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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Programa "Mulheres de Peito" chega em Brás oferecendo exames gratuitos até o dia 19 de outubro

A carreta do Governo do Estado de São Paulo operacionalizada pela FIDI, é uma forma de levar exames de mamografia de maneira acessível para todas as mulheres do estado


A carreta móvel do Programa Mulheres de Peito, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo e operacionalizada pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), é uma ação que visa promover cada vez mais saúde para as mulheres de maneira prática e acessível.  A carreta estará na cidade de Brás e permanecerá entre os dias 8 e 19 de outubro, realizando gratuitamente mamografias para mulheres acima de 35 anos.  

Localizada no Largo Senador de Morais de Barros, 73, a carreta atende por demanda espontânea de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio de distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 55 exames por dia durante a semana e 25 exames aos sábados.   

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectado em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

O projeto da carreta da mamografia contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do Programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e pedido médico; e as pacientes de 50 a 69 anos devem levar apenas RG e cartão do SUS. 


Programa Mulheres de Peito em Brás 

Período:  entre os dias 8 e 19 de outubro 

Endereço: Largo Senador de Morais de Barros, 73 – Brás – CEP: 03014-010 -São Paulo - SP  

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 


Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS. 

(1) Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br). 


Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo localizado na capital paulista, que emite laudos à distância. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do Programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizados cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas para tratamento em Rede especializada. 

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.

 

Residência Médica do Hospital Universitário Cajuru oferece 80 vagas para 2025; saiba como se inscrever

Candidatos devem realizar inscrições até o dia 7 de outubro para concorrer; a prova está marcada para 29 de outubro


O Hospital Universitário Cajuru está com inscrições abertas para o processo seletivo do Programa de Residência Médica de 2025. No total, são ofertadas 80 vagas em 20 especialidades, com destaque para cirurgia geral, clínica médica, medicina da família, ortopedia e traumatologia. Com 100% dos serviços realizados via  Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição realiza, em média, 147 mil atendimentos por ano, abrangendo internações, urgências e emergências, cirurgias e consultas ambulatoriais.

Para participar, os interessados devem se inscrever no site da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) — www.pucpr.com.br — e pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 880, que inclui a taxa da Comissão de Residência Médica (COREME), até o dia 7 de outubro. A prova objetiva será presencial e ocorrerá no dia 29 de outubro, em Curitiba (PR). Os resultados finais serão divulgados no site da PUCPR no dia 19 de dezembro.

O programa é dividido em dois tipos: um sem pré-requisitos específicos, destinado a médicos recém-formados que conta com 65 vagas distribuídas em 12 especialidades; e outro direcionado a médicos especialistas que desejam aprofundar sua formação, com 15 vagas divididas em oito subespecialidades. Após a prova objetiva, os candidatos passarão por análise curricular, que complementa a avaliação de aptidão para o programa.


Serviço

Processo Seletivo: Residência Médica 2025

Edital da Residência Médica 

Inscrições: até 07/10

Taxa de inscrição: R$ 880

Prova objetiva: 29/10, a partir das 13h

 

Como os hormônios podem influenciar na saúde mental das mulheres?

Durante o período da menopausa cerca de 80% das mulheres desenvolvem sintomas que comprometem a saúde mental", revela estudo


A menopausa é uma fase natural na vida de toda mulher, marcada por importantes mudanças hormonais que costumam ocasionar reações no organismo feminino. Normalmente, essas mudanças ocorrem por causa da redução de hormônios, fato que pode desencadear danos à saúde física, tal como problemas emocionais, a exemplo da depressão e transtornos de ansiedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) até 2030 teremos 1 bilhão de pessoas com sintomas da menopausa.  Atualmente, no Brasil, são cerca de 18 milhões de mulheres nessa condição. A menopausa é uma fase que requer acompanhamento médico individualizado a fim de se evitar possíveis doenças e transtornos emocionais.


Eu não era assim, doutora....

Nos consultórios médicos, a queixa mais comum entre as pacientes está relacionada às mudanças físicas e mentais decorrentes da menopausa.

Neste período, a produção de hormônios como o estrogênio diminui consideravelmente. Esse hormônio ajuda a regular o ciclo menstrual, mas também desempenha uma função importante na produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que são fundamentais para o bem-estar.

Para a Dra. Consuelo Callizo, ginecologista do Centro Médico Elsimar Coutinho Day Hospital (CEPARH), a carência de hormônios nesta fase da vida da mulher pode acarretar alguns distúrbios emocionais. “Como a baixa da testosterona, que é o hormônio da felicidade e melhora não só a libido sexual, mas o ânimo em relação à vida, e o estrogênio que é um hormônio extremamente necessário para o cérebro, as pacientes podem apresentar sintomas como desânimo e esquecimento e até acentuar doenças já existentes, como depressão e transtornos bipolares”.

A falta de concentração e desequilíbrios em relação à capacidade cognitiva também podem contribuir para quadros de ansiedade e irritabilidade na rotina. “Não é sentir que está ficando mais velha, e sim, que não está mais sendo capaz. Isso é extremamente desagradável para as mulheres”, revela a Dra. Consuelo.


Menopausa e saúde mental

Pesquisas indicam que as mulheres têm maior predisposição a desenvolver transtornos de ansiedade e depressão na menopausa. Apesar de nem todas apresentem essas condições, a transição menopausal pode ser um fator desencadeante, principalmente para aquelas que já têm histórico de problemas relacionados à saúde mental.

Segundo estudo realizado na Universidade de Cardiff, situada no País de Gales, durante o período da menopausa cerca de 80% das mulheres desenvolvem sintomas de transtornos mentais.

A Dra. Mariana Kerner, médica psiquiatra, explica que “o climatério e a menopausa são momentos da vida da mulher de muitos estressores para as mulheres, pois elas lidam com o envelhecimento dos pais, podendo assumir papel de cuidadora, além de poder ter perda de pessoas próximas. Também é um desafio a somar para esse período, a percepção do próprio envelhecimento com as mudanças hormonais e o do corpo, além de problemas de saúde”.  

Nesta fase, a falta de sono devidos às ondas de calor associados a outros sintomas físicos podem potencializar o estresse e levar ao surgimento de distúrbios mentais.  


Quando procurar ajuda profissional?

É comum as pessoas apresentarem sintomas de tristeza e ansiedade em diferentes momentos da vida. A questão está em observar a intensidade e a duração desses sintomas. Se os sentimentos persistirem por semanas ou meses, é hora de buscar ajuda médica.

“A linha é muito tênue entre sintomas inerentes ao período da menopausa e a necessidade de tratamento medicamentoso. Deve-se observar o impacto na qualidade de vida, no funcionamento social e laboral, se há alteração do sono, descuido da aparência, além de, tendência ao pessimismo, tendência a emoções negativa, ruminação de pensamentos, exacerbação de sintomas ansiosos como, irritabilidade, inquietação, tendência ao catastrofismo, orienta a Dra. Mariana.

Neste caso, “a psicoterapia, atividade física, ingestão de água e meditação são medidas não farmacológicas que podem ser adotadas ao longo da vida para melhoria da saúde mental. Porém, o sofrimento psíquico e o adoecimento mental dificultam que essas medidas sejam colocadas em prática e necessita de intervenção medicamentosa, sendo fundamental a avaliação de um profissional para identificar a melhor abordagem para cada caso”, reforça a médica.

A Dra. Consuelo também alerta sobre a atenção especial dos profissionais de saúde nesta fase da vida da mulher. “É importante procurar o médico para verificar se é preciso fazer uma reposição hormonal. Quando isso é muito acentuado, também é preciso a orientação de um psiquiatra”. O momento ideal para pedir ajuda, é o momento em que a mulher identifica que há algo de errado e se existe a necessidade de repor hormônios. Ela explica que, dependendo da situação, a paciente precisa de medicação (antidepressivo), além do tratamento de reposição hormonal

A menopausa é uma fase de profundas transformações, mas com o suporte adequado, as mulheres podem passar por esse período de forma saudável, mantendo sua saúde mental equilibrada. O diálogo com os profissionais de saúde, familiares e amigos é essencial para enfrentar os desafios e buscar o tratamento adequado quando necessário. 



CEPARH
https://ceparh.com.br/


Medicina do tráfego atua na segurança do trânsito

Entre as funções de um médico perito de tráfego estão avaliação física e mental de candidatos a condutores, realização de exames médicos, emissão de laudos e estudos visando à prevenção de acidentes

 

Entre todas as especialidades da medicina, existe uma que se dedica à prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças e lesões relacionadas ao trânsito terrestre, aquático ou aéreo. Trata-se da medicina do tráfego, que abrange a saúde de motoristas, pedestres, pilotos, passageiros, tripulantes, entre outros. 

 

Como explica o médico perito de tráfego Wilton Adriany, pós-graduado em medicina do tráfego e medicina do trabalho, essa área tem como objetivo reduzir o impacto dos acidentes por meio de exames médicos, campanhas de conscientização e estudos sobre o comportamento humano dos condutores ‒ a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram cerca de 1,19 milhão de mortes por ano no trânsito terrestre.

 

“A medicina do tráfego exerce uma influência significativa sobre os candidatos a condutores, pois avalia também sua aptidão física e mental para dirigir de forma segura. Exames médicos como testes de visão, audição e coordenação motora são realizados para identificar condições que possam comprometer a capacidade de conduzir um veículo”, detalha.

 

Além dos documentos relacionados à carteira nacional de habilitação (CNH), o médico perito de tráfego pode emitir outros documentos em contextos diversos. Laudos para isenção de impostos (no caso de condutores com deficiência física), de aptidão para motoristas profissionais (como taxistas e caminhoneiros) e de acidentes de trânsito são alguns exemplos.

 

“Esses documentos são importantes tanto para questões de adequação à legislação quanto para processos legais e administrativos relacionados ao trânsito”, esclarece Adriany, que hoje tem uma clínica em Macaúbas (BA), localizada a 642 quilômetros de Salvador (BA), e foi uma das primeiras da cidade a ser credenciada junto ao Departamento de Trânsito do Estado da Bahia (Detran-BA), facilitando o acesso da população da Bacia do Paramirim (composta por nove cidades) a serviços como exame pericial para obtenção e renovação da CNH e evitando que as pessoas precisassem se deslocar até outras regiões.

 

Aviação civil


Outra atuação da medicina do tráfego está na aviação civil, meio de transporte que exige uma série de procedimentos de segurança. Os médicos, nesse caso, são responsáveis por avaliar a aptidão física e mental dos pilotos, controladores de tráfego aéreo e outros profissionais essenciais à operação de uma aeronave.

 

“Além disso, o médico aeroespacial deve considerar fatores particulares do ambiente de voo, como a pressão atmosférica reduzida, a hipóxia e o estresse psicológico, que podem impactar significativamente a saúde dos profissionais”, diz o especialista, que também é médico perito certificado da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

 

Ele acrescenta que “a avaliação não se restringe apenas à presença de doenças, mas também ao potencial de estas serem exacerbadas durante o voo. A prudência se traduz na capacidade de prever e mitigar riscos, baseando-se em um conhecimento profundo da fisiologia humana em condições extremas”.

 

Segundo Adriany, o médico pode ser ainda chamado para atuar em decisões periciais, ou seja, contribuir com o seu conhecimento para a avaliação de algum caso específico. Independentemente de qual seja a atuação, o especialista reforça a importância de adotar sempre um comportamento ético e imparcial no exercício da profissão.

 

“O médico aeroespacial deve ser imparcial em suas avaliações, evitando fatores externos que possam comprometer a objetividade. A recusa de habilitar um profissional inadequado, mesmo sob pressão, é um exemplo de como a prudência pode prevenir desastres e preservar a vida”, alega.

 

Entre os maiores consumidores de café do mundo, brasileiros desconhecem os benefícios da bebida para a saúde

Quantidade moderada e consumo regular podem ajudar na prevenção de doenças como o câncer, diabetes, e doenças neurológicas como o Parkinson e o Alzheimer

 

Os números da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) reforçam o papel do café como um alimento de extrema importância para os brasileiros e seu alto potencial de impacto na saúde. Com um consumo per capita anual de 5,12 kg por habitante, o país ocupa a posição de segundo maior consumidor de café, atrás apenas dos Estados Unidos, mas muitos desconhecem os benefícios da bebida.

Ao longo dos anos, o café já foi tratado como um alimento vilão e também como promotor da saúde e do bem estar. Quando avaliado em conjunto com fatores como sedentarismo e tabagismo, constatou-se que o consumo moderado e regular pode trazer inúmeros benefícios para a saúde.

“A quantidade de cafeína recomendada varia de 50 a 300 mg por dia, o que equivale de três a cinco xícaras de café coado, o que se considera um consumo moderado. O café expresso pode conter o triplo de cafeína. Com uma dieta equilibrada e associado à prática regular de exercícios físicos, a ingestão de café pode potencializar os efeitos benéficos da bebida”, explica a nutricionista Paula Prescendo, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

 

Benefícios do consumo moderado e regular

  • Contribuição para o aumento da expectativa de vida. Em estudo realizado entre 2009 e 2018 e publicado em 2022 na revista científica Annals of Internal Medicine, especialistas concluíram que o consumo moderado de café estava associado a um risco menor de morte. Bebedores de café são apontados com menor chance de morrer por algumas das principais causas de morte no mundo – as doenças coronárias, os derrames, a diabetes e as doenças renais;
  • Redução no risco de diabetes tipo 2. Com o consumo regular, existe a possibilidade de se prevenir a deterioração da função hepática e das células beta durante o estresse metabólico crônico que precede o início do diabetes evidente, como está descrito no artigo “Café e redução do risco de diabetes tipo 2: argumentos para uma relação causal”, elaborado pelo médico alemão Hubert Kolb e colegas, publicado em 2021 na revista Nutrients;
  • Redução do risco de doenças neurológicas como o Parkinson e Alzheimer. A cafeína está associada a menor probabilidade de desenvolver Parkinson e pode ajudar no controle dos movimentos. Também pode proporcionar uma proteção significativa contra o desenvolvimento de Alzheimer. A hipótese é que os antioxidantes no café são capazes de diminuir um tipo instável de moléculas de oxigênio que são relacionadas com a doença.
  • Proteção do fígado. Seja o café normal ou o descafeinado, segundo pesquisas da Universidade Johns Hopkins, os consumidores de café têm mais probabilidade de ter níveis de enzimas no fígado dentro de uma faixa saudável do que os consumidores que não tomam café;
  • Melhoria da memória e da concentração. A cafeína estimula o sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta.
  • Contribuição para a prevenção do câncer. Os antioxidantes presentes no café possuem atividade quimioprotetora e anticarcinogênica. Beber café pode diminuir em até 26% a probabilidade de desenvolver câncer colorretal, segundo estudos da Universidade Johns Hopkins.
  • Melhoria do desempenho em exercícios físicos. Como pré-treino, o café contribui para uma melhor queima de gordura, aumento de energia e resistência.

Perigos do consumo excessivo

O consumo em excesso pode causar efeitos adversos como insônia, ansiedade, dor de cabeça, enxaqueca, tremores nas mãos, aumento da pressão arterial, elevação dos níveis de colesterol, dor de estômago e palpitações. Há registros, inclusive, de maior risco de desenvolvimento de cânceres de bexiga e trato urinário entre homens.

“Gestantes, crianças menores de 12 anos, pessoas com problemas como refluxo, úlceras e gastrite devem evitar a bebida ou limitar o consumo, pois a cafeína pode irritar a mucosa do estômago, assim como aquelas pessoas com problemas de insônia e ansiedade”, alerta a nutricionista.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

 

 

Médica da AMCR fala sobre a importância de uma vida sexual saudável durante o Setembro Amarelo

  

Vida sexual ativa pode impactar positivamente a saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o bem-estar geral e a qualidade de vida
 

Setembro Amarelo é o mês em que diversas entidades participam de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio. A ideia surgiu para quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda para cuidarem da saúde mental.

Criada em 2015, o movimento vem crescendo e ganhando cada vez mais volume a cada ano. São muitas as formas de ajudar quem precisa de apoio e, segundo a Dra. Marise Samama, médica e ginecologista da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), estimular uma vida sexual saudável é uma delas. “Isso porque ela tem impacto direto na saúde mental das pessoas”, revela a especialista.

Ela prossegue lembrando que todas as partes do corpo estão interconectadas e que a vida sexual pode impactar positivamente a saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o bem-estar geral e a qualidade de vida. 

“Durante a atividade sexual, o corpo libera uma série de neurotransmissores, como endorfinas e oxitocina, que são conhecidos por promover sensações de prazer e relaxamento. Essas substâncias ajudam a diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, resultando em uma sensação de alívio e calma. A redução do estresse pode, por sua vez, melhorar o humor e a capacidade de enfrentar os desafios diários”, reforça a médica. 

Segundo artigo da Harvard Health Publishing (2021), os benefícios como a redução do estresse, melhoria do sistema imunológico, melhor qualidade do sono, redução de pressão arterial e a liberação de endorfinas que aumentam a sensação de bem-estar. 

Além disso, a vida sexual saudável fortalece a autoestima e a confiança pessoal. De acordo com a Dra. Marise Samama, o contato físico e emocional durante as relações sexuais reforçar a sensação de ser desejado e amado, o que é essencial para uma autoestima equilibrada. “A percepção de ser atraente ou desejável pode melhorar a autoconfiança e o bem-estar emocional”, diz ela. 

Alguns estudos indicam que a atividade sexual regular exerce impacto positivo na redução de sintomas de depressão leve a moderada. “Isso se deve em parte à liberação de neurotransmissores que melhoram o humor e à sensação de conexão íntima com o parceiro, o que pode reduzir sentimentos de isolamento e solidão”. 

A dra. Marise Samama, também reforça que a vida sexual e a depressão são uma via de mão dupla: assim como a doença é um importante fator de risco para a disfunção sexual, causando sintomas como desinteresse, apatia, sensação de fadiga, entre outros que comprometem o desejo sexual, o desempenho sexual insatisfatório também pode agravar a depressão. Por isso, ela recomenda estar atento para quebrar este ciclo. 

“Não há uma abordagem única para todos os casos, mas há maneiras de tratar com sucesso a depressão a fim de melhorar sua vida sexual”, afirma ela. Entre elas, frequentar a psicoterapia e conversar com o parceiro para entender as opções de tratamento e explorar novas formas de desfrutar do sexo. “são medidas que podem ajudar a fortalecer os relacionamentos tensos e evitar questões mais graves de saúde mental", diz a especialista. 

Além disso, a psicoterapia e/ou práticas como meditação e mindfulness, também desempenham um papel fundamental no bem-estar emocional. Atividades físicas em casal, como aulas de dança, promovem não só a saúde física, mas também fortalecem a conexão entre os parceiros. Essas experiências compartilhadas podem gerar conquistas que enriquecem ainda mais o relacionamento e também contribuem para a saúde mental de cada um. 



AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.


Atualização das Normas de Reprodução Assistida e seu Impacto Ético e Técnico

A história da Reprodução Humana Assistida é marcada por um fascinante percurso de avanços científicos, genéticos, médicos e tecnológicos. Ao longo dos anos, essas inovações têm impulsionado o desenvolvimento das técnicas de reprodução, refletindo não apenas conquistas na área médica, mas também transformações sociais, culturais e familiares.

A crescente busca por tratamentos de fertilização trouxe a necessidade de uma adequação das clínicas, que passaram a atuar com rigor ético e igualdade, respeitando a individualidade e as realidades de cada paciente. Atualmente, as discussões sobre os aspectos éticos e legais da reprodução humana assistida ocupam o centro dos debates, buscando equilibrar o avanço tecnológico com princípios éticos fundamentais.

No Brasil, não existe uma legislação específica para regular a reprodução assistida. Diversos projetos sobre o tema tramitam há anos no Congresso Nacional, mas nenhum foi aprovado até o momento.

Diante dessa lacuna regulatória, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.320/22, que estabelece normas éticas para o uso de técnicas de reprodução assistida. Essa resolução visa aprimorar as práticas médicas, sempre em conformidade com os princípios éticos e bioéticos, assegurando maior segurança e eficácia nos tratamentos. Com isso, revoga-se a Resolução CFM nº 2.294/21, e a nova norma passa a ser a principal regra de ética que os médicos brasileiros devem seguir.

As principais atualizações nas técnicas de Reprodução Assistida no Brasil, conforme a Resolução do CFM nº 2.320/22, incluem a revisão sobre o número de embriões gerados em laboratório. Agora, a criopreservação dos embriões excedentes viáveis — aqueles que não são transferidos e apresentam qualidade adequada — é permitida sem limite de quantidade.

No que se refere à doação de gametas, ela pode ser realizada a partir da maioridade civil, com idade máxima de 37 anos para mulheres e 45 anos para homens. Exceções ao limite de idade para receptoras femininas são permitidas em casos de doação de oócitos ou embriões já congelados, ou em doações familiares de parentes até o quarto grau, sendo o limite de idade de 50 anos. Nessas situações, a receptora deve ser informada dos possíveis riscos à saúde dos descendentes.

A resolução mantém o anonimato entre doador e receptor, mas abre exceção para doação de gametas ou embriões por parentes até o quarto grau, desde que não haja consanguinidade.

O CFM também decidiu manter a regra sobre quantos embriões podem ser transferidos, levando em conta a idade da mulher que vai receber e as características dos embriões. No caso dos embriões euplóides (com 46 cromossomos), a regra diz que podem ser transferidos até dois embriões, não importando a idade da mulher.

O descarte condicionado de embriões criopreservados foi removido do texto da norma, sendo destacada a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005) como o marco regulatório sobre o tema.

Outro ponto importante atualizado nesta resolução do CFM, é sobre a gestação de substituição, onde expressa que na impossibilidade de atender à relação de parentesco consanguíneo prevista na regra (até 4º grau de parentesco), uma autorização de excepcionalidade pode ser solicitada Conselho Regional de Medicina (CRM) da jurisdição.

Além dos avanços tecnológicos, científicos e genéticos, a procura da preservação da fertilidade torna-se cada vez maior, fazendo com que haja uma maior necessidade de legislações específicas afim de caucionar maior segurança, eficácia e cumprimento aos princípios éticos e bioéticos.  

 

Iana Silveira Machado - Responsável Técnica da Clínica Origen

 

Estudo revela que é possível construir resiliência ao ver de perto o perigo e essa capacidade pode prevenir a depressão


Um estudo inovador realizado pela Universidade de Lausanne (UNIL), na Suíça, conseguiu decifrar os mecanismos cerebrais que constroem a resiliência ao se deparar com uma situação de perigo.

A comprovação foi publicada recentemente na revista científica Science, e o artigo revela descobertas promissoras que podem ter implicações significativas para a compreensão dos fatores que contribuem para a resiliência em humanos depois de observarem a reação de camundongos ao verem seus companheiros de gaiola em situações de perigo. 

O comportamento dos animais sugere que a simples exposição à adversidade alheia pode, de fato, fortalecer os mecanismos cerebrais envolvidos na resiliência. O estudo demonstrou que camundongos que viram seus companheiros em perigo exibiram uma resposta neural aumentada na região do cérebro responsável pela regulação emocional e pelo aprendizado social, áreas também envolvidas em como os humanos processam o estresse. 

De acordo com o neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Fernando Gomes, esses achados abrem novas perspectivas sobre como a empatia e a observação de adversidades podem impactar o comportamento e o bem-estar mental. "Entender os mecanismos que reforçam a resiliência através da observação é fundamental para explorar novas abordagens terapêuticas para prevenir doenças neuropsiquiátricas, como a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático", afirma o especialista. 

O estudo é pioneiro ao demonstrar que, em roedores, a simples observação pode ter um efeito protetor contra o surgimento de condições neuropsiquiátricas. O grupo de pesquisa identificou que os camundongos expostos ao sofrimento de outros apresentaram menor probabilidade de desenvolver sintomas de depressão, um achado que sugere a possibilidade de que a resiliência pode ser, ao menos em parte, aprendida através da experiência indireta. 

Esses resultados abrem uma janela promissora para o desenvolvimento de intervenções em saúde mental que aproveitem o aprendizado social e a observação de adversidades como ferramentas de fortalecimento emocional. Em humanos, intervenções que envolvam a observação de outras pessoas superando dificuldades podem se tornar uma via de prevenção de transtornos mentais graves.
 

Estudo: Link


Novo tratamento apresenta melhora significativa no quadro de pacientes com insuficiência cardíaca


Molécula finerenona é pioneira ao demonstrar benefícios cardiovasculares definitivos em um estudo de Fase III em pacientes com insuficiência cardíaca (IC), em que o coração não bombeia sangue para o corpo tão bem quanto deveria;

Estudo evidenciou uma redução de 16% no risco relativo de morte cardiovascular e eventos totais de IC em pacientes usando finerenona, em comparação ao placebo;

Os resultados foram consistentes em todos os subgrupos de participantes do estudo, incluindo aqueles com comorbidades e hospitalizados


A multinacional alemã Bayer apresenta os resultados detalhados do estudo de Fase III FINEARTS-HF, em que a molécula finerenona evidencia uma melhora significativa nos resultados cardiovasculares em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) maior ou igual a 40%, em comparação ao uso do placebo, além de apresentar segurança nos diferentes perfis de pacientes ao longo do estudo.
 

FEVE significa uma medida da função cardíaca que indica quanto sangue o ventrículo esquerdo bombeia a cada contração, e a IC se dá quando há um prejuízo no volume que é bombeado pelo órgão. Ou seja, pacientes com essa condição têm um coração que não consegue bombear o sangue adequadamente, como se a bomba estivesse fraca. Isso significa que o corpo pode não estar recebendo todo o sangue e oxigênio necessários. O estudo FINEARTS-HF mostrou que a finerenona apresenta bons resultados para estes pacientes com porcentagem maior ou igual a 40% de FEVE. 

A IC afeta mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo; aproximadamente metade desses pacientes sofre de IC com uma FEVE igual ou maior a 40%. A IC com FEVE ≥ 40% está associada a multimorbidade, tornando a condição complexa de tratar. As tendências temporais sugerem que essa população crescente em breve representará a maioria dos pacientes hospitalizados com IC. Mais da metade dos pacientes com IC com FEVE ≥40% morrerão em 5 anos. 

A finerenona reduziu significativamente o risco de morte cardiovascular e eventos totais (primeiro e recorrentes) deste tipo de IC, como hospitalizações ou visitas urgentes em serviços de saúde, em 16% ao longo de uma média de 32 meses de acompanhamento. Com base nos resultados do FINEARTS-HF, esta é a primeira molécula a demonstrar benefícios cardiovasculares definitivos em um estudo de Fase III em pacientes com essa forma de IC. Os resultados do FINEARTS-HF foram apresentados durante uma sessão do Congresso ESC 2024 e publicados no New England Journal of Medicine. 

“O tratamento de pacientes com IC com FEVE ≥ 40% tem sido um grande desafio para muitos médicos, porque apresentam um risco substancial de eventos cardiovasculares graves, pois até então tínhamos opções limitadas com eficácia comprovada”, disse Scott D. Solomon, presidente do comitê executivo do estudo. 

O novo medicamento funcionou bem para todos os pacientes com esse tipo de IC que participaram do estudo, independentemente de outros problemas de saúde que eles tinham, dos remédios que já usavam ou da gravidade da doença. Ou seja, os benefícios do medicamento se mostraram abrangentes para diferentes perfis. A finerenona também reduziu significativamente os desfechos secundários de eventos totais de IC e de melhora do estado de saúde relatado pelo paciente conforme medido pela mudança em relação à linha de base no Total Symptom Score of Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ-TSS). 

“A Bayer tem uma sólida tradição em cardiologia e a IC é uma área fundamental para nós. Com os resultados promissores, sustentamos nosso compromisso com a condição. No estudo FINEARTS-HF, a finerenona reduziu os resultados cardiovasculares em uma população com tratamento complexo, confirmando seu potencial. Caso aprovada para essa nova indicação, será uma opção de tratamento valiosa na IC, independentemente da terapia de base e do estado da doença”, disse o Dr. Christian Rommel, Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Divisão Farmacêutica da Bayer. “O FINEARTS-HF incluiu uma alta porcentagem de pacientes hospitalizados ou recentemente hospitalizados, o que significa que os resultados são altamente relevantes para melhorar os resultados cardiovasculares para os que não têm opções suficientes.” 

A Bayer planeja enviar às autoridades de saúde de todo o mundo pedidos de autorização de comercialização de finerenona para indicação em IC com FEVE ≥40%, inclusive no Brasil.

 

Estudo também aponta que pacientes tiveram um risco reduzido de desenvolver diabetes 

Um outro dado do estudo de Fase III FINEARTS-HF demonstrou que pacientes com IC e fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≥40% recebendo finerenona tiveram um risco 24% menor de desenvolver diabetes, em comparação ao placebo. “Há uma relação claramente prejudicial entre IC e diabetes que tem um impacto significativo nos sintomas”, disse o Prof. John McMurray, médico, professor de cardiologia e cardiologista consultor honorário no Queen Elizabeth University Hospital, Glasgow. “Reduzir o surgimento do diabetes significa que esses pacientes com IC podem ter uma melhor qualidade de vida e menor risco subsequente de hospitalização e morte.” 

No estudo, 262 (8,1%) pacientes desenvolveram diabetes ao longo de um acompanhamento médio de 32 meses, dos quais 115 (7,2%) estavam no grupo finerenona e 147 (9,1%) estavam no grupo placebo. Em comparação com o placebo, a finerenona reduziu significativamente o risco de surgimento de diabetes em 24%. O efeito da finerenona foi robusto para diferentes tipos de diabetes e foi consistente nos principais subgrupos de pacientes. 

 

Sobre o FINEARTS-HF

O FINEARTS-HF é um estudo de Fase III randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico e baseado em eventos que investiga a eficácia e a segurança da finerenona (Kerendia™) para a prevenção de morte cardiovascular e eventos de insuficiência cardíaca (IC) em pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca sintomática (classe II-IV da New York Heart Association) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≥40%, medida por qualquer modalidade nos últimos 12 meses, bem como recebendo tratamento diurético por pelo menos 30 dias antes da randomização. O desfecho primário do FINEARTS-HF foi o composto de morte cardiovascular e eventos totais (primeiros e recorrentes) de IC, definidos como hospitalizações por IC ou visitas urgentes de IC. 

Cerca de 6.000 pacientes foram randomizados de mais de 630 locais em 37 países ao redor do mundo para receber finerenona ou placebo uma vez ao dia. Além disso, os pacientes do estudo receberam terapia usual para tratar sintomas e comorbidades. A finerenona uma vez ao dia reduziu significativamente o risco combinado de morte cardiovascular e eventos totais (primeiros e recorrentes) de IC, definidos como hospitalizações por IC ou visitas urgentes de IC, em 16% (redução de risco relativo, razão de taxa (RR) 0,84 [IC de 95%, 0,74-0,95; p=0,0072]) ao longo de uma duração mediana de 32 meses. Os resultados para os componentes individuais do desfecho primário são: morte cardiovascular: razão de risco (HR) 0,93 [IC de 95%, 0,78-1,11]; eventos totais de IC (primeiro e recorrentes), definidos como hospitalizações por IC ou visitas urgentes de IC: RR 0,82 [IC de 95%, 0,71-0,94; p=0,0062]). A finerenona também reduziu significativamente o desfecho secundário de melhora do estado de saúde relatado pelo paciente, conforme medido pela mudança em relação ao valor basal no Total Symptom Score of Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ-TSS) (diferença entre grupos de 1,6 pontos [IC de 95%, 0,8-2,3; p < 0,0001]). Não houve diferença nos grupos finerenona e placebo para a classe NYHA (razão de chances (OR) 1,01 [IC de 95%, 0,88-1,15]; desfecho renal composto (HR 1,33; [IC de 95%, 0,94-1,89]) ou mortalidade por todas as causas (HR 0,93; [IC de 95%, 0,83-1,06]). 

Com mais de 15.000 pacientes no total, o programa de ensaios clínicos em andamento MOONRAKER com finerenona, incluindo FINEARTS-HF, é um dos maiores programas de estudo de IC até o momento e visa estabelecer uma compreensão abrangente da finerenona na IC em um amplo espectro de pacientes e ambientes clínicos.

 

Sobre finerenona

A finerenona é um antagonista seletivo não esteroidal do receptor mineralocorticoide (RM) que demonstrou bloquear os efeitos nocivos da hiperativação do RM. A hiperativação do RM contribui para a progressão da doença renal crônica (DRC) e danos cardiovasculares que podem ser causados ​​por fatores metabólicos, hemodinâmicos ou inflamatórios e fibróticos.

A finerenona está aprovada para o tratamento de pacientes adultos com DRC associada ao diabetes tipo 2 (DM2) em mais de 90 países ao redor do mundo, incluindo Brasil, China, Europa, Japão e EUA. 

O programa de estudo com finerenona, FINEOVATE, atualmente compreende dez estudos de Fase III com programas dedicados em IC e DRC, respectivamente. O programa MOONRAKER inclui o FINEARTS-HF, bem como os estudos colaborativos em andamento, patrocinados por pesquisadores, REDEFINE-HF, CONFIRMATION-HF e FINALITY-HF. O programa THUNDERBALL CKD consiste nos estudos concluídos FIDELIO-DKD e FIGARO-DKD, bem como nos estudos em andamento FIND-CKD, FIONA, FIONA-OLE, FINE-ONE e no estudo de Fase II CONFIDENCE.

 

Sobre a Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa, caracterizada por um declínio progressivo na capacidade do coração de encher e bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. A IC afeta mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo e é a principal causa de hospitalização em pessoas com mais de 65 anos. A prevalência de IC deverá aumentar drasticamente na próxima década, em parte como consequência do envelhecimento da população. Pacientes com IC enfrentam um prognóstico ruim, com taxas de mortalidade semelhantes ou piores que as dos cânceres mais comuns. A IC pode ser complicada por diversas comorbidades, com mais da metade dos pacientes vivendo com condições como obesidade, doença renal crônica, diabetes mellitus, hipertensão e/ou fibrilação atrial. Os sintomas da IC podem incluir tontura, falta de ar, fadiga, distúrbios do sono, desconforto no peito, edema (inchaço dos pés e pernas) e tosse ou chiado crônico. 

Os fatores de risco incluem hipertensão, diabetes mellitus, tabagismo, infarto do miocárdio anterior e doença arterial coronária. Apesar dos avanços no tratamento, cerca de 30% das pessoas diagnosticadas com IC morrem em um ano, aumentando para cerca de 40% após cinco anos. 

Quando categorizada pela fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), que é uma medida da função cardíaca que indica quanto sangue o ventrículo esquerdo bombeia para fora com cada contração, a IC é dividida em três categorias diferentes:

  • A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) é caracterizada pela capacidade comprometida do coração de ejetar sangue rico em oxigênio de forma suficiente durante sua fase de contração, onde a FEVE é ≤40%
  • A insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida (ICFEmr) é uma categoria para pacientes cuja FEVE está entre 41 a 49% e que apresentam algum comprometimento na capacidade do coração de bombear o sangue
  • A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp)é uma condição caracterizada pela rigidez do coração, levando a anormalidades de enchimento, pois o ventrículo esquerdo não consegue relaxar o suficiente para se encher de sangue, onde a FEVE é ≥50% 

Embora a FEVE ≤ 40% e a FEVE ≥ 40% sejam responsáveis ​​por aproximadamente metade de todos os casos de IC, a carga de comorbidades CV e não CV é maior para pacientes com FEVE ≥ 40%. As tendências temporais também sugerem que a FEVE ≥ 40% em breve representará a maioria dos pacientes hospitalizados com IC. Embora avanços na terapia tenham sido alcançados na IC com FEVE ≤40%, há opções limitadas de tratamento para IC com FEVE ≥40%.

 

Sobre o compromisso da Bayer com relação às doenças cardiovasculares e renais

A Bayer é líder em inovação na área de doenças cardiovasculares, com um compromisso de longa data de fornecer ciência para uma vida melhor, avançando com um portfólio de tratamentos inovadores. O coração e os rins estão intimamente ligados em saúde e doença, e a Bayer está trabalhando em uma ampla gama de áreas terapêuticas em novas abordagens de tratamento para doenças cardiovasculares e renais com altas necessidades médicas não atendidas. A franquia em cardiologia na Bayer já inclui vários produtos e vários outros compostos em vários estágios de desenvolvimento pré-clínico e clínico. Juntos, esses produtos refletem a abordagem da empresa à pesquisa, que prioriza alvos e caminhos com potencial para impactar a forma como as doenças cardiovasculares são tratadas. 



Bayer
www.bayer.com


Estudo revela que enxaqueca causa bilhões em perdas econômicas: especialista sugere soluções para diminuir o impacto no ambiente de trabalh

Com perdas econômicas superiores a 800 bilhões de reais, a enxaqueca prejudica a produtividade no país. Medidas no local de trabalho são consideradas como fundamentais para minimizar os efeitos, especialmente entre mulheres e trabalhadores informais


Um estudo recente do Instituto WifOR, solicitado pela Federação Latino-Americana da Indústria Farmacêutica (FIFARMA), revelou que o impacto socioeconômico da enxaqueca no Brasil ultrapassa 800 bilhões de reais em um período de cinco anos. A doença, que afeta cerca de 31,4 milhões de brasileiros, é responsável por perdas que representam cerca de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A enxaqueca é uma das principais causas de incapacitação, especialmente entre pessoas de 15 a 49 anos. No Brasil, 63% dos afetados são mulheres, o que agrava as desigualdades de gênero. Apenas 40% das pessoas que convivem com a doença estão expostas e recebem tratamento adequado. 

Segundo o Dr. Marco Aurélio Bussacarini, especialista em saúde ocupacional da Aventus, a enxaqueca tem um impacto econômico expressivo, não apenas pelos custos diretos com tratamentos médicos, mas também pela perda de produtividade. "Em média, uma pessoa com enxaqueca perde cerca de 19 dias e meio de trabalho por ano. Isso significa um custo significativo tanto para o trabalhador quanto para as empresas", afirma o especialista.

A perda de produtividade é um dos maiores desafios resultantes da enxaqueca, com prejuízos tanto pelo absenteísmo (falta ao trabalho) quanto pelo presenteísmo (quando o trabalhador está presente, mas não consegue ser produtivo). "O presenteísmo é uma realidade difícil de medir, mas extremamente prejudicial. Mesmo quando o colaborador está no ambiente de trabalho, ele não desempenha suas atividades com a eficiência necessária devido à dor e ao mal-estar da enxaqueca", complementa Dr Marco.

Esse quadro afeta diretamente a economia do país, prejudicando as empresas e gerando um impacto financeiro significativo. Os trabalhadores informais, que representam uma grande parcela do mercado de trabalho no Brasil, são os mais vulneráveis a esse cenário. 

"A situação é ainda mais crítica entre os trabalhadores informais, que não têm acesso a benefícios ou condições que lhes permitam lidar de forma adequada com os dias de incapacidade. Eles sofrem diretamente com a perda de renda e oportunidades", ressalta Marco Aurélio Bussacarini.

Além do efeito sobre o trabalho remunerado, a enxaqueca também afeta as atividades não remuneradas, como o cuidado com a casa e a família, o que agrava ainda mais o impacto social da doença. Além disso, segundo o especialista, o estudo destaca que as populações de baixa renda são particularmente prejudicadas, e isso aumenta as disparidades econômicas e sociais no Brasil.

O levantamento sugere que medidas mais eficazes de diagnóstico precoce e tratamento da enxaqueca são essenciais para mitigar esse impacto econômico. "Precisamos de um esforço coordenado, não apenas entre médicos, mas também em políticas públicas para garantir que as pessoas tenham acesso ao tratamento adequado. Conscientizar a população e os trabalhadores sobre os impactos da enxaqueca é crucial para reduzir esses prejuízos", aponta o Dr Marco Aurélio.

Algumas diretrizes pontuam que a criação de um ambiente de trabalho mais adequado para pessoas com enxaqueca — com ajustes na iluminação, redução de ruídos, pausas regulares e acesso a atividades físicas leves — pode ajudar a diminuir a frequência e a intensidade das crises. Além disso, é importante que o paciente adote hábitos de vida saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, identificar e evitar alimentos que possam desencadear as dores, além de manter um sono de qualidade. Essas medidas, combinadas, podem contribuir para a prevenção e o controle das crises.

As novas abordagens terapêuticas, aliadas a um grande esforço para identificar antecipadamente a enxaqueca e tratar seus sintomas, podem ajudar a reverter o cenário atual, melhorando a qualidade de vida de milhões de brasileiros. “É fundamental que todos entendam que a enxaqueca afeta diretamente a economia e o bem-estar da população. Quanto mais cedo agirmos, menores serão os danos”, conclui Dr. Marco Aurélio. 


Dr. Marco Aurélio Bussacarini - Graduado em Medicina pela UNICAMP e especialista em Medicina Ocupacional pela USP, Marco Aurélio Bussacarini é médico, empreendedor e especialista em administração hospitalar e gestão de empresas, com um histórico robusto tanto no setor público quanto privado. Sua carreira inclui experiências significativas como gestor de saúde no Ministério da Saúde e liderança em várias iniciativas no setor privado, incluindo a fundação e direção de cooperativas médicas e de crédito. Ele é fundador e CEO da Aventus Ocupacional.


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