casos”. 

No primeiro dia, o evento oferecerá uma capacitação, abordando os seguintes temas e contando com a participação de renomados especialistas: O cenário das doenças renais no Brasil e no Mundo e a relação das doenças renais e o diabetes, ministrado pelo Dr. Layon Campagnaro; Doença Renal Crônica no SUS: Panorama, Desafios e Novas Estratégias; A importância do diagnóstico precoce da nefropatia no diabetes e suas implicações, abordado pelo Dr. Paulo Fortes; O impacto do emocional sobre as doenças renais , ministrado pela Dra. Eliana Pirolo - Doutora em Ciências pelo Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo; A importância da atividade física na prevenção das doenças renais e no desenvolvimento da condição, ministrado por Ademar Pinezi Junior, Professor e Pesquisador do IFPR; Como é conviver com doenças renais? A mesa será composta por Humberto Floriano Mendes, Presidente da Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina e Monica Valle, pessoa com diabetes que faz hemodiálise. 

No dia 18, haverá o Cenário das doenças renais no Brasil e as dificuldades durante a jornada de acesso aos exames e ao tratamento. Os participantes convidados são: Dra. Carmen Moura, Coordenadora Geral da Atenção Especializada; Dr. Ulisses Figueiredo, Secretário de Saúde de Foz do Iguaçu; Dr. Paulo Fraxino, Presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia; Humberto Floriano Mendes, Presidente da Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina; representantes das Secretarias de Saúde do Estado do PR e de Foz de Iguaçu, Instituto ADIFI e Vozes do Advocacy

 

Sobre doenças crônicas e diabetes

As doenças renais crônicas são alterações heterogêneas, que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes se torna grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática. No Brasil, dados de diálise crônica indicam que as taxas de incidência e prevalência da doença crescem de forma acelerada. De acordo com Censo Brasileiro de Diálise de 2018, o número total estimado de pacientes em diálise crônica foi de 133.464. A prevalência estimada de pacientes em diálise crônica passou de 405 pmp em 2009 para 640 pmp em 2018, correspondendo a um aumento absoluto de 58%, com aumento médio de 6,4% ao ano. 

O diabetes é a principal causa de doença renal crônica no mundo e a segunda causa de ingresso na terapia renal substitutiva no Brasil, segundo o Censo Brasileiro de Diálise de 2020. No portal, o Ministério da Saúde relata que investe R$ 3,2 bilhões no tratamento de doenças renais. 

Vale destacar a baixa adesão ao tratamento por parte de pessoas com diabetes, o que compromete a prevenção da progressão da doença. Exames simples, como análise de urina ou sangue, podem detectar precocemente alterações importantes. Se houver uma redução na taxa de filtração glomerular (aumento nos níveis de creatinina) por três meses consecutivos, isso indica a presença de doença renal crônica, exigindo encaminhamento urgente para um nefrologista. 

Essa iniciativa conta com o apoio de: Astrazeneca, Baxter, NovaBio, Itaipu Binacional, Parquetec de Itaipu e Bayer.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas condições no país.

 

Serviço:

I Fórum de Nefropatia em Foz do Iguaçu

Data: 17 e 18 de outubro 2024

Horário: Das 9h às 18h

Local: Parquetec de Itaipu, em Foz do Iguaçu


No Dia Mundial da Saúde Mental (10/10), Hospital Sírio-Libanês denuncia perigos e alertas da ansiedade em adolescentes

 

  • Dados do SUS de 2013 a 2023 apontam que a ansiedade entre adolescentes dobrou em 10 anos no Brasil, afetando mais jovens do que adultos;
  • Especialista do Sírio-Libanês explica que pais devem se atentar a sinais de alerta como queda no desempenho escolar e mudanças de comportamento.

 

Cerca de 10% a 20% dos adolescentes de 10 a 19 anos enfrentam problemas de saúde mental, segundo estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A médica psiquiatra Livia Beraldo de Lima, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que são múltiplos os fatores que determinam a saúde mental dos adolescentes. Entre eles, o desejo de maior autonomia, a pressão para se adequar ao grupo social, o contato com a sexualidade e o descobrimento da identidade sexual, além do maior acesso e uso de tecnologias. “Quanto mais expostos a esses fatores, maior o potencial de impacto”, alerta a especialista. 

No Brasil, dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que, entre 2013 e 2023, o número de adolescentes diagnosticados com ansiedade chegou a 282,8 a cada 100 mil, mais que o dobro dos números entre pessoas com mais de 20 anos, que é de 112,5 a cada 100 mil. “Situações como a separação dos pais, a mudança de escola ou cidade, a falta de apoio familiar, bullying e a incapacidade de lidar com frustrações são alguns dos fatores que contribuem para o aumento da ansiedade entre jovens”, explica a médica. 

O uso das redes sociais também desempenha um papel crucial. O Brasil é o país com o maior número de consumidores de redes sociais no mundo, com 131,5 milhões de usuários, de acordo com o levantamento Tendências de Social Media 2023. Embora as plataformas ofereçam oportunidades de conexão e informação, elas também têm sido associadas ao aumento de transtornos mentais entre os jovens. Nas redes sociais, padrões inalcançáveis promovem comparações que podem resultar em baixa autoestima, depressão e insegurança, de acordo com a especialista.

 

Apoio emocional é crucial

Pais, educadores e familiares devem ficar atentos aos sinais de que algo não está bem. Entre os principais sintomas de alerta estão a regressão no desenvolvimento, queda no desempenho escolar, mudanças abruptas de comportamento, dificuldade de relacionamento, alterações no sono e apetite, além de queixas físicas frequentes e uso excessivo de substâncias. "Comportamentos antissociais, agitação, autoagressão e lesões autoprovocadas são indícios claros de que é hora de buscar ajuda", reforça Livia. 

Criar um ambiente acolhedor e seguro, no qual os jovens possam expressar seus sentimentos, é essencial para prevenir que problemas menores evoluam para quadros mais graves. "A comunicação aberta promove um espaço seguro para que o adolescente possa compartilhar suas angústias e buscar ajuda sem medo de julgamentos", destaca a psiquiatra. A especialista ainda enfatiza que, ao observar qualquer sinal de sofrimento ou mudança de comportamento significativa, a família deve buscar apoio profissional. "O primeiro passo pode ser uma consulta com um pediatra, hebiatra, psicólogo ou psiquiatra. O tratamento é baseado no quadro clínico e pode incluir ou não o uso de medicação, mas o mais importante é iniciar o acompanhamento adequado o quanto antes", conclui.



Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
Saiba mais em nosso site

 

Outubro Rosa: taxa de cura chega a 95% com diagnóstico precoce do câncer de mama, tipo que segue como o mais incidente entre as brasileiras

O câncer de mama ainda é o mais incidente entre as mulheres em todas as regiões no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de novos casos no Brasil, em 2024, é de 73.610. Números do DataSUS mostraram uma alta mortalidade pela doença no ano passado: foram mais de 20 mil óbitos em decorrência de tumores mamários. E o fator mais importante que contribui diretamente para a redução da mortalidade pela doença são os avanços no rastreamento, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 95%, como aponta a dra. Fernanda Philadelpho, radiologista especializada em exames de mama da CDPI.

“O objetivo do rastreamento é alcançar mulheres que ainda não possuem sinais ou sintomas sugestivos de câncer. Assim, conseguimos identificar, por meio de exames de imagem, alterações indicativas da doença o mais cedo possível e encaminhar as pacientes com resultados fora do esperado para uma investigação por biópsia", explica.

O diagnóstico depende de várias etapas, e é iniciado pelo exame mais preconizado, a mamografia, a partir dos 40 anos para mulheres sem fatores de risco. “Atualmente, tivemos mudanças nos paradigmas de rastreamento do câncer de mama que deixaram de analisar somente a idade das mulheres”, reforça Fernanda.

De acordo com a radiologista, o risco elevado para o câncer não leva em consideração apenas a história familiar e a faixa etária. “Outros dados – como estudos genéticos; se a paciente teve tumores passados, principalmente de mama ou ovário; mulheres que já fizeram radioterapia torácica quando jovem para tratamento de linfoma; e pacientes de origem judia asquenaze – podem levar a um risco aumentado para o desenvolvimento da doença. Assim, o rastreio pode variar conforme a idade de início e os exames de imagem utilizados”, detalha a médica.

Uma vez identificada alguma imagem suspeita, como nódulos ou calcificações, o próximo passo é realizar uma biópsia, inicialmente guiada por ultrassom. O material é, então, encaminhado para um laboratório de patologia para que o especialista analise as células, realize testes e descreva as características do achado, confirmando ou excluindo o diagnóstico de uma neoplasia da mama.

“O tratamento do câncer de mama tem evoluído significativamente, com inovações que aumentam as chances de cura e melhoram a qualidade de vida das pacientes, sobretudo quando diagnosticado precocemente. Exames de imagem, como a ressonância magnética das mamas associada à biópsia, têm sido muito utilizados no planejamento cirúrgico para procedimentos mais eficazes e com menos efeitos adversos”, reforça Philadelpho.


Outubro Rosa: conscientização e prevenção no combate ao câncer de mama

Médica destaca a importância da data e conta como a experiência pessoal com um câncer moldou sua abordagem com os pacientes

 

O Outubro Rosa é uma campanha mundialmente conhecida por promover a conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo. No país, estima-se que em 2024 sejam registrados mais de 73 mil novos casos, segundo relatório do Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Para a médica Alice Francisco, mastologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), o movimento é uma oportunidade crucial para educar a população e fornecer informações de qualidade. "Este mês serve para lembrar a todos sobre a importância da detecção precoce e da prevenção do câncer de mama", afirma. 

 

Prevenção e diagnóstico precoce 

A partir dos 40 anos, as mulheres devem realizar mamografias anualmente. "Para aquelas com histórico familiar, o rastreamento deve começar antes dos 40 anos e pode incluir outros exames, dependendo da avaliação do mastologista", explica Dra. Alice. Ela enfatiza a importância da avaliação individualizada para cada paciente, o que permite um rastreamento mais eficaz e direcionado. 

Além dos exames preventivos, a mastologista destaca que um estilo de vida saudável pode impactar significativamente a saúde da mulher. "Manter um peso saudável, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios regularmente pode reduzir o risco de câncer de mama e de outros tipos de câncer em até 30%. Para quem já teve a doença, esses cuidados são cruciais para diminuir o risco de recidiva e melhorar as chances de cura", afirma Dra. Alice. 

Ela alerta também para a importância de procurar atendimento médico ao perceber qualquer alteração nas mamas, como nódulos, abaulamentos, retrações, espessamentos da pele ou secreção pelo mamilo. Linfonodos (ínguas) nas axilas também são um sinal que deve ser investigado. 

A médica explica que os fatores de risco podem ser divididos em modificáveis e não modificáveis. Entre os fatores modificáveis estão o sobrepeso, a obesidade e o sedentarismo. Já os fatores não modificáveis incluem o histórico familiar e alterações genéticas. "Não podemos atribuir uma única causa ao câncer de mama, pois é uma doença multifatorial. No entanto, é possível reduzir o risco com mudanças no estilo de vida", resume.

 

Uma experiência pessoal com o câncer 

Em 2007, Dra. Alice recebeu o diagnóstico de câncer de tireoide, experiência que influenciou sua prática clínica. "Após o diagnóstico, minha médica me recomendou a prática regular de exercícios para reduzir o risco de recidiva e minimizar os efeitos colaterais do tratamento. Esse conselho se mostrou fundamental para minha recuperação e continua a ser uma parte essencial da minha vida", relembra a médica. 

Quando recebeu o diagnóstico, Dra. Alice estava fazendo sua residência em mastologia. Naquela época, segundo ela, não se falava tanto da importância do estilo de vida para o paciente oncológico como hoje. "Durante meu tratamento, percebi a importância de integrar o estilo de vida saudável na medicina oncológica. Hoje, além de continuar a trabalhar com meus pacientes sobre esses aspectos, estou à frente da Maple Tree Brasil, uma organização sem fins lucrativos que oferece programas de qualidade de vida para pessoas em tratamento oncológico", finaliza a médica. 



Instituto de Oncologia de Sorocaba



Especialista explica como a vacinação contra o HPV pode reduzir casos de câncer no Brasil

Freepik
O mês de outubro é marcado pela conscientização sobre o câncer de mama, mas abre uma janela sobre o autocuidado, e a importância de falar sobre a prevenção de outros tipos de câncer, como o de colo do útero. Resultados de uma pesquisa nacional divulgada pelo tema no último ano, pelo Ministério da Saúde feita por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), mostra que a taxa de infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) na genital atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Para o Dr. Fábio Argenta, diretor médico da Saúde Livre Vacinas, a imunização é uma das ferramentas mais poderosas da medicina moderna, além de proteger contra infecções, também podem desempenhar um papel crucial na prevenção de certos tipos de câncer. “Diversos tipos de câncer estão diretamente ligados a infecções virais, bacterianas e até parasitárias. Essas infecções podem desencadear mutações celulares ou criar um ambiente propício ao desenvolvimento de tumores malignos. Ao prevenir essas infecções por meio da vacinação, reduz o risco de aparecimento de alguns tipos de câncer”, comenta.

O especialista conta que um dos maiores avanços na prevenção do câncer foi a introdução da vacina contra o HPV. “Esse vírus é o principal causador de câncer do colo do útero, que é um dos tipos mais comuns entre as mulheres, especialmente em países em desenvolvimento. Além disso, o HPV também está associado a outros tipos de câncer, como o câncer de garganta, ânus, pênis e vulva”, explica

Ele ressalta, que a vacinação contra o HPV, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em uma dose, e tem como foco a população com idade entre 9 e 14 anos, além de pessoas com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea e paciente oncológicos, até 45 anos. São mais de 200 subtipos da doença e a vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. “É importante lembrar que mesmo após a iniciação da vida sexual, a vacina tem efeito preventivo, e as pessoas que não se encaixam no quesito distribuído pelo SUS, podem optar pela imunização através de clínicas particulares, que contam com a opção da vacina nonavalente, que oferece proteção contra mais cinco tipos da doença que são classificadas pelos tipos: 31, 33, 45, 52 e 58, e a cobertura vacinal é destinada para todas as pessoas com idade entre 9 e 45 anos, sendo duas doses para indicadas para o público de 9 a 19 anos, e de 20 aos 45 anos, em três doses. Acima dessa faixa etária é necessária prescrição médica, assim como em pacientes em tratamento da doença. Desde o ano passado, a rede da Saúde Livre Vacinas, aplicou mais de seis mil doses do imunizante”, comenta.

Essa medida de prevenção é fundamental para a saúde pública, ela protege as pessoas que foram imunizadas e as comunidades ao redor, criando uma barreira de imunidade coletiva. “O mês de outubro ressalta a importância do autocuidado, e dá abertura para falarmos de possibilidades de prevenção que fazem toda a diferença”, finaliza.

 

Saúde Livre Vacinas


Lesão no ombro: como evitá-la para não colocar o “projeto verão” em risco

Os ombros frequentemente sofrem impactos nas atividades físicas com a intensidade de movimentos, em especial, nas modalidades de crossfit e musculação; Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo explica como prevenir

 

Academias já começam a receber maior movimentação das pessoas, com foco no “projeto verão”. No entanto, os iniciantes no mundo fitness devem tomar cuidado redobrado para evitar lesões ortopédicas e não colocar o objetivo a perder. Os ombros costumam ser impactados pela intensidade dos movimentos nas atividades físicas. O crossfit e a musculação são bons exemplos de popularidade, por deixarem os músculos definidos e fortalecidos. 

Entre as principais lesões associadas à prática estão a tendinite do manguito rotador, uma inflamação dos tendões ao redor do ombro, geralmente causada por sobrecarga e repetição dos movimentos. Outra situação comum é a bursite (inflamação da bursa), podendo causar dor e limitação de movimento.

“A síndrome do impacto está envolvida nestas situações, geralmente pelos movimentos de elevação do ombro, causada pelo atrito dos tendões do manguito rotador e bursa contra o osso superior chamado acrômio, que faz parte da escápula,”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos. 

Outra situação comum é a lesão muscular, conhecidas como “distensões musculares”, que envolvem a musculatura local, como do deltoide e peitoral maior. 

Para prevenção das lesões é importante a combinação de cuidados com a execução da técnica correta, aquecimento adequado focando a mobilidade do ombro antes do início dos treinos, fortalecimento da musculatura e não sobrecarregar o treino. Quando há dor persistente, é importante consultar um especialista que atue na área da cirurgia de ombro e cotovelo para avaliação adequada. 

“Fortalecer os músculos deltoide, periescapulares e estabilizadores do ombro, especialmente do manguito rotador, com exercícios específicos, são fundamentais, incorporando-os nos treinos de força. Variações de “puxada”, “remadas” e “empurrão” são essenciais para a prevenção. Se possível, trabalhe com um profissional qualificado para corrigir posturas e evitar movimentos inadequados”, completa o presidente SBCOC.

 

Dicas importantes 

●    Faça a progressão gradual da carga e intensidade do treino, respeitando os limites do corpo;

●    Evite aumentar o volume de treino de maneira rápida, dando tempo para adaptação;

●    Dê o tempo adequado para o descanso dos músculos do ombro entre os treinos. Em caso de dor, reduza a intensidade ou altere os exercícios;

●    Varie os exercícios para evitar a sobrecarga nos mesmos músculos e articulações;

●    Use equipamentos apropriados, como pesos, faixas elásticas ou halteres, conforme necessário. 

“Se os praticantes de atividades físicas já tiveram algum tipo de lesão no ombro, é importante consultar um especialista para avaliação. Quando indicados, os tratamentos variam de acordo com cada problema específico”, conclui o especialista.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo



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