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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Israel - As Ninfas e Deusas Romanas Ressurgem em Ashkelon: Murais Antigos Finalmente Revelados ao Público

 As Ninfas e Deusas Ganham Vida:

Pinturas de murais de beleza deslumbrante do período romano descobertas em Ashkelon são reveladas e disponibilizadas ao público pela primeira vez.

Essas pinturas decorando tumbas antigos de pessoas ricas foram descobertas décadas atrás, mas poucas pessoas as viram. Agora, elas estão preservadas perto da marina da cidade por especialistas em conservação da Autoridade de Antiguidades de Israel, financiadas pela Prefeitura de Ashkelon, como parte do desenvolvimento geral das preciosidades arqueológicas da cidade.

 

 

Duas tumbas abobadadas, com mais de 1.700 anos, adornadas com pinturas magníficas de personagens da mitologia grega, figuras humanas, plantas e animais, serão reveladas ao público pela primeira vez. Este trabalho resulta da ampla colaboração entre a Prefeitura de Ashkelon e a Autoridade de Antiguidades de Israel, visando desenvolver e integrar os excepcionais ativos patrimoniais da cidade em suas áreas públicas, beneficiando tanto moradores quanto visitantes.

Essas antigas estruturas estão localizadas próximas à marina de Ashkelon, em uma área pública cercada por torres residenciais. O município decidiu tornar o local acessível ao público, transformando essa área anteriormente negligenciada em um convidativo jardim público que abriga os dois túmulos. Um simples vislumbre do interior dessas tumbas já é suficiente para abrir uma janela para um mundo antigo e fascinante.

O prefeito de Ashkelon, Tomer Glam, diz: “Ashkelon é uma das cidades mais antigas do mundo e, à medida que moldamos e projetamos o futuro da cidade, garantimos um lugar de honra para seu passado glorioso e rico. Nos últimos anos, fizemos uma verdadeira revolução no reino da preservação de sítios históricos. Tornamos os sítios acessíveis aos moradores da cidade e ao público em geral e, em seguida, organizamos eventos e produzimos programas educacionais, culturais e turísticos com o objetivo de conectar a história da cidade ao seu presente. Este é o momento apropriado para agradecer à vice-prefeita Miri Altit por seu abrangente trabalho profissional neste empreendimento e agradecer à Autoridade de Antiguidades de Israel por esta cooperação de tão imensa importância, ajudando-nos a posicionar Ashkelon como a Cidade das Antiguidades de Israel.”

O sítio foi descoberto na década de 1930, a cerca de 300 metros da praia, e consistia em uma tumba abobadada preenchida de areia. A estrutura foi escavada por uma expedição britânica e datada do início do século IV d.C. Ela é composta por um salão com quatro cochos funerários adjacentes, e a passagem é ricamente decorada com uma série de pinturas impressionantes tanto pela qualidade quanto pela habilidade. Entre as representações, destaca-se Deméter, a deusa grega da terra e dos grãos. Outras imagens incluem videiras e cachos de uvas, vários tipos de folhas e galhos, e ninfas mitológicas, cujas cabeças são adornadas com coroas de flores de lótus enquanto seguram jarros de onde a água jorra. Também estão retratados diversos pássaros, veados, crianças colhendo uvas e colocando-as em cestos, além de uma figura tocando a flauta de Pã. Um dos destaques é a cabeça de Medusa, a Górgona, cuja expressão monstruosa e cabelos de serpente, segundo a mitologia grega, petrificavam aqueles que a olhavam.

Outra tumba abobadada e decorada, presente no jardim público, foi realocada para o local atual a partir de outro sítio em Ashkelon na década de 1990, para garantir sua preservação. Este túmulo, descoberto durante as escavações conduzidas pela Dra. Elena Kogan-Zehavi da Autoridade de Antiguidades de Israel, data do século II d.C. No centro da estrutura, há um salão cujas paredes são adornadas com pinturas coloridas de figuras humanas, pássaros e outras imagens do mundo animal e vegetal. Ao redor do salão, há loculi abobadados onde foram encontrados caixões de chumbo, também decorados com figuras humanas, animais e vegetais.

Nos últimos meses, essas estruturas e suas decorações foram preservadas por meio de um processo complexo executado por Vladimir Bitman, David Kirakosian, Alexei Ronkin e Yoni Tirosh HaCohen, especialistas do departamento de conservação da Israel Antiquities Authority. De acordo com Mark Abrahami, chefe do ramo de conservação de arte da Israel Antiquities Authority, "Pinturas murais antigas geralmente não são preservadas no clima úmido de Israel. Como as pinturas estavam em uma estrutura relativamente fechada, ela as protegeu, até certo ponto, por décadas. Naturalmente, a exposição da tinta centenária ao ar e à umidade causou desbotamento e desgaste. Tivemos que conduzir um processo longo e sensível para interromper e reparar os estragos do tempo e do desgaste. Algumas pinturas tiveram que ser removidas das paredes para tratamento completo nos laboratórios de conservação da Autoridade de Antiguidades de Israel, até que fossem devolvidas ao local. As outras paredes da estrutura foram limpas, os pigmentos nas cores das pinturas foram acentuados e todo o edifício foi reforçado e estabilizado para preservá-lo para as gerações futuras."

Nos últimos anos, a Prefeitura de Ashkelon investiu recursos consideráveis no cuidado e desenvolvimento dos sítios antigos da cidade em cooperação com a Autoridade de Antiguidades de Israel. Entre outras obras, um grande parque público foi aberto no novo bairro Wine City, com um antigo sítio industrial em seu coração. Este complexo inclui prensas de vinho e azeite, armazéns, uma casa de banhos e muito mais. Um mosaico na Yekutiel Adam Street também é conservado e preservado bem ao lado de um playground, único por incorporar elementos arqueológicos. O conhecido pátio do sarcófago, uma exibição pública de dezenas de itens impressionantes e raros encontrados por toda a cidade, foi atualizado. Uma exibição de belos artefatos antigos foi montada no Kadesh Boulevard e muito mais.

Quando o jardim público for aberto para os próximos feriados, moradores de Ashkelon, visitantes israelenses e turistas poderão admirar e apreciar a beleza dessas pinturas raras e, assim, aprender sobre a fascinante história passada desta movimentada cidade portuária moderna.

De acordo com Eli Escusido, Diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, “A cidade de Ashkelon é uma das primeiras cidades em Israel que está agindo sabiamente para alavancar o enorme potencial em valores e estética incorporados em seus ativos patrimoniais. Ashkelon é um exemplo de como a integração de achados antigos no tecido urbano – em colaboração com a Autoridade de Antiguidades de Israel, de uma maneira que confere valor adicional e provoca interesse em seus espaços públicos. Estou muito satisfeito que finalmente – graças a esta valiosa cooperação com a Prefeitura de Ashkelon e ao trabalho profissional de nossos conservadores, os moradores e visitantes de Ashkelon em breve poderão desfrutar da vista impressionante e extraordinária dessas tumbas decoradas.”

De acordo com Mirey Altit, vice-prefeita de Ashkelon e chefe de conservação de sítios históricos no município de Ashkelon, “Juntamente com o prefeito Tomer Glam, fizemos e continuamos a fazer uma revolução no campo da preservação de sítios históricos em nossa cidade. Juntamente com o trabalho de conservação em colaboração com a Autoridade de Antiguidades, estamos tomando o cuidado de tornar os sítios históricos acessíveis ao público em geral, desenvolver seus arredores e conduzir atividades educacionais e culturais neles. Convidamos você a vir à cidade e aproveitar tudo o que Ashkelon tem a oferecer, inclusive na esfera de antiguidades e arqueologia."

Para baixar um vídeo e fotos https://www.dropbox.com/scl/fo/ue6lu7t9s77jg8uzkrxfm/AJFYBM9D1eCyvFgHFERLZ7U?rlkey=f4d4e7ou1j8izv24wipy9yi91&e=1&st=mr3b849i&dl=0 

Fotografia: Emil Aladjem, Autoridade de Antiguidades de Israel

  1. Vídeo em hebraico.
  2. Vídeo com legendas em inglês https://youtu.be/bgHe5UJkzIU

3—6. O trabalho de conservação e restauração dos conservadores da Autoridade de Antiguidades de Israel

7—9. Dra. Elena Kogan-Zehavi, Autoridade de Antiguidades de Israel, que descobriu uma das tumbas há cerca de 30 anos, de pé nas tumbas após sua preservação

  1. Uma figura segurando um pavão, antes da conservação
  2. Uma figura segurando um pavão, após o trabalho de conservação da Autoridade de Antiguidades de Israel
  3. As tumbas decoradas antes do estabelecimento do parque arqueológico de Ashkelon
  4. O novo Parque Arqueológico em Ashkelon
  5. Mirey Altit, vice-prefeita de Ashkelon, no novo jardim arqueológico da cidade
  6. A figura mitológica de Medusa-Górgona na tumba pintada
  7. Figura da deusa da mitologia grega Deméter aparecendo no teto da estrutura,
  8. Filmagem completa – vídeo sem legendas e música

Para detalhes adicionais: Yoli Schwartz, porta-voz da Autoridade de Antiguidades de Israel 052-5991888

Dana Greenblatt, porta-voz do Município de Ashkelon, 050-3057642 

 

Sobre o Ministério do Turismo de Israel:

O Ministério do Turismo de Israel trabalha para promover Israel como um destino turístico de destaque, destacando sua rica história, cultura vibrante e paisagens deslumbrantes. Comprometido com a inclusão e a diversidade, o ministério se esforça para garantir que todos os visitantes se sintam bem-vindos e valorizados.

O Ministério do Turismo de Israel está empenhado em promover o turismo de forma responsável, garantindo que os visitantes possam desfrutar de Israel com tranquilidade e confiança.

Para mais informações sobre nossos esforços de segurança e iniciativas turísticas, visite www.goisrael.com.br ou siga-nos no https://www.facebook.com/VisitarIsrael

 Fotos: https://www.flickr.com/photos/86083886@N02/sets/

 

Dia de Combate ao Fumo: dez perguntas e respostas sobre a relação entre tabagismo e câncer

90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o hábito. Por isso, é fundamental alertar sobre os prejuízos à saúde e lembrar que é sempre tempo de parar de fumar  


O Dia de Combate ao Fumo, que acontece em 29/08, é dedicado à conscientização dos danos causados pelo tabagismo. Dentre eles, o câncer de pulmão, doença que tem como origem em 90% a prática do hábito, está no topo. Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2023-2025 cerca de 32.300 novos casos da doença serão diagnosticados a cada ano. 

Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam - ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande. Segundo Mariana Laloni, oncologista e diretora médica técnica da Oncoclínicas, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, que tem sido usado principalmente por jovens. 

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, em decorrência das campanhas de conscientização e proibições do fumo, que vêm sendo aplicadas em locais públicos desde a década de 1990, o número absoluto de tabagistas ainda é alarmante. E os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno - que serve como atrativo adicional para essa parcela da população - representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista. 

No mundo, a OMS aponta que atualmente 8 milhões de pessoas vão à óbito por causa de doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, esse número pode chegar a 156 mil mortes anualmente - uma média de 428 óbitos por dia. Vale lembrar ainda que o tabagismo vai muito além do câncer de pulmão, incluindo problemas de saúde como: doenças cardiovasculares, diabetes, infarto e Acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.
 

Iluminando o caminho

Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada. "A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral do paciente", diz Mariana Laloni. 

A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão. A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se "disfarçar" para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema. 

"Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva", explica a especialista. Entretanto, é fundamental alertar que antes de remediar, o câncer de pulmão deve ser prevenido. Para Mariana Laloni a melhor alternativa é sempre parar de fumar. 

A seguir, a oncologista Mariana Laloni esclarece dez perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer.
 

O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão?

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.
 

Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão?

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.
 

Quais são os principais tipos de câncer de pulmão?

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.
 

Como é o tratamento para câncer de pulmão?

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada
 

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.
 

Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer?

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.
 

Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais?

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar aida a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.
 

Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros?

É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício. Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.
 

O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão?

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.
 

Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina?

Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo da carga tabágica - número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou - é importante continuar de olho.
 

Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora?

O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva. 



Oncoclínicas&Co.
Para obter mais informações, visite Link

 

Estação Brás da CPTM recebe ação ‘Diabetes no Alvo’ nesta sexta-feira (30)

Atividade será das 09h às 19h e tem como destaque a prevenção da diabetes


Quem passar pela Estação Brás da CPTM nesta sexta-feira (30/08) terá a oportunidade de participar da ação ‘Diabetes no Alvo’, parceria em conjunto com a ADJ Brasil Diabetes. A atividade será das 09h às 19h e tem como objetivo a prevenção e o monitoramento do diabetes.
 

Serão oferecidos 700 testes de glicemia, avaliação de riscos de diabetes, orientação com profissionais de saúde, além de medição de peso, altura e circunferência da cintura.

Esta iniciativa é uma oportunidade para os passageiros cuidarem da saúde de forma prática e acessível, sem a necessidade de estar em jejum.
 

Ações de Cidadania
Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas a promoção do bem-estar de seus passageiros.
 


Serviço

Diabetes no Alvo
Local: Estação Brás da CPTM, que atende as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira
Data: sexta-feira, 30 de agosto
Horário: das 9h às 19h

Dia Nacional da Diálise: nefrologista esclarece causas da doença renal crônica e tratamentos

Doença renal é silenciosa e é preciso ficar atento aos fatores de risco que aumentam a necessidade de fazer exames para investigar a saúde dos rins

 

O Dia Nacional da Diálise será celebrado nesta última quinta-feira do mês de agosto, dia 29. A data, criada desde 2023, foi criada para conscientizar sobre as doenças renais e sua prevenção, bem como fatores de risco, comorbidades e a importância da diálise, terapia que garante a vida de pacientes renais crônicos que tiveram 85% dos rins comprometidos por causa de doenças renais. Atualmente, cerca de 155 mil brasileiros fazem a terapia de diálise, de acordo com o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). 

Dr. André Pimentel, nefrologista e diretor médico da Associação Brasileira do Centro de Diálise e Transplante (ABCDT), que desenvolve em agosto a campanha "A Diálise Não Pode Esperar", com o slogan "Diálise, não apenas um tratamento, mas uma ponte para vida", explica como os rins e a hemodiálise funcionam, além das principais causas. 

A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela diminuição da capacidade dos rins de filtrar os resíduos metabólicos do sangue. Muitas vezes, ocorre em consequência de outras comorbidades, como hipertensão e diabetes, além de doenças autoimunes como o lúpus. “As doenças renais são lentas, elas são progressivas e muito silenciosas. O que eu quero dizer com isso? Não apresentam nenhum sinal nas suas fases mais iniciais, somente nas suas fases mais avançadas”, explica Dr. André. E quando o comprometimento dos rins é maior, a Terapia Renal Substitutiva (TRS), mais conhecida como diálise, se faz necessária. 

Confira abaixo as respostas do diretor médico da ABCDT para as principais dúvidas em relação ao assunto:

 

Qual o papel dos rins no nosso organismo?

Eles são fundamentais e é por isso que nós temos dois rins para suportar tamanha responsabilidade com o nosso corpo. Eles estão situados na região posterior, logo atrás da região lombar. Cada rim tem cerca de 11 a 13 centímetros de comprimento e pode pesar cerca de 150 a 170 gramas. Nesse espaço, existe o néfron, onde se realiza a filtração. Os rins não param. Funcionam 24 horas por dia, e por eles passam cerca de 190 litros de sangue, que são filtrados e ultrafiltrados, retirando as impurezas do nosso organismo e liberando cerca de 1 a 1,5 litros mais ou menos de urina ao longo do dia. Aí, tem dois conceitos muito importantes sobre o papel dos rins: a hidratação - pois é preciso tomar bastante água e líquidos para poder melhorar a filtração e também urinar bem.
 

Quais os sinais de que a pessoa pode estar com problemas renais? Quando é preciso procurar um médico?

Temos que estar muito atentos aos fatores de risco e sempre que possível corrigi-los ou cuidar para que eles sejam administráveis na jornada progressiva da doença. Isso é muito importante. É preciso ficar muito atento ao aumento da pressão arterial e a falta de controle dela. A glicemia persistentemente elevada também merece atenção. Edemas, inchaço nas pernas ou até no rosto, podem ter um significado muito importante para as doenças dos rins. Dor, ardência para urinar, urinar muito à noite, ou seja, inverter o horário. A noite é dedicada para você ter um sono e quando ocorre a inversão desse horário com uma frequência muito alta de urinar nesse período, é um sinal importante que possa estar desenvolvendo alguma doença renal ou prostática. As alterações da cor da urina, ou seja, uma urina de cor escura também é um alerta para doença renal. As cólicas renais, as dores lombares também são alerta e também nós não podemos esquecer a fraqueza, a palidez e uma anemia de causa ainda indeterminada, que podem ter a doença renal como uma das suas causas. Temos que ficar muito atentos a esses sinais que possam levar ao diagnóstico de uma doença renal.
 

Quais as causas das doenças renais?

Existem algumas informações que são muito relevantes. As principais causas de doença renal são a hipertensão arterial e o diabetes. Para vocês terem uma ideia, de acordo do Vigitel, um programa do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a vigilância dos fatores de risco e proteção das doenças crônicas por inquérito telefônico, 10% da população brasileira têm diabetes e 27,9% têm hipertensão arterial. Esses dados são de 2023. É muito significativo porque esses números vêm crescendo ano após ano. Essas doenças são lentas e progressivas e ambas acometem os nossos rins de forma muito silenciosa. Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito muito tardiamente. 

Além disso, existem outras causas importantes que levam os nossos rins a não funcionarem, a falharem. São as chamadas inflamações dos nossos rins, como nefrites, nefroses, doenças autoimunes como o lúpus, doenças congênitas como os rins policísticos, infecções urinárias de repetição, e alguns tipos de cálculos também podem provocar o desenvolvimento da doença renal. Outra coisa muito importante são algumas medicações, que se usadas de forma abusiva e sem orientação, podem comprometer a função dos nossos rins, como anti-inflamatórios, que são drogas que podem comprometer a função renal.
 

E quais são os principais fatores de risco que podem levar a uma doença renal?

O termo risco, na área de saúde, é usado para definir a chance de uma pessoa sadia que quando exposta a determinados fatores, sejam eles ambientais ou hereditários, possam desenvolver uma doença. Os fatores associados ao aumento do risco de desenvolver uma doença são os chamados fatores de risco, aqui entramos nos problemas, são fatores de risco para desenvolver uma doença renal ou algum problema de rim, como a hipertensão arterial e a diabetes que nós já comentamos. Além disso, o que nós temos mais de ficar atentos são as doenças cardiovasculares, a obesidade, as pessoas mais idosas, mais frágeis, tabagismo, aquelas pessoas que estão usando algumas drogas como os anti-inflamatórios de maneira frequente e abusiva, questões genéticas como a doença renal policística, esses são alguns fatores de risco que precisamos ficar muito atentos para um diagnóstico precoce, porque eles vão se tornar um problema para o desenvolvimento de uma doença renal.

                                 Banco de imagem Istock - Blind Turtle


Há graus de gravidade para as doenças renais?

Sim, existe um grau de gravidade. A doença renal crônica, que é a maior expressão das doenças renais e que é um problema inclusive grave de saúde pública mais contemporânea, pelo seu impacto na população e pelos custos que o seu tratamento impõe, elas têm, sim, forma de se estratificar. É assim que chamamos, na verdade, são estágios. Esses estágios da doença renal crônica eles vão de zero, quando o indivíduo não tem nenhuma doença, até 5, que seria o grau mais avançado que o médico nesse caso vai precisar substituir ou indicar a substituição da função renal. Até os estágios 4 e 5, a doença renal é muito silenciosa, muito pouco percebida.

 

Nos casos leves, como é o tratamento?

Quando uma pessoa tem algum fator de risco para a doença renal, deve procurar um especialista para avaliar se ela tem doença renal associada, e a partir daí, instituir medidas que possam proteger os rins. Nas fases iniciais, nós podemos implementar uma série de medidas que são chamadas medidas nefroprotetoras. O que significa isso? São medidas que são utilizadas para poder controlar não só os fatores de risco, como a prevenção da doença, tal qual ajustar a alimentação para que ela seja um aliado no controle da doença, revendo as proteínas, os carboidratos, a gordura, estimular a atividade física a que, particularmente, eu gostaria de chamar atenção. Tanto uma alimentação adequada para o grau de doença renal, como uma atividade física que traga benefícios e prazer, tem um impacto altamente positivo no controle da doença. 

Assim, preciso também ficar atento ao uso inadequado ou abusivo de algumas drogas que nós chamamos de drogas nefrotóxicas, ou seja, que vão provocar algum grau de toxicidade em nossos rins, como os anti-inflamatórios. Por outro lado, em caso do tratamento, eu trago boas notícias, surgiram recentemente algumas drogas, principalmente uma que era usada para diabetes. Agora, ela se mostrou um grande aliado na proteção dos rins e do coração e há outra também bastante promissora, que ajuda a retardar a progressão da doença renal e se impõe a sua utilização dentro das ferramentas utilizadas para cuidar, para que a doença renal tenha um controle e uma progressão muito mais lenta. 

A diálise, eu quero chamar a atenção sobre isso, é uma terapia, é um tratamento proposto para os pacientes que têm comprometimento avançado da doença renal e precisam substituir essa função. Ou seja, os rins da pessoa não dão mais conta de realizar a limpeza de todas as substâncias tóxicas que estão no sangue e elas precisam ser removidas.

 

O que pode causar a falência renal e quais as consequências?

Os rins irão entrar em falência, os rins iriam falhar se as causas que levaram à perda da função renal não puderem ser diagnosticadas de forma precoce, não puderem ser controladas e estiverem avançadas de modo que, o melhor benefício frente a esse grave risco que a pessoa está correndo, seria substituir a função renal por diálise ou transplante. Então é preciso ficar atento a essas falhas, ou seja, a essa progressão. E quando ocorre essa progressão, a terapia renal substitutiva tem a sua indicação primária para poder se realizar.

Banco de imagens Istock - crédito: Mailson Pignata


O que é a diálise e quais são os tipos de Terapia Renal Substitutiva (TRS)?

Diálise significa limpeza, filtração dessas impurezas que pode ser realizada filtrando sangue. Quando ocorre essa filtração do sangue para remover essas impurezas, nós chamamos de hemodiálise. Nós também podemos fazer essa filtração pela nossa cavidade abdominal, que tem uma grande membrana que recobre e protege os órgãos abdominais que se chama peritônio. Nosso peritônio tem uma grande superfície de vasos que podem ser utilizados para filtrar o sangue que está repleto de impurezas. Esse tipo de diálise nós chamamos de diálise peritoneal e também outra ferramenta muito importante que a gente precisa destacar como opção é o transplante renal.

Então nós temos o tratamento de hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante quando ocorre a necessidade de substituir a função renal nas fases mais avançadas da doença. O indivíduo vai iniciar o tratamento da diálise nessas fases avançadas, no estágio 5, quando não existem mais condições de suportar o excesso de impurezas e de resíduos tóxicos que estão no seu sangue, provocando uma expressão de sintomas bastante significativos e quando existe um risco muito grande, precisa instituir o tratamento de diálise ou transplante.

 

É possível ter qualidade de vida mesmo fazendo diálise?

Sim! A diálise nas formas que abordei, junto com o transplante, são opções de tratamento oferecidas para o paciente que está numa fase muito avançada da doença renal. Consequentemente, quando você oferece um tratamento, é para poder melhorar a qualidade de vida e bem-estar. Mas veja bem, é preciso se comprometer com isso. Não se pode imaginar: “Olha só, iniciei a diálise e pronto, acabou”. Não é isso. A diálise é uma nova jornada, é um novo percurso, é um recomeço, é outra forma de tratamento. É preciso estar atento às informações, às orientações que a equipe médica, equipe multidisciplinar oferecem ao paciente e seguir sua risca. Na diálise, vamos pensar desta forma: “Nós passamos de fase”. É uma nova abordagem, são novos cuidados, a atenção precisa ser redobrada. Quando a pessoa segue essas orientações, a diálise tem tudo para dar certo. A pessoa realiza o tratamento de diálise e tem uma qualidade de vida bem satisfatória e bastante razoável. Nós temos que aprender a conviver com essa nova etapa. Para isso, é necessário que o paciente se comprometa com o tratamento. Isso é muito importante.

 

Em qual situação é recomendado um transplante?

O transplante renal pode ser realizado nas fases mais avançadas da doença. E dependendo da situação, uma pessoa que tenha um doador, obviamente saudável, ela pode realizar transplante renal sem ter que fazer diálise. Essa condição nós chamamos de transplante preemptivo. É uma condição mais difícil de ser alcançada, porém, quem já está sendo acompanhado há mais tempo por um especialista tem essa chance ao seu lado. Mas de forma geral o transplante seria recomendado para todos, porém, na maioria das vezes, as doenças de rins vêm acompanhadas de doenças de outro órgão, como doenças cardiovasculares, diabetes. E na maior parte das vezes, o indivíduo não tem uma doença só no rim, tem doença também nesses outros órgãos, e que são mais severas. Nesses casos, o transplante não iria ser benéfico para tratar somente um órgão que está doente, adoecido. Mas, nós estamos bem avançados nisso. Em alguns casos selecionados, nós podemos realizar um transplante duplo, por exemplo, transplante rim e pâncreas, transplante de rim e coração. Provavelmente, vocês devem ter acompanhado o caso do Faustão, que teve uma grande repercussão. Mas o transplante é uma das opções de tratamento e promove uma qualidade de vida e um bem-estar muito grande. Eu queria ressaltar para vocês que o programa de transplante renal no Brasil é um dos maiores programas do mundo, nós temos uma expertise muito grande e funciona muito bem no país.

 

E como é possível prevenir a doença renal?

Essa é uma questão crucial, a promoção e a prevenção da doença, nós precisamos o tempo todo falar sobre isso. Podemos mudar o rumo, a velocidade com que a doença vai percorrer esses estágios que eu citei anteriormente de maneira rápida, veloz e sem nenhum tipo de controle. A primeira questão que precisamos abordar diz respeito ao acesso ao diagnóstico, que é simples. Se você tem algum dos fatores de risco que eu citei, é preciso realizar um exame de sangue para dosar a sua creatinina no sangue e também um exame de urina. Caso esses exames estejam alterados, é necessário procurar um bom profissional para estratificar o risco da doença renal e iniciar uma série de medidas protetoras que retardam a progressão da doença renal. Vale ressaltar mais uma vez a alimentação, a atividade física, a redução do peso e do tabagismo, o uso de forma criteriosa, adequada e justificada de anti-inflamatórios ou qualquer outra droga que você possa usar sem uma orientação médica adequada. Vou insistir nesse tópico. A doença renal é prevenível e controlável. Nós temos muito trabalho para fazer. Sempre a pessoa, o seu médico e com uma equipe multidisciplinar. É preciso ter acesso a isso, ter acesso ao diagnóstico precoce e a partir daí, instituir medidas de proteção da função renal. Há um grande ganho em relação a isso e nós podemos mudar a história natural da doença. Converse com o seu médico sobre isso. 

 

Conecte-se
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#adialisenaopodeesperar#dianacionaldadialise

Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante - ABCDT


30 de agosto é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

 

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Tratamento da doença autoimune tem a cannabis medicinal como importante aliada na melhora da qualidade de vida do paciente


O dia 30 de agosto é dedicado à conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). A data marca a importância do diagnóstico e chama a atenção sobre alternativas de tratamento para os portadores da enfermidade.

Lidar com os desconfortos dos sintomas da esclerose múltipla (EM) é um dos maiores desafios de quem convive com a doença, que hoje afeta cerca de 40 mil brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. No mundo, estima-se 2,8 milhões de casos.

Entre os sintomas estão fadiga, rigidez, fraqueza muscular, desequilíbrio, dificuldades para falar e engolir e alterações emocionais. A causa da doença ainda é desconhecida, embora seja foco de muitos estudos no mundo. O uso da cannabis medicinal tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.

“O Agosto Laranja destaca a importância da conscientização sobre a EM tanto para a sociedade, como para os pacientes. Conhecer alternativas que tragam um impacto positivo no dia a dia do tratamento é fundamental para quem convive com os sintomas. A cannabis medicinal é uma opção eficaz para aliviar alguns deles, uma vez que componentes como o CBD (canabidiol) e o THC (tetra-hidrocanabinol) presentes na planta atuam de forma benéfica principalmente na melhora do sono e das dores, sejam as neuropáticas, as faciais ou as parecidas com fibromialgia”, explica Mariana Maciel, médica especialista em Medicina Canabinoide e co-fundadora da Thronus Medical.

A doença afeta o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal). Nela, o sistema imunológico, responsável por combater agentes externos como vírus e bactérias, ataca a bainha de mielina dos neurônios, por isso se diz que a doença é desmielinizante. Essa bainha de mielina funciona como a capa de um fio elétrico e, sem ela, as funções dos neurônios ficam prejudicadas. Essa bainha de mielina funciona como a capa de um fio elétrico e, sem ela, as funções dos neurônios ficam prejudicadas.

De acordo com a especialista, os fitocanabinoides também podem auxiliar na desaceleração do processo neurodegenerativo, a neurorregeneração e a limitação da progressão da doença, já que o canabidiol tem propriedades anti-inflamatórias.

A Cannabis Medicinal é uma alternativa segura às medicações tradicionais, como os opiodes e relaxantes musculares, que podem causar efeitos colaterais significativos. “Os ativos auxiliam no combate a dores neuropáticas, fadiga, enjoos e náuseas, e podem agir sobre quadros de depressão, que infelizmente são comuns em pessoas acometidas pela doença”, completa a médica.

A EM ainda é pouco conhecida no Brasil, tanto que uma pesquisa da AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), ONG que contribui para a busca do diagnóstico precoce, para tratamento adequado e para melhora na qualidade de vida dos pacientes, mostra que 80% dos brasileiros não sabem o que é a esclerose múltipla.


Explosão de queimadas compromete a saúde ocular

Oftalmologista ensina como amenizar o desconforto em seus olhos.

 

 A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que o tempo seco do inverno triplica as alergias respiratórias – rinite, sinusite, bronquite e asma. Isso explica o aumento no número de atendimentos médicos nos hospitais de todo o País depois da explosão de queimadas que cobriu o Brasil de poluição no último final de semana.

 

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o hospital ainda não tem estatísticas do número de consultas provocadas pelas queimadas, mas há evidências nos prontuários de que seis em cada 10 alérgicos têm manifestação nos olhos. Pior: o número de alérgicos não para de crescer. Já corresponde a 40% da população mundial. O especialista afirma que toda alergia é uma intensa reação das nossas células de defesa aos ácaros, proteínas ou aditivos de alimentos industrializados e até a alguns componentes de medicamentos que deveriam ser inofensivos ao nosso organismo. “As alergias também podem estar relacionadas às alterações climáticas, excesso de higiene, antibióticos e aditivos na alimentação que fazem parte do mundo atual”, pontua.

 

Conjuntivite alérgica

Independente ou associada a outras alergias, o oftalmologista afirma a poluição das queimadas pode causar conjuntivite alérgica, inflamação da conjuntiva, membrana que reveste as pálpebras e a esclera, parte branca do olho. A condição não é transmissível e tem como sintomas: vermelhidão, coceira, pálpebras inchadas e secreção aquosa. O tratamento é feito com colírio anti-histamínico ou antialérgico oral nos casos mais graves, onde os sintomas oculares são parte de uma reação alérgica sistêmica.  O oftalmologista afirma que o uso de lente de contato deve ser interrompido ao primeiro desconforto nos olhos para evitar lesões na córnea.

 

Aumento do ceratocone

Os diferentes tipos de alergia e o hábito de coçar os olhos, pontua, também estão aumentando o número de adolescentes e jovens com ceratocone, doença que afina e faz a córnea, lente externa do olho, tomar o formato de um cone. Quem tem astigmatismo, erro de refração que deforma a córnea deve ficar alerta. O oftalmologia alerta que o ceratocone não é diagnosticado através de um exame de rotina e pode ser confundido com astigmatismo. O diagnóstico, observa, requer tomografia da córnea e os olhos devem ser mantidos hidratados com colírio lubrificante para reduzir o desconforto. Em caso de coceira intensa recomenda consultar um oftalmologista. Pode ser indicado colírio anti-histamínico ou corticoide.

 

Queiroz Neto ressalta que quanto antes a condição é diagnosticada, melhor. Isso porque, o tratamento deve começar com a interrupção da progressão da doença com crosslinking, cirurgia ambulatorial que fortalece as ligações de colágeno da córnea. Numa segunda etapa o implante de um anel na córnea aplana seu formato e melhora a refração. O objetivo é evitar o transplante para manter os olhos íntegros, pontua.

 

Conjuntivite viral

“A baixa temperatura somada às aglomerações em ambientes fechados facilita a disseminação de vírus que além da gripe pode causar conjuntivite viral”, salienta. O especialista afirma que os principais grupos de risco são as crianças que estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e idosos que têm queda na imunidade causada pela atrofia do timo, principal glândula do sistema imunológico. Altamente contagiosa, a conjuntivite viral se diferencia da alérgica pela secreção viscosa nos olhos. O tratamento é feito com compressas frias de gaze embebida em água filtrada ou soro fisiológico, lágrima artificial e colírio sob supervisão médica.

 

Olho seco

A poluição, o ar seco e o frio também aumentam os casos de olho seco, uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima que hoje conta com diagnóstico bastante preciso. A maioria dos casos é do tipo evaporativo quando a deficiência ocorre na camada lipídica da lágrima. O tratamento pode ser feito com colírio lubrificante ou luz pulsada que desobstrui as glândulas que produzem esta camada da lágrima. 

 

Prevenção

Para prevenir todas estas condições as recomendações são:

·         Lave as mãos com frequência e evite tocar os olhos.


·         Não compartilhe maquiagem, colírio, toalhas, óculos e outros dispositivos.


·         Beba bastante água.


·         Não coce seus olhos.


·         Mantenha a casa e o escritório livres de poeira.


·         Use umidificador de ar ou uma bacia com água no ambiente.


·         Evite aglomerações.


·         Nunca use colírio sem supervisão de um oftalmologista.


·         Use óculos e máscara em ambientes externos.


·         Mantenha seus olhos lubrificados.

A saúde ocular também depende de acompanhamento oftalmológico. Todos nós devemos passar por consultas oftalmológicas regulares, finaliza.

 

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