Desde muito antes da geração atual, em que o mundo é regido pelas tendências digitais, a escrita faz parte da organização cultural e social dos seres humanos, passando do registro em cunhos na antiga Mesopotâmia, até os livros escritos por mãos pacientes que jamais imaginariam que, um dia, as palavras poderiam ser gravadas por prensas ou impressoras de grande escala. O objetivo, independentemente do tempo, esteve sempre ligado à vontade de salvar a informação e reter o conhecimento que facilmente seria esquecido se não fosse registrado. Então, é nesse conceito que se inicia a importância do impresso, capaz de carregar por anos a fio os pensamentos, as notícias, as ideias e as teorias das mais diversas pessoas e lugares do mundo. Como essa importância se mantém viva no mundo globalizado onde as informações nadam indistintas num mar digital em que tudo se torna obsoleto em questão de segundos?
Em primeiro lugar, buscamos entender e nos inteirar
sobre a percepção dos consumidores no que diz respeito ao consumo e à
utilização do papel. Segundo o estudo Trend Tracker, proposto pela Two Sides em
2023, ao analisar as escolhas de cerca de 10 mil consumidores em seus hábitos
de leitura, consumo, preferência de produto, foi possível inferir que 64% dos
consumidores preferem ler livros impressos, pois obtêm compreensão mais
profunda dessa maneira. Além disso, foi constatado que 56% dos consumidores
acreditam que o material impresso seja melhor para o aprendizado em relação ao
digital. Para além da opinião, o papel essencial do impresso na Educação é
comprovado, auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, na
concentração e no entendimento aprofundado de conteúdo, principalmente para
quem está no Ensino Básico.
Ainda de acordo com estudos realizados pela Two
Sides, constatou-se que 52% das pessoas preferem ler catálogos físicos de
produtos e o alcance de propagandas impressas é maior (56%) quando comparado ao
alcance de e-mails promocionais (49%). Com isso, precisamos enxergar a eficácia
do material impresso em alcançar pessoas de todos os âmbitos, seja ele
educacional ou comercial, e em fazer durar a informação e o conhecimento de
maneira tangível.
Uma indústria gráfica não precisa se distanciar da
inovação. Pelo contrário, deve unir o conceito de novidade à longevidade do
impresso, sempre em acordo com as normas, conceitos e demandas mais modernas
que existem para os clientes. Falar de impresso é incentivar a
sustentabilidade, também. É respeitar o tempo dos recursos naturais e sociais
tanto quando respeitamos o tempo das notícias, a importância das ideias e o
espaço para o descobrimento de novas coisas a serem escritas. E, por isso, o
papel do impresso é tão importante no caminho da inovação, das boas práticas e
da sustentabilidade.
A era digital que um dia era o amanhã se tornou o
hoje, presente e futuro. Devemos acompanhar rapidamente as tendências e as
necessidades que surgem no tempo da tecnologia porque o progresso é o nosso
único caminho. Com efeito, o impresso na era digital continua elevando histórias
que são escritas e permanecem graças à impressão.
Gilberto Alves da Silva Junior - especialista em gestão
de Varejo e diretor-geral da Posigraf.
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