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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Especialista da Carnot Laboratórios fala sobre as inovações no tratamento do diabetes

 Novas tecnologias vão desde IA e machine learning até bombas de insulina avançadas e apps de gerenciamento da doença

 

Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas - o número que deve ser muito maior, já que cerca de 40% das pessoas portadoras não sabem que têm a doença. Se as tendências atuais continuarem, o número de pacientes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040. 

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta.  

“A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta no acúmulo de glicose no sangue, que é o diabetes”, afirma Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da da Carnot Laboratórios, laboratório farmacêutico. 

Embora seja uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, as novas tecnologias estão revolucionando a maneira como ela é gerenciada, proporcionando maior controle e melhor qualidade de vida aos pacientes.  

O doutor listou uma série de inovações no tratamento da diabetes, destacando seus benefícios e impactos. Eles seguem abaixo:

 

Monitoramento contínuo da glicose 

Este dispositivo permite que os pacientes monitorem seus níveis de glicose em tempo real, sem a necessidade de picadas frequentes no dedo. Dessa forma, utiliza-se sensores colocados sob a pele para medir a glicose no fluido intersticial, fornecendo dados constantes sobre as flutuações de glicose. Isso ajuda os pacientes a tomar decisões informadas sobre alimentação, exercícios e dosagem de insulina.

 

Bombas de insulina avançadas 

As bombas de insulina são outra tecnologia crucial no tratamento da doença. Elas entregam insulina de forma contínua e personalizada, imitando a função de um pâncreas saudável. As versões mais recentes possuem integração com dispositivos monitoramento da glicose, permitindo ajustes automáticos na entrega de insulina com base nos níveis monitorados. Além disso, algumas bombas têm a capacidade de suspender a administração de insulina se detectarem níveis baixos de glicose, prevenindo episódios de hipoglicemia.

 

Aplicativos de gerenciamento de diabetes 

Os apps têm se tornado ferramentas indispensáveis para pacientes e profissionais de saúde porque permitem o registro de dados sobre glicose, insulina, alimentação e atividade física. Além disso, fornecem análises detalhadas e gráficos que ajudam a identificar padrões e tendências. “Muitos desses aplicativos também oferecem lembretes para a administração de insulina e consultas médicas, além de possibilitar a comunicação direta com os profissionais de saúde”, esclarece o Dr. Carlos.

 

Terapia com células-tronco 

Uma das áreas mais promissoras na pesquisa de tratamento da diabetes é a terapia com células-tronco. Esta abordagem visa regenerar as células beta do pâncreas que produzem insulina, restaurando a capacidade natural do corpo de controlar a glicose no sangue. Embora ainda esteja em fase experimental, os avanços nessa área têm o potencial de oferecer uma cura para a diabetes tipo 1.

 

Inteligência Artificial e machine learning 

Essas duas tecnologias estão transformando o tratamento da diabetes ao permitir uma análise mais precisa e personalizada dos dados dos pacientes. Algoritmos podem prever episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia com base em padrões históricos de glicose, alimentação e atividade física. “Além disso, essas tecnologias podem sugerir ajustes na dosagem de insulina e no plano alimentar, melhorando o controle glicêmico de maneira proativa”, o médico destaca.

 

Dispositivos vestíveis 

Para finalizar, o especialista menciona os dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes e fitas de pulso, que estão se tornando populares entre os pacientes diabéticos. “Esses dispositivos podem monitorar vários parâmetros de saúde, incluindo níveis de glicose, frequência cardíaca e atividade física. Sua integração com apps de gerenciamento de diabetes permite um monitoramento mais completo e em tempo real da saúde do paciente”, finaliza o Dr.


Carnot® Laboratórios


O fundo emocional das infecções

Para que o corpo funcione bem e permaneça saudável, costumamos dar bastante atenção à alimentação e atividade física. Porém, existe um outro fator de risco para o nosso corpo, que está relacionado à saúde emocional.

Quando descuidamos do nosso lado psicológico, acabamos por abrir espaço para doenças como depressão, ansiedade, compulsões etc., as quais podem progredir para sintomas físicos, abrindo espaço, inclusive, para infecções.

Do ponto de vista emocional, as infecções têm origens em situações nas quais não estamos aceitando muito bem. O emocional não se sente sustentado e protegido para liberar suas emoções da forma correta. Uma mágoa, algo que esteja ferindo seus valores, sua visão de mundo, uma dificuldade de expressar essa não aceitação, são alguns dos exemplos.

A seguir, vamos nos aprofundar um pouco mais nas questões que podem afetar a nossa saúde vaginal e intestinal.

 

Candidíase / coceiras pré e pós-menstrual

O fungo mais comum entre as mulheres é a Cândida. As colônias existem na nossa boca, intestino e vagina. Quando o Ph da vagina está ameaçado, ou seja, alterado, esse fungo se prolifera, causando a infecção vaginal.

Os nossos fluidos vaginais (muco cervical) têm o papel de proteger nossa flora de qualquer ameaça, por isso é recomendado que lavemos esta região apenas com água. Isso manterá saldável a acidez da nossa vagina.

O nosso maior reservatório de cândida está no intestino, por isso a alimentação está totalmente envolvida com as infecções. Precisamos tratar as causas que envolvem o intestino e estar atentas aos sinais.

 

Sintomas

Muco espesso, leitoso, com fluxo mais abundante que o normal e cheiro mais forte. Além disso, outros sinais podem ser a coceira, ardor e vermelhidão na vulva e dores ao ter relações sexuais.

 

Recomendação

Sempre que urinar, é preciso secar muito bem a região, pois essa é uma área quente e quando está úmida, é o ambiente ideal para proliferação da candidíase.

Quando for à praia ou piscina e utilizar biquinis ou maiôs, é importante levar uma troca para não deixar a vagina em contato com a roupa de banho molhada por muito tempo, aumentando o risco da Cândida se desenvolver.

 

Dicas naturais para aliviar as coceiras e candidíase

-Banho de assento com orégano e calêndula;

-Óvulo vaginal de óleo de coco.

 

E como a saúde do intestino influencia na saúde vaginal?

Cada parte do corpo tem uma microbiota, ou seja, uma colônia de bactérias que contribuem para a saúde interna. Elas atuam distribuindo os nutrientes para as células de cada órgão que vai ser nutrido, fazendo seu papel e eliminando o que não é necessário (toxina).

Se o corpo está inflamado, acaba sobrecarregando os órgãos responsáveis por eliminar toxinas de forma correta, fazendo com que apareçam as infecções vaginais, coceiras, candidíase, corrimentos etc.

 

A imunidade começa no intestino

Já ouviu falar que a hora da refeição é um momento sagrado?

Isso porque o processo digestivo se inicia antes mesmo de nos alimentarmos. Ele começa quando olhamos para a nossa refeição e o cérebro manda comandos aos órgãos responsáveis pela digestão e esses órgãos liberam as enzimas digestivas.

Mas se você é uma pessoa que não tem tempo para mastigar bem seu alimento ou se alimenta enquanto está fazendo outras tarefas, a digestão não vai ocorrer de forma correta e seu corpo vai inflamar, acarretando a exteriorização de toda essa inflamação.

 

Corpo inflamado dentro e fora.

As inflamações e infecções são uma forma do corpo pedir socorro. Por isso a necessidade de promover uma alimentação anti-inflamatória.

Uma das maiores causadoras das inflamações são as proteínas em excesso, que não estão sendo digeridas corretamente. Por isso, na alimentação anti-inflamatória é indicado eliminá-las, para que as bactérias ruins que se alimentam dela e que machucam o intestino, morram de fome, dando espaço para que os alimentos anti-inflamatórios ajam. 

Como vimos, as infecções podem ser um convite para avaliar uma possível limpeza nas relações e uma abertura para abandonar uma convicção antiga e aceitar algo novo. Toda dor manifestada é resistência. Portanto, não resista, seja flexível e avalie as áreas da vida que não combinam mais com você.

 

Gabrielle Marie de Aragão


Recidiva em câncer de mama: Uma realidade que tem tratamento

freepik
Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) chama a atenção para a propensão em casos de tumores mais agressivos e com estadiamento avançado da doença

 

“O meu câncer voltou.” O anúncio feito recentemente por Preta Gil mobiliza os fãs da cantora e também chama a atenção para os casos de recidiva de outros tipos de câncer. Da mesma forma que a artista, que recebeu o diagnóstico de um tumor no intestino em 2023, mulheres com câncer de mama também correm o risco de voltar a ter a doença após o tratamento. “Cada tumor, de mama, pulmão, gastrointestinal, tem perfil diferente. Mas é importante que as pacientes com histórico de câncer de mama, o mais frequente entre as brasileiras, saibam que a possibilidade de recidiva também existe e é maior nos casos de tumores mais agressivos e com o estadiamento mais avançado da doença”, afirma o mastologista André Mattar, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Após receber o diagnóstico de câncer de intestino no ano passado, Preta Gil se submeteu, inicialmente, a uma cirurgia para a retirada do tumor. Em dezembro, anunciou o fim do tratamento após um procedimento para reconstruir parte do trato intestinal. No último dia 25 de agosto, no entanto, a cantora informou os fãs sobre a recidiva da doença, com dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter.

No câncer de mama também há a possibilidade de recidivas. “Diante de um diagnóstico, avaliamos alguns fatores como o subtipo tumoral e o comprometimento dos linfonodos. Também levamos em consideração o estadiamento, que varia de zero, para um tumor in situ, até o estadio IV, o mais avançado da doença”, explica Mattar. Diante de cada quadro, ressalta o especialista da SBM, os tratamentos são variáveis “e importantes para definir as chances de recidiva dos tumores”.

Entre os subtipos de câncer de mama, o mastologista destaca os tumores hormonais, também chamados luminais, os HER2 positivos, para os quais já há tratamento específico, como as medicações trastuzumabe e pertuzumabe, e o triplo-negativo, bastante agressivo, tratável com imunoterapia. Os luminais representam cerca de 70% dos casos da doença; os tumores HER2+, aproximadamente 17%; e os triplo-negativos, por volta de 13%.

Nos luminais, tumores com forte expressão de receptores de estrogênio e progesterona, o tratamento começa, habitualmente, com cirurgia e avaliações posteriores sobre a necessidade de quimioterapia, radioterapia e até um tratamento específico com os anti-hormônios como tamoxifeno, anastrozol, entre outros.

Predominantes em números de casos, os luminais, segundo o mastologista, são os que têm maior chance de apresentar, eventualmente, uma recidiva no futuro. “Neste subtipo, há o risco de volta durante toda a vida da paciente”, afirma o médico. “Hoje em dia, dependendo do risco apresentado por cada pessoa, realizamos o tratamento anti-hormônio por um tempo maior. Inicialmente, era feito por cinco anos. Atualmente, em algumas situações, estendemos por dez anos”, completa. A recidiva nos luminais pode ocorrer na própria mama, na região embaixo do braço ou até em outros locais.

André Mattar chama a atenção, ainda, para a recidiva sistêmica, que é a metástase. “A metástase se apresenta quando o tumor que estava na mama volta no fígado, no pulmão e em outros locais. Essas recidivas são mais comuns em subtipos mais agressivos, como os HER2 e os triplo-negativos, e eventualmente nos luminais”, diz.

Nos tumores HER2 e triplo-negativo, os maiores riscos de recidiva são observados nos primeiros dois anos após o tratamento. “Com o passar do tempo, a probabilidade vai diminuindo. Se os tumores não voltarem no período de cinco anos, a chance de recidiva é muito pequena, quase zero.”

De acordo com o especialista, seja qual for o subtipo do tumor, o acompanhamento das pacientes é feito durante cinco anos, justamente pela maior possibilidade de recidiva. Neste período, afirma Mattar, em pessoas assintomáticas o exame físico completo, a mamografia e, eventualmente, o ultrassom são rotina. O mastologista alerta para a não necessidade de um grande número de exames, incluindo PET-Scan e tomografias, quando não há queixa da paciente. “Estudos demonstram que os exames de rotina são suficientes e exames feitos de forma aleatória não fazem sentido, ainda mais por provocarem ansiedade e estresse. Evidentemente, quando houver algum indicativo à realização dos procedimentos para diagnósticos, eles devem ser feitos”, reforça.

Para André Mattar, é fundamental que entre mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama as avaliações sejam periódicas. “A recidiva é um risco real e a preocupação do especialista é prolongar, com qualidade, a vida da paciente”, conclui o membro da SBM.


Estação Corinthians-Itaquera da CPTM recebe ação do NUBE Estágio na sexta-feira (30)

 Estudantes entre 14 e 24 anos poderão se cadastrar em vagas de estágios das 09h às 17h

 

A Estação Corinthians-Itaquera da CPTM oferece nesta sexta-feira (30/08) a oportunidade de cadastramento em vagas de estágio para estudantes entre 14 e 24 anos matriculados no ensino médio, técnico ou superior. 

Durante a ação, em parceria com a NUBE Estágios, também serão oferecidas vagas em cursos de aprendizagem e atendimento pelos profissionais de forma gratuita. O evento acontece das 09h às 17h.

 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.

 

Serviço

NUBE Estágios
Local: Estação Corinthians-Itaquera - que atende a Linha 11-Coral
Data: Sexta-feira, 30 de agosto
Horário: das 9h às 17h

 

Previdência Social, uma bomba com estopim aceso

Em 2019, o Brasil fez a Reforma da Previdência, medida apontada como urgente, na época, porque muitos definiam o regime previdenciário como uma bomba prestes a explodir. Passados cinco anos apenas, constata-se que a reforma de 2019 foi parcial. Talvez o resultado tenha sido o politicamente possível, porém ficou muito aquém das necessidades nacionais.

Agora uma nova reforma se impõe, de forma mais ampla, incluindo os estados e municípios, além de observar o que determina o estudo atuarial. 

Não há como fugir do problema. Nem adiar a busca de solução. Hoje, todos os tipos de previdência social no Brasil – Regime Geral da Previdência Social, servidores da União, de estados e municípios – apresentam déficits expressivos. Em 2023, esse rombo alcançou R$ 482 bilhões, um valor preocupante porque equivale a 4,41% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a 13,4% das receitas tributárias dos três entes federativos (União, Estados e Municípios). Esmiuçando: são R$ 312 bilhões de déficit do RGPS, mais R$ 110 bilhões do sistema de previdência dos servidores da União (civis e militares) e ainda R$ 60 bilhões de rombo na previdência dos servidores dos estados e municípios.

Merece destaque o fato de que, enquanto o déficit do RGPS corresponde a cerca de R$ 9.400,00 per capita/ano, o dos servidores civis da União chega a R$ 69.000,00 per capita/ano. Na liderança do rombo está o déficit da previdência dos militares, que atinge R$ 150.000,00 per capita/ano.

Embora o Regime Geral da Previdência tenha o maior número de beneficiados, seu déficit per capita é menor por uma razão simples: 70% dos 33 milhões de aposentados e pensionistas recebem remuneração igual ao piso salarial estabelecido pela legislação, ou seja, apenas 1 salário-mínimo/mês (R$ 1.412,00). Os outros 30% dos aposentados recebem, em média, cerca de R$ 2.600,00/mês (1,85 salário-mínimo). Já o valor médio global do RGPS, em 2023, foi de apenas R$ 1.771,28/mês (1,36 salário-mínimo). É fácil constatar que para a maioria dos brasileiros não há aposentadorias generosas.

Entre as principais razões do gigantesco déficit da Previdência Social está o fenômeno de criação da figura jurídica e empresarial do MEI (Micro Empreendedor Individual), que entrou em vigor em 2009 para formalizar e dar segurança jurídica a trabalhadores autônomos que não tinham nenhum amparo legal nem contavam com assistência previdenciária. Na prática, o objetivo era incentivar o empreendedorismo.

Ocorre que o Brasil é um dos campeões em produção de leis, medidas provisórias, decretos, instruções normativas e muitos outros atos jurídicos elaborados sem maiores cuidados e tecnicidade. Isso faz com que existam sempre brechas jurídicas para burlar o seu fiel cumprimento, algo antiético, porém legal. Foi o que aconteceu com o regime MEI. Segundo estudo elaborado pela economista Bruna Alvarez, da Fundação Getúlio Vargas, 53% dos trabalhadores que optaram pelo regime MEI até 2019 não atuavam como empreendedores, mas sim eram empregados assalariados de outras empresas. Ou seja, foram estimulados (ou forçados) a se transformar em microempreendedores individuais, tudo como forma de o empregador escapar dos elevados encargos e passivos trabalhistas. É o fenômeno conhecido como “pejotização” – a transformação da pessoa física em pessoa jurídica -, que vem caracterizando as relações trabalhistas no país.

Considerando-se a contribuição mensal de uma MEI, de 5% do salário-mínimo), durante 13 meses (incluindo “13º salário”), tem-se a contribuição anual de R$ 917,80 por ano (valores de 2024). Como no Brasil há 15,7 milhões de MEIs (dado de 2023), o recolhimento total por ano é de R$ 14,41 bilhões. Caso o MEI queira pagar a contribuição de INSS complementar, para garantir os mesmos direitos dos demais contribuintes, desembolsará mais R$ 155,32 por mês, ou R$ 2.019,00 por ano.

Já um trabalhador registrado pela CLT com salário de 1 salário-mínimo, contribui hoje com 7,5% de R$ 105,90 por mês, ou R$ 1.376,70 anuais. Consideremos a contribuição do empregador variável, mais o mínimo de 20% da remuneração do empregado, de R$ 3.671,20 por ano, temos o total de R$ 5.047,90. Subtraindo-se desse valor o montante de contribuição do MEI, resulta R$ 4.130,10. Esta é a perda de arrecadação da Previdência por cada pessoa que migrou do emprego formal para uma MEI.

Como 53% das 15,70 milhões de MEIs existentes em 2023 (ou seja, 8,32 milhões delas) nada têm a ver com empreendedorismo, utilizando esse regime como mero expediente para fugir da elevada carga tributária incidente sobre cada empregado de uma empresa privada, a perda da arrecadação do RGPS pode ser estimada em R$ 34,36 bilhões no ano. Somando-se aos R$ 16,34 bilhões referentes ao vínculo do salário-mínimo, o impacto negativo na arrecadação do FGTS chega a R$ 50,70 bilhões.

Há ainda outros aspectos que comprometem o sistema. Um deles está no critério da idade para concessão de aposentadoria. Os homens – cuja expectativa de vida é de 72 anos -, podem se aposentar aos 65 anos de idade. Já as mulheres, que possuem expectativa de vida maior (79 anos), podem requerer a aposentadoria com 62 anos. Ou seja, embora as mulheres tenham maior expectativa de vida (7 anos a mais que os indivíduos do sexo masculino), podem se aposentar com 3 anos a menos que os homens. A equiparação de idades para a aposentadoria seria, portanto, o caminho correto. O problema é que seu custo político é alto demais, prejudicando o avanço dessa questão. 

Também é preciso levar em conta fatores como o envelhecimento da população e a queda na taxa de crescimento populacional, de 1,7% para 0,5% ao ano. 

Não se pode perder de vista, ainda, o excesso de gastos da gestão e administração do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e de outros órgãos vinculados ao RGPS, seja com as cúpulas (Brasília e estados), seja com privilégios, desperdícios ou fraudes frequentes e de grande monta. Há, sem dúvida, espaço para cortes expressivos nessas despesas. 

Igualmente, é necessária especial atenção com as desonerações concedidas para alguns setores econômicos, estimadas pelo governo entre R$ 15 e R$ 20 bilhões/ano. Cabe um exame detalhado para avaliação da procedência desses benefícios e uma avaliação criteriosa sobre a possibilidade de redução ou exclusão das desonerações. 

Também merecem análise os gastos com os Benefícios de Prestação Continuada (BCP), que hoje englobam 5,8 milhões de pessoas, com remuneração igual ao piso salarial de um salário-mínimo/mês (R$ 1.412,00). Esse benefício é assegurado pela Lei Orgânica de Assistência Social (L.O.A.S) que, por sua vez, tem garantia constitucional. O programa é direcionado aos idosos com mais de 65 anos, deficientes físicos e aos vulneráveis. A elegibilidade dos beneficiários está atrelada ao cumprimento de vários critérios, como por exemplo, a idade, condição da deficiência, renda familiar e avaliação médica e social. Não é condição para receber o benefício qualquer contribuição prévia ao INSS e, por esta razão, a principal fonte de recursos é o orçamento da União. 

O custo do programa é de R$ 106,47 bilhões por ano (considerando-se 13 parcelas mensais), o equivalente a 0,93% a 0,96% do PIB. Já o efeito do vínculo do benefício ao salário-mínimo representa R$ 2,78 bilhões por ano. 

A soma do custo dos vínculos do salário-mínimo às aposentadorias, pensões e ao BPC; das MEIs em número extraordinário e das desonerações de alguns setores econômicos chega a valores entre R$ 68,48 e R$ 73,48 bilhões. É um número enorme que fica ainda maior se forem considerados os valores das fraudes previdenciárias, programa BPC e os custos da gestão do RGPS, das aposentadorias diferentes entre homens e mulheres, e da aposentadoria rural, que também reclama auditagem profunda. 

O problema do déficit da Previdência – envolvendo civis, militares e BPC – é de extrema gravidade. A questão é complexa, multifacetada e extremamente sensível, vez que as mudanças que vierem a ser feitas certamente atingirão, mais uma vez, os menos favorecidos: idosos, pessoas de baixa renda – que representam mais de 70% dos aposentados e pensionistas -, mulheres e cidadãos com deficiência. 

Como governar não é retirar direitos e conquistas da grande maioria sofrida da população a fim de assegurar (e se possível, ampliar) a enorme gama de privilégios de uma casta da sociedade nacional - os donos do poder -, a gravidade do problema previdenciário obriga o exame em conjunto dos gastos com funcionalismo público dos três entes federativos porque o Brasil gasta, com isso, 12,8% do PIB, muito mais do que a média (9,8% do PIB) dos 37 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esses 3% a mais correspondem a nada menos que R$ 327 bilhões/ano. 

É necessário levar em conta, ainda, que estudos oficiais do governo e de outras entidades, com base no cálculo atuarial, estimam o déficit previdenciário em mais de R$ 6 trilhões, o equivalente a 57% do PIB. Um valor astronômico, que supera 67% da dívida pública, hoje entre R$ 8,7 e R$ 9,0 trilhões. 

A bomba, portanto, não foi desarmada com a reforma de 2019. Continua ameaçadora e prestes a causar maiores estragos entre os aposentados e pensionistas porque a cogitada desvinculação do salário-mínimo à aposentadoria vai retirar mensalmente R$ 36,71 desses beneficiados, valor que seguramente lhes fará muita falta nessa fase da vida. 

Qualquer mudança a ser feita exigirá muita tecnicidade, transparência absoluta e, acima de tudo, sensibilidade para enxergar que é chegada a hora da redução de privilégios, em busca do equilíbrio para se evitar a falência do sistema previdenciário, que acontecerá mais cedo ou mais tarde caso não sejam adotadas as providências necessárias e inadiáveis. 

Para isso é necessário coragem e o aprendizado de uma lição dada pelo professor, economista e ex-ministro Mário Henrique Simonsen (1935-1997), para quem a diferença entre o fracasso e o sucesso de um gestor público está na simples troca de uma vogal: prever (estudos e planejamento), em vez de prover (UTI e bombeiro apagando incêndio).  

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

 

Advogado Daniel Romano lista armadilhas que o consumidor cai nas negociações de dívidas bancárias

O especialista alerta que nunca se deve aceitar a proposta inicial do banco ou parcelar a dívida novamente

Nos últimos anos, o endividamento da população brasileira alcançou níveis extremamente altos e isso acaba permitindo que boa parte dos nossos consumidores caiam nas mais variadas armadilhas que os bancos têm para firmar acordos que sejam vantajosos apenas à eles. O advogado Daniel Romano Hajaj, especialista em direito bancário, esclarece que o principal erro do consumidor é acreditar que o gerente do banco é seu amigo e vai lhe ajudar a resolver a sua dívida da melhor forma possível.

“O gerente é funcionário do banco, é um vendedor, e é cobrado por metas pela diretoria do banco, seja pela aplicação de juros altos, venda de produtos ou serviços e até mesmo para receber valores que estavam em aberto", pontua.

"Ou seja, se o gerente, ou qualquer outro atendente, integra o quadro de empregados do banco e é cobrado por metas que lhe são impostas, como ele pode firmar uma composição que vai contra os interesses do seu empregador?”, completa o advogado Daniel Romano Hajaj.

Mesmo ciente desse equívoco, muitas vezes, o consumidor acaba celebrando um acordo que lhe será extremamente prejudicial. "O banco, ao renegociar as dívidas, incidirá sobre o valor, juros acima da média do mercado, fazendo a dívida multiplicar", ressalta o advogado Daniel Romano Hajaj.

Mas o banco tem inúmeras outras armadilhas para renegociar suas dívidas, sejam com o acréscimo de juros extorsivos, ou cobranças que não podem ser feitas.

Dentre as cobranças indevidas, Hajaj diz que o banco imputa ao consumidor, muitas vezes, taxas e tarifas indevidas, como tarifa de cadastro, custas processuais e honorários advocatícios, e pior, em todos os casos, promovem a cobrança do IOF, que é o Imposto sobre Operações Financeiras.

“A cobrança do IOF é indevida, já que se pegarmos na lei a sua descrição vemos que ele incide nas operações de empréstimo e financiamento, e no caso, temos uma renegociação, um acerto de uma pendência em aberto e não uma nova concessão de empréstimo ou financiamento”, explica.

Mas a armadilha continua, alerta o advogado. "Isso porque sobre o valor cobrado a título de IOF será inserido na base de cálculo do contrato/renegociação, ou seja, o banco supostamente paga o imposto à vista e cobra de forma parcelada, com juros do consumidor, o que é um absurdo".

Daniel Romano Hajaj frisa que nunca se deve aceitar a proposta inicial do banco e muito menos parcelar a dívida novamente. "Já que o valor será acrescido de cobranças indevidas e novas taxas de juros, devendo o consumidor sempre optar pela quitação do débito, ainda que tenha que se preparar por alguns meses", explica.

O especialista afirma que é essencial o consumidor estar assessorado por um advogado especialista em direito bancário que irá auxiliar na negociação e evitar que caia em qualquer tipo de armadilha.


Campanha do pedestre ganha reforço com ônibus personalizado do litoral ao interior

Três veículos rodam pelo estado de São Paulo até 12 de setembro, período em que vão impactar mais de 40 milhões de pessoas com mensagem de respeito pela faixa de pedestre 

Confira aqui imagens e vídeo do ônibus da campanha “Respeite a Faixa de Pedestre” em SP 

           https://drive.google.com/drive/folders/1nlHIDuuqGLa19XfhVW6_aD7inrGmk_GT?usp=sharing


Foco de uma nova política pública do governo de São Paulo para tornar as ruas mais seguras em todo o estado, o pedestre ganha agora um aliado de peso. Coberto por imagens do filósofo Clóvis de Barros Filho e dizeres sobre a importância do respeito à faixa, três ônibus circulam na capital, Baixada Santista, Campinas e Sorocaba com mensagens de civilidade e empatia no trânsito. Também param diante da faixa para dar aos motoristas o exemplo de atenção e cuidado com o pedestre. A ação do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) teve início nesta semana e se estende até 12 de setembro, com a expectativa de atingir 38,8 milhões de pessoas só na capital. 

 

Nas cidades de São Paulo, Campinas e Sorocaba, os ônibus seguem um trajeto fixo para garantir sua máxima exposição. Já na Baixada, um mesmo veículo circula por Santos e pelas vizinhas São Vicente e Praia Grande, com flexibilidade para completar duas ou três voltas diárias. A ação acontecerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. 

 

Conheça os itinerários 

Na capital, o ônibus pode ser visto em 23 bairros, percorridos em um trajeto que vai do Monumento do Ipiranga, junto ao museu, até a praça Pan Americana, em Pinheiros, passando pelo aeroporto de Congonhas, pela estação de metrô Santos Imigrantes e pela avenida Brigadeiro Faria Lima, entre outros pontos. Por dia, o ônibus deve impactar 1,2 milhão de pessoas na cidade.  

 

 

Em Campinas, o ônibus roda 37 quilômetros a partir do centro. Em um percurso de 1h30, o veículo passa pela Vila Itapura, Cambuí, Taquaral, Jardim Chapadão, Parque Prado (referência: shopping), Vila Paraíso, Vila Brandina (referência: shopping) e Jardim Flamboyant, de onde retorna ao centro. 

 

 

Sorocaba terá também um percurso amplo, que dá uma volta no município por mais de 1h20. Em cerca de 34 quilômetros, o ônibus sai do centro rumo ao Jardim Simus, Jardim Europa, Parque Campolim (referência: Atacadão), Vila Hortência, Jardim Rosaria Alcolea, Jardim Moncayo e Jardim Santa Rosália, de onde volta à região central. 

 

 

Em pouco mais de 1h e 23 quilômetros, Santos verá o professor Clóvis de Barros Filhos a partir da avenida Presidente Wilson para as avenidas Vicente de Carvalho, Bartholomeu de Gusmão, Almirante Saldanha da Gama, Governador Mário Covas Júnior, Siqueira Campos, Conselheiro Nébias e Senador Pinheiro Machado, de onde chegará novamente à Presidente Wilson, fechando o circuito.  

 

Em São Vicente, o trajeto terá 15 quilômetros e cerca de 40 minutos. O ponto de partida e chegada será a avenida Presidente Getúlio Vargas, no Morro dos Barbosas. As avenidas Monteiro Lobato, Minas Gerais, Jovino de Mello e Hugo Maia, além de Sambaiatuba, Viela Um e do parque Bitaru, são parte do caminho. 



 

Para fechar o roteiro do ônibus, a Praia Grande pode ler suas mensagens educativas na Praia Ocian, na avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Militar (próximo ao Hotel de Trânsito do EB), na avenida do Trabalhador e na rua Carlos Gomes, último ponto antes do retorno à Praia Ocian. Com pouco mais de 23 quilômetros, o circuito é percorrido em cerca de 1 hora.  




 

 Confira aqui imagens e vídeo do ônibus da campanha “Respeite a Faixa de Pedestre” em SP  

           https://drive.google.com/drive/folders/1nlHIDuuqGLa19XfhVW6_aD7inrGmk_GT?usp=sharing


Conheça os destinos que fazem parte dos games


No Dia do Gamer, plataforma de viagens indica destinos retratados na franquia Grand Theft Auto

 

O universo dos games não entretém apenas pela jogabilidade, mas também por meio das histórias contadas e ao transportar os jogadores para cenários impressionantes, muitas vezes inspirados em locais reais ao redor do mundo. O sucesso recente de Black Myth: Wukong, ambientado na China, ou a série Assassin's Creed, que já percorreu países como Espanha, Itália, Estados Unidos, Egito e Grécia, são exemplos de como a ambientação pode impactar na experiência. Nesse contexto, o Hurb, empresa de tecnologia com mais de 13 anos de atuação no mercado de turismo, destaca as cidades que serviram de inspiração para a franquia Grand Theft Auto (GTA), um grande clássico do mundo dos jogos. Essa série, além de ser um marco nos jogos eletrônicos, alcançando diferentes gerações de gamers, permite que os jogadores explorem cenários que refletem cidades reais.


Confira a seguir as cidades que inspiraram o mundo de GTA:



Liberty City - Nova Iorque

Liberty City é claramente inspirada em Nova Iorque. Desde os arranha-céus de Manhattan até os bairros mais afastados, a cidade recria a energia e a diversidade da Big Apple, oferecendo uma experiência imersiva para os jogadores que sonham em explorar cada canto de Nova York, mesmo que de maneira digital.

Nova York é uma das cidades mais visitadas do mundo, e com razão. A cidade abriga marcos icônicos como a Estátua da Liberdade, o Central Park, o Empire State Building e a Times Square. Para os amantes de cultura, o Museu Metropolitano de Arte e o Museu de História Natural são imperdíveis. Além disso, a diversidade culinária de Nova York permite que você experimente pratos de todas as partes do mundo, sem sair da cidade.



Alderney - Nova Jersey


Alderney, embora menos conhecida, é a representação de Nova Jersey no universo de GTA. Localizada ao lado de Liberty City, Alderney oferece um contraste interessante com a agitação da grande metrópole, refletindo as áreas suburbanas e industriais de Nova Jersey, que servem como um cenário perfeito para as missões mais intensas e sombrias do jogo.

Muitas vezes ofuscada pela vizinha Nova York, New Jersey oferece seus próprios encantos. O estado é famoso por suas praias ao longo da Jersey Shore, parques como o Liberty State Park com vistas deslumbrantes para Manhattan, e atrações históricas como o Ellis Island National Museum of Immigration.



San Andreas - Los Angeles, San Francisco e Las Vegas

O estado de San Andreas é uma homenagem aos estados da Califórnia e Nevada. Em GTA: San Andreas e GTA V, a região é composta por três grandes cidades: Los Santos (inspirada em Los Angeles), San Fierro (baseada em San Francisco), e Las Venturas (que reflete Las Vegas). No entanto, em GTA V, apenas Los Santos é explorável.

Los Angeles é conhecida como a capital mundial do entretenimento, e é famosa por Hollywood, praias de Santa Monica e Venice, além de os museus de classe mundial como o Getty Center; San Francisco é uma cidade charmosa e famosa por suas colinas íngremes, a icônica Golden Gate Bridge, os bondes tradicionais e Alcatraz, a ilha-prisão. Além disso, a cidade também ganhou notoriedade na última década, diante das 4 conquistas em campeonatos da NBA pelos Warriors de Stephen Curry; por fim, conhecida como a "Cidade do Pecado", Las Vegas é um destino de entretenimento inigualável, com seus cassinos exuberantes, hotéis temáticos, shows espetaculares e fontes dançantes. A vida noturna agitada e a atmosfera vibrante de Vegas fazem dela um lugar único para quem busca diversão e luxo.

GTA V, lançado em 2013, é o maior sucesso da franquia, ultrapassando a marca de 200 milhões de cópias vendidas e faturando mais de US$8 bilhões. Essa conquista também consolida a franquia GTA como uma das mais icônicas da indústria de jogos, com quase meio bilhão de unidades vendidas ao longo de sua história.



Vice City - Miami


Vice City é a vibrante e estilosa recriação de Miami na década de 1980. Com suas praias, palmeiras e o clima quente, o jogo captura a essência do sul da Flórida, misturando glamour e perigo em igual medida.

Miami é conhecida por seu litoral de areia branca e águas cristalinas, especialmente em South Beach, que é um ponto turístico imperdível. A vida noturna de Miami é agitada, com inúmeras opções de bares, clubes e restaurantes. Para uma experiência cultural, há a possibilidade de visitar o bairro de Little Havana, onde você pode mergulhar na cultura cubana, muito influente em Miami, com cafés tradicionais, música ao vivo e charutos artesanais.







A empolgação em torno dessa cidade vai além da nostalgia: GTA VI, que será ambientado em Vice City, tem lançamento previsto para o próximo ano. O novo jogo promete elevar a franquia a novos patamares de imersão e inovação. Por isso, os fãs estão ansiosos para revisitar esse cenário, agora com a tecnologia moderna trazendo ainda mais realismo e profundidade.

O impresso na era digital

Desde muito antes da geração atual, em que o mundo é regido pelas tendências digitais, a escrita faz parte da organização cultural e social dos seres humanos, passando do registro em cunhos na antiga Mesopotâmia, até os livros escritos por mãos pacientes que jamais imaginariam que, um dia, as palavras poderiam ser gravadas por prensas ou impressoras de grande escala. O objetivo, independentemente do tempo, esteve sempre ligado à vontade de salvar a informação e reter o conhecimento que facilmente seria esquecido se não fosse registrado. Então, é nesse conceito que se inicia a importância do impresso, capaz de carregar por anos a fio os pensamentos, as notícias, as ideias e as teorias das mais diversas pessoas e lugares do mundo. Como essa importância se mantém viva no mundo globalizado onde as informações nadam indistintas num mar digital em que tudo se torna obsoleto em questão de segundos? 

Em primeiro lugar, buscamos entender e nos inteirar sobre a percepção dos consumidores no que diz respeito ao consumo e à utilização do papel. Segundo o estudo Trend Tracker, proposto pela Two Sides em 2023, ao analisar as escolhas de cerca de 10 mil consumidores em seus hábitos de leitura, consumo, preferência de produto, foi possível inferir que 64% dos consumidores preferem ler livros impressos, pois obtêm compreensão mais profunda dessa maneira. Além disso, foi constatado que 56% dos consumidores acreditam que o material impresso seja melhor para o aprendizado em relação ao digital. Para além da opinião, o papel essencial do impresso na Educação é comprovado, auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, na concentração e no entendimento aprofundado de conteúdo, principalmente para quem está no Ensino Básico.

Ainda de acordo com estudos realizados pela Two Sides, constatou-se que 52% das pessoas preferem ler catálogos físicos de produtos e o alcance de propagandas impressas é maior (56%) quando comparado ao alcance de e-mails promocionais (49%). Com isso, precisamos enxergar a eficácia do material impresso em alcançar pessoas de todos os âmbitos, seja ele educacional ou comercial, e em fazer durar a informação e o conhecimento de maneira tangível. 

Uma indústria gráfica não precisa se distanciar da inovação. Pelo contrário, deve unir o conceito de novidade à longevidade do impresso, sempre em acordo com as normas, conceitos e demandas mais modernas que existem para os clientes. Falar de impresso é incentivar a sustentabilidade, também. É respeitar o tempo dos recursos naturais e sociais tanto quando respeitamos o tempo das notícias, a importância das ideias e o espaço para o descobrimento de novas coisas a serem escritas. E, por isso, o papel do impresso é tão importante no caminho da inovação, das boas práticas e da sustentabilidade.

A era digital que um dia era o amanhã se tornou o hoje, presente e futuro. Devemos acompanhar rapidamente as tendências e as necessidades que surgem no tempo da tecnologia porque o progresso é o nosso único caminho. Com efeito, o impresso na era digital continua elevando histórias que são escritas e permanecem graças à impressão.

 

Gilberto Alves da Silva Junior - especialista em gestão de Varejo e diretor-geral da Posigraf.


Dia Nacional de Combate ao Fumo: uso de cigarros eletrônicos aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro tradicional

Segundo Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), dispositivos eletrônicos podem causar dependência e inflamação nos pulmões


 

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, é uma data que tem por objetivo conscientizar a população sobre os riscos à saúde relacionados ao consumo de tabaco. Abandonar o hábito é um desafio, e para deixar o vício, fumantes optam por estratégias diversas, entre elas o uso de cigarros eletrônicos. O cigarro eletrônico também vem ganhando popularidade como a primeira forma de contato com o tabagismo, especialmente entre a população jovem. Apesar de ser proibido no Brasil, há uma falsa sensação de que o cigarro eletrônico é um hábito menos nocivo, trazendo grande apelo social da forma como é divulgado em mídias sociais.

No entanto, o uso do dispositivo não é inócuo, segundo o oncologista clínico e coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. William Nassib William Junior. “Os cigarros eletrônicos também causam dependência, acarretando uma série de outros problemas de saúde”, explica. “Entre os mais jovens a nicotina presente pode prejudicar, inclusive, o desenvolvimento cerebral”, completa.

Outra razão para evitar o cigarro eletrônico é o fato de seu uso aumentar em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro tradicional, de acordo com o estudo Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise, conduzido pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) e publicado em 2022.


Relação entre cigarro eletrônico e câncer

Dr. William William Junior explica que o cigarro eletrônico contém, além da nicotina, muitas outras substâncias sabidamente tóxicas. O efeito a longo prazo da exposição a esses componentes através do cigarro eletrônico não é conhecido. A curto prazo, além dos efeitos deletérios da nicotina, o cigarro eletrônico pode provocar inflamações severas nos pulmões.

“Ainda não foi estabelecida uma relação direta entre o uso de cigarros eletrônicos e o desenvolvimento de câncer. Entretanto, é importante destacar que diversas substâncias presentes nos cigarros eletrônicos são conhecidas por serem cancerígenas e causam tumores de pulmão em modelos animais de exposição ao vapor destes dispositivos”, comenta o coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC.

“Embora ainda não exista comprovação de aumento de risco de câncer de pulmão em pessoas que usam cigarro eletrônico, isso não significa que este hábito seja seguro. O tempo de acompanhamento destes usuários é simplesmente ainda muito curto para que se estabeleça essa comprovação”, acrescenta.

Entre os principais problemas de saúde associados ao uso desses dispositivos estão a inflamação nos pulmões, o atraso no desenvolvimento cerebral e a dependência química causada pela nicotina.

O oncologista clínico recomenda que aqueles que desejam parar de fumar busquem orientação médica: “Atualmente, existem diversas opções, tanto não medicamentosas quanto medicamentosas, que podem ser muito úteis no auxílio para abandonar o hábito. Ter apoio profissional pode significar aumentar as chances de sucesso nesse processo”.


SBOC


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